Escola Óscar Lopes apelo à solidariedade com comunidade educativa




Caros colegas,

Ontem faleceu um elementos da nossa comunidade educativa, em pleno exercício das suas funções, conforme documento em anexo, que gostaria que lessem na integra para evitar qualquer informação incorreta.

Sentimos pouco apoio das entidades que nos superentendem. A DREN informou a Comissão Executiva que hoje teríamos que voltar a trabalhar como se nada tivesse acontecido. A nossa dor e revolta é enorme.

A maioria dos professores não conseguiram dar as suas aulas, e por isso ficaram em silêncio na sala dos Professores. Com certeza que iremos ser sujeitos a algo que não desejaríamos.

Neste momento necessitamos de fazer o luto, e conversarmos no sentido de encontrarmos soluções para evitar futuros problemas iguais, até porque nesta escola e noutras escolas estão identificados alunos como sendo igualmente problemáticos e potenciais geradores de questões como esta.
Apelamos à V/ solidariedade, no sentido de divulgar a carta anexa,
Se vos for possível gostaria que enviassem a V/ opinião solidária com a nossa posição; para a nossa direção executiva; direccao.aems@gmail.com, DREN dren@dren.min-edu.pt e Camara Municipal de Matosinhos. mail@cm-matosinhos.pt

Contamos com a V/ solidariedade


Obrigada

 

Escola Professor Óscar Lopes

CARTA ABERTA

         Morreu um de nós: um daqueles que zelava pela segurança de todos (alunos, funcionários e professores); O nosso elo mais forte, em pleno exercício das suas funções. Para evitar que um aluno maltratasse um colega fazendo perigar a sua vida, durante a aula, mesmo perante a pronta ação do professor e de um funcionário, foi pedida a intervenção dos vigilantes da escola, para que fosse conduzido à Direção Executiva para que esta acionasse os técnicos da Escola Segura. Desde o início do comportamento, de extrema violência, materiais foram destruídos, funcionários e docentes ameaçados de morte verbalmente e agredidos fisicamente. O esforço dos vigilantes em controlar tais atitudes foi imenso mas não conseguiram evitar a destruição descontrolada de mesas, quadros, armários, cadeiras e os atos de ataque físico. Já na Direção Executiva, e perante o continuado comportamento violento, o vigilante Correia manietando o aluno, manteve-se como pilar determinante na segurança física de outros elementos da comunidade educativa, que tentavam também intervir. Mais de dez pessoas tentaram, sem sucesso, conter o aluno! Assim, perante uma violência física e emocional tão demorada e brutal o vigilante Correia colapsou. De imediato foi assistido por professores e funcionários que lhe fizeram as manobras de reanimação (respiração boca a boca e massagem cardíaca) até à chegada do INEM, que prestou toda a assistência possível que, no entanto, se mostrou ineficaz para salvar o Sr. Correia. Estamos profundamente abalados e consternados com o falecimento do colega em pleno exercício das suas funções, num local, por excelência, educativo, onde uma morte nesta situação é inaceitável. Estamos de luto, estamos perante algo que não conseguimos aceitar e, por isso, não sentimos capacidade de gerir emocionalmente uma situação tão dramática; estamos na escola sem darmos aulas, incapazes de pedagogicamente abordar o assunto junto dos restantes alunos. Todos os que se encontravam na escola ficaram em choque. Como pode isto ter acontecido numa escola? Que ambiente se vive? Que aprendizagens se fazem quando há quem possa frequentá-la enchendo-a de ameaças e de violência? O contexto escolar do Agrupamento está pormenorizadamente descrito no Projeto Educativo. Todos os profissionais que nele trabalham estão conscientes do universo em que se movem e procuram por todos os meios ajudar a orientar crianças e jovens de um meio problemático, com fragilidades várias, com comportamentos difíceis de gerir. Temos uma equipa técnica preparada e muito ativa, no âmbito dos recursos TEIP. Lidamos com os problemas que vão surgindo e conseguimos muitos resultados positivos. No entanto, há sempre um pequeno número de alunos, bem identificados na escola, que ultrapassam todos os limites do aceitável numa comunidade escolar, pois põem em risco os seus membros, a nível físico e psicológico, de forma sistemática: não aceitam a autoridade de ninguém, pelo que não cumprem as regras da escola, nem as mais básicas de convivência; ameaçam; aterrorizam; agridem. Em relação a estes alunos já tudo foi feito, desde as estratégias aplicadas pelos professores e pelos diretores de turma para motivar o aluno para a aprendizagem e para a socialização, passando pelas medidas previstas no Estatuto do Aluno, completamente ineficazes para estes casos. Tiveram a intervenção do SPO, GAAF, ADEIMA, CPCJ, Tribunal de Menores. Aos diretores de turma são pedidos relatórios, pareceres, esclarecimentos de todos estes organismos. Enquanto isto acontece e durante anos, a situação destes alunos na escola mantém-se inalterada, até os jovens saírem da escolaridade obrigatória ou terminarem o ciclo de estudos. Isto é, embora várias instituições estejam envolvidas, a escola tem de manter os alunos ou transferi-los para outras escolas, deslocando o problema, não resolvido, para os outros. Estes continuam assim a ameaçar e a agredir colegas, funcionários e professores, continuam a impedir os colegas das turmas em que estão inseridos de poder ter um ensino de qualidade, minando as aulas. Têm e criam um sentimento de poder ter impunidade e de ausência de limites, que é o oposto do que lhes deveria ser ensinado. A escola regular não pode dar a estes alunos a resposta de que eles precisam. A tutela não está a cumprir o seu papel, que inclui o de resolver a situação destes alunos e o de proteger o direito à educação e à integridade física e psicológica de todos os outros e de quem trabalha nas escolas. Por estes motivos, dirigimo-nos à Tutela, exigindo que, com a maior urgência, se debruce sobre este problema e o resolva eficazmente, criando acompanhamento adequado às crianças e jovens com comportamentos disruptivos, que põem em riscos elementos da comunidade escolar em que se inserem. Este acompanhamento terá de implicar o afastamento destes jovens das escolas regulares e a sua integração em ambientes controlados, específicos e preparados para este tipo de perfil psicológico. Morreu o Sr. Correia, dizemos. Já tinha problemas de saúde, dirão. Nos olhos uns dos outros lemos, «Mataram o Sr. Correia».

