Visita a Mérida - Parte II

Bem perto do Anfiteatro fica o belo Teatro Romano e para lá nos encaminhamos. O Teatro, foi mandado construir pelo cônsul Marco Vipsânio Agripa e inaugurado, possivelmente, entre os anos 16 - 15 a.C..
O Teatro Romano de Mérida é mesmo em ruinas, belíssimo, sendo um lugar sempre agradável de visitar, que nos transporta com facilidade a épocas distantes, aos seus usoa e custumes e às suas praticas culturais.

É um dos teatros  romanos, mais bem preservados na Península Ibérica. A estrutura que hoje podemos observar, com revestimentos em mármore e com a frente cénica decorada por capitéis coríntios e inúmeras estátuas, não corresponde à edificação original de época augustana. Com efeito, uma inscrição inaugural que se conserva num dos lintéis do aditus maximus (porta principal do teatro) refere Marco Agripa, genro do Imperador Augusto e seu amigo, como o possível ofertante deste espaço à cidade, em 16 a.C..
É um dos mais relevantes monumentos da cidade e desde 1933 alberga o Festival de Teatro Clássico de Mérida, com o qual recupera a sua função original. Está composto por um terraço com capacidade, para 6 000 espectadores, divididos em três zonas, pela orquestra, lugar em que nas representações ocupava o coro, o palco e por último o cenário.

O Teatro sofreu várias remodelações, sendo a mais importante feita em finais do século I, possivelmente na época do Imperador Trajano, quando se levantou a atual frente do palco, e outra grande remodelação entre os anos 330-340.
Na parte de trás do teatro encontra-se o Peristilo, que tinha outrora uma sala de aula com alpendre, jardim e um altar sagrado.  Foi ali que foi encontrada a bela cabeça do Imperador Augusto, que pode ser vista no Museu Arqueológico da cidade, que iriamos visitar em seguida. A cabeça do Imperador Augusto é feita com a famosa pedra mármore de Carrara, vinda da Itália.

Fonte: Wikipédia.org / http://www.travelinginspain.com/ http://globedia.com/teatro-romano-merida

Visita a Mérida - Parte I

A partida ao final da tarde de Almagro com rumo a Mérida, fez-se sob chuva miúda e estradas muito molhadas, fazendo com que a viagem decorre-se mais lenta do que se pretendia e apenas se parou para um pequeno lanche de tapas no caminho.
A chegada a Mérida pela hora de jantar foi o motivo da procura imediata de um parque de autocaravanas para a pernoita. O parque encontrado foi um enorme parque municipal, destinado a todos os veículos situado em zona sossegada, perto da zona monumental da cidade a cerca de 200 m das suas famosas ruínas romanas.
O jantar foi já a hora tardia, como gostam os “nostros hermanos”, no restaurante do Centro de Reception del Turista, situado na portaria do parque de estacionamento. O restaurante encontrava-se a abarrotar, mas a espera mereceu a pena, pois a carne servida era de excelente qualidade, muito macia e saborosa.
Na manhã seguinte, fomos direitos ao Conjunto Arqueológico de Mérida onde estão situadas a maioria das ruínas romanas de Mérida. Já várias vezes visitadas por nós, a visita às ruínas, desta feita era destinada à nossa filha que connosco viajava.
A cidade de Mérida foi fundada em 25 a.C. com o nome de Emerita Augusta, e foi durante a ocupação romana uma das mais importantes cidades da Península Ibérica e a capital da Lusitânia, da qual nós fazíamos parte (zona do rio Douro para sul de Portugal).
Assim sendo Mérida é uma cidade muito rica em vestígios romanos, possuindo vários testemunhos desse passado, tais como o teatro e o anfiteatro romanos, casas senhoriais, um circo romano, entre outros.
Dirigimo-nos ao Anfiteatro e Teatro Romanos, que estão situados ao lado um do outro, tendo sido pensados para fazerem parte de um grande complexo de entretenimento. Naquele dia, o primeiro a ser visitado por nós foi o antigo Anfiteatro Romano.
O Anfiteatro de Mérida, segundo reza a história, foi inaugurado no séc. VIII a.C.. Tem uma forma oval e uma capacidade para 14.000 pessoas. Era destinado a lutas entre gladiadores e a corridas.

