Serra do Gerês - Caldas do Gerês - Termas do Gerês - 3º Dia - Parte II





Depois do belo passeio explorando o vale do rio Gerês, agarramos na mota a fim de iniciarmos um longo passeio pela zona sul da Serra do Gerês.
 
A primeira paragem foi feita logo à entrada da vila de Caldas do Gerês, para a visita às Termas. Deixamos a mota estacionada na Praceta Honório de Lima, junto da Capela das Termas e seguimos a pé para a visita ao edifício termal.
 
A estância termal é constituída fundamentalmente por uma avenida densamente arborizada aconchegada a uma encosta abrupta de vegetação exuberante e fronteira a uma montanha com uma densíssima mata de pinheiros. No topo da avenida abre-se um frondoso parque rico em espécies arbóreas e com canteiros ajardinados.
 
Há mais de dois mil anos que os Romanos descobriram os benefícios da água das Termas do Gerês. Nesse tempo, as Termas do Gerês encontravam-se num local considerado remoto e de acesso difícil, mas apesar desta dificuldade, a fama da água do Gerês rapidamente atravessou serras e vales.
 
Durante séculos estas águas singulares foram dando provas dos seus poderosos efeitos curativos que são resultado das suas características únicas. Por isso está incrustada no maciço granítico junto à Fonte da Bica, a inscrição em latim “AEGRI SURGUNT SANI”“Os Doentes Saem Sãos”.
 
As nascentes termais brotam do lado leste da terra, no sopé de uma escarpa alta quase vertical, constituída por um granito porfiróide de cor rósea. Há ali quatro fontes, cada uma com um nome particular. As duas mais importantes são a Fonte Forte onde a água brota a 42ºC e a Fonte da Bica, com água à temperatura de 42,5ºC esta é notável sobretudo pela sua fluoretação sódica, sendo administrada por via oral. As outras duas são a da Figueira, porque por cima dela cresce das rochas uma figueira, a do Bispo. Por cima de cada uma delas foi construída uma casinha quadrada em cujo centro se encontra uma cavidade que se emparedou para o banho. Antigamente só se ia ali banhar uma pessoa de cada vez. Em vez da porta existia um simples cortinado. Se este estivesse descido é porque alguém se encontrava no banho, as mulheres no entanto não confiam o bastante nos olhares masculinos e punham uma criada à porta.
 
A água também se bebe, recolhendo-se então aquela que brota da rocha, em vez daquela que corre na cavidade onde se toma banho. Uma destas fontes tem notoriamente sulfureto de hidrogénio, mas em pouca quantidade; as outras têm ainda muito menos e uma das fontes não mostra sequer quaisquer vestígios dele.
 
O tratamento termal, que implica cuidada vigilância médica, está indicado nas doenças de fígado e vesícula biliar, obesidade, diabetes e hipertensão arterial, incluindo a litíase.
 
Mas as termas do Gerês proporcionam também programas específicos para reeducação dietética, emagrecimento, relaxamento físico e psicológico, recuperação física e antisstress. Possui um centro termal muito agradável, onde o visitante é convidado a descontrair, ao mesmo tempo que interage com a Natureza, que envolve toda a vila.
 
Hoje o estabelecimento termal encontra-se remodelado e reequipado e dotado das mais modernas técnicas termais e de bem-estar, possibilitando assim dar resposta às expectativas dos termalistas que as frequentam. Desta forma o estabelecimento termal criou novas valências, de onde se destacam a Piscina Dinâmica, os duches de Cuba, Pulverização de 3 essências sequenciais e ainda uma vasta área de gabinetes de massagem e estética termal, bem como um moderno ginásio.
 
Contíguas ao estabelecimento termal foram também criadas diversas áreas de serviços e comércio. Todo este conjunto modernamente edificado constitui, hoje, um grande Complexo Turístico-Termal, localizado bem no centro da Estância Termal do Gerês.
 



A época termal vai de 15 de maio a 15 de outubro.

