À saída da Estação
de S. Bento observamos do lado direito e também na Praça de Almeida
Garrett, a Igreja de
Santo António dos Congregados e é para lá que nos encaminhamos.
É uma bela igreja construída em 1694 sobre as
ruínas de uma capela anterior ali existente, segundo um projeto do Padre Pantalião da Rocha Magalhães,
sendo inaugurada em 1703, tendo pertencido outrora à Congregação de Filipe de Néri.
Na fachada principal chamam a nossa atenção vários painéis de azulejo que culminam por cima dos três janelões com cenas da vida de Santo António, da autoria de Jorge Colaço. Destacam-se nos janelões os enormes vitrais que levam a luminosidade filtrada a cores ao interior.
A
sua frontaria em estilo Barroco é do
séc. XVII. As janelas são forradas com azulejos modernos, representando cenas
da vida de Santo António. Os vitrais
são da autoria de Robert Léone e
datam de 1920.
O interior deste templo é composto por uma só nave e o coro, assente em colunas jónicas suportadas por três arcos. Dois portais em estilo Barroco abrem para o transepto. A decoração do interior da capela-mor foi feita com painéis representando também passagens da vida de Santo António e além destes painéis podemos ainda vislumbrar duas séries de relevos esculpidos deste Santo.
A
Capela-mor foi reconstruída no séc. XIX e recebeu as pinturas murais de Aécio Lino, uma representando a «Assunção da Virgem» e a outra a «Sagrada Família».
No Altar-mor, o que mais chama a atenção é uma espécie de altar escadeado, em cima do se encontra o Sacrário. Também ali podemos observar um belo retábulo com a imagem de Nossa Senhora da Assunção, realizado por João Baptista Ribeiro no séc. XIX.
Na
Sacristia encontram-se guardados arcazes de pau-preto e uma tela da “Virgem e o Menino”. Possui ainda um Coro Alto e
um lindo Órgão.
Deixa-se a bela Igreja de Santo António dos Congregados e caminha-se pela rampa inclinada que acompanha a Avenida D. Afonso Henriques. É ali que se inicia a entrada para o Bairro da Sé, que se crê estar assente num antigo crasto. Por todo ele existem marcas de séculos de história e de histórias. É um belo bairro de casas antigas, altas e estreias, que ladeiam caminhos que da Sé lá no alto vêm, ou a partir dela descem.
É
a área mais antiga da cidade do Porto,
que na época medieval estava protegida por muralhas. Estas formavam a Cerca Velha ou Castelo do Porto e terá sido a primitiva defesa do Porto, construída sobre uma anterior
fortificação de origem sueva, localizada no morro da Pena Ventosa, à volta da Sé,
com quatro portas que foram sendo demolidas ao longo dos séculos. Da primitiva
construção, foram descobertos vestígios na zona da Sé, duma estrutura mais moderna ainda existem hoje alguns lanços da
muralha e torreões.
A área em redor da Sé merece ser explorada, com os seus diversos monumentos, como a igreja renascentista de Santa Clara e o apinhado bairro do Barredo, que parece não ter mudado desde tempos medievais.
Fonte: http://www.portugalvirtual.pt/
http://www.guiadacidade.pt/
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