Reguengos de Monsaraz


A chegada a Reguengos de Monsaraz, foi realizada ao final da tarde e ali parámos para jantar, no restaurante do Café Central, na praça principal da cidade, com vista para a Igreja de Santo António. Queriamos experimentar o famoso ensopado de borrego, mas como já não havia, tivemos que esperar pelo dia seguinte, ao almoço em Monsaraz.

Reguengos de Monsaraz é um concelho predominantemente agrícola e célebre pelos vinhos da sua região demarcada, mas tem muito mais a oferecer ao visitante, pois está rodeado pela beleza dos seus olivais e prados, bem como os lagos a perder de vista da albufeira da Barragem do Alqueva.

A sede do concelho, Reguengos, ergue-se rodeada de vinhas no coração do Alentejo e exibe a imponente Igreja de Santo António, construída no século XIX em estilo neogótico.

Porém, o local mais apreciado da região é Monsaraz, antiga sede do concelho e vila medieval rodeada de muralhas que se ergue ao longe, no alto de um monte sobre o rio Guadiana e exibe um castelo do século XIII, construído para defender a zona dos ataques de Espanha. Era lá que queríamos pernoitar e para lá nos dirigimos após o jantar.

A região demarcada de Reguengos de Monsaraz produz alguns dos melhores vinhos tintos do país, os quais combinam na perfeição com uma gastronomia local baseada na carne de porco e de borrego e em saborosas sopas com substanciais naturais, como o pão, azeite e ovos, e as ervas aromáticas.

Fonte: viajar.clix.pt

Palácio Ducal de Vila Viçosa





O Palácio de Vila Viçosa foi durante séculos a sede da sereníssima Casa de Bragança, uma importante família nobre fundada no século XV, que se tornou na Casa Reinante de Portugal, quando a 1 de Dezembro de 1640, D. João IV, o 8º Duque de Bragança foi aclamado Rei de Portugal.

O palácio foi construido no início do século XVI, quando D. Jaime I, 4º Duque de Bragança, decidiu edificar um novo paço para si e sua família em Vila Viçosa.
Situado na Horta do Reguengo, fora dos muros do aglomerado urbano medieval, o novo palácio tem a fachada principal toda revestida de mármores da região e inspira-se na arquitetura italiana renascentista. Possui três andares, cada um deles correspondendo, desde o rés-do-chão ao piso superior, a uma das ordens clássicas: dórica, jónica e coríntia. O Palácio apresenta uma grande coleção de obras de arte (pinturas a fresco em paredes e tetos, tapeçarias flamengas, ourivesaria, pintura, mobiliário de estilo, porcelanas orientais, portuguesas, italianas e de outras origens, escultura, etc..), sendo particularmente nobres as salas do primeiro piso, de que são exemplos a Sala da Medusa e Sala dos Duques (com retratos de todos os duques até ao século XVIII, no teto) e de Hércules, muitas delas enobrecidas com belíssimos fogões de sala em mármore esculpido.
Permanecem particularmente vivas no palácio as memórias dos dois últimos reinados, fruto da especial predileção que por ele tiveram os soberanos de Portugal, como se pode observar nos aposentos régios e nos inúmeros exemplares da obra artística do rei D. Carlos, como aguarelas e pinturas em pastel. A cozinha apresenta uma das maiores coleções de peças de cozinha, em cobre. São ainda de realçar a biblioteca (com exemplares bastante preciosos) e a armaria. Nas antigas cocheiras está instalada uma secção do Museu Nacional dos Coches, onde entre outras carruagens, se pode admirar o landau que transportava a família real no dia do regicídio.
Com efeito, foi neste palácio que o rei D. Carlos I dormiu a sua última noite antes de ser assassinado, em 1 de Fevereiro de 1908, tendo sido conservandos intactos os seus aposentos.
Após a proclamação da república, em 1910, o Palácio de Vila Viçosa, bem como todos os bens da Casa de Bragança, permaneceram na posse do rei D. Manuel II, segundo filho de D. Carlos, por serem bens familiares do rei e não do Estado.


Em 1933, na sequência das disposições testamentárias de D. Manuel II o palácio integrou a Fundação da Casa de Bragança, que abriu as suas portas ao público, como museu. Nessa época o Paço recebeu ainda grande parte dos bens móveis, obras de arte e a preciosa biblioteca do rei exilado, provenientes da sua residência no exilio, em Londres.Fonte: Wikipédia / http://www.guiadacidade.pt

Vila Viçosa


Após o almoço deixámos Terrugem e partimos rumo a Vila Viçosa, onde queríamos parar para uma visita ao seu belíssimo Palácio Ducal e à vila.