Fonte: http://www.termasdogeres.pt/ http://www.cm-terrasdebouro.pt/ http://pt.wikipedia.org/ http://www.serra-do-geres.com/
Ler mais sobre a história das Caldas do Gerês em: http://www.serra-do-geres.com/cidades_vilas_e_aldeias/ficheiros/caldas_do_geres_ficheiros/caldas_do_geres_historia_ficheiros/texto_historia/caldas_do_geres_historia.htm

Serra do Gerês - Caldas do Gerês - Explorando o vale do rio Gerês - 3º Dia - Parte I




O dia seguinte ao da chegada a Caldas do Gerês acordou ensolarado. Os raios de sol tentavam teimosamente penetrar entre a folhagem, fazendo as cores do vale luxuriante ficarem mais vivas, o que convidava a um longo passeio de reconhecimento, pelo estreito vale onde corre o rio Gerês.

O lugar onde se situa o parque de campismo é de uma rara e impressionante beleza paisagística e de enorme valor ecológico.
Caminhou-se devagar, bem devagarinho, para se olhar tudo, não querendo deixar nada que não se tivesse visto, para trás. Não se ouvia nada, a não ser o leve ondular da folhagem, o chilrear dos pássaros e claro, a agradável turbulência do correr das águas do rio Gerês, que por ali passa sem pedir licença.
A não ser os poucos utentes do parque naquela época, não havia vivalma, quase parecendo abandonado. Que maravilha a sensação de se estar só… E temos sorte, muita sorte: É ali bem chegadinha a nós que se encontra a tão afamada Natureza do Gerês.
O lugar é de uma enorme beleza cénica e a câmara não se cansa de disparar. Entre o plano A e o plano B o coração balança. É tudo tão imensamente belo, que é impossível guarda-lo numa caixa tão pequena… até porque sabemos que será realmente impossível copiar toda a beleza do lugar!
A mata pujante que nos envolve dá-nos a observar arvoredo alto, que por vezes atinge entre 15 e 20 metros, o que não sucede noutro lugar em Portugal, procurando avidamente encontrar a rara luminosidade. Ali encontramos o teixo, os vidoeiros e os pinheiros, mas também várias espécies arbóreas, como o carvalho, o azereiro e o medronheiro, entre outras.
Para aqueles que amam a botânica este é um lugar magnífico. Ali também encontrámos a Iris boissieii, um lírio violáceo que apenas se vê no Gerês; e uma outra flor violácea (que quando acordámos nos deu os bons dias, por se encontrar mesmo em frente do nosso para-brisas, quando abrimos as cortinas pela manhã) e também rosácea, que é a Prythroninca deuscanis, produzida por uma árvore muito elegante, bela e rara; mas também a Hypericum androsaemum, de flor amarela, que constitui o hipericão-do-Gerês, usado com fins medicinais.
Durante toda a expedição, a água é quem impera. O seu som acompanha-nos durante toda a caminhada. De vários lugares brotam veios de água cristalina, que se reúnem ao veio maior, de águas límpidas e borbulhantes do rio Gerês, que apressadas seguem por terrenos declivosos, procurando passar entre grandes calhaus rolados, cobertos por musgos esverdeados, que se encavalitam uns sobre os outros.
Junto das margens do rio Gerês, quase a beijar as águas, crescem belos fetos, heras de folha larga e alguns rebentos de Quercus faginea, que ali crescem rapidamente dando lugar a belas árvores. Mas junto das águas destacam-se sobretudo muitos Carrascos (Quercus coccifera), que ali parecem ser os guardiães das águas doces, tirando o lugar a Enki, que na antiga Suméria era o deus dos rios, dos canais e da chuva.
 
Fonte: http://obotanicoaprendiznaterradosespantos.blogspot.pt/ http://pt.wikipedia.org/ http://www.serra-do-geres.com/

Vincent van Gogh (1853 – 1890)



Zundert, 30 de Março de 1853 — Auvers-sur-Oise, 29 de Julho de 1890

Vincent Willem van Gogh, foi um pintor pós-impressionista neerlandês, frequentemente considerado um dos maiores de todos os tempos.

