Brienz, um vilarejo encantado

O vilarejo de Brienz estende-se ao longo da margem do lago Brienzersee, apoiado por pastagens verdejantes salpicadas de árvores de fruto. Está localizado no meio das montanhas num lugar simples e encantador no extremo leste do lago de cor azul turquesa.

O Brienzersee, ou Lake Brienz, é uma das principais atracções da cidade. É um lago cristalino, cercado por montanhas arborizadas por todos os lados e que dão à região uma ambiência selvagem e sombria que contrasta fortemente com a sofisticada atmosfera de Brienz e de outras cidades situadas nas margens do lago.
Brienz é a povoação mais procurada pelos habitantes de Berna para passar as suas férias de Verão. O turismo tem sido há já algum tempo uma forma de vida, para esta região da Suíça e é já uma parte integrante na cultura desta região, desde que os britânicos e os alemães começaram a fazer turismo ali, a meio do século XIX.
Brienz tem sido habitada durante a maior parte do tempo ao longo de um milhar de anos. A igreja local remonta ao século XII, e algumas das casas da cidade e hotéis foram construídos por volta de 1600.
A parte mais romântica de Brienz, é provavelmente, o Brunngasse, uma rua que foi premiada por ser a «rua mais bonita da Europa», como é conhecida no estrangeiro. A maioria das casas desta rua datam do século XVIII e estão decoradas com esculturas em madeira.

O vilarejo de Brienz é o centro artesanal dos trabalhos de escultura em talha de madeira Oberland e é nesta vila que se pode encontrar a Kantonale Schnitzerschule Brienz, a Escola de escultura em madeira, que merece uma visita.

Brienz, é assim conhecida como a "aldeia de escultura" e tem uma longa tradição no processamento de madeira e até hoje produz trabalhos artesanais de escultura e também violinos. Exemplos desta arte, na forma de figuras ou letreiros, estão espalhados pela vila inteira.

Numa colina encontra-se a igreja, que possui um altar em talha esculpido de 1517. Também em Brienze se podem encontrar, diversas lojas com trabalhos em talha de madeira e lojas de violinos e as escolas destas artes, que se encontram abertas aos visitantes.

Poucas mudanças foram operadas nos últimos 100 anos. A velha fábrica de talha em madeira Huggler, ainda continua no mundo dos negócios. Os visitantes continuam a desfrutar de belas caminhadas e excursões no lago, os ferries a vapor e o comboio continuam a transportar turistas, como o têm feito desde 1892.

Mesmo os chalés modernos foram construídos com uma arquitectura idêntica à tradicional, característica das casas de um ou dois séculos atrás, com os tradicionais telhados salientes e pesadas varandas de madeira.

Esta vila acolhedora é um bom ponto de partida, para alugar um barco e fazer um passeio no tranquilo lago azul turquesa, ou apanhar um elegante barco a vapor e fazer um cruzeiro com paragens nas pequenas cidades, vilas e aldeias, situadas nas margens do lago BrienzerSee.

Também podemos apanhar o funicular (inaugurado em 1879), e subir pela encosta rochosa e escarpada em quatro minutos, até a uma zona em altitude, onde se pode caminhar 20 minutos para ver no total, sete quedas de água a cerca de 278m de altura.

Perto de Brienz podemos ainda visitar o Freilichtmuseum, na localidade próxima de Ballenberg. É um museu ao ar livre, com cerca de 80 casas típicas e edifícios agrícolas que datam do século XVI ao XIX, vindos de toda a Suíça e que se encontram espalhadas por uma grande área de pastagens.

Neste museu, o artesanato tradicional é demonstrado por artesãos vestidos com trajes típicos, que ali trabalham durante a temporada de Verão, que vai de meados de Abril ao mês de Outubro.

No entanto não se deve passar por Brienz, sem se mergulhar nas gélidas águas do lago, o que resulta numa experiência única. Recomenda-se ainda, uma caminhada ao longo da calçada do lago, passando pelos pequenos portos, com barcos de recreio, um passeio revigorante, calmo e refrescante...

A caminho do lago BrienzerSee

O caminho desde Lucerne até à zona dos lagos Brienzersee e Thunersee, os dois lagos que dominam a zona de Interlaken, é um verdadeiro hino à beleza natural e dos percursos mais deslumbrantes que alguma vez tive a sorte de fazer.