Chegados a Vila Viçosa, depois de percorridos alguns quilómetros de estrada em que os campos de oliveiras a perder de vista apenas são interrompidos pelas inúmeras extracções de mármore, a céu aberto, chegamos a Vila Viçosa, uma terra que parece ter parado no tempo.

Com uma arquitectura tradicionalmente portuguesa, esta pequena cidade (berço de figuras de relevo da cultura portuguesa como Florbela Espanca ou Bento de Jesus Caraça), apresenta-se ao visitante com a Praça da República, em que o mármore predomina, e onde dezenas de laranjeiras ilustram o cenário.

Outro aspecto curioso é a história de Vila Viçosa. Vila Viçosa foi ocupada pelos romanos e muçulmanos até ser conquistada em 1217, durante o reinado de D. Afonso II.

No entanto realmente tudo começou em 1270, data do foral dado por D. Afonso III que lhe atribuiu a categoria de vila e de sede de concelho, vendo o seu nome mudado de Vale Viçoso para Vila Viçosa.

O foral é bastante idêntico ao de Monsaraz, Estremoz e Santarém, atribuindo grandes regalias a Vila Viçosa. No século XIV, D. Dinis manda erigir o Castelo de Vila Viçosa.

Anos mais tarde, em 1297, a povoação foi oferecida como dote de casamento a D. Brites, noiva de D. Afonso IV. Já em 1372, D. Fernando doou-a a D. Leonor Teles e, passados 13 anos, nove dias após a Batalha de Aljubarrota, D. João I ofereceu os destinos da vila a D. Nuno Álvares Pereira.

Durante o domínio filipino, Vila Viçosa, era sede da maior corte ducal da Península Ibérica. Data memorável para a localidade é também o ano de 1640, quando um grupo de conspiradores convenceu o então João II, Duque de Bragança a aceitar o trono de Portugal, tornando-se a 1 de Dezembro de 1640, D. João IV (1640-1656) dando início à Dinastia de Bragança.
Em 1755, Vila Viçosa foi fortemente abalada pelo Terramoto de 1755. No início do séc. XIX, Vila Viçosa foi saqueada durante as Invasões Francesas.

Com a Proclamação da República a 5 de Outubro de 1910, Vila Viçosa caiu em decadência, devido ao objectivo dos republicanos em apagar todos os vestígios da monarquia. Contudo, na década de 1930, com a exploração dos mármores e abertura do Paço Ducal de Vila Viçosa para turismo, Vila Viçosa começou a modificar-se até aos dias de hoje.

Actualmente, como acontece com muitas cidades alentejanas, sua população encontra-se em diminuição, cujo principal factor responsável é a emigração para outras regiões de Portugal ou mesmo do estrangeiro.

Hoje Vila Viçosa é uma povoação escrupulosamente limpa, cheia de flores e de ruas ladeadas de laranjeiras, orgulhosa dos seus monumentos, como o Castelo do séc. XIII, a Igreja dos Agostinhos ou o Convento das Chagas renascentista, actualmente uma pousada nacional. Pela vila podemos ainda observar várias casas senhoriais decoradas com mármore, o «ouro branco» local.

Fonte: Wikipédia / Rotas & Destinos-Lugares com história.

Mais palavras para quê?


"Vejo a multidão fechando todos os meus caminhos, mas a realidade é que sou eu o incómodo no caminho da multidão".
Chico Buarque ("Estorvo")


Segundo o dicionário, a inveja é o desgosto, ódio ou pesar pela prosperidade ou alegria de outrem. Já despeito é o desgosto causado por uma ofensa leve ou desfeita. E a cobiça é o desejo veemente de conseguir algo que é dos outros. Mas até que ponto podem chegar estas três coisas à vida de uma pessoa?

Nos dias actuais, é cada vez mais difícil encontrar seres humanos que não se deixem atrair pela ganância, dando espaço tanto à inveja, como ao despeito ou mesmo à cobiça.

É cada vez mais fácil encontrar: Quem deseje algo pertencente a outro semelhante! Quem fale mal de alguém, mesmo que não tenha motivos reais e verdadeiros para isso! Quem se deixe levar por opiniões de terceiros sobre determinadas coisas ou pessoas! Quem sem um conhecimento de forma abrangente, afirme não gostar de algo ou de alguém! E fechando com chave de ouro, quem crie uma mentira para prejudicar a imagem de alguém!