Matosinhos e EB 2, 3 Professor Óscar Lopes, 31 de janeiro de 2013

Assinatura de docentes e não docentes

Talmont Sur Le Gironde - 6º Dia - Parte II




A chegada a Talmont Sur Le Gironde aconteceu já ao final da tarde e antes de anoitecer queríamos visitar toda a vila.

Talmont sur ​​Le Gironde que é conhecida na região como a "Pérola do Estuário", é também uma das mais belas aldeias de França, construída em 1284 e candidata a “village historique”. A antiga vila medieval do séc. XIII é toda murada, constituindo uma fortaleza situada numa bela península, que conserva ainda muitos vestígios da sua antiga história.


Entra-se na península e logo se observa que o istmo é estreito, podendo ver-se a água do estuário de ambos os lados da estrada. O cenário está logo à entrada garantido e logo se observa um grande estacionamento com algumas árvores, que espera por nós.

Estacionada a autocaravana sob uma tília venerável, a visita a esta "cidade fortificada" da Idade Média, tem obviamente que se fazer a pé, uma vez que estamos numa vila medieval, com ruas muito estreitas, onde não é possível perdermo-nos pois todas vão dar à sua igreja construída no séc. XII.

O empolgante percurso pedestre obviamente compreende uma rede de ruas, que não mudou desde há oito séculos e podemos comprar logo à entrada um plano guia da vila medieval.

A partir do portão da cidade podemos caminhar para o promontório pela Grand Rue du Port, onde na caminhada começamos por passar pela margem direita do riacho que do lado esquerdo da península vai desaguar ao estuário.

