Pelo caminho encontra-se a Basílica dei Santi Ambrogio Carlo al Corso, uma linda igreja, com uma magnífica acústica e uma luminosidade incrível, como aliás é próprio de quase todas as basílicas italianas. Da porta desta igreja avista-se já bem perto a Piazza di Spagna e a Chiesa Santi Trinità dei Monti.
A Basílica dei Santi Ambrogio Carlo al Corso é uma igreja que pertence à “casa” de Milão (ao Arcebispo de Milão), e que foi iniciada em 1612, para substituir uma antiga igreja do séc. X. Esta antiga igreja mencionada em documentos papais do séc. X, foi rebaptizada com o nome de Santo Ambrósio à qual se adicionou o nome de Santo Carlo, após a canonização de Carlo Borromeo em 1610. Foi criada pela Irmandade (que mais tarde se tornou Confraria de Santo Ambrósio e Charles Lombard da Nação) para a construção de uma nova igreja, no mesmo local da anterior, que foi demolida.
Pelo caminho as inúmeras lojas das grandes marcas, que por toda a Via del Corso se encontram representadas. Embora pessoalmente não ligue muito a marcas, é sempre agradável ver o que cada uma delas apresenta para a nova estação, pois na realidade são elas que influenciam a moda mundial.
Pela Via del Corso, chegamos à Piazza Colonna, que deve seu nome à Coluna de Marco Aurélio, que ali se encontra desde a antiguidade. É uma praça rectangular com a Coluna de Marco Aurélio no centro, e rodeada por alguns dos mais importantes edifícios históricos da cidade. Entre a coluna e a Via del Corso há uma pequena fonte construída em 1575, por Giacomo Della Porta.
Em seguida passa-se novamente pela praça vizinha, a Piazza di Monte Citorio, mesmo ali ao lado, onde se encontra o Parlamento italiano. Além do magnífico edifício da Camera dei Deputati (Parlamento italiano), não nos podemos esquecer que ali também se encontra o Palazzo della Galleria Colonna, agora Galleria Alberto Sordi, um dos mais bonitos e antigos centros comerciais da Europa.
Toma-se de seguida o caminho do Pantheon de Roma, cujo nome significa "para todos os deuses". É um edifício encomendado por Marco Agripa como um templo de todos os deuses da Roma Antiga, e mais tarde reconstruído pelo Imperador Adriano, em cerca de 126 d.C..É um edifício circular com uma grande cúpula, que é encimada por uma abertura em óculo de onde se vê o céu. O seu pórtico é constituído por três fileiras de enormes colunas coríntias de granito (oito na primeira fila e dois grupos de quatro atrás).
Quase dois mil anos depois de ter sido construído, o Panteão de Roma é um edifício cuja cúpula é ainda nos nossos dias, a maior do mundo. A altura até ao óculo e o diâmetro do círculo interior têm a mesma medida (43,3 metros). É também um dos edifícios romanos, mais bem preservados, embora tenha estado em uso contínuo ao longo de sua história. Desde o séc. VII, o Panteão foi usado como igreja católica romana, dedicada a "Santa Maria e os Mártires", mas informalmente conhecida como "Santa Maria Rotonda".
A praça em frente do Panteão é designada por Piazza della Rotonda. É uma praça muito movimentada e cheia de turistas que aqui ocorrem para visitarem um dos edifícios mais antigos e mais bem preservados de Roma.
No centro da praça está uma fonte, encimada por um obelisco egípcio, chamado Obelisco Macuteo, devido à sua localização anterior. O obelisco, mandado construir originalmente pelo faraó Ramsés II, para o Templo de Ra, em Heliópolis, foi trazido para Roma no tempo dos antigos imperadores romanos.
Fonte: Wikipédia.org
Trata-se de um imenso espaço oval, presidido ao centro por um grande obelisco egípcio, (Obelisco Flaminio) rodeado na base por 4 pequenas fontes. Esse obelisco, com 24 metros de altura, comemora a conquista do Egipto por Augusto, em 10 a.C.. Está dedicado a Ramses II e em 1589, foi levado do Circo Massimo (onde esteve desde o ano 10 a.C.) e colocado nesta praça.
A praça actual, em estilo neoclássico, é um ponto de encontro frequente para os romanos e conta com diversas cafetarias e lojas. Essa praça, que pode acolher até 30.000 pessoas, é um lugar ideal e por isso muito usado, para a realização de concertos ao ar livre e eventos políticos.
A Chiesa di Santa Maria del Popolo também visitada por nós, é uma igreja renascentista encomendada pelo Papa Sisto IV em 1472. A Capela Chigi foi desenhada por Rafael e em ambos os lados do altar estão esculturas feitas por Lorenzetto e Bernini. No séc. XIX, Giuseppe Valadier transformou a fachada de Santa Maria del Popolo, em estilo neoclássico, para a integrar com os outros edifícios da praça.