Pois é, o despeito, a inveja e a cobiça, rondaram à minha volta nos últimos dez anos da minha vida e a todo o momento os sentia. No entanto, embora sentisse a sua presença constante, ela de início não tinha rosto, mas sem saber o porquê, aumentava progressivamente.

Aos poucos transformou-se num autêntico exército “fantasma” de conluio nojento, a maioria das vezes protagonizada por indivíduos que eu nunca tinha visto e que por isso não conhecia de lado algum. Era sentida nos supermercados, na rua, em reuniões sociais e mais tarde até no próprio ambiente de trabalho.

A vida, nas mais variadas oportunidades, foi-me fazendo descobrir esses rostos, entre pessoas que eu julgava amigas, entre pessoas que conhecia mal ou só conhecia de vista e até algumas embora poucas, pessoas da família e outros em maior número, entre pessoas que eu não conhecia de todo.

Essa descoberta foi lenta, mas tudo se ligava como numa grande teia, tecida pela saliva de linguas afiadas. O conhecimento real desses rostos, foi sendo descoberto por mim, quase através de códigos, por olhares, sinais entre as pessoas que comigo dialogavam ou ao pé de mim estavam, por indirectas, comentários maliciosos, muitíssimos episódios de violação de privacidade, expressões de desdém e até de ódio, pessoas que de repente me deixavam de falar, sem que houvesse qualquer motivo para isso, atitudes de antagonismo inexplicado, afrontas à minha dignidade pessoal e até situações de assédio moral e interferência no trabalho.

Esses códigos, foram sendo aos poucos apanhados e decifrados por mim e ligados entre si. As pessoas envolvidas iam desde “amigos”, familiares, conhecidos, muitíssimos indivíduos desconhecidos e até alguns colegas de trabalho...
No entanto, ninguém se devia esquecer que se existe um instinto que faz parte da nossa espécie, certamente esse é a autodefesa. Se não fosse por ele, nós seres humanos certamente não estaríamos aqui.

Mesmo a pessoa mais tímida, ao se sentir ameaçada, manifesta algum desejo de poder reverter a situação na qual se encontra, mesmo que não se sinta atraída para exercer essa defesa de forma verbal ou física.

Um meio muito utilizado, para não dizer o principal, quando alguém quer destruir a reputação de uma pessoa, é a maledicência. Um comentário maldoso é capaz de destruir uma pessoa e por mais que ela tente, talvez nunca consiga reconstruir a imagem que perdeu por causa de um acto de despeito.
Um invejoso é capaz de ir até ao fim para ver a sua vítima chegando ao “fundo do poço”. Para esses eu gostaria de dizer apenas uma simples frase que me acompanha desde sempre: No fundo do meu poço existe uma mola, e por mais que se tente deixar-me lá no fundo, ela irá sempre trazer-me novamente para a superfície.

Já para aqueles que gostam de cobiçar as coisas alheias, daria a sugestão, de não perderem o seu tempo com atitudes pouco dignas e trabalhem arduamente, para conseguirem ter aquilo que desejam. Será mais realizador conseguir triunfar através dos seus próprios meios, do que tentar iludir alguém ou ter que passar por cima de alguém para conquistá-los.

Apenas observo o mundo à minha volta e tenho percebido que é cada vez mais comum a tentativa de “puxar o tapete” de outra pessoa.

Não podemos parecer felizes, pois lá vem um abutre pronto para acabar com a nossa alegria num piscar de olhos. Não podemos fazer algo e logo vem alguém dizendo que estamos plagiando determinada coisa. Enfim, NÃO PODEMOS VIVER SEM TER ALGUÉM PRONTO PARA TENTAR DESTRUIR-NOS!

Finalizando, a única forma que eu encontro para rebater tanta irracionalidade e toda esta energia negativa vinda de invejosos/gananciosos/despeitados, é a defesa com a verdade. Se nos atirarem uma pedra, temos que atirar a "Pedra do Guilhim" de volta. Se nos mantivermos calados e não fizermos nada para reverter a situação, certamente continuaremos sendo alvo fácil para todos aqueles que na realidade são extremamente infelizes e que por isso não suportam ver os outros felizes...

Terrugem

Depois de sairmos de Alter do Chão ao final da tarde, partimos com rumo a Terrugem, com passagem por Monforte e Elvas.
A seguinte paragem para pernoita foi em Terrugem, onde existe uma estação de serviço para ACs, localizada no Parque de Feiras de Santo António, junto à Praça de Touros (Coordenadas GPS: N: 38º 50' 44'' - W: 07º 20' 55'').