O anfiteatro é composto por seis partes principais: a arena (coberta de areia), onde se davam as lutas e corridas; o local destinado às feras e aos apedrejos dos gladiadores; os corredores (passagens); a Spolania, local destinado aos gladiadores; o Podium, onde se recebiam os prémios; os corredores de entrada e saída, que eram destinados a combates de gladiadores.
O Anfiteatro é ainda composto por três anéis, um fosso e as bancadas para os espectadores, nas quais uma parte era reservada às autoridades que patrocinavam os espetáculos e outra às entidades políticas da cidade. Este monumento esteve subterrado durante centenas de anos e só há algumas décadas é que foi descoberto, embora infelizmente tivesse a parte de cima destruída.

Este anfiteatro, bem como todas as ruínas romanas de Mérida, fazem parte de um dos maiores conjuntos arqueológicos de Espanha, que foi declarado Património Mundial pela UNESCO em 1993.
Fonte: Wikipédia.org / http://www.travelinginspain.com/ http://globedia.com/teatro-romano-merida

Visita a Almagro - 2º Dia - Parte VI

Pela Calle de las Dominicas encaminhamo-nos para o Caminho de Calatrava, uma das principais avenidas da cidade de Almagro e pelo caminho encontramos o bairro aristocrático com alguns palácios, que nos trás de volta os séculos mais esplêndidos da cidade.  Aqui podemos admirar muitas casas brasonadas, como El Mayorazgo de los Molina, Los Rosales, La Casa del Prior ou El Caplet de las Bernardes. Como exemplos da arquitetura palaciana de La Mancha (casas de rés-do-chão apalaçadas), existem os palácios de Maestri, dos marqueses de Torremejía ou o Palácio dos Condes de Valparaíso.

Caminha-se para este e quando se chega ao nó de estradas que se cruzam com o Caminho de Calatrava, observa-se ao longe o Convento de la Asunción de Calatrava. É um dos três conventos situados extramuros, fora do que foi o recinto amuralhado da antiga cidade de Almagro, junto do Convento de San Domingo e do Convento de Santa Catalina, todos ali situados bem perto uns dos outros.

Foi fundado pelo Comendador Gutiérrez de Padilla entre 1519 e 1544 para as religiosas da Ordem de Calatrava, sob a proteção da Virgem de la Asunción. Habitado entre 1827 e 1836, pela Ordem de Calatrava, também serviu de quartel depois da sua restauração em 1860, para voltar a ser ocupado por monges Dominicanos em finais do século.

A igreja do convento foi a primeira a ser edificada. Estruturalmente é gótica com elementos renascentistas. Destaca-se ao longe a sua torre retangular, gémea da torre da Igreja de San Domingo.

O seu claustro é a parte mais interessante do conjunto, de planta retangular com duas galerias de pórticos, com colunas jónicas toscanas. O pátio aparece circundado por sete portas e duas janelas com rica talha plateresca. A bela escada possui sólidos corrimões em pedra, trabalhados em estilo gótico.

Convento de la Asunción de Calatrava-Convento de la Asunción de CalaAli perto também se observa o Convento de Santa Catalina, que alberga hoje o Parador Nacional de Turismo. Foi habitado pelos franciscanos a partir de 1612 e o conjunto primitivo foi habilmente reconstruido. O convento foi mandado construir por Jerónimo de Ávila no séc. XVII, segundo a vontade de sua defunta mulher.