As suas típicas aldeias alpinas e cidades de montanha, aliadas à impressionante beleza dos Alpes, com suas montanhas de picos nevados, vales pitorescos e lagos cristalinos, fazem deste passeio um dos mais inesquecíveis da nossa vida.

Deste caminho são retirados alguns dos cartões-postais que enaltecem mais a beleza da Suíça. Várias vezes damos por nós a olhar absolutamente impressionados as cénicas cimeiras de montanha!... Mas mais surpreendidos ficamos quando após uma curva do caminho, ou o final de uma subida de colina, nos deparamos com pequenas e encantadoras aldeias lacustres ou cidades estância à beira dos lagos de uma beleza sem par.

Nesta zona da Suíça, os prados crescem em todas as direcções e os belos lagos alpinos, são de um magnífico verde-esmeralda ou azul turquesa, com águas que quase não mexem, em vales protegidos pelo abraço das altas montanhas, onde o vento praticamente não sopra.

Após a saída de Lucerne, encontramos já a alguns quilómetros de distância a pequena povoação de Sarnen, junto ao lago Sarnen See.

Espalhada por uma encosta de montanha por cima de um verdadeiro prado luxuriante, salpicado de frondosas árvores, Sarnen é a capital do cantão de Obwalden. A pequena cidade de Sarnen é habitada desde a idade da Pedra Antiga e da Idade do Bronze, como demonstram vestígios encontrados no vale de Sarnen.

A seguir encontra-se a aldeia alpina de Sachseln, situada também junto das margens do lago Sarnen See, possui uma idílica paisagem alpina ao sul da costa leste do lago Sarnersee.

Situada a 470 metros de altitude, é muito frequentada pelos amantes de actividades de Verão, que incluem o surf, o remo, a canoagem, as caminhadas, o ciclismo de montanha e o parapente.

A igreja paroquial, visível a quilómetros de distância é o principal marco de Sachseln. Ali encontra-se o túmulo do Irmão Klaus, um frade santo que mesmo nos dias de hoje continua a "atrair milhares de peregrinos por ano”.

A economia da cidade depende de uma fábrica de equipamentos electrónicos para a NASA e outros consumidores industriais e é o maior empregador do cantão.

Mais uns quilómetros a subir e encontramos Lungern, uma estância balnear no Verão e de esqui no Inverno. O seu belo lago de margens longas e recortadas é de uma beleza que nos deixa sem fôlego.

Lungern, é uma aldeia alpina rodeada por altas montanhas, que se erguem-se à sua volta, cheias de florestas e prados verdejantes, de uma calma extrema, fazendo com que a paisagem à sua volta seja absolutamente deslumbrante.

É um lugar popular para as férias de Verão dos suiços, maravilhosamente situado no extremo sul do lago Lugern See, que a seus pés se estende num cenário de íngremes colinas arborizadas, com uma igreja neo-gótica que se destaca na aldeia.

Sobe-se mais ainda, até que se começa a descer até ao vale de Brienzwiler, onde se encontra o Freilichtmuseum Ballenberg, um vasto museu ao ar livre de 66 hectares e que é composto por cerca de 100 edifícios rurais históricos, desde simples chalés alpinos a explorações agrícolas inteiras com muitos animais.

As construções umas de madeira e outras em pedra ou tijolo, vieram de várias regiões suíças e todas foram salvas da demolição, tendo sido cuidadosamente desmanteladas e reconstruídas no local. No interior destas casas o mobiliário é também o original.

Ali os edifícios estão agrupados de acordo com a zona de origem e incluem jardins, campos cultivados, bem como os animais característicos das quintas.

Quando chegámos ao lago Brienzersee e à pequena cidade de Brienz, fomos procurar o parque de campismo local. Mas antes de lá chegarmos fomos encontrando vários chalés de montanha que se estendiam junto ao lago e todos eles alugavam espaços nos seus jardins, quer para tendas, quer para ACs.