Mesmo em frente da área de serviço existe um picadeiro, onde no dia seguinte ali vimos treinar os seus cavalos, a toureira tauromáquica Ana Batista.

A nossa chegada a Terrugem pela hora de jantar, foi o pretexto para que se procurasse o belíssimo restaurante “A Bolota”, de D. Júlia Gaspar Vinagre, cuja arte culinária e o bom gosto sobressai, num poiso privilegiado para os bons apreciadores da gastronomia alentejana. É um lugar onde senhoras vestidas com o trajo regional trabalham com apuro e servem com esmero.
É um restaurante onde a consulta da carta dá vontade de comer um bocadinho de tudo. E isso é possível, quando se opta como nós, pelo o menu-degustação, servido em quantidades sensatas e com pratos de confecção apurada.

Depois, utilizamos a mesma estratégia para as sobremesas, onde para além de alguns doces da rica e variada doçaria conventual alentejana, foram degustados os sorvetes feitos com frutos frescos. Uma maravilha a não perder!...

Terrugem é uma povoação de casas branquinhas a menos de meio caminho entre Borba e Elvas, a escassos metros ao sul da estrada n.° 4, nas faldas do Monte de Santo António, em cujos cimos a dar vistas para Vila Boim, teve seu assento o antigo povoado da época romana e visigótica.

Meio escondida entre o arvoredo parece negar aos estudiosos a sua pequenina história que procurámos indagar.

Sobre a fundação desta aldeia existe uma memória muito antiga da família Soto Maior, que diz ter vindo das Astúrias, João Foreiro com quatro irmãos no tempo de D. Afonso Henriques, quando este ainda não era rei.

Parece que estes quatro irmãos, expulsaram os mouros de S. Romão, Fatalão e da Terrugem de que eles e seus descendentes ficaram senhores. No fim do séc. XVIII, por memória estes possuíam uma herdade em cada uma das referidas terras.

Em documentos antigos aparece o nome desta freguesia com as seguintes grafias: Taruga, Tarruja, Tarrugem, Terruge e Terrugem. Derivado dela é muito natural ser o apelido Torrujo que aparece na região nos séculos passados.

Esta típica aldeia alentejana tem como base económica tanto a agricultura de sequeiro como o trabalho em curtumes, obra da cerca de uma dezena de indústrias que ainda laboram nesta aldeia, sendo estas a fonte empregadora de cerca de uma centena de habitantes.

Administrativamente pertence ao concelho de Elvas e ao distrito de Portalegre. Dos seus edifícios apenas a igreja data do século XVIII.

Fonte: http://www.jfterrugem.pt/

Restaurante A Bolota - Watch a funny movie here

Visita à Coudelaria de Alter e Convento do Crato


A 4 quilómetros a Noroeste de Alter do Chão fica a Coudelaria de Alter, rodeada de 300 hectares de terras aráveis, cuja fundação pertence ao rei D. João V, da Casa de Bragança, no ano de 1748. Este rei, ansiando por cavalos de raça lusitana, importou éguas da Andaluzia, e foi nesta Coudelaria que se produziram cavalos de raça lusitana para a Picaria Real.
A coudelaria prosperou até às invasões francesas (1807-15), mas depois sofreu um longo período de declínio. Nos nossos dias, foram necessários anos de dedicação para a sua recuperação e a Escola Portuguesa de Arte Equestre, está ali para demonstrar os excelentes resultados obtidos.

A Coudelaria de Alter tem sido uma das instituições mais importantes para a divulgação do nome de Alter do Chão e para a continuidade e preservação da raça equestre, expressa no desejo do rei em “Que se conserve sempre pura esta raça".

Oriundo da Coudelaria de Alter era o famoso cavalo "Gentil", modelo de cavalo da estátua de D. José no Terreiro do Paço em Lisboa.

Até ao início do século XIX a Coudelaria de Alter viveu um período áureo, que foi desde aí perturbado por períodos complicados da sua existência, renascendo agora com outro fôlego, vontade e dinamismo.

A Coudelaria é hoje em dia constituída por diversas valências, nos seus 300 hectares de paisagem de grande beleza, onde impera a paz de espírito.
A Quinta de Alter onde se encontra a Coudelaria é enorme e desde a entrada, tem que se percorrer alguns quilómetros até às “Casas Brancas”, onde se encontra a recepção e bilheteira.