Ao entrarmos na Piazza di San Pietro, não devemos esquecer que estamos a pisar a mais nobre praça de Roma, onde somos envolvidos pelo no abraço da sua poderosa colunata dupla. Sobem-se os degraus amplos e suaves, atravessa-se o pórtico sombrio e entra-se lentamente na basílica.
Esta é realmente a maior de todas as igrejas cristãs do Mundo, com cerca de 200 metros de comprimento e um passeio por ela é muito empolgante, pois encontramos num só lugar uma enorme mistura de história, arte, lenda e religiosidade.
As sombras generosas envolvem-nos e se tivermos a sorte de ali assistir a uma homiliada, a música e os cânticos elevam-nos ao transcendente envolvendo tudo à nossa volta, inclusive o rosto terno e resignado da Madonna di Pietà de Michelangelo.
Mesmo com o movimento intenso de turistas, tudo se pode ver com tranquilidade, mesmo próximos das obras mais populares, como a Pietà de Michelangelo. No entanto é pena o burburinho de fundo, que nos faz por vezes querer não estar num lugar sagrado e de oração, assemelhando-se mais a um museu.
Na realidade o Museu do Vaticano é um conjunto de vários museus, formando uma série enorme de exposições em centenas de salas e salões, que contêm uma colecção original e exclusiva de obras de arte de todo o mundo.
O início do museu está destinado à colecção de estatuária, reunida pelo Papa Júlio II (1503 - 1513). Na verdade, a maioria do seu acervo deve-se aos Papas, Clemente XIV (1769 - 1774) e Pio VI (1775 - 1799). Os seus seguidores começaram a construir as exposições especializadas.
Os corredores estão repletos de ornamentos, quadros, tapeçarias sumptuosas e incontáveis obras de arte. A visita culmina com a entrada na Capela Sistina, decorada com grande quantidade de frescos de Michelangelo.
Na realização desta grandiosa obra concorreram amor e ódio, pois Michelangelo teria pintado este trabalho contrariado, convencido que era mais um escultor, que um pintor.
A partir da Fontana di Travi, seguimos pela curta Via dei Sabini até atingirmos a Piazza Colonna. É uma praça rectangular, onde encontramos vários palácios e a pequena Chiesa de Santi Bartolomeo e Alessandro dei Bergamaschi (1731-1735). É lá que encontramos o Palazzo Chigi do lado Norte, um banco do governo italiano, o Palazzo Colonna do lado leste é hoje ocupado pela Galleria Colonna, um bonito centro comercial e o lado Sul é ocupado pelo flanco do Palazzo Ferraioli, antiga estação de correios do Papa, e ainda o Palazzo Wedekind (1838), do lado Oeste, a sede histórica do jornal Il Tempo.
A Coluna Aureliano está colocada no centro da praça, em cima de um grande pedestal rectangular e é formada por 28 blocos de mármore de Carrara. Ela é decorada com altos-relevos realizados em bandas em espiral, que retratam vários eventos durante as campanhas imperiais no Norte. A parte inferior mostra a campanha contra as tribos germânicas entre 169 e 173 d.C. e a parte superior mostra a campanha contra os sármatas entre 174 e 176 d.C..
A Piazza di Montecitorio foi iniciada por Bernini no séc. XVII e no meio da praça destaca-se um obelisco trazido do Egipto, pelo Imperador Augusto e ali instalado para servir como um enorme relógio de sol.
Pelo caminho passámos pela Gelateria Giolitti, uma das geladarias mais famosas de Roma. Foi inaugurada em 1900 e desde essa altura tem sido um local de encontro de artistas, turistas e políticos, pois encontra-se numa rua perto do Palazzo di Montecitorio, o Parlamento italiano. O seu mais famoso "gelatto" é a Taça Olímpia, preenchido com zabaione (um gelado feito com ovos e fortificado com vinho Marsala), e com os sabores de avelã e chocolate. É delicioso!...

A noite empresta um clima especial e sofisticado à fonte, onde somos recebidos por uma enorme multidão, que conversa, gesticula, tira fotos e atira moedas para a fonte, numa tradição criada pelo filme "Three Coins in the Fountain", que em português recebeu o título de "A Fonte dos Desejos", cujo mito criado é garantir o retorno a Roma, a quem atirar uma moeda para a fonte. Porém, se se for solteiro(a), a tradição também diz que, se deitar duas moedas, encontrará a sua outra metade da laranja em Roma!...
Na Fontana di Trevi respira-se uma atmosfera especial e para além do glamour provocado pela presença constante de centenas de turistas de todo o Mundo, os mais calmos podem alhear-se da multidão e contemplar a magnífica fonte e a sua bela estatuária, como a magnífica estátua do Deus Neptuno, representado sobre um carro em forma de concha e puxado por dois cavalos-marinhos, que foi protagonista de várias cenas da história do cinema.