Por sorte, foi no jardim de um destes chalés que ficámos, mesmo na margem do lago BrienzerSee, que nos esperava com águas translúcidas e serenas…

O Verkehrshaus, o Museu dos Transportes de Lucerne

A tarde do segundo dia em Lucerne, foi destinada à visita ao Museu dos Transportes. O Verkehrshaus, o museu dos transportes de Lucerne é um dos principais atractivos de Lucerna e ficava mesmo ali perto do local onde estava estacionada a nossa AC.
O museu Verkehrshaus der Schweiz de Lucerne, abrange quase todos os tipos de veículos motorizados, desde a mais primitiva motoreta à última nave espacial. Carros antigos, com modelos de referência, que podem ser vistos numa espécie de silo para carros e se não se tiver pressa, podemos assistir ao desfilar de uma enorme variedade de modelos da 2ª Revolução Industrial (início do séc. XX), onde se pode observar o primeiro carro comercializado, com carroçaria Benz e motor Wagen, passando pelo Ford T (1º carro saido da produção em série, inventada por Henry Ford), até aos modelos comerciais e desportivos dos anos 60, 70 e 80.

Este vasto complexo é dedicado a habilidade da engenharia suíça, que o tem mantido com interesse ao longo do tempo. Para o visitar com alguma organização, é necessário pedir o plano geral do museu que pode ser obtido no balcão à entrada.
O museu é dividido em grandes e várias áreas, tendo uma sala para os Transportes Rodoviários, outra sala para os Transportes Ferroviários, outra para a Aviação e a Astronáutica, outra para os Teleféricos ligados ao Turismo, com as engenhosas vias-férrias de cremalheira, e assim por diante... Tudo se encontra explicado em alemão e Inglês e se este museu é interessante para qualquer adulto, para as crianças é o sétimo céu.

A área destinada à secção dos comboios, possui dezenas de enormes e antigas locomotivas, a vapor e outras e a sala tem aquele cheiro característico a óleo, evocativo do passado. Ali pode também ver-se uma excepcional e bem representada escavação do túnel de São Gotardo, dramatizada em slides com banda sonora.

A secção destinada aos transportes náuticos e aos aviões é enorme e possui além de vários modelos de pequenos aparelhos, também lá se podem ver grandes aeronaves, bem como simuladores de voo e uma torre de controlo de aeroporto.

A secção dedicada às descobertas espaciais inclui uma viagem virtual no Cosmorama, uma viagem interactiva, em que os mais arrojados entram numa cápsula que os leva em viagem ao cinturão de asteróides, no “espaço”.
Há também uma ampla secção dedicada à comunicação, um Planetário excelente e uma sala cinema IMAX. Situada num gigantesco edifício, faz a projecção de filmes muito interessantes em 3D.

Há vários filmes à escolha, que se pagam em separado e que são projectados num grande anfiteatro, nas paredes de uma sala circular. Também abriga em anexo, um museu dedicado ao aclamado artista do século de Lucerne, Hans Erni.
Há saída do museu, houve tempo de sobra para um descansado lanche na esplanada do Verkehrshaus, para depois seguirmos caminho para os lagos que servem a zona de Interlaken.

Lucerne a cidade maravilhosa

O lugar escolhido para as pernoitas e para o estacionamento da nossa AC em Lucerne, foi um recatado e silencioso parque de estacionamento perto da AS da cidade, que se encontrava superlotada e que se situava perto do Verkehrshaus, o famoso museu dos Transportes da cidade que fica na periferia da cidade.
As deslocações para a cidade foram feitas de bicicleta, o que nos proporcionou passeios de autêntico prazer pelas magníficas margens do lago dos Quatro Cantões. No entanto essas deslocações podem também ser feitas por barco, uma vez que a zona é servida por um ancoradouro com ponto de paragem para os elegantes barcos suíços que cruzam os lagos e que nos levam até à Cidade Velha de Lucerne.
Lucerna está idealmente situada no coração histórico e paisagístico do País e é inquestionavelmente uma das cidades mais encantadoras da Europa e quanto a mim, a mais bonita cidade Suíça.

Lucerna também tem o mérito adicional de estar no regaço de algumas das mais deslumbrantes montanhas suíças e a sua fama como estância turística é mantida de ano para ano, por uma escolha incrível de atracções e actividades.

A cidade está localizada nas pitorescas margens do Lago dos Quatro Cantões ou Lago de Lucerne e é cercada por uma paisagem alpina verdadeiramente idílica. Um agradável passeio pelas margens do lago, onde o vento se faz sentir ameno e a visita à encantadora Cidade Antiga, que atravessou séculos de história, são absolutamente imperdíveis.