A sua vida foi marcada por fracassos. Ele falhou em todos os aspetos importantes no mundo da sua época. Foi incapaz de constituir família, custear a própria subsistência ou até mesmo manter facilmente contactos sociais. Aos 37 anos, sucumbiu a uma doença mental, cometendo suicídio.

A sua fama póstuma, cresceu especialmente após a exibição das suas telas em Paris, a 17 de março de 1901.

Van Gogh é considerado um dos pioneiros na ligação das tendências impressionistas com as aspirações modernistas, sendo a sua influência reconhecida em variadas frentes da arte do séc. XIX, como por exemplo o expressionismo, o fauvismo e o abstracionismo.

O Museu Van Gogh em Amsterdã é dedicado aos seus trabalhos e aos dos seus contemporâneos.



Fonte: http://www.youtube.com/share_popup?v=Rve77XDdK0I

Mesmo que chova...

 

É evidente que as escolas devem ser dirigidas por professores, pois as escolas são centros educativos e os professores é que entendem de educação. Mas é igualmente certo que, sendo possível, as escolas devem ser geridas por gestores profissionais, visto que, apesar de serem centros educativos, a tarefa que está em causa é uma tarefa de gestão. E os professores pouco entendem de gestão.

Dirigir e gerir são tarefas muito diferentes. Dirigir é orientar, é ser chefe: encaminhar outras pessoas por um caminho que é bom para elas; encontrar os declives que conduzem ao bem comum e ao bem de cada um; ter maior preocupação com as pessoas do que com as coisas. Gerir é fazer contas e tratar da manutenção dos meios materiais. E é uma tarefa menor, embora necessária, numa escola.

É um erro colocar educadores a fazer contas, e é outro erro confiar a gestores a orientação de pessoas.

Se uma eventual má experiência de ter professores a gerir as escolas conduzir à decisão de passarmos a ter gestores a dirigi-las, trocaremos um erro por outro erro. Certamente um erro menor por um erro maior.

Uma escola devia ser dirigida por professores, que deviam ser educadores. E poderia ser gerida por gestores, de modo a libertar os educadores para as tarefas que lhes são próprias.

Há muito tempo que a tarefa de governar se tornou quase só na tarefa de gerir dinheiros públicos. E, por isso, há muito também que a educação passou a ser para os governantes - tal como a saúde, por exemplo - fundamentalmente uma questão de dinheiro. Não é de estranhar, portanto, que se fale em entregar a direcção das escolas a gestores profissionais...

Quando falam de gestores profissionais para as escolas estão a falar de um assunto da área económica e não de uma questão educativa. E seria interessante que se falasse de questões educativas quando se fala de educação.

As verdadeiras questões da educação resultam de que nas escolas há pessoas jovens, que devem ser ajudadas, tanto quanto possível, a serem felizes. E em que a felicidade dessas pessoas, como a de todas as outras, consiste em satisfazerem a ânsia profunda que têm de verdade, de bem e de beleza. Não em terem coisas e conforto.

As escolas não são - e é essa a visão da economia - caixotes cinzentos cheios de equipamentos e estruturas, como cadeiras, mesas, computadores, bares e cantinas. São lugares sempre bonitos porque estão cheios de crianças, e as crianças, em grande parte, têm ainda os olhos limpos e a alma limpa. Têm aquela ingenuidade encantadora que lhes permite pensarem que nós, os adultos, somos bons...

"A melhor escola onde estive - disse-me uma vez uma colega - era uma espécie de barracão com salas onde chovia e entrava vento quase como na rua". A melhor escola não é a que tem boas condições materiais e é bem gerida. É, antes, aquela onde às crianças capazes de pensarem que os adultos são bons se juntam adultos que querem ser bons e sonham com tornar felizes as crianças. Nessa escola, mesmo que chova, há alegria e sonhos; aprende-se muito e aprendem-se coisas daquelas que são importantes.

Pode ser que a escola precise de gestores; mas precisa, muito principalmente, de educadores. Essa é que é a grande questão, na qual todos têm evitado tocar. Educadores são as pessoas raras que é preciso encontrar. Não há muitos educadores. O que há é aquilo a que chamamos professores e deveríamos chamar instrutores, porque se limitam quase todos a transmitir informação técnica das suas áreas específicas, sem tocarem na formação dos alunos como pessoas, em colaboração com os pais.