A caminho do penhasco e do porto, observamos os barcos de pesca ancorados a ancoradouros em palafitas, bem como as tradicionais e famosas construções de pesca em casas palafitas, que servem para pescar na maré cheia. Estas construções são o mais distinto e etnográfico do lugar, onde com uma espécie de rede caracoleira guinchada do posto de trabalho (uma casa cujos alicerces estão armados em paliçada na encosta sobre a praia), a uns bons dez metros de altura, coberto e sentado, uma espécie de pesca profissional de cana na praia, mas com rede.

A Rue des Fleurs leva-nos ao Promontório do Castelo velho onde o olhar se estende pela costa e pelo Estuário Le Gironde, até ao Pointe de Grave. Ali se vê uma praça rodeada pelos restos de muralhas, construídas sob as ordens do rei Eduardo I de Inglaterra, em 1284.

Depois caminha-se circulando-se as muralhas, sempre com vista sobre Le Gironde, apreciando os aromas marinhos tão especiais naquela península que tanto se assemelha a um navio.


Fonte: http://www.pays-royannais-patrimoine.com/ ; http://www.location-et-vacances.com/ ; http://villagesdefrance.fr/

 

Uma Aposta na Coragem


“Em verdade temos medo. Nascemos no escuro. E fomos educados para o medo.”, escreveu o poeta Carlos Drummond de Andrade.

O medo permanentemente acompanhou o homem através da história. Para fugir do medo, o homem buscou na religião e na ciência maneiras de explicar e controlar o desconhecido. Mas se o medo é o sentimento que nos paralisa, ele também pode ser um chamado para a sua superação.

Neste Café Filosófico, o filósofo Oswaldo Giacóia Júnior, analisa o sentimento do medo em diferentes épocas e mostra-nos que o medo pode ser entendido também como um convite à coragem.


Oswaldo Giacóia Júnior é um filósofo e professor brasileiro. Graduou-se em Direito, no ano de 1976, pela Universidade de São Paulo, e em Filosofia, no mesmo ano, na Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Tem seu mestrado em Filosofia, em 1983 pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e o doutorado em Filosofia, realizado no ano de 1988 pela Universidade Livre de Berlim.


 Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=BBsz7DwjFH8 ; http://www.cpflcultura.com.br/2009/09/02/integra-aposta-na-coragem-oswaldo-giacoia/ ; http://pt.wikipedia.org/

A reorganização neoliberal da escola



A reorganização neoliberal da escola, em que os alunos são vistos como "clientes", os professores como "colaboradores", a aprendizagem como um "produto", o sucesso académico como um indicador de "qualidade total", o planeamento pedagógico como "acção de empreendedorismo", a gestão escolar como "direcção corporativa" e os pais e a comunidade como "stakeholders", e o investimento como um "custo orçamental", esta reorganização, dizíamos, tem destruído uma boa (e talvez a melhor) parte do edifício da escola pública, enquanto escola democrática, inclusiva e meritocrática.

O pretenso ideal de fazer funcionar uma escola sem professores reflexivos, activos e motivados, sem custos e sem autonomia, foi experimentada por todos os sistemas mais ou menos autocráticos, mais ou menos ditatoriais. Os resultados também estiveram sempre à vista: no Portugal do início da década de setenta do século passado, quase metade da população era analfabeta e apenas sete em cada cem estudantes que terminavam o secundário continuavam estudos na universidade.

Décadas de investigação científica provaram que todo o desinvestimento na educação sempre redundou num atraso do desenvolvimento social, cultural e económico desses países e que as posteriores tentativas de recuperação do "tempo perdido" se revelaram demasiado lentas e de custos agravados. Portugal, infelizmente, também conhece essa realidade: quase quarenta anos após a revolução de Abril de 1974, o nosso país continua a ter níveis de iliteracia elevados, de insucesso e abandono escolar preocupantes, taxas de diplomados no ensino superior das mais baixas da comunidade europeia, e a prova é que ainda temos muitos estudantes com mais habilitações académicas que os seus pais e com avós analfabetos.

