





Segundo a lenda, esta mártir depois de morta, foi exposta nua no fórum da cidade, quando milagrosamente, caiu uma nevasca que cobriu toda a sua nudez como que com uma coberta branca, o que foi desde logo considerado milagre pelos cristãos que assistiam ao acontecimento, pois era Primavera. As enfurecidas autoridades romanas meteram-na num barril com vidros quebrados, e lançaram o barril por uma inclinação de terreno abaixo, que de acordo com a tradição, se trata da rua Baixada de Santa Eulália, ou Costa de Santa Eulália, em Barcelona.
A Muralha Romana de Barcelona, que foi construída no final do século IV e que converteu a então Barcino num dos mais impressionantes recintos fortificados do ocidente romano. A pequena cidade transformou-se numa autêntica fortaleza que impediu muitos ataques à cidade. A muralha tinha em média 1,3 mil metros de perímetro e 9 metros de altura por 3,5 metros de espessura. Foi ampliada e reforçada no século III e IV e defendeu a cidade durante mais de 600 anos. Encontra-se dispersa por várias ruas do centro mas pode observar-se facilmente ao lado da Catedral Gótica. Para a vermos melhor devemos dar uma passeata, passando pelas suas ruínas, junto à Plaza Nueva, Plaza Traginers, avenida da Catedral, Calle Tapinería e Calle Subteniente Navarro.
O Palau de la Música Catalana, também designado por Liceu, é um importante teatro, com uma estética realmente espectacular. É uma das jóias do movimento modernista de arquitectura, com vitrais e mosaicos maravilhosos. Foi projectado pelo arquitecto barcelonês Lluís Domènech i Montaner e sua construção, entre os anos 1905 y 1908 foi paga por industriais, pessoas ilustres e amantes da música. Mesmo por fora já se pode sentir o poder deste lugar, e se se entrar, deve o olhar elevar-se para se observar a sua linda clarabóia multicolorida.
A Catedral de Barcelona, com uma fachada em estilo neo-gótico é bastante mais moderna do que se possa imaginar, uma vez que a sua constução foi iniciada no século XIX, e só foi terminada em 1913. As suas torres gémeas, no entanto são mais antigas (século XIV). A Catedral, é a principal herança do período medieval do Barri Gòtic (em catalão), é uma das maiores construções góticas da Espanha.
A Plaza del Rey, com um edifício que serviu como alojamento aos Condes de Barcelona e que posteriormente foi usado pelos reis de Aragão. A sua bonita Capela Palatina ou de Santa Águeda foi construída no ano 1302 por Jaime II. A sua sala principal foi onde os Reis Católicos, Isabel e Fernando, que unificaram Espanha, receberam Cristóvão Colombo depois da sua primeira expedição às Américas. Neste mesmo salão, obra de Guillermo Carbonell (1359-1362), tiveram lugar os nefastos juízos da Santa Inquisição.
A Plaza Sant Jaume, é o centro do bairro, um lugar de movimentado comércio, e uma das praças onde ocorrem apresentações da Sardana (dança tradicional catalã, onde só participam maiores de 16 anos), sendo também vulgares neste lugar, as manifestações em prol da independência da Catalunha. É também o centro político de Barcelona, já que de um lado da praça temos o Palau de la Generalitat (Sede do Governo da Catalunha) e do outro lado o Ajuntament de Barcelona (a Câmara da cidade de Barcelona).
A Sede Central dos Correios de Barcelona, um belo edifício no final da Via Laietana com pinturas maravilhosas, foi o lugar escolhido para ser a Sede Central de Correios de Barcelona.
A igreja de Santa Maria del Mar, é também um dos pontos turísticos interessantes desta zona. Foi construída por e para o povo no século XIV. Isso não quer dizer que tenha poucos atractivos. Ao contrário, com um maravilhoso estilo gótico, é bastante alta e com muita luz que atravessa os seus bonitos vitrais. Na sua construção, feita com a ajuda braçal dos habitantes da cidade, em que cada um fazia o que podia. Os que trabalhavam com vidro, colocavam os vidros, os mais fortes traziam as pedras para construir a catedral, os com mais dinheiro, patrocinavam a obra. Além do mais, ela encontra-se situada no começo da Rambla do Born, um bom lugar para se tomar um café ou comer algo antes de seguir o passeio.
O Museu Picasso, está localizado num dos mais belos edifícios de uma rua de casas senhoriais e palacetes, a calle Montcada, na continuação da Igreja de Santa Maria del Mar. Aqui pode ter-se uma ideia bastante completa da evolução deste pintor malaguenho que viveu muitos anos em Barcelona. Lá se encontram desde os primeiros desenhos e quadros de quando era apenas criança até às fases mais importantes, como a fase azul. No primeiro domingo de cada mês, a entrada é gratuita. Foi junto à sua porta que por esticão, nos roubaram uma câmara digital Sony de filmar e fotografar, cheia de fotos e filmes da cidade que se perderam para sempre...
