Génova

Génova está situada no cento litoral da Ligúria e é dotada de um importante porto no golfo de Génova, que rivaliza com a cidade portuária de Marselha, na disputa pelo lugar de melhor porto de mar no Mediterrâneo.

Com uma história longa e importante que se estende por vários séculos, a cidade portuária de Génova é a sexta maior da Itália e a mais velha da Europa.

A cidade remonta segundo os historiadores, à presença dos gregos no território, mas provavelmente o porto terá tido uma utilização mais antiga. A cidade foi destruída pelos cartagineses em 209 a.C., sendo posteriormente reconstruída pelos romanos, que a usaram como base durante a guerra que travaram com a Ligúria.


A partir do século XI, Génova torna-se uma república marítima governada por cônsules. A cidade contribuiu então com o envio de barcos no combate aos corsários sarracenos nas águas territoriais italianas. Mais tarde alia-se à cidade de Pisa, para expulsar os muçulmanos das ilhas Córsega e da Sardenha, mas posteriores desentendimentos geraram disputas entre estas duas cidades-estado, ambas importantes Repúblicas Marítimas.

No século XII os genoveses alargaram o seu território e partiram para as cruzadas trazendo para a sua cidade ricos saques. Os mercadores genoveses enriqueceram com o transporte de mercadorias do Médio Oriente, muito apreciadas na Europa por esta altura, levando-os a estabelecer entrepostos comerciais em vários pontos do Mediterrâneo e do Mar Egeu, até no Mar Negro.

O comércio era facilitado pelo bom relacionamento com o Império Bizantino; contudo, as proveitosas relações comerciais com esta parte do Globo trouxeram graves conflitos com a República de Veneza, a sua rival comercial com a qual Génova se envolveu numa guerra em meados do século XIII, época em que o seu poderio tinha atingido maior amplitude. Génova esmagou Pisa na Batalha de Meloria, de 1284, e os venezianos foram derrotados em Curzola, em 1299.

A partir de 1257, Génova, uma cidade governada por mercadores e banqueiros, aprendeu a lidar com reis e papas, envolvendo-se em conflitos que resultaram em divisões internas. Esta disputa pelo poder gerou grupos rivais que não se inibiram de pedir auxílio a forças externas.

A desordem criada era tal que o próprio doge (instituído em 1339) não conseguiu superar. Contudo, e apesar deste contexto muito conturbado, a sua pujança manteve-se até 1380, data em que a sua frota foi derrotada pelos venezianos em Chioggia, acto que precipitou o seu declínio. Córsega foi o seu último reduto, rendido aos franceses em 1468.

O doge Andrea Doria restaurou a estabilidade de Génova com a ajuda do sacro imperador romano em 1528. A cidade era dominada pela França e o Piemonte, no entanto, só perdeu a sua independência em 1797, com a chegada de Napoleão Bonaparte, que integrou Génova na República da Ligúria, uma província depois absorvida pelo Império Francês em 1805. Dez anos depois Génova foi integrada no reino da Sardenha.

No final do século XIX o seu porto foi modernizado e a cidade invadida por um conjunto de indústrias, cujas estruturas foram largamente danificadas pelos bombardeamentos da Segunda Guerra Mundial.
Nos últimos vinte anos a cidade de Génova conheceu um incessante processo de renascimento cultural e urbanístico, até obter também o papel anual de Capital Europeia da Cultura. Provando esta fase de reconstrução, temos o restauro de toda a zona do porto, incluindo o novo Aquário projectado por Renzo Piano, a reconstrução do Teatro Carlo Felice, de Aldo Rossi e a reorganização dos mais importantes museus da cidade.

Fonte: www.infopedia.pt / www.initalytoday.com

A Caminho de Génova - Riviera di Ponente (Parte II)

A estrada litoral vai-nos mostrando as vilas e cidades costeiras, bem como muitas das estâncias balneares e muitas marinas ao longo da costa. Depois e antes de Alassio, aparece-nos ao longe depois de uma curva da estrada, a pequena, original e linda vila medieval de Cervo, na encosta de uma colina à beira mar e algo afastada da zona nova e da enorme praia de areia branca.

Cervo é a mais bonita povoação litoral a leste de Impéria, com ruas estreitas e casas em tons pastel empoleiradas sobre uma íngreme escarpa. É um original burgo de características medievais, protegido por muralhas, dominado por duas torres da Chiesa de San Juan Bautista de características barrocas e rodeada por colinas verdes.