Nos últimos anos, os nossos responsáveis pela educação têm preferido a diminuição forçada do défice orçamental, ao espontâneo desenvolvimento e crescimento dos indicadores que ajudam a definir o conceito constitucional de "escola para todos". Mais recentemente, a actual equipa do ME tem dado claros sinais de que prefere o elitismo à universalização do conhecimento, assim como prefere a "escola académica" à "escola do desenvolvimento integral". Tem direito às suas opções e o dever de aceitar as divergências.

A situação, por isso mesmo, revela-se-nos preocupante. Com o ataque à escola pública e ao sistema nacional de saúde, caminhamos para um grave retrocesso que nos reconduzirá a uma sociedade que privilegia a exclusão, o lucro às pessoas, a divinização do primado do privado sobre o bem público…

E tudo isto acontece em pleno desenvolvimento da sociedade do conhecimento, da globalização, que também ela é partilha da inovação e do progresso. Acontece na escola onde os actuais alunos, apesar da sua natural diversidade, provêm de uma geração "digital", e se revelam sujeitos activos e imprevisíveis quanto ao domínio das novas tecnologias e, sobretudo, quanto ao uso dos seus meios e conteúdos…

Ou seja, numa escola que alberga uma geração em que o acompanhamento das actividades dos alunos dentro e, também, fora da sala de aula, e em que a formação parental, proporcionada por essa mesma escola se revelaria fundamental, ninguém se pode dar ao disparate de afirmar que existem recursos humanos e tecnológicos dispensáveis. Recursos humanos cuja formação especializada custou tempo, dinheiro e muito investimento em estruturas e equipamentos, e que, de um momento para o outro, se vêem desperdiçados, num país que necessita ainda de muita educação e promoção cultural.

Aguardemos, impacientemente, que os estudos venham a revelar, uma vez mais, a correlação positiva que existe entre o desinvestimento na educação e o aumento do défice sociocultural da sociedade portuguesa, deixando-nos, eternamente, na cauda dos rankings dos países em que os níveis de desenvolvimento social, científico e tecnológico, são os principais indicadores da saúde e do bem-estar das suas populações.

João Ruivo, in Ensino Magazine


Este texto não segue o novo Acordo Ortográfico

De Carcans a Royan e Talmont sur ​​Le Gironde - 6º Dia - Parte I



Na manhã do dia seguinte à chegada à AS de Carcans, observamos que esta está rodeada por um pinhal alto que alberga um grande número de confortáveis bungalows de madeira possivelmente usados por veraneantes de gosto requintado, uma vez que a pequena povoação de Carcans se encontra solitária, rodeada apenas por dunas e mar a oeste e envolta pela Floresta de Landes du Médoc, a sul, este e norte.

Carcans deve muito da sua história e economia à vasta área de pinhal que a envolve. Landes du Médoc é um pedaço da floresta, que faz parte de Landes de Gascogne que Napoleão III mandou ali plantar para fazer face à investida das areias dunais que ameaçavam as terras de cultivo, mais para o interior.

