Porto - 2º Dia - Visita à Sé e Terreiro do Monte da Penaventosa - Parte III



Chega-se à portuense, de origem românica, situada no Monte da Penaventosa, também chamado de Terreiro da Sé. O Largo da Sé é uma ampla praça que domina a cidade velha e nela assentam o edifício da , o antigo Palácio Episcopal do séc. XVIII, um Pelourinho e um Miradouro com a melhor vista sobre o Bairro da Sé (Barredo), do rio Douro e de Vila Nova de Gaia.
A é o monumento mais antigo da cidade, que provém do séc. XII, tendo sido construída após a eleição do Bispo D. Hugo, Arcediago da Sé de Compostela, a quem, em 1120, doou Dª Teresa (mãe de D. Afonso Henriques), o burgo portucalense e o seu respetivo couto. Conta-se que a primeira pedra foi assente pela própria Dª Teresa viúva do conde D. Henrique, só vindo a ser concluída já no reinado de D. Dinis.


Do terreiro observa-se a . A fachada principal é enquadrada por duas torres. O portal, agora em estilo rococó, substituiu o portal primitivo em estilo românico. Na parte superior destaca-se uma rosácea com a imagem de Nossa Senhora da Assunção, padroeira da catedral, pertencente ao séc. XVIII. Há também duas cruzes a rematar a construção, uma em estilo românico e a outra em estilo gótico.
Embora a sua decoração primitiva tenha sido baseada na velha de Coimbra, com o passar dos tempos esta catedral sofreu diversas alterações que lhe apagaram os traços primitivos. Anos mais tarde Nicolau Nasoni tornou-a barroca desenhando-lhe as pinturas murais da capela-mor e construindo-lhe a galilé (parte alpendrada e sustentada por colunas). A sua construção é sustentada por colunas encimadas por um frontão, tendo a meio um varandim com pequenas colunas.


Entra-se e observa-se que o templo está dividido em três naves, sendo a central de maior altura que as colaterais. Estas naves estão cobertas por abobadas ogivadas e os arcos assentam em pilastras dispostas em feixes e toda a decoração possui motivos vegetais.
A igreja é iluminada pela esplendorosa rosácea e pelas frestas altas do clerestório do transepto, onde a luz penetra, quer nas naves central e colaterais numa conjunção harmoniosamente celestial.


A capela-mor é da autoria do Frei Gonçalo de Morais e data dos princípios do séc. XVII. Esta capela-mor de estilo clássico é toda decorada a mármore, possui dois órgãos, duas magnificas tribunas e admiráveis ornamentos em madeira com belas esculturas.
Nas naves laterais do templo deparamos com diversas capelas, que são também de diferentes épocas entre as quais figuram a  magnifica Capela do Santíssimo Sacramento ornamentada com um retábulo em prata e um ilustre sacrário com passagens da sagrada escritura gravadas em baixo-relevo, uma preciosa obra de ourivesaria portuense do séc. XVI.
 
 
Nesta área do templo podemos ainda admirar as capelas de S. João Evangelista, S. Pedro e S. Vicente, todas em estilo gótico.
 
Fonte: http://www.portoxxi.com/ http://www.guiadacidade.pt/ http://www.diocese-porto.pt/

Porto - 2º Dia - Igreja de Santo António dos Congregados - Parte II



À saída da Estação de S. Bento observamos do lado direito e também na Praça de Almeida Garrett, a Igreja de Santo António dos Congregados e é para lá que nos encaminhamos.
É uma bela igreja construída em 1694 sobre as ruínas de uma capela anterior ali existente, segundo um projeto do Padre Pantalião da Rocha Magalhães, sendo inaugurada em 1703, tendo pertencido outrora à Congregação de Filipe de Néri.


Na fachada principal chamam a nossa atenção vários painéis de azulejo que culminam por cima dos três janelões com cenas da vida de Santo António, da autoria de Jorge Colaço. Destacam-se nos janelões os enormes vitrais que levam a luminosidade filtrada a cores ao interior.
A sua frontaria em estilo Barroco é do séc. XVII. As janelas são forradas com azulejos modernos, representando cenas da vida de Santo António. Os vitrais são da autoria de Robert Léone e datam de 1920.


O interior deste templo é composto por uma só nave e o coro, assente em colunas jónicas suportadas por três arcos. Dois portais em estilo Barroco abrem para o transepto. A decoração do interior da capela-mor foi feita com painéis representando também passagens da vida de Santo António e além destes painéis podemos ainda vislumbrar duas séries de relevos esculpidos deste Santo.
A Capela-mor foi reconstruída no séc. XIX e recebeu as pinturas murais de Aécio Lino, uma representando a «Assunção da Virgem» e a outra a «Sagrada Família».