O centro histórico é repleto de lojas de artesãos e artistas, onde só se vai a pé e que conserva construções antigas e ruas de paralelepípedos. Na parte alta da cidade em torno das ruínas do passado, as montanhas são cobertas com florestas de pinheiros e oliveiras, com trilhos onde se pode apreciar a calma e respirar ar puro.

Pelo litoral estende-se a área balnear, com uma grande praia de banhos, mas também por ali abundam pequenas e discretas praias e falésias, que são livremente acessíveis e onde se pode ouvir a voz do mar.

Na enseada a seguir aparece-nos Alassio, uma cidade já na província de Savona, que é muito procurada no Inverno, por motivos de saúde e que é uma magnifica estância balnear no Verão, onde existem inúmeros hotéis.

Foi uma cidade edificada na Idade Média, quando os habitantes do vale começaram a descer para o mar para pescar. Segundo a lenda, o seu nome deriva do nome de Adelasia, filha do Imperador Otto I, rei dos Germanos e primeiro Sacro Imperador Romano, coroado pelo Papa João XII, em 962.

O controlo da cidade era feito pelos monges da ilha de Gallinara, uma pequena ilha situada em frente de Alassio e mais tarde passou para o domínio do município de Albenga.

A partir de Alassio e por já ser tarde, decidimos ir pela auto-estrada para procurarmos o parque de campismo, em Génova, onde chegámos ao cair da noite.

Fonte: guiasdeviagem.com.br / Wikipédia

A Caminho de Génova - Riviera di Ponente (Parte I)


Depois da visita a San Remo, seguimos viagem pela estrada da costa, atravessando toda a Riviera di Ponente, até Génova onde iriamos estar dois dias e três noites.

Esta estrada da costa é a Via Aurélia ou SS1 e segue o percurso de uma antiga estrada romana, que no Verão está geralmente muito congestionada. É uma estrada sinuosa que atravessa, alguns trechos elevados e parece incrustada na montanha. É a mesma Via Aurélia que ligava Roma à Gália, de onde se disfrutam vistas deslumbrantes, com a montanha a cair por vezes a pique sobre o Mediterrâneo.

A zona percorrida até Génova, é designada de “Riviera di Ponente” (“do poente”, por estar a oeste da capital, em contraposição à “Riviera di Levante”, onde o sol se levanta ou nasce, a zona a este de Génova) e corresponde ao trecho de aproximadamente 180 km que vai desde a fronteira com a França até Génova.

É um prazer constante esta travessia da Ligúria, uma zona povoada desde a antiguidade e situada na costa tirrena, numa faixa de terra com poucos quilômetros de largura, espremida entre as montanhas dos Alpes, os Apeninos e o mar, um território quase totalmente montanhoso, caindo abruptamente sobre o mar.

A Riviera di Ponente ou Ocidental é a casa para muitas cidades costeiras, como Bordighera, San Remo, Alassio, Albenga, Noli, Varazze, entre outras. De um modo geral, a costa da Riviera ocidental é caracterizada por extensas praias arenosas, especialmente ao redor das cidades estâncias balneares de Alassio, Varigotti, possivelmente a melhor praia de areia da Riviera, e Varazze. As praias são de areia grosseira e bem diferente das praias de calhaus que caracterizam a Riviera Oriental.

Desde Ventimiglia e San Remo, passando por Impéria e Savona até Cervo, na metade oriental da região, as encostas são cobertas de estufas, muitas delas de flores. Por esse motivo, a província de Imperia, que se estende até Cervo, também é popularmente conhecida por “Riviera dei Fiori”, a Riviera das Flores, a província da floricultura da Ligúria. No entanto a paisagem não se traduz num cenário florido, como implica a denominação, mas sim numa paisagem algo industrial, devido à presença constante das estufas.

Impéria é uma pequena cidade do litoral da Ligúria, composta por dois bairros históricos, o bairro do Porto Maurizio e o de Oneglia, que ficam em ambos os lados do rio Impero que dá nome à cidade.

O Porto Maurizio está situado numa península a Oeste do rio, que se estende ao longo da costa. É um colorido e próspero bairro da cidade, atravessado por ruas estreitas conhecido como carrugi, e sua economia gira em torno da indústria do turismo. Foi uma possessão de Génova a partir do século XIII.

Oneglia encontra-se numa planície aluvial a leste do rio Impero, e o seu porto de trabalho é o mais moderno e industrial dos dois distritos. No seu centro está Praça Dante, a partir da qual irradiam algumas das principais estradas da cidade.