Já a caminho da autocaravana para a partida de Almagro pelo Caminho de Calatrava, observa-se num pequeno largo a Iglesia de San Blas. É ali que se encontra sediado o Museu Etnográfico, considerado o museu mais completo da região de Castilla - La Mancha. Este museu nasceu da iniciativa privada de uma família almagreña, com o fim de dar a conhecer as origens da cultura popular espanhola às gerações vindouras.
Fonte: http://www.turismocastillalamancha.com / Wikipédia.org / http://www.donmartinrural.com

Diagnóstico

Há textos que todos deveriam ler, mas isso nunca acontece, talvez porque somos demais no Mundo, e a cultura infelizmente não chega a todos da mesma forma, e também muitas vezes porque os interesses são outros.



Sou desde há muito leitora assídua do blogue, http://belostextos.aaldeia.net onde me deleito com os textos ali publicados. Aqui vos deixo um deles...


Muitos males da nossa época resultam de que não gastamos tempo em estar connosco mesmos, com os outros homens e com a natureza.

Os homens possuem a capacidade de pensar, mas não têm tempo de exercitar o pensamento. Poderiam pesar com sossego no seu coração as palavras, os gestos e os acontecimentos: crescer por dentro. Mas falta-lhes tempo. Seriam capazes de trocar sorrisos e de se ajudarem, de fazerem amigos, mas dedicam-se a outras coisas. Os homens correm…

Talvez suceda que para sobreviver neste género de sociedade se torne necessário correr… Mas ninguém repara em que aquilo que estes homens-que-correm produzem é cada vez menos… humano? (Aliás, mal há um pequeno progresso tecnológico são despedidos muitos deles, porque aquilo que faziam são coisas que uma máquina pode fazer). Acontece que esta descida de nível se nota nas leis, nos livros, nas canções…

Outrora, o homem tinha o seu pequeno reino – talvez pobre – onde era senhor. Crescia por dentro, dono de ser quem era, domando uma terra que lhe resistia, amparando-se em quem tinha ao lado, forjando laços, acariciando cordeiros e oliveiras, ouvindo Deus no vento, aquecendo-se ao fogo do lar.

E fazia canções e danças. E eram cheios de sentido as festas e os Domingos e as palavras.

O homem não é agora de lugar nenhum. Não vive com os outros. Cria e quebra laços com a facilidade resultante de esses laços não terem chegado a ser exatamente laços, por lhes faltar conteúdo. É superficial em tudo. Corre…

É uma peça dentro de uma engrenagem que não é humana. Não tem o seu reino. É, antes, forçado a buscar emprego como quem pede esmola. Será substituído ou eliminado – como agora pretendem com a eutanásia – assim que deixar de ser produtivo.

Trocou o seu senhorio por meia dúzia de atrativas comodidades. Disse qual era o seu preço e vendeu-se.

Esvaziou-se. E ao esvaziar-se perdeu o sentido de todas as coisas. Transformou o Natal em festa da família, e a família em antro de egoísmos. Do amor guardou apenas o prazer, desconhecendo agora que coisa seja amar. E, por ter perdido o amor, olha baralhado para si mesmo e pergunta pelo sentido da vida.

Mas o homem tem a capacidade grande de analisar e de escolher. O homem não é um rio: pode regressar a lugares que ficaram atrás e apanhar do chão qualquer coisa que deixou esquecida à beira da estrada.

Se voltarmos a entrar dentro de nós mesmos, é certo que teremos de novo as cores de antigamente. Não podemos mudar tudo de um dia para o outro, mas há passos que podemos dar. Podemos cortar naquilo que no trabalho é exagerado, prescindir de certas comodidades (depressa compreenderemos que não nos eram necessárias), forçar-nos a tempos de sossego connosco mesmos, com os que amamos, com a natureza. Calar a televisão. Podemos descobrir o silêncio e tudo o que ele tem para nos dar. Podemos ler. E dar um passeio – só com o objetivo de passear – embora nas primeiras vezes nos sintamos a gastar tempo inutilmente.

E podemos experimentar a sério ouvir os outros. Ouvi-los mesmo, com interesse verdadeiro em saber o que têm dentro, como quando namorávamos e cada palavra tinha a importância de um monumento.

