Visita a Roma - 3º Dia, Parte II




Após a visita ao Museu do Vaticano, com o magnífico final na Capela Sistina, fomos mais uma vez até à Basílica de San Pietro, pois a última visita tinha sido interrompida por um início de missa, que de certo modo nos quebrou o encantamento de deambular pela basílica sem pressas nem impedimentos.


Ao entrarmos na Piazza di San Pietro, não devemos esquecer que estamos a pisar a mais nobre praça de Roma, onde somos envolvidos pelo no abraço da sua poderosa colunata dupla. Sobem-se os degraus amplos e suaves, atravessa-se o pórtico sombrio e entra-se lentamente na basílica.

A entrada é sempre inexplicavelmente acolhedora! Tudo ali é imenso, mas numa proporção tão perfeita que nos dá a sensação de repente, de tudo não ser tão grande como realmente é. Os querubins que seguram as pias de água benta parecem delicadamente pequenos, até chegarmos perto e vermos que são maiores que nós próprios. As esculturas dos santos têm três vezes a nossa altura e a pena na mão de São Mateus, tem cerca de 2 metros de comprimento. Esta é realmente a maior de todas as igrejas cristãs do Mundo, com cerca de 200 metros de comprimento e um passeio por ela é muito empolgante, pois encontramos num só lugar uma enorme mistura de história, arte, lenda e religiosidade.

Na grande nave a luz diminui rapidamente e já não se podem divisar os detalhes das esculturas, das inscrições em bronze, dos mosaicos e pormenores. É ali que os raios de luz provenientes do exterior tomam a devida importância, dando ao interior da basílica a sua áurea de lugar único e etéreo.
As sombras generosas envolvem-nos e se tivermos a sorte de ali assistir a uma homiliada, a música e os cânticos elevam-nos ao transcendente envolvendo tudo à nossa volta, inclusive o rosto terno e resignado da Madonna di Pietà de Michelangelo.

Em suma, a Basílica de San Pietro é grandiosa não só pelas suas dimensões dantescas, mas também por todas as obras de arte e os tesouros que abriga, demonstrando a todo o momento toda a opulência do catolicismo, num conjunto espectacular, onde os túmulos papais não são um espectáculo à parte.
Mesmo com o movimento intenso de turistas, tudo se pode ver com tranquilidade, mesmo próximos das obras mais populares, como a Pietà de Michelangelo. No entanto é pena o burburinho de fundo, que nos faz por vezes querer não estar num lugar sagrado e de oração, assemelhando-se mais a um museu.

O Vaticano é um lugar único e inclusive tem um correio independente, além de um singular exército formado pela guarda suíça, um corpo militar criado em França, no séc. XV, com lindos uniformes coloridos de inspiração renascentista, o que torna a visita bastante peculiar, também no sentido não-religioso.
Fonte: http://www.starnews2001.com.br / http://www.eujafui.com.br

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