As cidades do interior da Riviera Ocidental, segundo alguns roteiros turísticos, são das mais interessantes da Ligúria, tanto pela sua história, como pelas suas lindas localizações no meio de florestas, vales e picos das montanhas dos Apeninos. No entanto, nós preferimos, desta feita, conhecer a zona litoral, deixando para outra viagem as maravilhas do interior.

Fonte: guiasdeviagem.com.br / Wikipédia

Visita a San Remo - Parte II



San Remo II

Após a visita à Igreja Ortodoxa Russa de San Borilio, caminhámos novamente pelo Corso Imperatrice, seguimos até ao Casino, apanhando a meio caminho o Corso Matteotti. Pela Via Corradi acede-se a Piazza San Siro.

Ali se encontra a Catedral de San Siro, na praça um pouco abaixo de La Pígna, onde podemos também encontrar o Baptistério de San Giovanni Battista, que encerra uma famosa pintura de Orazio de Ferrari, na “comunhão de Maria Madalena”. Em frente à Catedral de San Siro está a Capela da Imaculada Conceição, um notável exemplo da arquitectura barroca.

Também no sopé da La Pigna se encontra o Palazzo Borea D'Olmo construído no séc. XV, que mostra um belo átrio e dois portais decorados com esculturas do séc. XVI, no interior, no piso principal e nos quartos, podem ser vistos frescos de Giovanni Battista Merano. Este Palácio abriga ainda o Museu Cívico de Arqueologia.

Da Piazza San Siro e desta é um pulinho até à Piazza Cassini às portas de Cidade velha, La Pígna. Na Piazza Cassini, acede-se ao interior de La Pigna, por uma porta em arco, a Porta di Santo Stefano, que funciona como a real divisão entre a cidade nove e a cidade velha.

La Pigna era a antiga cidade real e hoje é a zona mais "humilde" e espontânea da cidade. Ela é cheia de vielas cobertas, casas altas e encostadas umas às outras, algumas com cores vivas e outras com cores mais esmorecidas. Ali se vivem longos silêncios, que por sua vez criam emoções e muitas sensações aos turistas que a visitam.

Primeiro, o seu nome “La Pigna” (a Pinha) provém do seu crescimento em forma concêntrica em torno da colina, como uma pinha. Nasceu como fortaleza, por volta do ano 1000 d.C. e foi ampliada e reforçada até ao séc. XVI, de modo a protegê-la dos ataques piratas.

La Pigna não é um local para turistas de janela de automóvel, tem de ser descoberta a pé, a partir da Piazza Santo Stefano subindo sempre até ao Santuário da Madonna della Costa, que é o edifício religioso principal da cidade.

A partir da Piazza di Santo Stefano, sobe-se um pouco pela rua homónima, até à Porta de San Sebastiano, caracterizada por belas abóbadas, e a partir dai, segue-se para a esquerda, pela Rivolte San Sebastiano até à Piazza Dei Dolori (Praça da Dor). Esta praça é assim chamada porque antigamente a Irmandade de Nossa Senhora das Sete Dores estava localizada nas proximidades do Oratorio di San Sebastiano.

Ali estamos dentro da parte mais antiga da cidade que está cheia de pequenas ruas e becos cobertos com abóbodas como protecção ao vento, por onde se sobe até ao cimo da colina, onde se encontram os Jardins da Rainha Elena e à sua frente o Santuário di Madonna della Costa.

La Pígna é um local soberbo! É uma espécie de aldeia dentro da cidade de San Remo, onde as casas se desenvolvem em anéis concêntricos com passarelas cobertas, trepando a colina que cai até à cidade nova e ao Mediterrâneo.

As ruas principais estão dispostas em círculos concêntricos, cruzaram-se com vielas estreitas, íngremes caminhos com escadas e ruas escuras e sombrias, que serpenteiam em torno da Colina. É um mundo de pátios, arcos, fontes e escadarias no meio de uma série de casas em pedra de arquitectura arrojada. Alguns dos seus edifícios históricos, igrejas e praças foram restaurados e há lápides afixadas que informam sobre a sua história e importância.

O Santuário de Madonna della Costa, que fica no alto, acima de La Pigna, pode ser visto da maioria dos lugares em San Remo e é um autêntico símbolo da cidade. Uma estrada feita em mosaico, datando de 1651, lidera o caminho até ao santuário. O santuário remonta ao séc. XVII e a sua cúpula foi construída entre 1770 e 1775. Lá dentro um belo altar, órgãos e belas pinturas e imagens do séc. XVII e XIX.

