Palácio Ducal de Vila Viçosa





O Palácio de Vila Viçosa foi durante séculos a sede da sereníssima Casa de Bragança, uma importante família nobre fundada no século XV, que se tornou na Casa Reinante de Portugal, quando a 1 de Dezembro de 1640, D. João IV, o 8º Duque de Bragança foi aclamado Rei de Portugal.

O palácio foi construido no início do século XVI, quando D. Jaime I, 4º Duque de Bragança, decidiu edificar um novo paço para si e sua família em Vila Viçosa.
Situado na Horta do Reguengo, fora dos muros do aglomerado urbano medieval, o novo palácio tem a fachada principal toda revestida de mármores da região e inspira-se na arquitetura italiana renascentista. Possui três andares, cada um deles correspondendo, desde o rés-do-chão ao piso superior, a uma das ordens clássicas: dórica, jónica e coríntia. O Palácio apresenta uma grande coleção de obras de arte (pinturas a fresco em paredes e tetos, tapeçarias flamengas, ourivesaria, pintura, mobiliário de estilo, porcelanas orientais, portuguesas, italianas e de outras origens, escultura, etc..), sendo particularmente nobres as salas do primeiro piso, de que são exemplos a Sala da Medusa e Sala dos Duques (com retratos de todos os duques até ao século XVIII, no teto) e de Hércules, muitas delas enobrecidas com belíssimos fogões de sala em mármore esculpido.
Permanecem particularmente vivas no palácio as memórias dos dois últimos reinados, fruto da especial predileção que por ele tiveram os soberanos de Portugal, como se pode observar nos aposentos régios e nos inúmeros exemplares da obra artística do rei D. Carlos, como aguarelas e pinturas em pastel. A cozinha apresenta uma das maiores coleções de peças de cozinha, em cobre. São ainda de realçar a biblioteca (com exemplares bastante preciosos) e a armaria. Nas antigas cocheiras está instalada uma secção do Museu Nacional dos Coches, onde entre outras carruagens, se pode admirar o landau que transportava a família real no dia do regicídio.
Com efeito, foi neste palácio que o rei D. Carlos I dormiu a sua última noite antes de ser assassinado, em 1 de Fevereiro de 1908, tendo sido conservandos intactos os seus aposentos.
Após a proclamação da república, em 1910, o Palácio de Vila Viçosa, bem como todos os bens da Casa de Bragança, permaneceram na posse do rei D. Manuel II, segundo filho de D. Carlos, por serem bens familiares do rei e não do Estado.


Em 1933, na sequência das disposições testamentárias de D. Manuel II o palácio integrou a Fundação da Casa de Bragança, que abriu as suas portas ao público, como museu. Nessa época o Paço recebeu ainda grande parte dos bens móveis, obras de arte e a preciosa biblioteca do rei exilado, provenientes da sua residência no exilio, em Londres.Fonte: Wikipédia / http://www.guiadacidade.pt

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