É ali na AS de Carcans que encontramos a primeira matrícula portuguesa, num mercedes estacionado ao lado de uma caravana que aloja quatro jovens rapazes. Um estendal com roupa é marca familiar da presença de verdadeiros portugueses, mas que surpreendem pelo bom gosto na opção por aquelas paragens.
Deixamos a AS e de autocaravana vamos até Carcans. Carcans é um lugar surpresa onde apetece deixar cair a viajem, o tempo e descansar. Sossegado, é povoado de bungalows de excelente bom gosto, de barcos no charco, tudo rodeado de muito pinhal, tudo confluindo e servido por um pequeno e elementar casario que dá nome ao lugar, convenientemente explorado como pequeno centro comercial a céu aberto. Muito recomendável, para quem queira pôr a paz, o físico e algumas leituras em dia.
Mais estrada e mais Aquitânia… em direção à travessia do imenso Estuário do Gironde, em ferry e mais chuva.
No caminho a Floresta de Landes continua a acompanhar-nos e logo mais à frente somos acompanhados pelo Lago d’Hourtin, do lado esquerdo, que com 6.000 há, é o maior lago natural de água doce de França e oferece uma praia de dois quilómetros até Maubuisson. O Lago estende-se no sentido norte-sul, paralelo à costa atlântica, protegido das praias escondidas nas conchas do Ocidente. Rodeado por dunas e floresta, a sua qualidade ambiental é de enorme riqueza de espécies e proteção do património. A pé, de barco ou bicicleta deve de ser empolgante descobrir aquele paraíso de paz. Talvez um dia, quem sabe?...
Mais tarde chega-se ao Estuário do Gironde. Em Le Verdon-sur-Mer apanha-se o ferry que nos levará numa viagem até Royan, do outro lado do estuário.
O Estuário do Gironde ou simplesmente O Gironde localizado no sudoeste da França e é formado pelo encontro de dois rios, o Dordogne e Garonne.
Quando se chega a Royan, seguimos pela estrada paralela ao estuário até à pequena povoação de Talmont Sur Le Gironde localizada a 15 quilómetros a noroeste, situada numa paisagem de colinas que vão morrer ao Gironde.
Encurralada numa pequena península, a aldeia de Talmont sur ​​Le Gironde não estava no nosso caminho, mas o Guia American Express enaltecia-a como uma das aldeias mais belas de França. Ao chegarmos percebemo-nos logo que se justifica completamente o pequeno desvio.
Construída sobre um pequeno promontório rochoso na margem norte do Gironde, a pequena aldeia de Talmont exala uma sensação refrescante de serenidade, com suas ruas estreitas repletas de flores malva e com casas caiadas de branco, acentuadas por persianas de madeira pintadas de azul.
Fonte: http://fr.wikipedia.org ; http://www.tourisme-aquitaine.fr ; http://www.talmont-sur-gironde.fr/ www.espacoerrante.blogspot.com/
 

Galáxias Longínquas

Os astrónomos têm notado há já algum tempo, que em muitas pesquisas sobre os objetos do Universo longínquo, uma grande fração da radiação intrínseca total não tem sido capturada. Agora, graças a um rastreamento profundo executado com dois dos quatro telescópios gigantes do sistema Very Large Telescope do ESO (VLT), usando um filtro de alta qualidade, os astrónomos determinaram as razões porque uma enorme fração das galáxias, cuja luz demorou 10 bilhões de anos para chegar até nós, não foi descoberta. Esta nova pesquisa ajudou a encontrar algumas das galáxias menos luminosas já vistas nos confins do Universo.

Um dia a Via Láctea irá chocar com a nossa galáxia vizinha Andrómeda, que é a única galáxia detetada que se está a aproximar de nós, a 100Km por segundo. Todas as outras já detetadas se estão a afastar da nossa galáxia.

Mas o perigo não está só na aproximação de Andrómeda. No centro da nossa galáxia, bem mais “perto de nós”, encontra-se um imenso e voraz buraco negro que engole muita matéria permanentemente.

Mas tão enorme é o Universo em toda a sua glória e potência, que faz com que o ser humano não tenha suficiente compreensão sobre a sua razão de existir neste cosmos.

Pode até parecer uma ilusão, mas a verdade é que um dia teremos que abandonar este planeta para podermos sobreviver, pois o nosso Sol morrerá e levará o nosso pequeno planeta com ele.

Depois até a nossa galáxia morrerá, levando todos os seus sistemas estrelares com ela... E por fim, o nosso Universo morrerá, levando todas as galáxias com ele.

Os passos para a sobrevivência da nossa espécie, estão sobretudo na união de todos versando um objetivo comum, para conseguirmos sobreviver à morte do nosso sistema solar, à morte de nossa galáxia e à morte de nosso Universo, e para isso devemos encontrar as formas de podermos no momento certo viajar para outro sistema solar, mais tarde para uma outra galáxia e por fim para um outro Universo, se porventura existir!

Quando tivermos que enfrentar esses momentos, nada mais além disso terá importância e tudo o que estiver à nossa volta e não for relacionado com isso é uma ilusão ou distração do objetivo final de nossa espécie e das outras espécies que connosco possam coabitam no Universo, pois o que realmente vai interessar nessa altura será sobreviver!...

