Comillas



Chegar a Comillas foi difícil, pois a estrada do litoral encontrava-se cortada, por estar em construção uma nova ponte, sobre a ria de la Rabia.

A bela Comillas, assente sobre as colinas acima de uma bonita baía com um pequeno porto, é uma pequena cidade no litoral cantábrico e uma concorrida estância balnear, muito bem preservada, que teve a sua época de glória no final do século XIX e princípios de XX.

Apesar de se ter expandido muito ultimamente, a sua fascinante mistura de casas antigas não pode ser ignorado e é uma delícia passear através dela. Há muitas lojas, restaurantes, bares e um posto de turismo que ocupada o ex-mercado.

A cidade deve a sua beleza arquitectónica há vinda de do rei Alfonso XII a Comillas, para passar uma breve temporada, transformando Comillas numa estância de férias da aristocracia da época.

A característica central da cidade é a sua Plaza Mayor pavimentada, com a sua igreja paroquial. Para alem de um enquadramento magnífico, esta pequena cidade alguns edifícios notáveis e invulgares, de arquitectos modernistas catalães.

A Oeste fica o parque do Palácio dos Marqueses de Comillas, um enorme edifício neo-gótico, desenhado por Antoni Gaudí, para o primeiro marquês de Comillas, Antonio López Y Lópes, em 1881.

Para o outro lado da estrada principal, numa colina entre a cidade e o mar, temos um edifício também modernista, em tijolo maciço, o complexo da antiga Universidade Pontifícia (para quem quiser estudar para bispo ou cardeal), projecto de Lluís Domènech i Montaner, de 1878, também patrocinado por Antonio López y López.

A partir do seu adro, podem observar-se belas vistas sobre o parque e a cidade, e na parte de trás do edifício observa-se uma bela perspectiva sobre o mar e um conjunto de belas praias.

Também de grande importância é um edifício neo-gótico, residência do 2.º Marquês de Comillas, o Palácio Sobrellano, projectado por Juan Martorell em 1878 e 1890.

Um cunhado deste, um homem de negócios, Máximo Díaz de Quijano, querendo construir uma residência de verão de tipo oriental, encomendou o projecto a Gaudí e mandou construir o edifício, inspirado no estilo mudéjar, com um minarete coberto de azulejos amarelos e verdes.


É o famoso “Capricho de Gaudi” ou “Villa Quijano”, construído em 1883. Eusébio Guell, genro de Antonio López y López, como se sabe, foi o grande mecenas de Antóni Gaudi. El Capricho, agora restaurado e em uso como um restaurante elegante, é apenas uma das grandes e antigas residências, que vale a pena visitar.

A praia longa de areias finas e brancas, proporciona esplêndidas vistas ao longo da costa, onde o vento sopra ameno trazendo o bom cheirinho a maresia, enquanto o porto mesmo ali ao lado, com as idas e vindas dos navios de pesca, são um fascínio extra.

Site: comillas.es

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