Paulo Geraldo

Analisando emoções


A felicidade é um tema filosófico. Muito antes de ter sido reduzida em nossos tempos a uma mercadoria publicitária, a felicidade era um ideal ético. A desvalorização da felicidade no contexto capitalista relaciona-se ao mundo do espetáculo, à banalização do desejo e também do sentido dos afetos em nossas vidas.

Antes de qualquer análise, temos de nos perguntar se ainda podemos falar de felicidade em nossos dias, e de qual felicidade. Não teríamos, hoje, quando vemos a colonização do desejo aniquilar o sentido da convivência e da autodescoberta, que devolver a felicidade ao campo da ética? Ou a ética à felicidade?



Fonte: http://www.youtube.com/ http://www2.camara.gov.br/tv

Ver mais em: As emoções também são herdadas

Visita a Almagro - 2º Dia - Parte V

Saímos do Almacén de los Fugger (Armazém dos Fúscares) e caminhámos através da Calle Diego de Almagro na direção sul da cidade e mais à frente encontrámos a Iglesia de Madre de Dios. Esta igreja bastante simples no exterior, tem um estilo de transição entre o gótico tardio e renascentista. Tradicionalmente la leyenda la une con el recuerdo de Diego de Almagro.Tradicionalmente a lenda liga-a com a memória de Diego de Almagro.

No seu interior é uma “igreja de salão”, muito frequente em toda a região de La Mancha. As naves, amplas e luminosas, estão cobertas por abobadas cruzadas assentes em grossas colunas.

Nas grossas paredes existem altas janelas, formadas por arcos que dão à luz interior um efeito claro em oposição ao que acontece com os vitrais góticos, cuja luz fica colorida, escurecendo o interior. TLa iglesia cuenta con dos portadas barrocas en los lados norte y sur y una torre inconclusa proyectada en el siglo XVII por arquitecto Benito de Soto, vecino de Almagro.em duas portas barrocas no norte e sul e uma torre inacabada, concebida no séc. XVII pelo arquiteto Benito de Soto, um residente de Almagro.
A fachada, com grandes contrafortes, tem uma grande roseta de tijolo datado 1602 que lança uma luz crua sobre o altar. A torre, inacabada e construída no lado direito da fachada é obra de Benito de Soto, Almagro vizinho arquiteto, no séc. XVII.

Esta igreja está localizada no que foi o Hospital de Nossa Senhora, em lotes comprados pela cidade em 1546. Foi uma igreja construída a partir de 1543, graças à ajuda do conquistador Diego de Almagro, com trabalhos liderados por Enrique Egas, o Jovem, mas só foi terminada em 1602, por razões económicas, como está indicado no escudo da fachada.
Ao lado estendem-se os recentemente reaproveitados edifícios do antigo Hospital de S. João de Deus. Este edifício do séc. XVII, era composto outrora por diversas unidades que abrigavam um hospital e convento, que teve grande utilização e desenvolvimento significativo, durante os séculos XVII e XVIII.

Hoje é o Teatro Hospital de S. João de Deus, um espaço renovado para a sua nova função teatral, com um moderno palco ao ar livre, recentemente construído com todos os requisitos técnicos mais modernos, onde normalmente atua a Companhia de Teatro Nacional.
Caminha-se por larga e longa estrada empedrada (Calle Diego de Almagro), com casas baixas caiadas de branco e mais à frente, do lado esquerdo, lança-nos um olhar convidativo, o antigo Convento de la Encarnación. Era um mosteiro que servia de abrigo a mulheres da Ordem Dominicana, viúvas e irmãs ou familiares dos cavaleiros da Ordem de Calatrava.

A sua igreja destaca-se como um elemento importante da arquitetura de Almagro. O seu interior em cruz latina, tem muitos traços maneiristas, acentuados na abside, que é coberta por uma enorme vieira.