Assim a cidade tem um lugar notável no extremo noroeste do lago de Lucerna, onde o rio Reuss retoma o seu curso. Gozando de uma revigorante vista para a montanha, cruzeiros no lago e a sua pitoresca zona antiga, Lucerne, Luzern ou Lucerna é uma das cidades turisticamente mais fortes da Europa.

Outrora uma simples vila de pescadores, esta encantadora cidade é atravessada pelo rio Reuss, na borda ocidental do Lago Lucerna e é hoje uma excelente base para muitas excursões na Suíça montanhosa.

A fundação da cidade de Lucerne perde-se na história. O nome da cidade provavelmente deriva da palavra celta “lozzeria”, que significa "uma solução em terreno pantanoso", que é como Lucerne se encontrava em meados do século oitavo, quando ali só existia um pequeno mosteiro beneditino, sob o controle da Abadia alsaciana de Murbach.
Quando a rainha Vitória chegou a Lucerne para umas férias em Agosto de 1868, a cidade já era sobejamente conhecida. O turismo é no entanto hoje, a principal fonte de rendimento da cidade, que mesmo assim tem conseguido manter todo o seu encanto.

Embora seja uma cidade relativamente pequena, para a conhecermos bem, é necessário pelo menos um par de dias, para se explorar a cidade e se poder visitar alguns dos seus museus de grande qualidade.

O museu Picasso e o Verkehrshaus, o seu impressionante Museu dos Transportes, são imperdíveis. Imperdível também, é o caminhar sobre as muralhas medievais ou mesmo explorar as ruas de paralelepípedos, com pátios e jardins escondidos, não esquecendo o refrescante, revigorante e saboroso passeio pelas margens do lago.

As margens do rio estão cheias de praças medievais, com igrejas e capelas, bem como casas seculares, decoradas exteriormente com lindos frescos com figuras e flores.

O centro de Lucerna é uma zona pedonal, com muitas ruas empedradas, cercada por casas, lojas e hotéis com fachadas pintados em estilo medieval ou simplesmente decorados com flores. Acima da cidade velha, estendem-se as muralhas da cidade original, de onde se pode admirar o esplendor e a variedade da paisagem.

A cidade possui uma vivacidade que desmente a sua idade e uma das suas principais atracções é sem dúvida a passagem para a outra margem, do rio Reuss pela famosa ponte medieval, a “Ponte da Capela” (Kapellbrücke), que constitui a trave mestra da paisagem urbana de Lucerne e é considerada, uma das mais antigas pontes de madeira cobertas na Europa, construída no século XIV.
Mas Lucerne não é uma peça de museu. A cidade possui muitos jovens, tem muitos cafés e nos finais de semana a sua avenida principal, a Pilatusstrasse, enche-se de jovens e de pessoas de todas as idades.

Um passeio bicicleta pelas margens do seu belo lago, a subida até ao monte Pilatus que se eleva acima da cidade, a sua fabulosa arquitectura medieval ou mesmo a actual arquitectura contemporânea, ou pela sua vida nocturna, a cidade tem o condão de deixar quem a visita absolutamente fascinado...

Fonte: Travel Guide/myswitzerland.com

O dia em Zurique

A manhã e o início da tarde foram passados junto do lago Zurique. Vale a pena caminhar na beira do lago que deu o nome à cidade. Lá almoçámos e nos espreguiçámos ao sol, que naquele dia estava bem quente. Depois pegámos na AC e dirigimo-nos para o Kunsthaus Zürich.

O Kunsthaus Zürich é um dos museus de arte mais importantes da Suíça e até da Europa, com colecções a partir da Idade Média até à arte contemporânea com ênfase na arte suíça.

A entrada no museu é gratuita aos dias feriados e domingos e todos os dias para pessoas de até aos 16 anos de idade. Pois é… Apesar de ser uma das cidades mais caras da Europa, também oferece passeios e atracções gratuitas para os seus visitantes.

Este museu de artes abriga sessões dedicadas ao escultor e pintor surrealista suíço Alberto Giacometti e uma grande colecção de arte do século XX produzida nos EUA, além de pintura flamenga e obras de Picasso, Anselm Kiefer, Cézanne, Van Gogh, Monet e Munch.