Mas esses tempos estão ainda muito longe de nós, mas se fosse amanhã eu seria daqueles que preferiam ficar, pois nada mais será igual.

No entanto e felizmente, nenhum destes desastres se preveem para breve. Mas também não são estes os fenómenos mais temidos pelos cientistas, que demonstram inquietação sobretudo com a mudança climática e alertam que o aquecimento do planeta é o que mais se parece com o temido Fim do Mundo.

E esta inquietação não é um simple temor ou hipótese. Secas, tempestades e outras catástrofes naturais tornam-se mais frequentes e intensas com o aumento das temperaturas mundiais, que poderam começar a registrar progressivamente temperaturas mais altas, de +2°C, +4°C e até +5,4°C até 2100. Isto equivaleria a um suicídio coletivo não só da espécie humana, mas também de toda a natureza como a conhecemos, advertem os cientistas, que intensificam os pedidos para conter o devastador aquecimento do planeta.  

De uma coisa a espécie humana não se pode esquecer, para vivermos precisamos da natureza e do clima em equilíbrio, sol, ar puro, água limpa, precisamos das florestas e de alimentos saudáveis.

Por isto tudo devemos respeitar sobretudo a natureza e os limites, para conseguirmos uma humanidade mais fraterna, mais tolerante, mais ativa na preservação da sua qualidade de vida. Tudo isto será necessário e fundamental para que realmente a vida tal como a conhecemos se mantenha. 

"Galáxias Longínquas", é 12º Episódio de uma série de documentários relativos ao tema geral “O Universo”.



Fonte: http://www.youtube.com/ http://noticias.terra.com.br/

De Arcachon a Cap Ferret e Carcans - 5º Dia - Parte II




 
Deixamos a Duna du Pilat, ao sul, e continuamos viagem até Cap Ferret, ao norte (não se deve confundir Cap Ferrat, que fica na Cote d'Azur).

Nesta etapa contorna-se a Bacia de Arcachon, o golgo interior que é formado nesta zona de França e que faz com que as suas margens com praias de areias finas e brancas sejam balneários privilegiados.

Localizada na Aquitânia, nela podemos observar uma densa floresta de pinheiros que a rodeia, pantanal e litoral oceânico, que nos dão paisagens sem igual, feitas de bancos de areia, parques de ostras e dunas.

It is a popular bathing location on the Atlantic coast 55 kilometres (34 mi) southwest of Bordeaux in the LanÉ um local de banho popular numa costa de mar interior, com cerca de 55 Km a sudoeste de Bordéus e junto da floresta de Landes, o maior pinhal marítimo da Europa.

Em primeiro lugar Arcachon is known for the "Arcachonnaise", the local name for an Arcachon villa , which is the architectural style of many of the older houses built there.Arcachon uma cidade balneário, conhecida localmente por "Arcachonnaise", com casas de arquitetura vitoriana, é um local charmoso e profundamente humano. Em 2 de maio de 1857, quando o imperador Napoleão III assinou a sua "certidão de nascimento" oficial, esta cidade era apenas uma floresta de pinheiros, carvalhos e medronheiros, sem ligações rodoviárias, com algumas cabanas de madeira e menos de 400 pessoas, na sua maioria pescadores e camponeses.

À saída de Arcachon, vê-se o Observatório de Santa Cecília, rodeado de pinheiros. Também conhecido como o rascunho da Torre Eiffel, é um miradouro e foi projetada Paul Régnauld com pitacos de Gustave Eiffel, que anos mais tarde faria a famosa torre parisiense. Dizem que Eiffel utilizou nesse projeto alguns fundamentos que foram aplicados depois na construção da Tour Eiffel.

Do lado oposto a Arcachon é Cap Ferret, um lugar muito mais sossegado e um resort chique, mais popular para celebridades, que ali têm casas de férias bem vedadas a olhares indiscretos.