Se quiserem, coloquem nas escolas uma pessoa que faça as contas da cantina e do bar, substitua as lâmpadas fundidas e controle os gastos com detergente. Só não entendo é por que razão devemos entender que estão a ser tomadas, dessa forma, medidas educativas.


Paulo Geraldo, in A Aldeia (http://professor.aaldeia.net/mesmoquechova.htm)

Círculo vicioso

 

Há nas nossas escolas um problema crónico: o da falta de disciplina.

É frequente que os alunos não se sintam bem dentro das salas de aula. Que não tenham o comportamento adequado a esses locais. Que, inquietos ou turbulentos, não permitam o ambiente de sossego necessário à aprendizagem dos colegas.

Existe uma causa que pode justificar o mau ambiente dentro das salas de aula. É que elas não são, nem podem ser, um oásis no meio do ambiente mais vasto que as rodeia: o pátio da escola, as famílias, a localidade, o país, o mundo. O mundo está cheio de guerras e crimes, as famílias estão desunidas ou quebradas, as televisões transmitem constantemente violência e pornografia.
 
Existe ainda outra causa, essa mais natural e compreensível: os jovens não foram feitos para estarem sentados em sossego durante largos minutos, escutando discursos muitas vezes aborrecidos. Sentem-se melhor correndo, brincando, convivendo. E lá vão tentando que as aulas se transformem em lugar de convivência, de brincadeira ou... de corrida.

Um professor pouco pode fazer para modificar isto.

Mas deve lembrar-se de que se o ambiente exterior influencia o ambiente da aula, também é certo que o ambiente da aula pode influenciar - e de facto influencia - o ambiente exterior.

As aulas não correm bem porque as coisas no mundo correm mal, mas as coisas no mundo correm mal também porque as aulas não correm bem.

O professor tem nas mãos, de algum modo, as chaves que podem contribuir para quebrar este círculo vicioso. São os homens os agentes de quase tudo o que no mundo corre mal, mas a educação desses homens passa, em parte, pela escola. Reside nos professores uma das grandes esperanças da humanidade.

Pede-se ao professor que seja educador, que não se limite a transmitir - melhor ou pior - os conteúdos da sua disciplina. Que actue positivamente nos seus alunos, nas famílias, no mundo.

Pede-se ao professor que, primeiro, seja exigente consigo mesmo. Que se esforce por ser uma pessoa melhor, que dê melhor as suas aulas. São do Diário de Sebastião da Gama as palavras seguintes: «Lembro agora a primeira vez que, em Setúbal, a meio do ano, me julguei forçado a pôr fora da aula um aluno: fiquei tão doente que parti o giz que tinha nas mãos e já não fui capaz de continuar a aula. Esse desgosto era sobretudo um desgosto de coração. O de hoje é diferente: o Fosco saiu, porque fez barulho - e fez barulho, porque a aula lhe não interessou - e não lhe interessou "talvez", porque ela não tinha interesse nenhum - e quem devia ir para a rua era eu».

Desta exigência do professor consigo mesmo, da sua intenção educativa, do nível de seriedade profissional que dá às suas aulas nasce inevitavelmente qualquer coisa que é semelhante a... um oásis. Um aqui, outro além... até que inundem o mundo.


Paulo Jorge Geraldo , in http://professor.aaldeia.net/

A Lua - o único satélite natural da Terra

A Lua é 4º episódio de uma série de 12 documentários relativos ao tema geral “O Universo”.
 
A Lua (do latim Luna) é o único satélite natural da Terra, situando-se a uma distância de cerca de 384.405 km do nosso planeta. Seu perigeu máximo é de 356.577 km, e seu apogeu máximo é de 406.655 km.
 
Segundo a última contagem, mais de 150 luas povoam o sistema solar: Neptuno é cercado por 13 delas; Urano por 27; Saturno tem 60; Júpiter é o que tem mais até então e possui 64. A Lua terrestre não é a maior de todo o Sistema Solar - Ganimedes, uma das luas de Júpiter, é a maior - mas nossa Lua continua sendo a maior proporcionalmente em relação ao seu planeta. Com mais de 1/4 do tamanho da Terra e 1/6 de sua gravidade, é o único corpo celeste visitado por seres humanos e onde a NASA pretende implantar bases permanentes.