A nave é dividida em duas partes e é coberta por uma abóbada de berço com arcos transversais e lunetas. Na primeira seção é decorada com o brasão da Ordem de Calatrava, onde aparece a data de 1597. Las capillas de poca profundidad, se abren entre las pilastras toscanas que componen el muroAs capelas laterais rasas, estão abertas entre as colunas toscanas que compõem a parede. O cruzeiro destaca as telas com pinturas com San Juan Bautista, San Juan Evangelista, San Diego e San José.

La nave dividida en dos tramos, se cubre por bóveda de cañón con arcos fajones y lunetos; el primer tramo se decora con el escudo de la Orden y debajo aparece la fecha de 1597, fecha d edinalización de la Iglesia.Del exterior merece la pena destacar la portada de accO segundo corpo da igreja foi construído no séc. XVIII, quando o Conde de Valdeparaíso foi nomeado padroeiro do Convento, doando dinheiro para a reparação da igreja e construção de um novo altar-mor, que está decorado com o belo casaco usado pelos Condes de Valdeparaíso.

Apenas Silêncio

"Os homens sempre foram donos do pensamento e do discurso. A filosofia é um território de disputas e as mulheres não estavam autorizadas a entrar nesse lugar"

Marcia Tiburi


Não...

"O silêncio é a mais perfeita expressão do desprezo".

George Bernard Shaw


Mas a escrita é um silêncio que se faz ouvir, revelando o mais incompreensível do nosso ser. É a liberdade que não se pode calar.

Perdemos um homem culto e bom

"Um grande homem é aquele que morre duas vezes. Primeiro, como homem; e depois, como grande homem."

Paul Valéry

Esta foi uma das últimas escolhas de Miguel Portas:


“Ensinou-me a nadar, a jogar ténis, a jogar pingue-pongue,  a chegar atrasado, a ter interesse pelo conhecimento, a ser teimoso. Quase tudo o que faço hoje, foi ele que me ensinou. Daria tudo o que tenho por um abraço, por um sinal de vida dele. Por causa dele, quero dedicar a minha vida aos outros.”

(Frederico, filho de Miguel Portas)

“Ambos dávamos ao outro não o preconceito sobre o que o outro pensava, mas o benefício da dúvida sobre o que o outro queria. Adorávamo-nos para além das nossas diferenças. Diria um pouco mais: adorávamo-nos também por causa das nossas diferenças.”

Paulo Portas

“As linhas paralelas não se cruzam só no infinito.” (Francisco Louçã) Na cerimónia evocativa a Miguel Portas as linhas cruzaram-se também nos discursos. Provocaram lágrimas, risos e vozes que fraquejaram de tão comovidas. Miguel Portas, o deputado europeu, o jornalista, o economista, o pai ou o irmão, “fazia de tudo para evitar os excessos de melancolia”. A confidência que Paulo Portas fez no seu discurso de homenagem faz pensar também se as lágrimas dos amigos não o teriam deixado zangado: “O meu irmão não era piegas”, assegurou o irmão mais novo.
(in,  http://www.ionline.pt)

Miguel Portas nasceu no dia 1 de Maio, não foi por certo por acaso!

Ver mais em: http://www.tvi24.iol.pt/politica/miguel-portas-homenagem-paulo-portas-sao-luiz-tvi24-be/1344556-4072.html