No Altar-mor, o que mais chama a atenção é uma espécie de altar escadeado, em cima do se encontra o Sacrário. Também ali podemos observar um belo retábulo com a imagem de Nossa Senhora da Assunção, realizado por João Baptista Ribeiro no séc. XIX.
Na Sacristia encontram-se guardados arcazes de pau-preto e uma tela da “Virgem e o Menino”. Possui ainda um Coro Alto e um lindo Órgão.


Deixa-se a bela Igreja de Santo António dos Congregados e caminha-se pela rampa inclinada que acompanha a Avenida D. Afonso Henriques. É ali que se inicia a entrada para o Bairro da Sé, que se crê estar assente num antigo crasto. Por todo ele existem marcas de séculos de história e de histórias. É um belo bairro de casas antigas, altas e estreias, que ladeiam caminhos que da lá no alto vêm, ou a partir dela descem.
É a área mais antiga da cidade do Porto, que na época medieval estava protegida por muralhas. Estas formavam a Cerca Velha ou Castelo do Porto e terá sido a primitiva defesa do Porto, construída sobre uma anterior fortificação de origem sueva, localizada no morro da Pena Ventosa, à volta da , com quatro portas que foram sendo demolidas ao longo dos séculos. Da primitiva construção, foram descobertos vestígios na zona da , duma estrutura mais moderna ainda existem hoje alguns lanços da muralha e torreões.


A área em redor da merece ser explorada, com os seus diversos monumentos, como a igreja renascentista de Santa Clara e o apinhado bairro do Barredo, que parece não ter mudado desde tempos medievais.
Fonte: http://www.portugalvirtual.pt/ http://www.guiadacidade.pt/
Wikipédia.org

Alguns momentos com o psiquiatra Flávio Gikovate - Parte II

Egoísmo e Generosidade: índole ou situação transitória?




A preguiça e outras condutas autodestrutivas




Eu Maior

Alguns momentos com o psiquiatra Flávio Gikovate - Parte I


Amizade e Amor


As pessoas entram em nossas vidas por acaso, mas não é por acaso que elas permanecem.




O que devemos tolerar por amor?




As pessoas mudam?

1º e 2º Dia - Férias no Porto - Parte I


A saída de casa a meio da tarde fez com que chegássemos ao destino já de noite. Depois de darmos umas voltas para ver as vistas, fomos logo direito ao Parque Biológico de Gaia, situado em Avintes que nos esperava no mais puro silêncio e de portões fechados. Pelo interfone foi feita a identificação e como tínhamos marcação, entrámos para fazer o check-in.
O Parque Biológico de Gaia além de um excelente Parque de Autocaravanas dispõe ainda de uma hospedaria, para todos os que queiram um lugar tranquilo para pernoitar na zona do Grande Porto. Possui ainda uma receção, o restaurante Vale de Febros e uma cafetaria.

Além disto o Parque tem 35 hectares de quintas e floresta, que compõem a paisagem própria da região, que está a perder as suas características em favor da construção, oferecendo aos visitantes um belíssimo Percurso de descoberta da natureza, que infelizmente deixámos para o último dia que se apresentou chuvoso, retirando um pouco o prazer dessa descoberta.
Ali as noites passadas em plena segurança proporcionaram-nos um verdadeiro descanso. E se “descansar” significar dormir através da dança, então poderemos dizer que o parque nos fez descansar a dançar, ao som de pássaros que se mexiam na folhagem durante a noite e que nos acordavam cedinho, chilreando na bruma da manhã.

Após o almoço apanhámos um táxi que nos foi buscar ao parque e nos levou até Vila Nova de Gaia, onde na estação D. João II (linha D), apanhámos o metro de superfície para o Porto.
A paragem já no Porto e após a passagem pela Ponte D. Luís I (que liga as duas cidades vizinhas, Vila Nova de Gaia na margem sul e o Porto na margem norte, separadas pelo rio Douro) foi realizada na estação de S. Bento.
S. Bento é a paragem ideal para se aceder com facilidade a partir da Praça de Almeida Garrett à Estação de São Bento, à Igreja dos Congregados ou de Sto. António, bem como à Sé do Porto que tem à sua frente o terreiro de onde se desfruta uma das mais belas vista do país.
Inicia-se ali a visita ao Porto, mais precisamente pela Estação de São Bento, originalmente conhecida como Estação Central do Porto, que é uma estação de caminho-de-ferro, cujo edifício de influência francesa, foi delineado pelo arquiteto portuense José Marques da Silva.
Esta Estação é célebre pelos seus magníficos painéis de azulejos, de temática histórica. Cobrindo uma superfície de cerca de 551 metros quadrados, representam principalmente cenas que representam episódios da História de Portugal.


