Deixamos a Duna
du Pilat, ao sul, e continuamos viagem até Cap Ferret, ao norte (não
se deve confundir Cap Ferrat, que fica na Cote d'Azur).
Nesta etapa contorna-se a Bacia de
Arcachon, o golgo interior que é formado nesta zona de França e que faz com
que as suas margens com praias de areias finas e brancas sejam balneários privilegiados.
Localizada na Aquitânia, nela podemos observar uma
densa floresta de pinheiros que a rodeia, pantanal e litoral oceânico, que nos
dão paisagens sem igual, feitas de bancos de areia, parques de ostras e
dunas.
É um local de banho popular numa costa de mar interior, com cerca de 55 Km a
sudoeste de Bordéus e junto da floresta de Landes, o maior pinhal marítimo
da Europa.
Em primeiro lugar Arcachon uma cidade balneário, conhecida localmente por "Arcachonnaise", com casas de
arquitetura vitoriana, é um local charmoso e profundamente humano. Em 2 de
maio de 1857, quando o imperador Napoleão III assinou a sua "certidão de
nascimento" oficial, esta cidade era apenas uma floresta de pinheiros,
carvalhos e medronheiros, sem ligações rodoviárias, com algumas cabanas de
madeira e menos de 400 pessoas, na sua maioria pescadores e camponeses.
À saída de Arcachon, vê-se o Observatório de Santa Cecília, rodeado de pinheiros. Também conhecido como o rascunho da Torre Eiffel, é um miradouro e foi projetada Paul Régnauld com pitacos de Gustave Eiffel, que anos mais tarde
faria a famosa torre parisiense. Dizem que Eiffel
utilizou nesse projeto alguns fundamentos que foram aplicados depois na
construção da Tour
Eiffel.
Do lado oposto a Arcachon
é Cap Ferret, um lugar muito mais
sossegado e um resort chique, mais
popular para celebridades, que ali têm casas de férias bem vedadas a olhares
indiscretos.
Em Cap Ferret parámos para o jantar,
e mais uma vez os já obrigatórios Moules
Frites, mas desta feita com um bom acompanhamento musical, com baladas de um espontâneo,
em estilo de réplica saudosista de Jaque
Brel.
Da estrada a caminho de Carcans Plage,
pouco há a descrever, pois à noite todos os gatos são pardos. É também a noite que
nos leva até à AS de Carcans. Mal
localizada em GPS, não foi de ser encontrada, mas fomos gentilmente conduzidos
por uma patrulha de policiamento local que interpelámos, eram quase 03h00 da
madrugada.
Não fora a condução policial e os diversos autocaravanistas presentes, o
local escuro como breu, dentro de um pinhal afastado da vila, não nos tinha
convencido, nem deixava perceber da generosidade da oferta envolvente, que só
se haveria de descobrir no dia seguinte.
Durante a noite, lá pelas 05h00 da madrugada fomos acordados por um enorme
barulho de garrafas de vidro a partirem-se e a rolarem pelo chão. Um pouco
assustados olhámos pelas janelas para o exterior e qual foi o nosso espanto,
observámos uma vara de javalis que rodeava os vários caixotes de lixo colocados
nas imediações da AS, atirando-se aos depósitos para os tombarem. Algum tempo
durou a confusão, mas depois de conseguirem os seus intentos os bravos animais
abandonaram o local, deixando-nos de novo repousar.
Fonte: http://www.unoencadalugar.com.br/
http://en.wikipedia.org/ www.espacoerrante.blogspot.com/
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