A partir do topo de La Pigna, observa-se uma bela vista panorâmica sobre todo o vale e cidade de San Remo, tendo a aldeia ali o seu fim. A partir dali, as encostas estão cobertas de castanheiros e carvalhos nas partes mais sombrias e oliveiras ao sol. Na encosta mais acima, há pastagens e áreas protegidas.

Os belos jardins da cidade são encontrados em vários lugares. Os Jardins da Rainha Elena estão situados no topo da colina, acima de La Pigna, mas a maioria dos jardins estão situados dentro de parques residenciais, e são pertença de Vilas e Palácios, mas encontram-se quase todos perto do Porto Sole.

Em frente e junto ao Mediterrâneo a marina do Porto Sole, é muito bem protegida e tem todas as comodidades modernas, é ali que estão os mega-iates. No velho porto, o Porto Vecchio, é o mais movimentado, destinado para as embarcações de pesca e pequenos barcos de recreio e tem uma atmosfera maravilhosa.

Fonte: La Pigna Sanremo Vecchia - INFO SANREMO.mht / Cità de San Remo - La Pígna.mht

Visita a San Remo – Parte I


San Remo I

Após deixarmos a AC no grande parque de estacionamento paralelo à praia, situado no Corso Imperatrice, a avenida marginal ladeada de inúmeras palmeiras, fomos visitar a cidade de San Remo.

Começando por esta avenida, convém saber-se a sua história. Entre 1874 e 1875, a czarina russa Maria Aleksandrovna, esposa do czar Alexandre II, passou a temporada de Inverno, em San Remo. Para mostrar a sua gratidão à forma carinhosa como foi recebida, a czarina decidiu doar à cidade muitas das palmeiras que ainda hoje podem ser vistas ao longo da avenida. Então, a Câmara Municipal da cidade, decidiu dedicar a avenida à Imperatriz, tomando esta o nome de "Corso Imperatrice", para expressar a sua gratidão à czarina.

Tomámos o caminho do Casino, a principal atracção turística de San Remo, tanto no passado, como no presente. O Casino de San Remo foi construído em 1905, é um exemplo do estilo Arte Nova e tem um interior digno de um palácio. A entrada paga-se e não se podem tirar fotos, mas os funcionários são de uma enorme gentileza.
Do lado esquerdo do casino, o sacro ao lado do profano. Ali se encontra a Chiese dei Cappuccini, (Igreja dos Capuchinhos), construída em homenagem aos frades da Ordem Franciscana, fundada por São Francisco de Assis.

É uma bonita igreja, com fachada principal estilo Arte Nova, pintada de amarelo e branco e possuindo em frente ao portal principal, uma estátua de São Francisco de Assis. No interior a singeleza e a simplicidade, próprias da Ordem Franciscana.

Descemos novamente para o Corso Imperatrice. Come-se um gelado e procura-se a Igreja Ortodoxa Russa de San Borilio. Aparece-nos à direita, por entre a folhagem do palmar que por ali existe. Lá chegados, entra-se por um euro. O lugar é de recolhimento e simplicidade.

A história desta igreja, é muito interessante. A primeira ideia de se construir uma igreja russa é atribuída ao Grão-Duque Sergej Michajlovic, morador em San Remo. Naquela época, muitas famílias russas escolhiam San Remo para passar o Inverno e na cidade já existiam banhos russos, uma padaria e uma farmácia russas.
No final do século XIX, a ideia de construir a igreja começou a espalhar-se dentro da colónia russa, mas o projecto foi prejudicado durante algum tempo, pela falta de fundos. Em 12 Março de 1912, o czar Nicolau II, emitiu um decreto que aprovou o Comité de San Remo e permitiu uma colecta de fundos em toda a Rússia, tendo ele próprio doado dois mil rublos.

As autoridades locais aceitaram o projecto russo e foi escolhido o local que o Comité considerou perfeito para a igreja, situado no centro da cidade e em frente à estação ferroviária, exactamente no início do Corso Imperatrice. Em Maio de 1912, o Comité compra o lote de terreno, com o dinheiro colectado na Rússia (dezoito mil rublos) e ali é construída a igreja.
A cripta (Cave), está ocupada pelos sarcófagos da família real do Montenegro. O rei, a rainha e duas das suas filhas. Ali se guardam fotos, a árvore genealógica e a história da família.