Devido à beleza destes painéis de azulejos esta estação foi referenciada pela revista norte-americana Travel+Leisure, como uma das “16 estações mais bonitas do mundo”, podendo ler-se, “Se o exterior é certamente bonito – e traz-nos à memória a arquitetura parisiense do século XIX, com o seu telhado de mansarda e a frontaria de pedra, é o átrio principal que nos fará engolir em seco. As paredes estão cobertas por 20.000 esplêndidos azulejos, que levaram 11 anos a completar pelo artista Jorge Colaço.”


Apresentam-se ali retratados, entre outras cenas, o Torneio de Arcos de Valdevez; a apresentação de Egas Moniz com os filhos ao Rei Afonso VII de Leão e Castela, no séc. XII; a entrada de D. João I e de D. Filipa de Lencastre no Porto, em 1387; a Conquista de Ceuta, em 1415. Um friso colorido, no átrio, é dedicado à História dos Transportes em Portugal, concluindo com a Inauguração do Caminho-de-Ferro. Estes painéis foram instalados entre 1905 e 1906 pelo artista Jorge Colaço, que, nessa altura, se afirmava como o mais popular azulejador em Portugal.
Fonte: http://www.mundolusiada.com.br/ http://www.parquebiologico.pt/ Wikipédia.org
 

Final do Ano de 2011 - Porto


As férias de Natal são curtas, mas ainda assim queríamos passar a última semana do ano fora de casa. Embora custe sempre sair de casa, por vezes faz bem, em especial quando se pretende ocupar o tempo a procurar conhecer recantos desconhecidos do país.
Embora sair de casa seja sempre a inevitável experiência de sofrer a ausência de tudo aquilo de que se gosta, é precisamente nisso que mora o encanto da viagem.
Viajar é assim descobrir o mundo que não temos junto de nós. É o tempo de sofrer a ausência que nos ajuda a mensurar o valor do mundo que nos pertence. Assim sendo, foi com muita alegria que partimos para mais uma estadia fora de casa.
Para a última semana do ano escolhemos mais uma vez o norte do país, mais propriamente a sua capital, a linda cidade do Porto, um destino não massificado, que se vem afirmando como uma das cidades mais bonitas do Mundo e que foi classificada como Património da UNESCO em 1996.
Debruçado sobre o rio Douro, o Porto é uma das mais antigas cidades da Europa, que nasceu e se desenvolveu durante a Idade Média, a partir da margem norte do rio Douro.
Um dos aspetos mais significativos do Porto e do seu centro histórico é o seu enquadramento paisagístico, fruto da harmonia das suas linhas e da sua estrutura urbanística, que constituem um conjunto de rara beleza.
Para estacionarmos a autocaravana escolhemos o Parque Biológico de Gaia, um lugar calmo que é, antes de mais, um memorial à paisagem da região, que está a perder as suas características em favor da construção. É no seu conjunto uma área agro-florestal, com 35 hectares onde vivem em estado selvagem centenas de espécies animais e vegetais.
Em resumo, da visita realizada nestes últimos dias do ano de 2011 à cidade do Porto, destacamos:
1º Dia (26/12/2011) – Casa; Vila Nova de Gaia; Parque Biológico de Gaia;
2º Dia (27/12/2011) - Praça de Almeida Garrett; Estação de São Bento; Igreja dos Congregados; Bairro da Sé; Sé e Miradouro do Terreiro; Avenida dos Aliados; Jantar no Restaurante Regaleira, berço das francesinhas;
3º Dia (28/12/2011) – Avenida dos Aliados; Visita em autocarro turístico pelo Porto; Rua de Santa Catarina; Jantar no Majestic;
4º Dia (29/12/2011) - Largo da Cordoaria; Jardim da Cordoaria; Igreja e Torre dos Clérigos; Livraria Lello & Irmão; Praça Carlos Alberto; Rua do Carmo; Igreja do Carmo; Jantar junto da Igreja do Carmo;
5º Dia (30/12/2011) – Mosteiro da Serra do Pilar e Miradouro (Vila Nova de Gaia); Travessia a pé da Ponte D. Luís I; Igreja de Santa Clara; Rua Mouzinho da Silveira e Rua das Flores; Praça do Infante D. Henrique; Palácio da Bolsa; Igreja de São Nicolau; Mercado Ferreira Borges; Jantar no Caís da Ribeira;
6º Dia (31/12/2011) – Parque Biológico de Vila Nova de Gaia; Jantar de Fim de Ano no Cais da Ribeira;
7º Dia (01/12/2011) – Visita ao Parque Biológico de Vila Nova de Gaia; Casa.
Fonte: http://www.cm-porto.pt/ http://www.parquebiologico.pt/ Mapa da cidade do Porto

