Fundação Joan Miró




A Fundação Joan Miró, situada no Parque de Montjuïc, foi criada pelo próprio Joan Miró e pelo seu amigo Joan Prats em 1975. Esta Fundação foi criada como um Instituto para a Arte Contemporânea e o edifício em que se encontra, foi projectado pelo arquitecto Josep Lluis Sert, amigo de Miró.

Este edifício abre-se num plano de estrutura tradicional inspirada pelo estilo Mediterrâneo que consegue um equilíbrio perfeito entre a arquitectura e a paisagem circundante, e tem como uma das características mais notáveis uma torre octogonal, usada como auditório para concertos de música clássica.
A Fundação Joan Miró abriu ao público no dia 10 de Junho de 1975. Ela teve as suas origens na primeira grande exposição do Miró, em Barcelona, em 1968, no Antic Hospital de la Santa Creu, quando várias personalidades do mundo das artes viu aqui a oportunidade de ter um espaço em Barcelona dedicado ao trabalho do artista. No entanto, de acordo com seus desejos, a nova instituição foi também a de promover e divulgar os trabalhos dos artistas contemporâneos, em todos os seus aspectos.

Esta Fundação trouxe uma vitalidade refrescante à obra do artista, em conjunto com um novo e dinâmico conceito de museu de arte, na qual o trabalho de Miró é mostrado ao lado de uma grande variedade de trabalhos criativos de outros artistas, um facto que se reflecte num desejo inicial lavrado no relatório da Fundação, de nome completo, Centro para o Estudo da Arte Contemporânea.
A Fundação é o cenário ideal para as animadas esculturas e para as pinturas de cores vivas de Joan Miró. Uma galeria construída propositadamente para acolher o seu trabalho, com uma vista soberba sobre a cidade e as suas paredes brancas, lajes em terracota e telhados elegantemente curvados emprestam-lhe um certo ar mediterrâneo que complementa o trabalho de Miró.

A finalidade da criação desta fundação, foi a de abrir um centro dedicado ao estudo e experimentação da Arte Contemporânea. Para a criação desta fundação, Miró doou diversas obras suas, assim como Joan Prats também doou diversas obras de Miró, que possuía. Outros artistas, como Antoni Tàpies e Alexander Calder, também ofereceram para a Fundação Miró, obras da sua autoria.
A obra desta fundação é muito diversificada, indo desde a apresentação de obras dos artistas acima referidos, até espectáculos para crianças, passando também pela mostra de obras de artistas contemporâneos, assim como conferências, projecção de filmes, vídeos e espectáculos de música.
A colecção permanente está distribuída por uma série de salas dominadas pela luz natural, nas quais os visitantes podem admirar trabalhos de Miró em todos os formatos: grandes telas, tapeçarias, objectos de uso quotidiano, gravuras, fotografias, etc. Ao todo, são mais de 300 pinturas, 150 esculturas, nove tapeçarias, toda a sua obra gráfica e mais de 7000 desenhos, mostrando o desenvolvimento artístico de Miró e as diferentes técnicas que usou ao longo da sua carreira.
O jardim das esculturas também merece ser visitado, pelas obras de Miró e de outros artistas contemporâneos. Existe ainda nesta fundação, uma biblioteca com muitas obras sobre Arte Contemporânea. A fundação organiza ainda interessantes exposições temporárias.

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