"Vejo a multidão fechando todos os meus caminhos, mas a realidade é que sou eu o incómodo no caminho da multidão".
Chico Buarque ("Estorvo")
Segundo o dicionário, a inveja é o desgosto, ódio ou pesar pela prosperidade ou alegria de outrem. Já despeito é o desgosto causado por uma ofensa leve ou desfeita. E a cobiça é o desejo veemente de conseguir algo que é dos outros. Mas até que ponto podem chegar estas três coisas à vida de uma pessoa?
Nos dias actuais, é cada vez mais difícil encontrar seres humanos que não se deixem atrair pela ganância, dando espaço tanto à inveja, como ao despeito ou mesmo à cobiça.
É cada vez mais fácil encontrar: Quem deseje algo pertencente a outro semelhante! Quem fale mal de alguém, mesmo que não tenha motivos reais e verdadeiros para isso! Quem se deixe levar por opiniões de terceiros sobre determinadas coisas ou pessoas! Quem sem um conhecimento de forma abrangente, afirme não gostar de algo ou de alguém! E fechando com chave de ouro, quem crie uma mentira para prejudicar a imagem de alguém!
Pois é, o despeito, a inveja e a cobiça, rondaram à minha volta nos últimos dez anos da minha vida e a todo o momento os sentia. No entanto, embora sentisse a sua presença constante, ela de início não tinha rosto, mas sem saber o porquê, aumentava progressivamente.
Aos poucos transformou-se num autêntico exército “fantasma” de conluio nojento, a maioria das vezes protagonizada por indivíduos que eu nunca tinha visto e que por isso não conhecia de lado algum. Era sentida nos supermercados, na rua, em reuniões sociais e mais tarde até no próprio ambiente de trabalho.
A vida, nas mais variadas oportunidades, foi-me fazendo descobrir esses rostos, entre pessoas que eu julgava amigas, entre pessoas que conhecia mal ou só conhecia de vista e até algumas embora poucas, pessoas da família e outros em maior número, entre pessoas que eu não conhecia de todo.
Essa descoberta foi lenta, mas tudo se ligava como numa grande teia, tecida pela saliva de linguas afiadas. O conhecimento real desses rostos, foi sendo descoberto por mim, quase através de códigos, por olhares, sinais entre as pessoas que comigo dialogavam ou ao pé de mim estavam, por indirectas, comentários maliciosos, muitíssimos episódios de violação de privacidade, expressões de desdém e até de ódio, pessoas que de repente me deixavam de falar, sem que houvesse qualquer motivo para isso, atitudes de antagonismo inexplicado, afrontas à minha dignidade pessoal e até situações de assédio moral e interferência no trabalho.
Esses códigos, foram sendo aos poucos apanhados e decifrados por mim e ligados entre si. As pessoas envolvidas iam desde “amigos”, familiares, conhecidos, muitíssimos indivíduos desconhecidos e até alguns colegas de trabalho...
Chico Buarque ("Estorvo")
Segundo o dicionário, a inveja é o desgosto, ódio ou pesar pela prosperidade ou alegria de outrem. Já despeito é o desgosto causado por uma ofensa leve ou desfeita. E a cobiça é o desejo veemente de conseguir algo que é dos outros. Mas até que ponto podem chegar estas três coisas à vida de uma pessoa?
Nos dias actuais, é cada vez mais difícil encontrar seres humanos que não se deixem atrair pela ganância, dando espaço tanto à inveja, como ao despeito ou mesmo à cobiça.
É cada vez mais fácil encontrar: Quem deseje algo pertencente a outro semelhante! Quem fale mal de alguém, mesmo que não tenha motivos reais e verdadeiros para isso! Quem se deixe levar por opiniões de terceiros sobre determinadas coisas ou pessoas! Quem sem um conhecimento de forma abrangente, afirme não gostar de algo ou de alguém! E fechando com chave de ouro, quem crie uma mentira para prejudicar a imagem de alguém!