Visto da Terra, o satélite apresenta fases e exibe sempre a mesma face (situação designada como acoplamento de maré), fato que gerou inúmeras especulações a respeito do teórico lado escuro da Lua, que na verdade fica iluminado quando estamos no período chamado de Lua nova. Seu período de rotação é igual ao período de translação. A Lua não tem atmosfera e apresenta, embora muito escassa, água no estado sólido (em forma de cristais de gelo). Não tendo atmosfera, não há erosão e a superfície da Lua mantém-se intacta durante milhões de anos. É apenas afetada pelas colisões com meteoritos.
  


Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=gTmKUl2IorE; http://pt.wikipedia.org/wiki/Lua

Serra do Gerês - A chegada a Caldas do Gerês - 2º Dia - Parte VII



A chegada a Caldas do Gerês pouco antes do anoitecer deu ao lugar um colorido diferente. Não é por acaso que a grande maioria dos fotógrafos, preferem o início ou o fim do dia para fotografar ambientes naturais.
O nascer ou o pôr-do-sol, são as chamadas horas mágicas, em que as cores ficam mais agradáveis, a saturação lindamente aumentada, os detalhes e texturas revelados e as sombras mais suaves e difusas. A Hora Mágica é compreendida mais ou menos meia hora antes e depois do nascer do sol, e meia hora antes e depois do pôr-do-sol.
Assim, um lugar já por si muito belo, tomou aquela hora uma beleza ainda maior, fazendo da nossa chegada a Caldas do Gerês, mais um dos momentos a recordar com saudade!..
As Caldas do Gerês possuem tal como o nome indica, as famosas Termas do Gerês, que se encontram instaladas num bonito edifício recuperado, ficando nas proximidades o aprazível Parque das Termas.
Situadas no coração do Parque Nacional da Peneda-Gerês e rodeadas por lagos e montanhas, as Termas do Gerês são das mais famosas do país, com uma envolvente paisagística de rara beleza.
As suas águas termais eram já conhecidas e exploradas pelos romanos. A estância termal foi inicialmente construída no reinado de D. João V, e recebia visitas frequentes de D. Luís I e da rainha D. Maria Pia, acompanhados pelo príncipe D. Carlos e D. Amélia de Orleães. Em 1897 foi demolida, para dar lugar aos novos edifícios e à captação de águas.
Como a noite caia rapidamente, fomos logo para o parque de campismo, onde ficaríamos durante este fim de semana. O parque do Vidoeiro situa-se a apenas 500m da vila de Caldas do Gerês. É um parque situado num belíssimo local densamente arborizado, muito fresco e sombreado e ideal para os que querem contactar diretamente com a Natureza.
O entrar neste parque de campismo é por si só uma experiência que nunca se esquece, não só pela beleza do lugar em si, mas sobretudo pelos odores a terra húmida, pelo som do ondular da folhagem pelo vento, e sobretudo pela forte presença das águas cantantes do rio Gerês, que nos dá as boas vindas.
O parque está situado no fecho de um estreito vale, rodeado de altas e ingremes montanhas rochosas, cobertas na sua maioria por um denso matagal, que as torna impenetráveis. No entanto ali também reinam carvalhos, amieiros (Rhamnus frangula), azereiros (Prunus lusitanica) e oliveiras, que envolvem as margens do rio Gerês que corre rápido, animado da velocidade própria das águas que descem montanhas.

Fonte: http://www.lifecooler.com/ http://saberescruzados.wordpress.com/ Wikipádia.org

A caminho de Caldas do Gerês - 2º Dia - Parte VI




Depois do jantar em Braga, caminhámos até à autocaravana. No caminho uma passagem pelo Largo Carlos Amarante, onde se situam a Igreja de Santa Cruz e a Igreja de São Marcos.
 