O rei Nicolau I de Montenegro, no exílio em França desde 1910, morreu em Antibes em 1921 e foi segundo a sua vontade sepultado na cripta desta pequena igreja russa em San Remo. Em 1989, os restos mortais da família real foram transferidos para a antiga capital do Montenegro.

No entanto permanecem na cripta real, os seus sarcófagos, em mármore preto. Em frente à igreja e ainda dentro do jardim, estão colocados os bustos do rei italiano Vittorio Emanuele III e de sua esposa, Elena de Montenegro, filha de Nicolau I. Das seis filhas de Nicolau I, duas tornaram-se rainhas, da Itália e da Sérvia, e duas outras foram Grand Duquesas da Rússia.

Fonte: www.sanremoguide.it / www.ortodossia-russa.net/nostre_chiese/Sanremo

San Remo

A chegada a San Remo, já de noite fez-nos procurar de imediato a área de serviço para autocaravanas. Esta está situada junto do campo de futebol municipal, à entrada da cidade e é um parque muito grande, mas sem grandes condições, faltando sombras e esgoto químico. No entanto proporcionou-nos uma calma noite de sono e um acordar silencioso.

Na manhã seguinte, observámos que tinha uma óptima localização junto ao Mediterrâneo, com praia privativa, onde muitos autocaravanistas se detinham durante dias, para ali fazerem praia.

San Remo é uma cidade situada numa enseada larga entre Cabo Verde e Cabo Negro. A sua cidade antiga chama-se La Pigna e é caracterizada por casas na encosta de traça medieval, pintadas em tons pastel, ruas íngremes e estreitas, becos cobertos e pequenas pracetas, onde se vislumbram ainda os tempos medievais, sendo um verdadeiro prazer explorar os seus lugares mais secretos.

San Remo é também chamada de “La Città dei Fiori”, a Cidade das Flores, sendo as suas flores bem conhecidas em todo o mundo, podendo ser vistas nos seus jardins luxuriantes, nos inúmeros canteiros floridos e nos parques da cidade, onde as plantas tropicais florescem em todo o seu esplendor.
As flores, são também um aspecto importante da economia da cidade. À sua volta, bem como das cidades vizinhas, é feito o cultivo de flores, para o abastecimento do Mercado Internacional de Flores de San Remo. No entanto a cidade está rodeada por olivais, sendo o azeite que ali se cultiva, de excelente qualidade.

Um mercado é realizado às terças-feiras e sábados, pela manhã na Praça Eroi Sanremesi e o seu famoso mercado de flores, é realizado todos os dias, desde o mês de Junho até ao mês de Outubro, na Avenida Corso Garibaldi.

San Remo goza de condições climáticas especiais ao longo de todo o ano, devido à sua proximidade com o Mar Mediterrâneo e a presença da Alpes Marítimos situados logo atrás da cidade. O clima da cidade é por isso descrito como uma “Primavera Eterna”, com dias quentes e noites frias e poucas variações de temperatura durante todo o ano.

Estas condições tornam San Remo um dos destinos turísticos mais atraentes na Riviera italiana, para onde vinham reis, príncipes, cientistas, literatos e compositores famosos, como Tchaikovsky, para apreciar o azul profundo do mar e o cheiro intenso de suas flores.

Os portos turísticos de Porto Vecchio e do moderno Porto Sole acomodam muitas embarcações turísticas, que ali chegam todos os dias. No entanto a sua principal atracção é na realidade o seu famoso Casino de San Remo, construído em 1905, um belo exemplo de arquitectura Art Nouveu.

Achados arqueológicos, testemunham que a presença do homem no território de San Remo, remonta a períodos muito antigos, do período Paleolítico e da Idade do Ferro. No entanto revelaram também a existência de uma povoação romana (Villa Matuciana) na área da actual catedral.

No início da Idade Média a população teve que se mudar para uma vila fortificada para se proteger dos ataques contínuos dos sarracenos. Mais tarde tornou-se uma cidade livre e já na segunda metade do séc. XV, a pequena aldeia de pescadores foi crescendo e espalhando as suas construções sobre a colina de La Pigna e na região de San Siro, perto da Catedral.

Mais tarde a antiga aldeia de pescadores, a partir do início do séc. XX, transformou-se numa elegante estância balnear, mundialmente famosa e numa cidade moderna, que actualmente recebe turistas e visitantes durante todo o ano.
Fonte: Wikipédia / initaly.com/regions

A Ligúria


A Ligúria é uma longa e estreita faixa costeira do Noroeste da Itália, aninhada no sopé das altas montanhas dos Alpes Marítimos e dos Apeninos. É a terceira menor das regiões italianas, sendo a sua capital Génova.