Visita a Almagro - 2º Dia - Parte IV

Uma vez mais na Plaza Mayor de Almagro, depois da visita ao Corral de Comedias, fomos até ao edifício do Ayuntamento, onde no rés-do-chão fica situada a Oficina de Turismo da cidade, para recolhermos mais informações sobre os pontos a visitar.
O belo edifício da Câmara Municipal oferece uma elegante fachada de pedra de cantaria, com três portas e janelas gradeadas no piso térreo, com uma varanda principal com cinco aberturas com vergas, tendo ao centro um grande escudo com as armas antigas da cidade, onde não falta a cruz da Ordem de Calatrava. No canto esquerdo, o edifício apresenta uma pequena torre com um relógio e um sino, datada de 1798, que veio do antigo Convento de Santa Catalina de frades franciscanos.
Segundo informação recolhida no turismo, a cidade tinha um castelo mouro, a que chamavam Almagrib, que estava levantado num dos caminhos que iam de Toledo a Córdoba.  E Almagreb era um nome que se referia à argila vermelha característica da área, a cor de Almagro. O ocre é ainda hoje usado para pintar a madeira das suas casas e está presente na coloração da Plaza Mayor e outros edifícios municipais da cidade.
A Plaza Mayor de Almagro está no mesmo local da antiga praça medieval, que passou por uma transformação notável durante o séc. XVI e foi em grande parte construída sob a responsabilidade da família Fugger, os banqueiros de Carlos V de Habsburgo. Dessa época são também os seus edifícios com balcões de cor verde, com arcos de inspiração flamenca suportados por colunas toscanas e feitos à imagem da Europa Central. Por baixo dos pórticos existem bares e lojas de artesanato.
Los Függer (ricos banqueros flamencos traídos por Carlos I) la hicieron a imagen y semejanza de las del centro de Europa.É um lugar com muitas reminiscências de outra época e de uma outra maneira de entender a vida, com lojas já difíceis de se encontrar, onde os artesãos locais nos abrem as portas, com as rendas delicadas, cestaria e produtos regionais, como as suas famosas berenjenas de Almagro (beringelas em calda), que resultam do trabalho realizado desde tempos imemoriais, de homens e mulheres almagreños.
A partir da Câmara Municipal, segue-se à esquerda, pela Calle San Agustín e logo se esbarra na Iglesia de San Agustín, que já se fazia notar à distância, pelas suas duas torres observadas da Plaza Mayor.

A igreja é um edifício barroco do séc. XVIII, encomendada em 1625 emandada construir, como muitos outros em Espanha, por um mandado testamentário de uma família, a família Figueroa. Foi terminada em 1719 e é uma obra-prima do barroco provincial e outrora pertencia a um convento de frades agostinianos já desaparecido. Encontra-se situada no lugar onde outrora se encontrava o palácio da família Fugger. Por se encontrar fechada no momento da nossa visita não pudemos visitá-la por dentro.
Caminha-se para oeste e mais à frente na mesma rua encontramos do lado direito o Teatro Municipal de Almagro, com uma belíssima fachada branca e ocre. Situado a uma curta caminhada da praça central desta cidade encantadora é um teatro/ópera que tem uma agenda movimentada durante todo o ano.
O Teatro Municipal foi construído em 1863 pelo arquiteto Cyril Rod e Soria, que tentou resumir na sua fachada a aparência e ornamentação própria dos valores da burguesia do século XIX. A sua fachada branca e ocre é neoclássica, com três arcos ladeados por duas portas de serviço e duas janelas e possuindo nichos com esculturas. No seu interior o teatro pode acomodar 530 pessoas.
Pela Calle Encomienda, voltamos para a esquerda e segue-se pela Calle Diego de Almagro, a caminho do Almacén de los Fugger (Armazém dos Fúscares), do séc. XVI. No caminho encontra-se também o edifício da Biblioteca Pública Municipal Manoelita Espinosa e um pouco mais à frente aparece-nos o famoso Armacén de los Fugger, um edifício de cor ocre.
O Almacén de los Fugger é realmente um antigo armazém construído no século XVI pelos Fugger, uma família de banqueiros, ou para gerenciar e armazenar o mercúrio das Minas de Almaden e cereais. A fachada é de tijolo burro de barro vermelho e é um edifício rústico observado do lado de fora. No interior, está organizado em torno de um pátio quadrado com galerias da Renascença e arcadas de tijolo apoiadas em colunas de calcário.
O pátio, foi originalmente construído para ser uma espécie de hall de entrada com escadaria para o primeiro andar. É composto de belas arcadas apoiadas em colunas. Após a partida dos Fugger, no final do século XVIII, teve diversas utilizações, sendo adquirido pelo Ayuntamento em 1984. Hoje abriga a Universidade Popular de Almagro e é uma das áreas cénicas do Festival Internacional de Teatro Clássico da cidade.
Fonte: Wikipédia.org / http://www.turismocastillalamancha.com / http://www.turismoalmagro.com/monumentos_sanagustin.htm

As 7 Virtudes Capitais - Como andam as suas virtudes?