A primeira que encontramos é a Igreja de Santa Cruz, construída no séc. XVII, em estilo barroco maneirista, com uma bela fachada em pedra, trabalhada com simetria bilateral.

A segunda e mais imponente, domina a praça e é a Igreja de São Marcos, também designada por Igreja do Hospital. Foi construída no séc. XVIII com um projeto do arquiteto Carlos Amarante, que deu o nome ao largo. Na fachada principal da igreja encontra-se a estátua de São Marcos, patrono desta igreja e que foi bispo da Igreja Cristã Oriental, ao tempo do Imperador Constantino. Nos varandins que encimam do lado esquerdo e direito a fachada principal, veem-se as estátuas que representam São Simão, São Bartolomeu, São Tiago Menor, São João Evangelista, Santo André, São Pedro, São Paulo, São Tiago Maior, São Tomé, São Filipe, São Matias e São Lucas. As Relíquias do corpo do Apóstolo e Bispo São Marcos, encontram-se nesta igreja à veneração dos fiéis.

Posemo-nos depois a caminho da Serra do Gerês. Queríamos chegar antes de anoitecer a Caldas do Gerês, onde ficaríamos sediados durante o resto do fim de semana. Caldas do Gerês fica situada a apenas 43 km a NE de Braga e foi para lá que rumamos.

A viagem não foi longa, o que proporcionou um percurso calmo, a gozar a paisagem. Depois de deixarmos Braga, a estrada sobe para terras altas e delas as belas paisagens vão-se sucedendo ao olharmos para os vales que do lado norte, acompanham a estrada.

Talvez por acharmos demasiado perto, passámos sem querer o cruzamento com a estrada descendente e sinuosa que nos levaria a Caldas do Gerês. Por isso continuámos pela estrada alta que cavalga as serranias, até que mais à frente ao olharmos para a esquerda, observámos lá em baixo o fundo e belíssimo vale, onde se espraiam as águas da Albufeira da Caniçada.

Parámos a autocaravana e fomos cá de cima espreitar a encantadora paisagem. É dali que se percebe toda a envolvência da Albufeira da Caniçada, que é de uma beleza de tirar o fôlego. O verde vivo da sua vegetação, o azul cristalino do céu, a luz imponente mas velada do final da tarde, as cores com que qualquer pincel pintaria aquele grandioso espaço, não deixando de olhar a forte presença do recortado manto azul por onde a Albufeira da Caniçada se estende, formando uma união absolutamente divina.

Depois o voltar para trás na procura do cruzamento que nos levaria a Caldas do Gerês. Encontrado o cruzamento a alguns quilómetros atrás, desceu-se a estrada que serpenteia a encosta a leste do maravilhoso Vale da Caniçada, enquanto o casario granitico e disperso se agarra à montanha.

Na descida fomos observando a envolvente ao vale, que nos mostra a imponência da Serra do Gerês. De natureza granítica, a serra forma gigantescos e belos anfiteatros.

A Serra do Gerês tem a direção geral NE-SO, sendo o seu comprimento de 35 km entre a Fonte Fria, 3 km a NO de Pitões no concelho de Montalegre, e o rio Caldo, 5 km a S das Caldas do Gerês. A sua largura máxima é de 18 km e no alto Cume dos Carris, a serra atinge 1507 m de altitude, ficando junto da raia de Espanha o Pico da Cabreira com 1534 m e o Altar dos Cabrões com 1544 m.

Tanto na fauna como na flora, a Serra dos Gerês é a mais rica de Portugal. A esta riqueza singular, alia-se o deslumbramento dos panoramas e a abundância das águas que alimentam os rios Cávado e Homem, além de muitos outros pequenos rios, ribeiros e fios de água. Não admira por isso que o homem nela tenha deixado sinais da sua presença desde os tempos pré-históricos, reforçando o já notável valor ecológico com valiosos elementos culturais. Daí que tenha sido criado, em 1971, o Parque Nacional da Peneda-Gerês, que abrange a Serra do Gerês entre o rio Cávado e o rio Lima, e parte da Serra da Peneda, constituindo um todo com uma área de 71 422 hectares.