O Mercado de Santa Caterina, que foi recentemente reformado, é considerado uma obra de arte, após os três anos de reconstrução a que foi sujeito. Seu maior atractivo é o tecto de pastilhas coloridas e todo ondulado. Combina a modernidade de suas linhas, com a rusticidade de um mercado municipal original, e está situado no meio do bairro antigo.
O Tibidado é uma montanha situada no noroeste da cidade. O acesso é um pouco complicado já que tem que ser feito através de transportes públicos, mas vale a pena uma visita à igreja de Tibidabo, é linda, e ainda observar a magnífica vista da cidade. Aqui ainda se pode visitar o parque de diversões do Tibidabo, com várias atracções.
O Parque do Labirinto, também situado na parte alta de Barcelona, a “Horta”, o grande parque oferece magníficos lugares onde fazer um piquenique. Porém o mais importante do lugar é o labirinto de ciprestes onde nos podemos perder até encontrar o centro, fazer um descanso e procurar a saída.
Joan Miró nasceu em Barcelona, em 20 de Abril de 1893. Filho de joalheiro, desde muito cedo se revelou a sua inclinação para a pintura. Apesar da insistência do pai em vê-lo graduado, não completou os estudos. Frequentou uma escola comercial e trabalhou num escritório por dois anos até sofrer um esgotamento nervoso.
Joan Miró trazia intuitivamente a visão despojada de preconceitos que os artistas das escolas fauvista e cubista buscavam, mediante a destruição dos valores tradicionais. Em sua pintura e desenhos, tentou criar meios de expressão metafórica, ou seja, descobrir signos que representassem conceitos da natureza num sentido poético e transcendental. Nesse aspecto, tinha muito em comum com dadaístas e surrealistas.
Uma grave doença fê-lo deslocar-se para Montriog del Camp, Tarragona, onde se decidiria a dedicar-se inteiramente à pintura, e aonde voltaria frequentemente em busca de inspiração. De 1915 a 1919, Joan Miró trabalhou em Montroig, próximo a Barcelona, e em Maiorca, onde pintou paisagens, retratos e nus. Depois, viveu em Montroig e Paris alternadamente. De 1925 a 1928, influenciado pelo dadaísmo, pelo surrealismo e principalmente por Paul Klee, pintou cenas oníricas e paisagens imaginárias.
Após uma viagem aos Países Baixos, em 1928, onde estudou a pintura dos realistas do século XVII, os elementos figurativos ressurgiram em suas obras. Na Holanda, pintou as suas duas obras "Interiores holandeses I" e "Interiores holandeses II".
Na década de 1930, seus horizontes artísticos se ampliaram. Fez cenários para espectáculos de dança (balé), e seus quadros passaram a ser expostos regularmente em galerias francesas e americanas. As tapeçarias que realizou em 1934 despertaram seu interesse pela arte monumental e mural. Estava em Paris no fim da década, quando eclodiu a guerra civil espanhola, cujos horrores influenciaram sua produção artística desse período.
No início da Segunda Guerra Mundial voltou para Espanha e pintou a célebre "Constelações", que simboliza a evocação de todo o poder criativo dos elementos e do cosmos para enfrentar as forças anónimas da corrupção política e social causadora da miséria e da guerra.
Em 1937, trabalhou em pinturas murais e anos depois, em 1941, concebeu a sua mais conhecida e radiante obra "Números e constelações em amor com uma mulher". Mais tarde, em 1944, iniciou-se em cerâmica e escultura. Em suas obras, principalmente nas esculturas, utiliza materiais surpreendentes, como a sucata.
A partir de 1948, Miró mais uma vez dividiu seu tempo entre a Espanha e Paris. Nesse ano iniciou uma série de trabalhos de intenso conteúdo poético, cujos temas são variações sobre a mulher, o pássaro e a estrela. Algumas obras revelam grande espontaneidade, enquanto em outras se percebe a técnica altamente elaborada, e esse contraste também aparece em suas esculturas. Joan Miró tornou-se mundialmente famoso e expôs seus trabalhos, inclusive ilustrações feitas para livros, em vários países.
No fim da sua vida reduziu os elementos de sua linguagem artística a pontos, linhas, alguns símbolos e reduziu a cor, passando a usar basicamente o branco e o preto. Joan Miró morreu em Palma de Maiorca, em 25 de dezembro de 1983.
O parque é dividido em dois níveis. No nível mais baixo, ou inferior, encontramos uma área para as crianças, com repuxos e WC. A atracção principal é a "pirâmide vermelha", que é uma atracção para os mais pequeninos, feita de cordas vermelhas muito resistentes e elásticas, que permitem brincadeiras já um pouco radicais como as escaladas.
Neste agradável parque podemos descansar, retemperando forças, antes de uma nova investida pela cidade. Em redor deste parque, existe ainda um grande número de canais e lagos e um jardim de plantas exclusivamente mediterrânicas, como palmeiras, pinheiros, eucaliptos e flores, que criam lugares de sombra e repouso bastante aprazíveis.