 

Analisando a Pós Modernidade

A pós-modernidade é definida por muitos autores como a época das incertezas, das fragmentações, das desconstruções, da troca de valores. É possível ser otimista na era da pós- modernidade?

O professor Luiz Felipe Pondé diz-nos que a pós-modernidade é antes de tudo um tipo de consciência diante dos fracassos da utopia moderna e por isso somente ela pode estabelecer o diagnóstico da nossa época.

O filósofo Luiz Felipe Pondé é pós-doutorado pela Universidade de Tel Aviv e professor do programa de pós-graduação em Ciências da Religião e do departamento de Teologia da PUCSP, da Faculdade de Comunicação da FAAP e da Casa do Saber.
 

À minha sogra

Soneto da separação

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
 
 
Vinícius de Moraes

Lisboa - 4º Dia - Visita à Torre de Belém - Parte III



Depois da visita ao Padrão dos Descobrimentos a caminhada continuou com rumo à Torre de Belém. É uma caminhada longa, uma vez que esta antiga torre foi construída como fortaleza, à entrada da barra, no ponto de partida para as naus dos Descobrimentos, mas que se torna num autêntico prazer. É muito gostoso passear pelos passeios de acesso às várias marinas cheias de belas embarcações, sempre acompanhados por zonas ajardinadas a perder de vista,  de onde podemos sempre ir admirando o rio.

Naquele dia a visita à Torre de Belém culminou com chave d’Ouro o passeio pela zona monumental dos Descobrimentos. Quando lá chegámos embora já a meio da tarde, o número de visitantes ainda era bastante, e depois de estarmos numa bicha algum tempo, lá conseguimos por fim entrar.

A Torre de Belém foi construída em homenagem ao Santo patrono de Lisboa, S. Vicente, no local onde se encontrava ancorada outrora a Grande Nau, que cruzava fogo com a fortaleza de S. Sebastião. Foi assim construída estrategicamente na margem norte do rio Tejo, entre 1514 e 1520, para defesa da barra de Lisboa.

Inicialmente cercada pelas águas em todo o seu perímetro, progressivamente foi envolvida pela praia, até se incorporar hoje à terra firme, a Torre de Belém é um dos maiores ex-libris de Portugal, sendo ainda considerada uma das joias da arquitetura do reinado de D. Manuel I.


No seu conjunto arquitetónico podemos separar dois corpos distintos, no modelo da arquitetura militar: a torre de menagem medieval e o baluarte, com dois níveis para disparo de artilharia, que permitia um tiro de maior alcance, rasante e em ricochete sobre a água, para atingir com facilidade os cascos dos possíveis navios agressores.

Concebida no séc. XVI por Francisco Arruda, a Torre de Belém é constituída por uma torre quadrangular com baluarte poligonal orientada para o eixo do rio Tejo. A decoração exterior abunda com fachadas que evidenciam influências árabes e venezianas nos balcões e varandins, contrastando com o interior, bastante mais austero na sua decoração. Os elementos orgânicos do estilo manuelino estão aqui amplamente representados, ostentando a Torre de Belém a primeira representação escultórica de um animal africano, neste caso um rinoceronte.


O interior gótico, por baixo do terraço, que serviu como armaria e prisão, é muito austero. Nos ângulos do terraço da torre e do baluarte, sobressaem guaritas cilíndricas coroadas por cúpulas de gomos, ricamente decoradas em cantaria de pedra. A torre quadrangular, de tradição medieval, eleva-se em cinco pavimentos acima do baluarte.

Ali dentro da Torre de Belém olhando a barra do estuário do rio Tejo, veio-me à memória a experiência inolvidável, vivida há muitos anos atrás, quando cheguei a Portugal pela primeira vez, entrando por barco em Lisboa, a bordo do paquete Príncipe Perfeito, com apenas 11 anos de idade.
 
