, na disputa pelo lugar de melhor porto de mar no Mediterrâneo.
Com uma história longa e importante que se estende por vários séculos, a cidade portuária de Génova é a sexta maior da Itália e a mais velha da Europa.

A cidade remonta segundo os historiadores, à presença dos gregos no território, mas provavelmente o porto terá tido uma utilização mais antiga. A cidade foi destruída pelos cartagineses em 209 a.C., sendo posteriormente reconstruída pelos romanos, que a usaram como base durante a guerra que travaram com a
Ligúria.
A partir do século XI, Génova torna-se uma república marítima governada por cônsules. A cidade contribuiu então com o envio de barcos no combate aos corsários sarracenos nas águas territoriais italianas. Mais tarde alia-se à cidade de Pisa, para expulsar os muçulmanos das ilhas Córsega e da Sardenha, mas posteriores desentendimentos geraram disputas entre estas duas cidades-estado, ambas importantes Repúblicas Marítimas.
No século XII os genoveses alargaram o seu território e partiram para as cruzadas trazendo para a sua cidade ricos saques. Os mercadores genoveses enriqueceram com o transporte de mercadorias do Médio Oriente, muito apreciadas na Europa por esta altura, levando-os a estabelecer entrepostos comerciais em vários pontos do Mediterrâneo e do
Mar Egeu, até no
Mar Negro.
O comércio era facilitado pelo bom relacionamento com o Império Bizantino; contudo, as proveitosas relações comerciais com esta parte do Globo trouxeram graves conflitos com a República de Veneza, a sua rival comercial com a qual Génova se envolveu numa guerra em meados do século XIII, época em que o seu poderio tinha atingido maior amplitude. Génova esmagou Pisa na Batalha de Meloria, de 1284, e os venezianos foram derrotados em Curzola, em 1299.

A partir de 1257,
Génova, uma cidade governada por mercadores e banqueiros, aprendeu a lidar com reis e papas, envolvendo-se em conflitos que resultaram em divisões internas. Esta disputa pelo poder gerou grupos rivais que não se inibiram de pedir auxílio a forças externas.
A desordem criada era tal que o próprio doge (instituído em 1339) não conseguiu superar. Contudo, e apesar deste contexto muito conturbado, a sua pujança manteve-se até 1380, data em que a sua frota foi derrotada pelos venezianos em
Chioggia, acto que precipitou o seu declínio. Córsega foi o seu último reduto, rendido aos franceses em 1468.

O doge
Andrea Doria restaurou a estabilidade de
Génova com a ajuda do sacro imperador romano em 1528. A cidade era dominada pela França e o
Piemonte, no entanto, só perdeu a sua independência em 1797, com a chegada de
Napoleão Bonaparte, que integrou
Génova na
República da Ligúria, uma província depois absorvida pelo
Império Francês em 1805. Dez anos depois
Génova foi integrada no reino da
Sardenha.
No final do século XIX o seu porto foi modernizado e a cidade invadida por um conjunto de indústrias, cujas estruturas foram largamente danificadas pelos bombardeamentos da Segunda Guerra Mundial.

Nos últimos vinte anos a cidade de
Génova conheceu um incessante processo de renascimento cultural e urbanístico, até obter também o papel anual de Capital Europeia da Cultura. Provando esta fase de reconstrução, temos o restauro de toda a zona do porto, incluindo o novo Aquário projectado por
Renzo Piano, a reconstrução do
Teatro Carlo Felice, de
Aldo Rossi e a reorganização dos mais importantes museus da cidade.
Fonte: www.infopedia.pt / www.initalytoday.com
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