Pois é, o despeito, a inveja e a cobiça, rondaram à minha volta nos últimos dez anos da minha vida e a todo o momento os sentia. No entanto, embora sentisse a sua presença constante, ela de início não tinha rosto, mas sem saber o porquê, aumentava progressivamente.
Aos poucos transformou-se num autêntico exército “fantasma” de conluio nojento, a maioria das vezes protagonizada por indivíduos que eu nunca tinha visto e que por isso não conhecia de lado algum. Era sentida nos supermercados, na rua, em reuniões sociais e mais tarde até no próprio ambiente de trabalho.
A vida, nas mais variadas oportunidades, foi-me fazendo descobrir esses rostos, entre pessoas que eu julgava amigas, entre pessoas que conhecia mal ou só conhecia de vista e até algumas embora poucas, pessoas da família e outros em maior número, entre pessoas que eu não conhecia de todo.
Essa descoberta foi lenta, mas tudo se ligava como numa grande teia, tecida pela saliva de linguas afiadas. O conhecimento real desses rostos, foi sendo descoberto por mim, quase através de códigos, por olhares, sinais entre as pessoas que comigo dialogavam ou ao pé de mim estavam, por indirectas, comentários maliciosos, muitíssimos episódios de violação de privacidade, expressões de desdém e até de ódio, pessoas que de repente me deixavam de falar, sem que houvesse qualquer motivo para isso, atitudes de antagonismo inexplicado, afrontas à minha dignidade pessoal e até situações de assédio moral e interferência no trabalho.
Esses códigos, foram sendo aos poucos apanhados e decifrados por mim e ligados entre si. As pessoas envolvidas iam desde “amigos”, familiares, conhecidos, muitíssimos indivíduos desconhecidos e até alguns colegas de trabalho...
No entanto, ninguém se devia esquecer que se existe um instinto que faz parte da nossa espécie, certamente esse é a autodefesa. Se não fosse por ele, nós seres humanos certamente não estaríamos aqui.
Mesmo a pessoa mais tímida, ao se sentir ameaçada, manifesta algum desejo de poder reverter a situação na qual se encontra, mesmo que não se sinta atraída para exercer essa defesa de forma verbal ou física.
Um meio muito utilizado, para não dizer o principal, quando alguém quer destruir a reputação de uma pessoa, é a maledicência. Um comentário maldoso é capaz de destruir uma pessoa e por mais que ela tente, talvez nunca consiga reconstruir a imagem que perdeu por causa de um acto de despeito.
Um invejoso é capaz de ir até ao fim para ver a sua vítima chegando ao “fundo do poço”. Para esses eu gostaria de dizer apenas uma simples frase que me acompanha desde sempre: No fundo do meu poço existe uma mola, e por mais que se tente deixar-me lá no fundo, ela irá sempre trazer-me novamente para a superfície.
Já para aqueles que gostam de cobiçar as coisas alheias, daria a sugestão, de não perderem o seu tempo com atitudes pouco dignas e trabalhem arduamente, para conseguirem ter aquilo que desejam. Será mais realizador conseguir triunfar através dos seus próprios meios, do que tentar iludir alguém ou ter que passar por cima de alguém para conquistá-los.
Apenas observo o mundo à minha volta e tenho percebido que é cada vez mais comum a tentativa de “puxar o tapete” de outra pessoa.
Não podemos parecer felizes, pois lá vem um abutre pronto para acabar com a nossa alegria num piscar de olhos. Não podemos fazer algo e logo vem alguém dizendo que estamos plagiando determinada coisa. Enfim, NÃO PODEMOS VIVER SEM TER ALGUÉM PRONTO PARA TENTAR DESTRUIR-NOS!
Finalizando, a única forma que eu encontro para rebater tanta irracionalidade e toda esta energia negativa vinda de invejosos/gananciosos/despeitados, é a defesa com a verdade. Se nos atirarem uma pedra, temos que atirar a "Pedra do Guilhim" de volta. Se nos mantivermos calados e não fizermos nada para reverter a situação, certamente continuaremos sendo alvo fácil para todos aqueles que na realidade são extremamente infelizes e que por isso não suportam ver os outros felizes...
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