A visita guiada foi iniciada pelas cavalariças, um edifício novo, construído de forma a manter um enorme azinheiro, que faz as delícias dos visitantes e com as condições adequadas para acolhimento dos cavalos, separados por cores, sexo e ano de nascimento. Ao longe podemos visualizar a “éguada” na pastagem, no entanto foi pena não podermos observar ninguém a exibir a arte equestre com o belo Cavalo Lusitano.

De seguida iniciou-se um percurso pelas instalações da Falcoaria, aonde podemos ver todas as aves ali existentes. A Falcoaria é uma actividade muito antiga, e com raízes na caça medieval. Os falcões ainda hoje são usados nos aeroportos, para espantar outras aves, para que sejam evitados acidentes causados nos reactores dos aviões. A demonstração foi muito bonita, com três aves a exibirem-se em voo.

Outra fase da visita foi a exposição de atrelados, carruagens com 2 ou 4 rodas, para aparelhar em cavalos. Uns mais recentes, outros mais antigos, mas sempre muito interessantes! …Gostei! Depois vimos uma exposição de selas de cavalos, da América, México e Ásia, também muito interessante.
Hoje em dia ali funciona a Escola Profissional de Agrícola de Alter do Chão, a Escola Portuguesa de Arte Equestre, um pólo da Universidade de Évora, núcleos de investigação, de selecção e melhoramento da raça, infra-estruturas hípicas e desportivas, a falcoaria, entre outras valias, como a Casa do Arneiro, um espaço reservado ao alojamento de professores e conferencistas.

A Coudelaria de Alter oferece também núcleos museológicos e zoológicos de grande interesse, bem como diversas actividades pedagógicas, centradas na evolução e divulgação da preservação ambiental, patrimonial e turística.

A não perder também é a "saída da éguada", quando diariamente todas as éguas saem para a pastagem.

Após a visita à Coudelaria de Alter, seguimos viagem com passagem pelo Crato, que ficava ali bem perto de Alter do Chão, para visitarmos o Convento do Crato, hoje a famosa Pousada Flor da Rosa, que está instalada no antigo Convento.

Esta Pousada foi outrora um Castelo, um Convento e um Paço Ducal, todos construídos em distintas épocas e que deram origem a uma obra de arquitectura ecléctica, com uma harmonia de beleza incomparável.

Na Pousada ainda hoje se consegue respirar, em cada lugar, canto e recanto, todo o misticismo medieval uma vez que o antigo Convento-Sede do Prior do Crato pertenceu à Ordem Religiosa-Militar de Malta.

Para ali ser instalada a Pousada Flor da Rosa, o edifício sofreu algumas obras de restauro e transformação, a partir de um projecto do Arq.º Carrilho da Graça, que tão bem soube potenciar as características mais genuínas do monumento e evidenciá-las com uma intervenção arquitectónica que, embora moderna, respeitou integralmente as suas origens.

Ver história do Convento em: http://www.portugalvirtual.pt/pousadas/crato/pt/index.html

Fonte: http://www.guiadacidade.pt

Alter do Chão

A primeira noite desta viagem foi passada em Alter do Chão, num local bem sossegadinho, junto ao pavilhão gimnodesportivo, num largo à direita do Mercado Municipal, onde no dia seguinte se comprou boa fruta e um frasco de mel de cor dourada escura e com um sabor divinal.

Quando acordámos e depois de tomarmos o pequeno-almoço num bar que ficava ali mesmo na esquina, onde conhecemos a Maria, uma cadelinha rafeira e sem dono, que era conhecida por todos e que todos acarinhavam, partimos à descoberta da povoação.

Depois do almoço no Restaurante Migas, fomos pelas 15h00, para a Coudelaria Real de Alter, para ali fazermos uma visita guiada.

Alter do Chão é uma pequena vila de origem romana situada no coração do Alto Alentejo, a 13 quilómetros do Crato. Conhecida na época romana como “Elteri”, foi fundada em 204 d.C., sendo mais tarde arrasada pelo Imperador Adriano, após a população o ter acusado de deslealdade.

Como testemunho desta era, ergue-se ainda hoje a ponte de Vila Formosa, uma construção robusta situada a 12 quilómetros a Oeste, classificada como Monumento Nacional e que atravessa o rio Seda.

Há ainda muitos vestígios romanos em redor da vila, mas esta é a dominada pelo Castelo, de cinco torres e portal gótico, construído em 1359 pelo rei D. Pedro I, o eterno amante de D. Inês de Castro. O castelo de cinco torres e portal gótico, está fortificado com ameias, torreões cúbicos e uma torre de menagem de 44 m de altura.