Fonte: http://www.serra-do-geres.com/ http://anossaterrinha.blogspot.pt/ Wikipédia.org

Braga - 2º Dia - Feira Medieval - Parte V




Quando acabou a visita à Sé de Braga continuámos a caminhada pelas ruas à Feira Medieval. Nas bancas do mercado medievo, os visitantes podiam encontrar os mais variados tipos de artesanato e outras curiosidades pelas várias ruas do centro histórico, designadamente bijutaria, vidros e cristais, pedras naturais e fosseis, incensos, mesinhas, amuletos, produtos esotéricos, fatos medievais, cestaria, chás, licores, compotas, artesanato em pele, óleos, entre muitos outros produtos.

Os trajes, a animação, a música, a dança, o acampamento musical de som medieval, a gastronomia, os espetáculos de jograis, de teatro, enfim, as várias práticas de animação próprias da época medieval, marcavam presença nos espaços mais característicos.

Como por magia, os visitantes ao caminharem pelas ruas de Braga naquele dia, tinham a oportunidade de conviver com as figuras mais tradicionais dos tempos medievos, podendo viver o espírito da festa, não só por observar os feirantes vestidos a rigor nas suas bancas, mas também olhar os muitos figurantes e populares bracarenses, que envergando roupas próprias da época medieval (ou romana), nos levavam numa espécie de viagem no tempo até à antiga “Bracara Augusta”.
 

Já bem próximo da tenda destinada aos “comes e bebes”, o último quadro vivo, recreava a arte de “Fiar e Tecer”, duas atividades que sempre exerceram sobre mim um fascínio fantástico.

Na época medieval trabalhava-se principalmente o linho, mas também a lã. Os trabalhos eram realizados por mulheres, que por iniciativa própria, faziam o vestuário para si e sua família. No entanto também foi um ofício, onde se faziam trabalhos destinados à comercialização, mas também se aceitavam encomendas específicas para fora, e podiam até trabalhar com os fios que lhes eram fornecidos.

Depois caminha-se em direção há grande tenda destinada à gastronomia. No caminho passa-se pela Casa do Passadiço, situada no Largo de São João do Souto, um belo solar barroco com dois pisos e uma entrada nobre barroca e um portal ameado cercado por um muro com grade, que limita um belo jardim. Nele destaca-se a decoração das janelas de sacada do segundo piso com cobertura escamada sobre as cornijas e a porta principal com decoração exuberante. Interiormente, destaca-se a arcaria, a escada de acesso ao piso superior e a decoração barroca da porta de acesso às salas do segundo piso. O nome deve-se ao facto de, anteriormente ter ali existido um caminho público.


Naquele dia Braga também tinha para oferecer aos visitantes, junto da tenda uma animação típica da época medieva, não faltando grupos de músicos, trovadores e jograis, tal como se fazia em tempo de paz, quando o Rei promovia o lazer na sua Corte, permitindo momentos de festa e de cultura, com a representação de arremedilhos e sessões de poesia e de música, cantadas por alguns jograis e trovadores, personagens frequentes nestas festas.

O jantar de carne grelhada acompanhada de fresca salada e sangria, antecipou a ultima caminhada rumo à autocaravana, antes da partida para Caldas do Gerês.

Fonte: http://www.cm-caminha.pt/ http://www.feiramedieval.com/ http://www.igogo.pt/ Wikipédia.org

Joseph Mallord William Turner (1775 – 1851)


Londres, 23 de Abril de 1775 - Chelsea, 19 de Dezembro de 1851

Turner foi um pintor romântico londrino, considerado por alguns, um dos precursores do Impressionismo, em função dos seus estudos sobre cor e luz. Sobre Turner escreveu muito bem Richard Lacayo, na revista TIME de 2 de novembro de 2007, afirmando que “embora pudesse desenhar com precisão molecular, seu impulso não era delinear a forma mas sim dissolvê-la.”
Este é o quarto de vários documentários realizados pela BBC, subordinados ao tema “O Poder da Arte e que nos revelam a vida e obra de alguns dos grandes mestres da arte universal.


Fonte: http://www.youtube.com/ http://pt.wikipedia.org/wiki/William_Turner