A Catedral de Barcelona

No centro do Bairro Gótico, bem no coração de Barcelona, a catedral gótica é também conhecida como La Seu. A catedral é oficialmente designada por Catedral de la Santa Creu i Santa Eulália (Santa Cruz e Santa Eulália), e está situada na Plaça de la Seu.
Também é dedicada à Vera Cruz ou Santa Cruz (cruz onde Jesus foi executado), e a Santa Eulália, que nos dias de hoje, é mais celebrada como a Virgem de las Mercedes, patrona da Arquidiocese de Barcelona, uma jovem donzela que, de acordo com a tradição católica, sofreu o martírio durante a época romana.

A primeira igreja no local foi construída por volta do século VI. A actual construção foi realizada entre 1298 e 1430, à excepção da sua fachada gótica que foi construída em 1913 durante a redescoberta do encanto da Barcelona medieval.
Já em 343 d.C. durante o Império Romano, uma basílica foi construída no local da actual catedral. Em 985 a basílica foi destruída pelos Mouros, liderados por Al-Mansur. Foi substituída por uma catedral romana, construída entre 1046 e 1058. A capela romana, a Capela de Santa Llucià, foi acrescentada entre 1257 e 1268, que foi posteriormente incorporada no claustro ao lado da catedral.

Mais tarde, mais precisamente em Maio de 1298, a construção da catedral gótica foi iniciada sob as ordens do rei Jaime II, conhecido como "o Justo". A construção da catedral gótica actual, começou pela cabeceira, sendo o edifício existente na altura, demolido à medida que se construía a presente catedral, com excepção da capela de Santa Llucia.
Devido às guerras civis e à peste negra que atingiu a cidade por diversas vezes, a construção avançou muito lentamente. Demorou a sua construção até 1460, antes do edifício principal ser concluído. A fachada gótica foi terminada muito mais tarde, em 1889, e a última parte, o pináculo central, foi concluído em 1913. O projecto da fachada foi baseada no desenho original, e foi realizada a partir de 1408, pelo arquitecto francês Charles Galters.

Assim sendo a actual catedral, foi construída durante os séculos XIII ao XV sobre uma antiga catedral românica, edificada por sua vez sobre uma igreja da época visigoda e esta precedeu uma basílica paleocristã, cujos restos podem ser encontrados no subsolo e alguns no Museu de História da Cidade.
A igreja actual tem 93 m por 40 m de largura. O relógio da torre octogonal está a uma altura de mais de 50 m, e a cripta contém o sarcófago de Santa Eulália. A Catedral também possui um coro com cadeiras lindamente esculpidas, e um elevador, no nordeste da catedral que nos leva para o alto, ao nível do telhado da catedral.
O claustro também contém um pequeno museu com artefactos litúrgicos. Adjacente à catedral há um claustro do século XIV, onde estão sempre 13 gansos no seu pátio central. Cada ganso representa um ano na vida da mártir Santa Eulália, uma jovem que foi torturada até a morte no século IV, pelos romanos.

Segundo a lenda, esta mártir depois de morta, foi exposta nua no fórum da cidade, quando milagrosamente, caiu uma nevasca que cobriu toda a sua nudez como que com uma coberta branca, o que foi desde logo considerado milagre pelos cristãos que assistiam ao acontecimento, pois era Primavera. As enfurecidas autoridades romanas meteram-na num barril com vidros quebrados, e lançaram o barril por uma inclinação de terreno abaixo, que de acordo com a tradição, se trata da rua Baixada de Santa Eulália, ou Costa de Santa Eulália, em Barcelona.

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