 
Encostada a uma comprida varanda do convés do Príncipe Prefeito e absolutamente estasiada com a beleza do enquadramento paisagístico da barra de Lisboa, recordo com saudade quando olhei pela primeira vez, todos estes belos monumentos, intimamente reconhecidos porquanto tantas vezes lidas as suas descrições e observadas as suas imagens, gravadas no meu livro de História da 4ª classe, acabada de fazer em Angola. Pequenina ali debruçada, e muito entusiasmada, exclamava alto os seus nomes, à medida que a vista os descobria na paisagem, dando origem pouco a pouco, a um aglomerar de alguns adultos ao meu redor.

Acabada a visita à Torre de Belém, encetámos mais uma caminhada de volta à autocaravana, a fim de partirmos a caminho de casa, finalizando mais ótimo final de semana.

Fonte: http://www.torrebelem.pt/ http://www.visitlisboa.com/ http://www.guiadacidade.pt/

Lisboa - 4º Dia - Visita ao Padrão dos Descobrimentos - Parte II



Após o almoço realizado num dos restaurantes da zona, seguimos a caminho do Padrão dos Descobrimentos. Quando lá se chega olha-se o Padrão da gigantesca Rosa-dos-Ventos implantada a seus pés, e o monumento fascina pela sua majestosidade e pelos seus 50 metros de altura.

Situado no espaço fronteiro ao Mosteiro dos Jerónimos, num local que foi outrora uma praia onde arribavam as naus, o Padrão dos Descobrimentos é um magnífico monumento que evoca claramente a expansão marítima, sendo visitado por milhares de pessoas todos os anos.

Foi desenhado por Cottinelli Telmo, com a forma de uma caravela, liderada pelo Infante D. Henrique, que segura numa mão uma pequena caravela, seguido de muitos outros heróis da história portuguesa.

As figuras localizadas do lado do espelho de água são: o infante D. Fernando, Gonçalves Zarco, Gil Eanes, Pêro de Alenquer, Pedro Nunes, Pedro Escobar, Jacome de Maiorca, Pêro da Covilhã, Gomes Eanes de Azurara, Nuno Gonçalves, Luiz Vaz de Camões, frei Henrique de Carvalho, frei Gonçalo de Carvalho, Fernão Mendes Pinto, D. Filipa de Lencastre e o infante D. Pedro.

No lado oposto encontram-se: Cristóvão da Gama, S. Francisco Xavier, Afonso Albuquerque, António Abreu, Diogo Cão, Bartolomeu Dias, Estêvão da Gama, João de Barros, Martim Afonso de Sousa, Gaspar Corte Real, Nicolau Coelho, Fernão de Magalhães, Pedro Álvares Cabral, Afonso Baldaia, Vasco da Gama e D. Afonso V. Todas as figuras têm 7 m de altura, à exceção da do Infante D. Henrique, que tem 9 m.

O Padrão dos Descobrimentos foi erguido num dos extremos da Praça do Império. Em 1940, o Padrão dos Descobrimentos foi erguido a título precário, em gesso, por altura da Exposição do Mundo Português e mais tarde em 1960, por ocasião das Comemorações do 5.º Centenário da Morte do Infante D. Henrique, o monumento é reerguido em betão armado e pedra rosal de Leiria.

O interior do monumento tem sete pisos dedicados a Auditório, Sala de Projeções, bar, Sala de Exposições e Terraço/Miradouro, cujo acesso é feito por um elevador situado dentro do edifício e de onde se disfruta de uma magnífica vista panorâmica sobre a Praça do Império e toda a zona monumental de Belém.

Lá do alto observa-se melhor o terreiro à volta do monumento, de onde sobressai uma enorme Rosa-dos-Ventos, feita com mármore de várias cores e proveniências, e um Planisfério de catorze metros, com figuras de galeões e sereias desenhadas, mostrando as rotas das descobertas concretizadas nos séculos XV e XVI.

Fonte: “Belém” de Isabel Corrêa da Silva e Miguel Metelo de Seixas, ed. Junta de Freguesia de Sta. Maria de Belém, 2000 / http://www.padraodescobrimentos.egeac.pt / http://revelarlx.cm-lisboa.pt/gca/?id=1124

Lisboa - 4º Dia -Vista ao Jardim Museu Botânico Tropical e Exposição "Viagens e Missões Cientificas nos Trópicos" - Parte I



O 4º e último dia em Belém foi destinado à visita durante a manhã ao Jardim Museu do Agrícola Tropical, sendo a tarde destinada à visita ao Padrão dos Descobrimentos e da Torre de Belém.

