Braga - 2º Dia - Feira Medieval - Parte V




Quando acabou a visita à Sé de Braga continuámos a caminhada pelas ruas à Feira Medieval. Nas bancas do mercado medievo, os visitantes podiam encontrar os mais variados tipos de artesanato e outras curiosidades pelas várias ruas do centro histórico, designadamente bijutaria, vidros e cristais, pedras naturais e fosseis, incensos, mesinhas, amuletos, produtos esotéricos, fatos medievais, cestaria, chás, licores, compotas, artesanato em pele, óleos, entre muitos outros produtos.

Os trajes, a animação, a música, a dança, o acampamento musical de som medieval, a gastronomia, os espetáculos de jograis, de teatro, enfim, as várias práticas de animação próprias da época medieval, marcavam presença nos espaços mais característicos.

Como por magia, os visitantes ao caminharem pelas ruas de Braga naquele dia, tinham a oportunidade de conviver com as figuras mais tradicionais dos tempos medievos, podendo viver o espírito da festa, não só por observar os feirantes vestidos a rigor nas suas bancas, mas também olhar os muitos figurantes e populares bracarenses, que envergando roupas próprias da época medieval (ou romana), nos levavam numa espécie de viagem no tempo até à antiga “Bracara Augusta”.
 

Já bem próximo da tenda destinada aos “comes e bebes”, o último quadro vivo, recreava a arte de “Fiar e Tecer”, duas atividades que sempre exerceram sobre mim um fascínio fantástico.

Na época medieval trabalhava-se principalmente o linho, mas também a lã. Os trabalhos eram realizados por mulheres, que por iniciativa própria, faziam o vestuário para si e sua família. No entanto também foi um ofício, onde se faziam trabalhos destinados à comercialização, mas também se aceitavam encomendas específicas para fora, e podiam até trabalhar com os fios que lhes eram fornecidos.

Depois caminha-se em direção há grande tenda destinada à gastronomia. No caminho passa-se pela Casa do Passadiço, situada no Largo de São João do Souto, um belo solar barroco com dois pisos e uma entrada nobre barroca e um portal ameado cercado por um muro com grade, que limita um belo jardim. Nele destaca-se a decoração das janelas de sacada do segundo piso com cobertura escamada sobre as cornijas e a porta principal com decoração exuberante. Interiormente, destaca-se a arcaria, a escada de acesso ao piso superior e a decoração barroca da porta de acesso às salas do segundo piso. O nome deve-se ao facto de, anteriormente ter ali existido um caminho público.


Naquele dia Braga também tinha para oferecer aos visitantes, junto da tenda uma animação típica da época medieva, não faltando grupos de músicos, trovadores e jograis, tal como se fazia em tempo de paz, quando o Rei promovia o lazer na sua Corte, permitindo momentos de festa e de cultura, com a representação de arremedilhos e sessões de poesia e de música, cantadas por alguns jograis e trovadores, personagens frequentes nestas festas.

O jantar de carne grelhada acompanhada de fresca salada e sangria, antecipou a ultima caminhada rumo à autocaravana, antes da partida para Caldas do Gerês.

Fonte: http://www.cm-caminha.pt/ http://www.feiramedieval.com/ http://www.igogo.pt/ Wikipédia.org

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