Em plena Idade Média, no século XVI, a vila ganhou prosperidade devido aos têxteis e grande parte dos belos edifícios de Alter do Chão é desta época, (como o elegante Palácio do Álamo, que agora aloja o Posto de Turismo, uma galeria de arte e uma biblioteca), onde se observam trabalhos em mármore da época renascentista.

O Palácio do Álamo fica situado na proeminente da Praça da República, onde sobressaem também as elegantes colunas da impressionante fonte de mármore branca de 1556. O Palácio alberga hoje uma galeria de arte e uma biblioteca e o seu aspecto austero contrasta com a colorida praça que surge a seus pés, toda enfeitada com flores.

As suas ruas reflectem a vida calma de uma população quase inteiramente consagrada à agricultura. Mas Alter do Chão é sobretudo conhecida pela sua coudelaria, fundada em 1748 para produzir cavalos de raça lusitana para a Picaria Real e que nós pertendiamos visitar no dia seguinte.

Na Coudelaria de Alter, podemos observar em visita guiada, estábulos cheios de belos cavalos, de raça Alter Real. Os estábulos exibem as cores branca e ocre da Coudelaria Real e encontram-se rodeados por 300 hectares de terras de cultivo, onde por vezes o famoso cavalo lusitano Alter Real, ainda pode ser admirado à solta.

Fonte: http://viajar.clix.pt

Quinta dos Loridos - Jardim Oriental Buddha Éden

Depois de sairmos de casa, dirigimo-nos rumo ao Bombarral onde fizemos a primeira paragem, na Quinta dos Loridos, para a nossa primeira visita enoturística.

Situada no coração da Região Demarcada de Óbidos, na região Oeste do País, e com uma história que remonta ao séc. XV, ligada à produção de vinho e de espumante, a Quinta dos Loridos é um lugar único, onde a tranquilidade e o contacto directo com a natureza assumem um papel especial.

A Quinta dos Loridos é constituída por um bonito solar e pelas terras envolventes. A beleza e imponência do Solar dos Loridos, sobressaem no meio de terras de vinhedos onde a tradição ainda perdura.
Para além dos vinhedos, o espaço circundante complementa o cenário, com pomares e o Jardim Buddha Éden, uma mistura de jardim oriental e jardim paisagista, com jardins em socalcos, um grande lago e mata com espécies indígenas, situada na freguesia do Carvalhal, concelho do Bombarral.

O Jardim Oriental Buddha Eden, com uma área de 35 hectares, lago artificial e 6 mil toneladas de estátuas, encanta por ser um espaço de calma e paz de espírito.

O jardim foi idealizado e concebido pelo Comendador José Berardo, em resposta à destruição dos Budas Gigantes de Bamyan, naquele que foi um dos maiores actos de barbárie cultural, apagando da memória obras-primas do período tardio da Arte de Gandhara.

Entre budas, pagodes, estátuas de terracota e várias esculturas cuidadosamente colocadas entre a vegetação, estima-se que foram usadas mais de 6 mil toneladas de mármore e granito para edificar esta bela obra.

No lago central é possível observar os peixes koi e os dragões esculpidos que se erguem da água. A escadaria central é o ponto focal do jardim, onde os budas dourados nos dão calmamente as boas-vindas.

Outrora, estas terras foram pertença do Mosteiro de Alcobaça, que as doou a João Annes Lourido, em 1430. No século XVI a família Sanches de Baena, reconstruiu o Solar que é hoje um belo exemplar da nobre arquitectura rural do século XVIII, ostentando um orgulhoso brasão da família Sanches de Baena.

É das suas vinhas que se colhem as uvas para a produção dos espumantes de grande qualidade – os espumantes de marca Loridos. O seu espumante é produzido na adega centenária do Solar, que ainda conserva uma prensa de vara do séc. XVII, segundo o Método Clássico (“Méthode Champenoise”), onde todo o processo é realizado manualmente, tendo um período de estágio numa cave de envelhecimento, em que o espumante nos convida a conhecer os seus segredos.

A Quinta dos Loridos é hoje uma afamada produtora de vinhos, nomeadamente de espumantes, que se podem comprar no final da visita, na loja que se encontra à saída e onde se tem à disposição todo o universo dos Vinhos da Quinta Bacalhôa e, claro, o Alvarinho Quinta dos Loridos.
Fonte: http://www.bacalhoa.com