A Suíça encontra-se no cruzamento de diversas das principais culturas europeias, que influenciaram profundamente as línguas e práticas culturais do país.Já foi dito que a Suíça é politicamente um anacronismo, economicamente um paradoxo e socialmente uma mistura. Com toda a verdade aparente da afirmação, esse pequeno país, situado bem no centro da Europa, é um verdadeiro continente por sua variedade e por sua complexidade.
A cultura do país é sobretudo marcada pela diversidade linguística, onde são oficiais quatro línguas de origens diferentes. Vizinha da França, Itália, Áustria, Liechtenstein e da Alemanha, na Suíça fala-se alemão, francês, italiano e romanche (considerado com algumas restrições como língua oficial a nível federal e é falado apenas no cantão dos Grisões, onde ele tem status oficial).
A ideia que tinha da Suíça era bastante boa, não só pelo lado paisagístico, mas pela ideia que tinha da sua sociedade cultural e civicamente avançada (a forma como respeitam a lei, a forma como tratam o ambiente, a sua forte cidadania e consciência social...), mas todo esse avanço tem um preço, um nacionalismo e um proteccionismo estranho e exacerbado!
No entanto o maior senão da Suíça é o facto de levarem muito a sério a triagem do que é bom e mau para o país, não havendo uma abertura real ao exterior, como acontece com a maioria dos países da Europa.
As cidades suíças são cheias de charme, cultura, atracções e surpresas. A Suíça tem a vantagem de num pequeno território, ter como em poucos lugares no mundo, tantos e bons centros culturais a curtas distancias uns dos outros. A diversidade do país vê-se nas suas próprias cidades, cosmopolitas como Zurique, internacionais como Genebra, tradicionais como Berna, bonitas como Lucerna ou alpinas como Interlaken.
São incontestáveis os encantos das mais agitadas cidades suíças, a rusticidade e o tipicíssimo das cidades de montanha ou das vilas e aldeias, junto dos lagos menores. As cidades suíças não são muito grandes e a maioria são praticamente planas, estendendo-se nas margens dos lagos, sendo os seus centros históricos de uma beleza diversificada e muito diferentes umas das outras, consoante a cultura da região onde se situam.

Com uma natureza abundante, a Suíça oferece inúmeras experiências ao ar livre e actividades para todo o verão. Nadar nos seus belos lagos como o grande Lémam, ou num lago nas montanhas, passar a noite ao ar livre cercados por picos, ou para os amantes das escaladas, escalar uma das 48 montanhas de mais de 4 mil metros de altura, ou mesmo subir num dos mais de 600 teleféricos para conhecer os Alpes, são opções possíveis neste belo País.
Uma boa opção é descobrir os seus encantos utilizando a bicicleta ou em caminhadas, uma vez que há mais de 60 mil quilómetros de trilhos para caminhadas que cortam todo o País, com caminhos bem demarcados e bem cuidados, com vários níveis de dificuldade.

Além de museus sobre arte, técnica, natureza, antropologia ou história, existem também os dedicados a temas específicos como hotelaria, gastronomia, instrumentos musicais, roupas folclóricas, bonecas, brinquedos, sapos, cavalos, gatos e coelhos.
Além disso a Suíça também tem museus especiais para escritores e intelectuais como Jean-Jacques Rousseau, Jeremias Gotthelf, Hermann Hesse ou Thomas Mann.
A sua gastronomia não é das melhores, e a melhor forma de a encarar é separando-a por regiões. As montanhas no inverno são o local para especialidades como a "raclette", peças de queijo especial, grelhados em fogo de lenha ou em modernos fornos eléctricas, servidas com batatas cozidas com casca, (como os locais dizem, "tal como vieram ao mundo") e às vezes, com peras em calda e pepininhos em conserva. O "rosti" é uma espécie de tortilha espanhola, feita com batatas raladas fritas em manteiga e amassadas num bolo, que é por sua vez frito de ambos os lados.
As carnes de boi, porco e vitela são as mais consumidas. O picadinho de carne e rim de vitela com champignons e creme, uma especialidade do cantão de Zurique, o "brasato di manzo", carne de boi cozida por longas horas em vinho tinto do Ticino, cantão de língua italiana e o "rôti de porc", um assado de carne de porco muito parecido com os encontrados nos países vizinhos, servido com frutas.
As sobremesas são muitas, mas as tartes com frutos silvestres são as que se encontram com maior facilidade. A "engadiner nusstorte" é uma tarte recheada com nozes aos pedaços misturadas com caramelo e mel.
No Verão os gelados são muito consumidos e na região de Fribourg temos como principal sobremesa o "crème double", um creme de leite fresquíssimo e espesso, para comer com morangos e framboesas frescas.
Os vinhos brancos e tintos são muito bons, são geralmente vendidos ao copo nos restaurantes e quem se aventura a pedir uma garrafa de vinho, está sujeito a pagar de 40 a 50 euros.
Contudo, no dizer dos locais, o melhor da gastronomia Suíça está na comida simples, que lembra a comida de mãe e de avó, que fala directamente ao coração, combinando com os vinhos simples e de consumo local, que dificilmente se encontra, porque há muito poucos restaurantes de comida caseira. A maioria dos restaurantes são para turistas, servem mal e são muito dispendiosos, sendo a refeição por pessoa em média de 50 euros.