É o melhor museu de Zürich e na melhor tradução possível, é a casa da cultura da cidade. É um pouco complicado perceber a organização das colecções, pois tudo se mistura. É uma visão bem particular de arte, que coloca as obras de velhos mestres numa sala com um Ernesto Neto a poucos metros. Mas há guias áudio que ajudam bastante para quem tem muito tempo para a visita.

Possui a maior colecção de Munch que já vi em minha vida. Contei uma dúzia de obras numa sala dedicada só a este grande mestre da pintura universal. Há também um grupo significativo de obras de Claude Monet e Marc Chagall. Podemos também deleitar-nos com Dali, Rodin e outros. Possui dois painéis gigantescos do Monet, e para quem gosta de Monet é um verdadeiro prato cheio.
Entre as modernas tendências artísticas representada por Fischli/Weiss, Twombly, Beuys, Polke e Baselitz os visitantes podem descobrir uma grande variedade de obras PopArt.

As colecções relativas aos velhos mestres é bastante completa, contando com Veronese, Rembrandt, Van Dyck, Petter de Hooch... A parte relativa a arte contemporânea é muito interessante, com muitos e lindos Chagall, vários Lichtenstein, Margrite, Picasso, Cy Twombly e até um Ugo Rondinone.
Tenho visitado muitos museus, mas este é sem dúvida um dos meus favoritos. Estivemos dentro do museu bastante tempo, mais do que esperávamos, mas o tempo que lá estivemos foi de autentico prazer. A visita proporciona um verdadeiro tumulto dos sentidos, tantas são as surpresas lá encontradas…

Após esta visita demorada ao museu Kunsthaus Zürich, estivemos bastante tempo na esplanada do museu, já no exterior do museu, para sentirmos bem a ambiência da cidade. Depois fomos até mais a baixo para junto do rio, para a partir daí podermos com maior facilidade visitarmos a Cidade Velha, onde ficámos até ao final do dia, visitando a pé os pontos de maior interesse.

Há no entanto que referir que não se pode deixar de visitar a Bahnhofstrasse. Esta é a rua principal e a mais famosa de Zurique, também considerada uma das mais caras do mundo. Localiza-se em frente à saída principal da estação central de comboios da cidade e estende-se até o lago de Zurique.

Ali é possível encontrar lojas como Louis Vuitton e Channel, a famosa loja de brinquedos Franz Carl Weber, cafés e, é claro, muitos bancos. Não se deve perder uma paragem na Confeitaria Sprüngli, para fazer um lanchinho e experimentar o luxemburgerli (doce composto por dois pequenos biscoitos recheados com creme) e é claro comprar chocolates suíços.

Depois já noite serrada rumámos a Lucern, que quando chegámos nos esperava em sossego...
Fonte: Wikipédia

Zurique



Saímos de Berna já de noite e por isso decidimos ir até Zurique pela auto-estrada, porque de noite todos os gatos são pardos…

Surpreendeu-nos no caminho a quantidade de promiscuidade homossexual nas estações de serviço a caminho de Zurique e como já chegámos tarde à cidade, também nos surpreendeu a enorme quantidade de prostituição à entrada da cidade.

As cidades da Suíça junto aos lagos assemelham-se muito, em especial nas marginais junto dos lagos. À noite ainda mais se assemelham, em especial pela beleza da reflexão das cidades nos seus lagos.

A cidade é muito bonita à noite, apetecendo ficar e vaguear pela cidade iluminada. Junto ao rio, na rua que delimita o bairro antigo, também poderemos encontrar uma série de bons cafés e nos pequenos hotéis também se pode encontrar um bom piano bar. Este bairro é delimitado pelas traseiras da estação de comboio e pela margem do lago Zurique e estende-se pela encosta da montanha.

O lugar escolhido para a pernoita, foi um largo e sossegado parque de estacionamento junto do lago, onde a presença constante da policia se fazia sentir. Um local que na manhã seguinte se revelou muito concorrido pelos habitantes de Zurique para aí fazerem praia, nos pontões de embarque para barcos de recreio.

Zurique é a maior cidade da Suíça e que teve sempre um papel fundamental na sua história. A cidade situa-se no nordeste do país, no cantão alemão e é palco de um grande fervor cultural, com um ambiente cosmopolita e com muitas outras características das grandes cidades europeias.