As sete Virtudes Capitais para combater os sete Pecados Capitais são:

. Humildade
. Paciência
. Generosidade
. Temperança
. Castidade
. Disciplina
. Caridade


Como todo o pecado tem o seu oposto, também aqui deixo as virtudes que a eles se opõem.

A Humildade - Que se opõe ao Orgulho

A Humildade vem do latim “húmus”, que significa “filhos da terra”. Refere-se à qualidade daqueles que não tentam projetar-se sobre outras pessoas, nem  mostrar-se superior a elas. A humildade é uma qualidade pessoal, que  dá o sentimento exato da nossa fraqueza, modéstia, respeito, reverência e submissão em relação à vida e o respeito pelas outras pessoas.

A Paciência - Que se opõe à Ira

A Paciência é a virtude de manter um controle emocional equilibrado, sem perder a calma, ao longo do tempo. Consiste basicamente na tolerância a erros ou fatos indesejados. É a capacidade de persistir a uma atividade difícil, tendo ação tranquila e acreditando sempre que irá conseguir o que quer, de ser perseverante, de esperar o momento certo para atitudes certas e ter a capacidade de se libertar da ansiedade. Nunca ninguém se deve esquecer que ser paciente é ser educado, ser humanizado e saber agir com calma e com tolerância.

A Generosidade - Que se opõe à Avareza


A Generosidade é a virtude que a pessoa tem quando acrescenta algo ao próximo. Não é pedir aos outros para dar ao próximo, isso é filantropia (que também é um sentimento bastante meritório), é quando a pessoa dá algo a alguém tendo o suficiente para dividir ou não. Não se limita apenas em dar bens materiais, Generosos são tanto as pessoas que dividem um tesouro, como as que elogiam, bem dizem, dão em troca… porque isso faz com que se sintam melhores, ou dividam o seu tempo com outros, para ensinar, dar companhia, dar trabalho... sem a necessidade de receber algo em troca.

A Temperança - Que se opõe à Gula

Temperança significa equilibrar, colocar sob limites, moderar a atração dos prazeres, assegurar o domínio da vontade sobre os instintos e proporcionar o uso de bens criados.

A Castidade - Que se opõe à Luxúria

A Castidade é um comportamento voluntário de abstinência de prazeres e práticas de atos sexuais, seja por motivos religiosos ou sociais. Castidade diz respeito aos prazeres sensuais, e nisso já se acha outra fonte de constantes equívocos. Pois sensual não é necessariamente o mesmo que sexual, embora possa haver conexão entre ambos.

A Disciplina - Que se opõe à Preguiça

Disciplina é uma palavra que tem a mesma etimologia da palavra “discípulo”, que significa "aquele que segue” ou Diligência, aquele que diligencia. Um bom exemplo, é quando alguém é disciplinado nos seus afazeres em geral, nos seus passatempos, nos seus deveres, cumprindo metodicamente os horários, os compromissos, as aulas que tenha que assistir ou dar, sem faltar.

A Caridade - Que se opõe à Inveja


A Caridade não se restringe à esmola, mas abrange todas as relações com os nossos semelhantes, quer se trate de nossos inferiores, iguais ou superiores. O verdadeiro sentido da palavra caridade, é  a benevolência para com todos, indulgência para com as imperfeições alheias e o perdão das ofensas. É o espirito de Deus em nós, é sempre uma luz vencendo trevas.

E então, como andam as suas virtudes???