A actual construção é o último projecto arquitectónico bem sucedido durante séculos e que teve como primeira origem um antigo templo românico, dos tempos da fundação de Valladolid, pelo Conde Ansúrez no séc. XI e depois de uma igreja gótica que também ali existiu e que desapareceu.
Durante os séculos XVII ao XIX, foram continuados os trabalhos, mas não foram respeitados completamente os projectos de Herrera. Assim, em 1729 o arquitecto Alberto Churriguera criou um corpo superior da fachada em claro estilo barroco, que alteraria pela primeira vez o estilo herreriano. No séc. XIX, continuaram as modificações ao construir-se a actual torre, que sustituiu a original e que havia caído por defeitos na cimentação.
A Catedral de Nuestra Señora de la Asunción de Valladolid é assim um amplo edifício de três naves e três absides. O interior está articulado mediante gigantescos arcos que apoiam sobre fortíssimos pilares quadrados.
A igreja ergue-se dentro de uma situação privilegiada, perto da Plaza Mayor de Valladolid e desde 1302, que já se incluía dentro da segunda muralha de Valladolid. O aceso à igreja faz-se por ruas pedonais, porque o caminho está vedado ao trânsito, mas como nos deslocava-mos de bicicleta foi fácil lá chegar.
As edificações actuais foram construídas ao longo dos séculos XV, XVI, XVII e XVIII, e segundo a tradição, São Pedro Regalado, Padroeiro de Valladolid, foi baptizado na pia baptismal da igreja em 1390.
A igreja está organizada mediante uma grande nave única, com cinco secções, muito ampla, coberta com uma abside poligonal e abriga um bonito retábulo rococó de 1756. Esta única nave é coberta por uma abóbada de tijolo e pedra. Em ambos os lados da nave abrem-se uma série de capelas construídas entre o século XV e 1788.
Lá dentro é de maior interesse observar, o altar-mor, a capela dos Reis, na Capela de São Pedro Regalado, a Capela baptismal onde foi baptizado, São Pedro Regalado, a Capela de Nossa Senhora da Guia e da Capela de San Juan Bautista.
Ao lado na mesma praça, existe uma bonita igreja hispano/flamenga concluída em 1492, que também foi visitada por nós.
A igreja foi edificada de 1499 a 1515, seguindo os planos de Juan de Arandia e García de Olave. Está totalmente edificada em pedra e está organizada mediante três naves, que rematam em três absides poligonais e não existe cruzeiro. Tem as características de uma igreja/salão que estava muito em moda em meados do séc. XVI.
As naves laterais são muito altas e a diferença de altura com a nave central é pequena, pelo que podemos dizer que esta igreja segue a tipologia de igreja/salão, muito difundida na primeira metade do séc. XVI, criando edifícios com uma interessante e grandiosa espacialidade. 
Tradicionalmente, as casas da praça tinham uma altura de três andares. A distribuição dos vazios foi hierárquica. O primeiro andar tinha varandas e o segundo e terceiro, janelas simples. Esta aparência original foi mudando ao longo do tempo até ao presente, em que todos os vazios de todos os andares têm varandas.
No início do séc. XX, foi realizado pela primeira vez um concurso para renovação do edifício, que foi ganho pelo o arquitecto Antonio Iturralde. No entanto, Iturralde morreu em 1897 e foi substituído pelo arquitecto Enrique Repullés, que assumiu as obras e derrubou tudo o trabalho feito por Iturralde, construindo um novo edifício eclético que foi concluído em 1908, sendo este o actual edifício da Câmara Municipal.
O Concurso Internacional de Mestres Escultores de Areia, é realizado todos os anos em Vallodolid e este ano decorreu nos dias 14 e 15 de Junho. Este ano o concurso homenageou o município no seu centenário castelhano. 