A sua arquitectura e paisagens fazem desta faixa de terra uma verdadeira pérola da Itália. É uma região muito apreciada pelos turistas, não só pelas suas belas praias e enseadas paradisíacas, mas também pelas suas pequenas cidades pitorescas, repletas de coloridas casas, pintadas em tons pastel e aquecidas pelo constante sol mediterrânico.

A Ligúria é uma terra de contrastes, onde as cidades litorais ao estilo de Cannes e de Monte Carlo, com dezenas e dezenas de vertentes arenosas, enseadas rochosas e praias de cascalho, fazem as delícias de inúmeros turistas.

Possui o maior porto comercial do país e o maior porto naval. No litoral, alguns dos seus trechos mais isolados, estão repletos de florestas luxuriantes, limoeiros e laranjeiras, ervas, flores, amendoeiras e pinheiros, que enviam um inebriante cheiro a doces brisas.

A viagem pela estrada ao longo da costa é uma experiência inesquecível, onde o sol, irrompe ou esconde constantemente das trevas para a luz ou vice-versa, quando passamos os vários túneis da estrada. Do lado direito a água marinha brilha intensamente e nas encostas menos abruptas, os socalcos sucedem-se, onde as vinhas e os olivais cultivados, produzem vinhos e azeites de excelente qualidade.

Fonte: www.initaly.com/regions/liguria / Wikipédia

A caminho de Itália - Parte II


De Nice a San Remo

Após termos deixado para trás Nice, seguimos para Cap Ferrat, um dos locais mais belos da Riviera Francesa. É uma península situada à beira do Mediterrâneo, entre Nice e Villefranche sur Mer. Um lugar de enorme tranquilidade e clima quente, o que o torna um destino natural de férias, preferido desde o início do séc. XX, pela aristocracia europeia e muitos milionários internacionais.

Saint Jean Cap Ferrat é uma povoação internacionalmente conhecida por ser uma um lugar de férias de elite, com inúmeras propriedades de luxo, situadas entre uma vegetação exuberante. Discretamente construídas entre a vegetação e protegidos de olhares curiosos, estas propriedades muitas vezes incluem uma praia privativa.

Junto ao porto de Saint Jean Cap Ferrat , existem muitos restaurantes com belos terraços sombreados e na ponta de Cap Ferrat, encontra-se um dos mais belos palácios do mundo, o "Grand Hôtel du Cap", que fica no meio de um belo jardim.

Depois de deixarmos Cap Ferrat e a seguir a várias curvas da estrada, logo nos aparece, à direita da estrada na encosta, a antiga e atraente cidade e porto de Villefranche-sur-Mer. A linda cidade de Villefranche-sur-Mer, dispõe-se em anfiteatro, caindo levemente até à baía, onde o porto se esconde.

Fomos lá abaixo e ao subirmos para continuar viagem, o labirinto de estradas quase nos fazia perder o rumo traçado. Continuámos para o principado de Mónaco, incluindo a sua capital, a bonita cidade de Monte Carlo, que não faz parte da Provença francesa, uma vez que se trata de um principado independente.

O enclave do Mónaco, é imperdível para quem por aquelas paragens passa. É um lugar mítico, situado entre os Alpes e o mar Mediterrâneo, que fica bem na divisão entre a Riviera Francesa e a Riviera Italiana.

Chegámos ao Mónaco já ao entardecer e por lá jantámos, junto à sua esplendorosa marina, mas após o jantar tivemos de abandonar o local, pois não se pode ter à noite (a partir das 22 horas), autocaravanas estacionadas dentro do principado, a não ser num parque subterrâneo próprio para autocaravanas, onde não é permitido pernoitar.

Pelo caminho ainda tivemos tempo de ver as vilas próximas, de Roquebrune-Cap-Martin e La Turbie e em seguida, Menton, uma cidade portuária sofisticada, da Riviera e já bem perto da fronteira com a Itália.
Continuámos viagem até San Remo, já na Riviera Italiana onde pernoitámos, numa área de serviço para autocaravanas, situada num parque muito grande, junto do campo de futebol, à entrada da cidade, mas sem grandes condições. No entanto na manhã seguinte, observámos que tinha uma óptima localização junto ao Mediterrâneo, com praia privativa, onde muitos autocaravanistas se detinham durante dias, para ali fazerem praia.
Fonte: francethisway.com/regions/cote-d-azur