Em Cap Ferret parámos para o jantar, e mais uma vez os já obrigatórios Moules Frites, mas desta feita com um bom acompanhamento musical, com baladas de um espontâneo, em estilo de réplica saudosista de Jaque Brel.

Da estrada a caminho de Carcans Plage, pouco há a descrever, pois à noite todos os gatos são pardos. É também a noite que nos leva até à AS de Carcans. Mal localizada em GPS, não foi de ser encontrada, mas fomos gentilmente conduzidos por uma patrulha de policiamento local que interpelámos, eram quase 03h00 da madrugada.

Não fora a condução policial e os diversos autocaravanistas presentes, o local escuro como breu, dentro de um pinhal afastado da vila, não nos tinha convencido, nem deixava perceber da generosidade da oferta envolvente, que só se haveria de descobrir no dia seguinte.

Durante a noite, lá pelas 05h00 da madrugada fomos acordados por um enorme barulho de garrafas de vidro a partirem-se e a rolarem pelo chão. Um pouco assustados olhámos pelas janelas para o exterior e qual foi o nosso espanto, observámos uma vara de javalis que rodeava os vários caixotes de lixo colocados nas imediações da AS, atirando-se aos depósitos para os tombarem. Algum tempo durou a confusão, mas depois de conseguirem os seus intentos os bravos animais abandonaram o local, deixando-nos de novo repousar.
Fonte: http://www.unoencadalugar.com.br/ http://en.wikipedia.org/ www.espacoerrante.blogspot.com/

Arcachon - Duna do Pilat - 5º Dia - Parte I


 
Depois de cerca de duas horas na praia, a desfrutar da calma das águas condicionadas por línguas de areia branca, seguimos viagem a caminho da já próxima Duna do Pilat.

 
Depois de poucos quilómetros percorridos, começámos a observar do lado esquerdo a famosa Duna. Situada em terras da Gasconha, à entrada da famosa Bacia de Arcachon e frente à ponta de Cabo Ferret, a Duna de Pilat (ou Pyla) é a duna mais alta da Europa.

 
Depois de estacionada a autocaravana, caminha-se em direção à escadaria com 154 degraus, que nos levará ao seu cume.

 
Custa a subir os mais de 100 metros de altura, mas o esforço compensa. Do seu cimo observa-se um panorama excecional. Do lado sul, estende-se o oceano e o mar interior, constituído pela Bacia de Arcachon. Ao longe do outro lado da Bacia de Arcachon, o Cabo Ferret. Do lado norte, a magnífica floresta de pinheiros que se estende por todo o litoral.

 
No meio da entrada da Bacia de Arcachon, observa-se muito bem o Banco de Arguin (uma grande ilha de areia que muda de forma constantemente, dependendo do humor do Atlântico, com cerca de 2 km de comprimento e outros 2 de largura, e que por vezes forma diversas ilhas ou línguas de areia branca, constituindo uma reserva natural que acolhe uma importante quantidade de aves migratórias).

 
A descida da duna, para os mais ousados, pode ter sensações fortes, especialmente para aqueles que a descem a passos largos ou que se deixem rolar ou escorregar por ela abaixo.

 
A Duna de Pilat atinge hoje dimensões excecionais: 2,7 km de norte a sul, e 500 m de este a oeste, e possui 60 milhões cúbicos de areia, depositados pelos ventos. A sua altitude varia entre 100 e 117 metros acima do nível do mar. Oferece uma inclinação mais acentuada do lado continental do que do lado do Oceano Atlântico.

 
Na sua qualidade de duna, desloca-se entre um a cinco metros por ano para este, podendo cobrir algumas construções (casas, estradas), e já engoliu várias fortificações de betão (construídas durante a Segunda Guerra Mundial, com a designação de Muro do Atlântico), e submerge progressivamente na floresta de pinheiros das terras litorais.

 
Esta formação arenosa marítima e móvel é obviamente classificada como ponto de interesse turístico, sendo visitada todos os anos por mais de um milhão de pessoas.

