Uma vez mais na Plaza
Mayor de Almagro, depois da visita ao Corral de Comedias, fomos até ao edifício
do Ayuntamento, onde no rés-do-chão fica situada a Oficina de Turismo da cidade,
para recolhermos mais informações sobre os pontos a visitar.
O belo edifício da Câmara
Municipal oferece uma elegante fachada de pedra de cantaria, com três portas e
janelas gradeadas no piso térreo, com uma varanda principal com cinco aberturas
com vergas, tendo ao centro um grande escudo com as armas antigas da cidade, onde
não falta a cruz da Ordem de Calatrava. No canto esquerdo, o
edifício apresenta uma pequena torre com um relógio e um sino, datada de 1798,
que veio do antigo Convento de Santa Catalina de frades franciscanos.
Segundo informação
recolhida no turismo, a cidade tinha um castelo mouro, a que
chamavam Almagrib, que estava levantado num dos caminhos que iam de Toledo a
Córdoba. E Almagreb era um nome que
se referia à argila vermelha característica da área, a cor de Almagro. O ocre é ainda hoje usado para pintar a
madeira das suas casas e está presente na coloração da Plaza Mayor
e outros edifícios municipais da cidade.
A Plaza
Mayor de Almagro está no mesmo local da antiga praça medieval, que passou por
uma transformação notável durante o séc. XVI e foi em grande parte construída
sob a responsabilidade da família Fugger, os banqueiros de Carlos V de
Habsburgo. Dessa época são também os seus edifícios com balcões de cor verde,
com arcos de inspiração flamenca
suportados por colunas toscanas e feitos à imagem da Europa Central. Por baixo
dos pórticos existem bares e lojas de artesanato.
É um lugar com muitas reminiscências de outra época e
de uma outra maneira de entender a vida, com lojas já difíceis de se encontrar,
onde os artesãos locais nos abrem as portas, com as rendas delicadas, cestaria
e produtos regionais, como as suas famosas berenjenas de Almagro (beringelas em
calda), que resultam do trabalho realizado desde tempos imemoriais, de homens e
mulheres almagreños.
A
partir da Câmara Municipal, segue-se à esquerda, pela Calle San Agustín e logo
se esbarra na Iglesia de San Agustín, que já se fazia notar à distância, pelas
suas duas torres observadas da Plaza Mayor.
A igreja é um edifício barroco do séc. XVIII, encomendada em 1625 emandada construir, como muitos outros em Espanha, por um mandado testamentário de uma família, a família Figueroa. Foi terminada em 1719 e é uma obra-prima do barroco provincial e outrora pertencia a um convento de frades agostinianos já desaparecido. Encontra-se situada no lugar onde outrora se encontrava o palácio da família Fugger. Por se encontrar fechada no momento da nossa visita não pudemos visitá-la por dentro.
Caminha-se
para oeste e mais à frente na mesma rua encontramos do lado direito o Teatro
Municipal de Almagro, com uma belíssima fachada branca e ocre. Situado a uma
curta caminhada da praça central desta cidade encantadora é um teatro/ópera que
tem uma agenda movimentada durante todo o ano.
O Teatro Municipal foi construído em 1863 pelo arquiteto Cyril Rod e
Soria, que tentou resumir na sua fachada a aparência e ornamentação própria dos
valores da burguesia do século XIX. A sua fachada branca e ocre é neoclássica, com três arcos
ladeados por duas portas de serviço e duas janelas e possuindo nichos com
esculturas. No seu interior o teatro pode acomodar 530 pessoas.
Pela
Calle Encomienda, voltamos para a esquerda e segue-se pela Calle Diego de
Almagro, a caminho do Almacén de los Fugger (Armazém dos Fúscares), do séc.
XVI. No caminho encontra-se também o edifício da Biblioteca Pública Municipal Manoelita Espinosa e um pouco mais à frente aparece-nos o famoso Armacén de los Fugger, um edifício de cor ocre.
O
Almacén de los Fugger é realmente um antigo armazém construído no
século XVI pelos Fugger, uma família de banqueiros, ou para gerenciar e
armazenar o mercúrio das Minas de Almaden e cereais. A
fachada é de tijolo burro de barro vermelho e é um edifício rústico observado do lado de
fora. No interior, está organizado em torno de um pátio quadrado com galerias da
Renascença e arcadas de tijolo apoiadas em colunas de calcário.
O pátio, foi originalmente
construído para ser uma espécie de hall de entrada com escadaria para o primeiro
andar. É composto de belas arcadas apoiadas em colunas. Após a partida dos Fugger, no final do século XVIII, teve diversas utilizações,
sendo adquirido pelo Ayuntamento em 1984. Hoje abriga a
Universidade Popular de Almagro e é uma das áreas cénicas do Festival
Internacional de Teatro Clássico da cidade.
Fonte: Wikipédia.org / http://www.turismocastillalamancha.com
/ http://www.turismoalmagro.com/monumentos_sanagustin.htm
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