A partir do Cais de Cacilheiros de Belém, onde estava estacionada a nossa autocaravana, caminhámos pelo largo passeio que acompanha toda a fachada principal do Palácio de Belém, a caminho do Jardim Museu Botânico Tropical.


Situado também na zona monumental de Belém, ao lado do Palácio de Belém e junto ao Mosteiro dos Jerónimos este é um dos mais belos jardins que podemos visitar em Portugal.
O nosso interesse em visitar este jardim, não foi só pela sua beleza e as suas imponentes espécies tropicais, mas também porque ali ocorria no Palácio do Conde de Farrobo (situado em zona alta, a ver o estuário do Tejo, domina os terrenos ocupados pelo jardim), uma exposição dedicada às Viagens e Missões Cientificas nos Trópicos (1883/2010), que terminava no final de dezembro, e que eu como angolana e amante das Ciências Tropicais, também não queria perder.


O Jardim Botânico Tropical abriu ao público em 1912, com o nome de Jardim do Ultramar ou Jardim das Colónias, uma vez que na sua maioria as suas plantas vieram das antigas colónias portuguesas.
A visita iniciou-se pelo lindíssimo Jardim Museu Tropical, que ocupa uma área de cerca de 7 hectares, integrando um Jardim Botânico com cerca de 5 ha, incluindo uma estufa com aquecimento e outros abrigos de vários tipos.


Este jardim é um autêntico regalo para os sentidos, com exemplares gigantes de uma enorme beleza cénica, que só ali podem ser encontrados. Possui cerca de 500 espécies perenes na sua maioria de origem tropical ou subtropical, no entanto, dado o carácter não só de investigação, mas também didático e de lazer do Jardim, existem também algumas espécies originárias de regiões temperadas.
É um jardim que tem uma forte inclinação científica, o que quer dizer que dentro do jardim encontramos várias instalações destinadas ao estudo e conservação das várias espécies, um banco de sementes, estufas, laboratório de cultura in-vitro e uma xiloteca (arquivo/coleção de madeiras).


É um verdadeiro prazer passear ao longo das compridas avenidas ladeadas de palmeiras altíssimas e descobrir lagos e grutas, um Jardim Oriental e a topiária, sempre acompanhados durante toda a visita, por simpáticos galos, galinhas, patos, pavões e gansos.

Sobe-se depois até à plataforma onde está situado o Palácio do Conde de Farrobo e iniciamos a visita demorada à Exposição ali patente. A exposição estava estruturada em duas linhas discursivas: uma sobre viagens, expedições e missões científicas que tiveram lugar nos séculos XIX e XX e respetivos acervos, memórias e estudos; a outra sobre investigação interdisciplinar sobre desenvolvimento global.
 
 
Esta excelente exposição convidava-nos a explorar a diversidade das áreas disciplinares contempladas pelas Missões Científicas; conhecer as equipas no terreno e os equipamentos científicos utilizados; os materiais recolhidos e as metodologias aplicadas; e finalmente fazer a divulgação do “Saber Tropical” produzido pelos cientistas nas nossas ex-colónias, nas muitas viagens feitas aos trópicos.
Em alguns dos painéis as duas linhas discursivas sobrepunham-se, e noutros conviviam em «paralelo», refletindo estratégias e programas científicos que se foram sucedendo. Lá também podiamos encontrar e recordar alguns dos frutos e animais (embalsamados) que de certo modo acompanharam a minha infância.


Após a visita à Exposição Viagens e Missões Cientificas nos Trópicos, já no caminho para a saída, o belo Jardim Tropical torna a surpreender-nos, desta feita com um belo Jardim Oriental. Este é um jardim pequeno mas encantador, com os seus arruamentos, desníveis, jogos de água e espécies típicas daquela zona do mundo.
Neste jardim privilegiaram-se as plantas mais usadas nos jardins da ex-colónia de Macau. O arco que marca a entrada é uma réplica estilizada, construída por ocasião da Exposição do Mundo Português em 1940, do que limitava a entrada do "Pagode da Barra", o mais antigo de Macau, com cerca de seis séculos de existência.


Fonte: http://www.strawberryworld-lisbon.com/ http://centenariorepublica.pt/ http://www2.iict.pt/jbt/ http://marcasdasciencias.fc.ul.pt/