Acredita-se que a origem do nome advém das línguas celtas, talvez da palavra Turus, até pelo facto dos Celtas terem colonizado aquela área pelo menos desde o ano 500 a.C. O nome atribuído à cidade pelos Romanos era Turicum.

A cidade foi destruída no século V pelos alamanos. Converteu-se em cidade imperial em 1218, entrando na Confederação Helvética em 1351 e obtendo grande importância, graças à aquisição de numerosos condados vizinhos e à grande prosperidade do seu artesanato têxtil.

Ulrico Zuínglio, introduziu a reforma protestante em Zurique a partir de 1519 e a cidade e o cantão foram governados pela rica burguesia protestante até à reforma liberal de 1830.

Zurique é o centro financeiro da Suíça e uma das bolsas de valores mais importantes da Europa. A alta finança e os grandes bancos suíços, tão importantes para a economia nacional, estão sediados em Zurique.

O caudaloso rio Limmat que se junta ao lago de Zurique, divide a cidade em duas metades. A parte oriental conhecida como Niederdorf, inclui a majestosa Catedral Grossmünster do século XIII, e tem muitos cafés e pequenas lojas.

A metade ocidental é a mais antiga da cidade e concentra-se à volta da Lindenhof, a plataforma que oferece uma excelente vista da cidade. Ali perto fica a igreja medieval, a Fraumünsterkirche com bonitos vitrais de Marc Chagall e a Städtische Verwaltung (Câmara Municipal).

Bahnhofstrasse é a ampla rua que vai dar à Estação Central e tem a fama de ser uma das ruas de comércio mais elegantes da Europa com várias joalharias e boutiques de grande classe.

Fonte: Wikipédia

A Negra Alma da Inveja


"Com a inveja e o ciúme, não há calma nem repouso para aquele que está atacado desse mal. Os objectos de sua cobiça, de seu ódio, de seu despeito, levantam-se diante dele como fantasmas que não lhe dão nenhuma trégua e o perseguem até no sono."

Allan Kardec


A inveja é definida como sendo o desejo de possuir e de ser o que os outros são, podendo tornar-se uma atitude crónica na vida de uma criatura. É uma forma de cobiça, um desgosto em face da constatação da felicidade e superioridade de outrem.

Observar a criatura sendo, tendo, criando e realizando provoca uma espécie de dor no invejoso, por ele não ser, não ter, não criar e não realizar. A inveja leva, por consequência, à maledicência, que tem por base ressaltar os equívocos e difamar; assim é a estratégia do depreciador: “Se eu não posso subir, tento rebaixar os outros; assim, compenso meu complexo de inferioridade”.

O invejoso é inseguro e supersensível, irritadiço e desconfiado, observador minucioso e detective da vida alheia até a exaustão, sempre armado e alerta contra tudo e todos.

Faz geralmente o género superior, quando na realidade, se sente inferiorizado; por isso, quase sempre deixa transparecer um ar de sarcasmo e ironia em seu olhar, para ocultar dos outros o seu precário contacto com a felicidade.

A inveja sempre foi uma emoção subtilmente disfarçada em nossa sociedade, assumindo aspectos ignorados pela própria criatura humana. As atitudes de rivalidade, antagonismo e hostilidade dissimulam muito bem a inveja, ou seja, a própria “prepotência da competição”, que tem como origem todo um séquito de antigas frustrações e fracassos não resolvidos e interiorizados.

A inveja, o despeito, o rancor e muitos outras formas de comportamento poderão quando utilizadas por pessoas de mau carácter ter efeitos desastrosos sobre os "espíritos fracos", e que se manifestam nos locais mais diversos, como o ambiente de trabalho, as grandes superfícies comerciais e até com muita frequência em reuniões sociais.

No entanto, deve referir-se que a maior das defesas é a nossa auto-confiança, a segurança nas nossas atitudes e comportamentos e muito especialmente e neste aspecto, convém ter bem presente que nunca devemos gabarmo-nos dos nossos êxitos, não falarmos mais do que o necessário e dentro do possível fazer uma selecção das pessoas com quem nos relacionamos.

Apesar de todos os cuidados, estamos rodeados de cargas negativas e contra elas temos de nos defender com tudo o que esteja ao nosso alcance, tendo bem presente que defendermo-nos não significa "atacar", e que se usarmos as mesmas armas a lei da "causa efeito" encarrega-se a seu tempo de nos castigar...