 
Mas a Duna de Pilat (do dialeto gascon “pilhar”, que significa monte, montículo) é uma formação relativamente recente, apesar do nome “Pilat” figurar já em alguns mapas (Claude Masse, 1708 e de César François Cassini de Thury, 1786). Segundo alguns registos, em 1855, a sua altura era de 35 metros.
 


Fonte : http://www.france.fr/ http://es.wikipedia.org/ http://viajes.michelin.es/

A Caminho de Arcachon - 4º Dia - Parte II






Já a meio da tarde deixámos Saint-Jean-de-Luz a caminho de Arcachon. A estrada como qualquer outra em viagem parece monótona, mas bonita, sendo ladeada na sua grande maioria por pinhal. Vive-se no entanto a novidade a cada curva, ainda que seja um pinheiro mil vezes repetido! É um estado de espírito só sentido por quem viaja em férias, quando a calma e a disponibilidade são totais, em que tudo merece atenção, e quando assim é, tudo parece irrepetível.

A distância a percorrer de cerca de 150 Km foi realizada ainda de dia e quando se aproximava a hora de jantar, apareceu-nos num parque automóvel de um estabelecimento comercial situado à beira da estrada, uma roulotte de venda de frangos. Parámos. Junto dos frangos a assar nos espetos elétricos, uma curiosa Madame, descalça, mas com chapéu de cerimónia a preceito, vendia os frangos assados sem mãos a medir, aos transeuntes de passagem pelo lugar. No entanto, o frango embora com bom aspeto, uma vez provado nos deu a certeza de outra irrepetível compra de iguaria idêntica, por terras de França.

Ao cair da noite, a primeira surpresa! Na procura de uma AS, o GPS conduz-nos a uma área vedada à passagem de autocaravanas. Em contrapartida abundam os parques de campismo, mas a uma centena de metros antes, identificámos um agrupamento de caravanas dentro de um convidativo pinhal, parecendo ser a preferida de muitos que tal como nós ali estavam para visitar, no dia seguinte, a famosa Duna do Pilat ou Pyla!?

A aparente proximidade com a duna e a confiança entretanto ganha nos dispositivos e autonomia da autocaravana, levou-nos a decidir pelo acampamento selvagem, mas muito limpinho e civilizado.

À chegada ao ajuntamento autocaravanista, um jovem casal basco que junto de nós pernoitou, confessou logo, amor á primeira vista pela nossa Travel Van, o que nos deixou mais uma vez babados e orgulhosos do nosso novo brinquedo…

Depois de se jantar o frango de pouco ou nenhum sabor, a noite foi passada a jogar dominó, que há tantos anos não era tocado.

A noite passou sem qualquer sobressalto e no dia seguinte a primeira coisa que fizemos foi vestir os fatos de banho e ir até à praia. Pegámos nas bicicletas e descemos em direção ao areal e a surpresa foi o encontro com uma praia irresistível. O belíssimo areal dourado a perder de vista, um mar estranhamente sossegado e uma água límpida e inacreditavelmente quente, a fazer lembrar paragens tropicais.

Ali estávamos numa borda da Bassin d'Arcachon (Bacia de Arcachon), junto de Le Teich, uma zona de águas pouco fundas, rodeadas de línguas de areia fina, que se se estendem por um delta do rio Leyre. This provides ideal marshland for migratory birds stopping on their long journeys between Scandinavia and Africa. É uma zona de sapal ideal para aves migratórias, que por ali param, para descansarem das suas longas viagens entre a Escandinávia e a África.

a.aaThis rare environment of salt-water and fresh-water has been designated a Parc Ornithologique, and is the nesting ground for several species: grey herons, black cormorants, white storks, oystercatchers, egrets, kingfishers, spoon-billed shovellers and many
Este ambiente raro de água salgada que se mistura com água doce constitui o designado Ornithologique Parc, que é a base para a nidificação de várias espécies de aves marinhas, como garças-reais, corvos marinhos pretos, cegonhas brancas, garças, maçaricos, e muitos mais.
 
Fonte: http://www.minube.pt/ http://www.alternative-aquitaine.co.uk/ http://www.espacoerrante.blogspot.pt/