Visita a Venezia - 1º Dia - Parte I
Chegada a Venezia
Santo António de Padova (1191 - 1231)
Canto de liberdade
Quero ser livre como pássaro
Voar pelos vastos arvoredos
E pousar nas rústicas palmeiras
Bailar sobre as serras verdejantes
Cantar com os sabiás
O meu canto sorrateiro
Vou dançar nos campos floridos
Beber da água doce da fonte
No fim das tardes penumbras
Contar o segredo da vida
Quero deitar nos braços da noite
No colo da relva adormecer
O sol acariciando o meu rosto
Ao despertar do amanhecer
Despojarei do meu velho manto
Remexo todo meu ser
Deixo minha alma soluçar
Faço do poema o meu pranto
Sou como um barco à deriva
Deixo as ondas me levar
Quero ouvir o canto da sereia
Contemplar a lua cheia
Beijar o mar.
Poema de Maria da Conceição do Amparo Alves
Visita a Padova - Parte XIV
Visita a Padova - Parte XIII
Nos dias de hoje esta praça é um espaço monumental de grande impacto visual, de formato oval com uma ilha verde no centro, l'Isola Memmia, que é rodeada por um estreito canal delimitado por dois anéis de magníficas estátuas. É a segunda maior praça da Europa, ficando apenas atrás da Praça Vermelha em Moscou. O cenário oferecido por esta praça, além de bonito é ainda valorizado pelas várias edificações em seu redor, como a Basílica di Santa Giustina, a Loggia Amulea ou Cà Duodo e o Palazzo Zacco, entre outros.
A Loggia Amulea é um palácio de estilo neogótico que foi a sede do corpo de bombeiros de Padova de 1906 a 1989 e atualmente abriga alguns escritórios da edilidade. A fachada frontal rosada do edifício é caracterizada por um lindo e elegante pórtico. Numa das salas junto à varanda grande, são por vezes celebradas casamentos civis. Entre os arcos do belo pórtico observam-se as estátuas de Dante e Giotto (1820-1891).O Palazzo Zacco, mais conhecido como Palazzo dos Arménios, é um edifício de fachada clara, com um bonito pórtico de sete arcos suportados por pilares, que está situado do lado ocidental do Prato della Valle. Foi mandado construir em 1550, pelo "Grande Senhor" Marcus Zacco e desenhado por Andrea Moroni. Concluído em Janeiro de 1557, foi vendido em 1839 à "Congregação Arménia", que lá estabeleceu o "Colégio Moorat", criado pelo legado arménio Samuele Moorat e destinado a acomodar os jovens arménios matriculados na Universidade de Padova. Em 1861, o colégio mudou-se para Paris e o palácio tornou-se propriedade da cidade e, mais tarde, passou para a propriedade das Forças Armadas, abrigando o Clube dos Oficiais.
Naquele dia começava a Festa da Anunciação que se realiza em Padova todos os anos em Agosto, onde é habitual ocorrerem vários espectáculos musicais num grande palco montado na praça, bem como a realização de fogos de artifício, à noite. A música já se fazia ouvir, bem alto, através de altifalantes colocados em vários locais da enorme praça e por duas grandes colunas colocadas no palco, onde os jovens já se encontravam a ocupar os lugares da frente, bem perto do grande palco, numa negligente contribuição para uma possível surdez futura.Dali seguimos pela Via Beato Luca Belludi, que nos levou até à Piazza del Santo, mesmo junto à Basílica del Santo, onde terminava o nosso percurso turístico da cidade de Padova.
Fonte: http://padovacultura.padovanet.it / Wikipédia.org / Mapa da cidade de Padova
Educação e Limites, as grandes necessidades do séc XXI
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Visita a Padova - Parte XII
Já no final da Riviera Paleocapa, na margem esquerda do rio, observa-se o antigo Castelo de Torlonga Carrara, com e a sua bonita torre de menagem, uma imponente estrutura medieval defensiva. Esta torre que foi outrora prisão, tomou mais tarde o nome de Torre della Specula (Torre do Observatório), por ter sido usada como observatório astronómico.
Será que cada vez mais interessa Parecer do que Ser?
Esta pergunta é uma daquelas que nos perseguem desde os primeiros momentos enquanto seres conscientes. A essência do que somos e a aparência que temos são inegavelmente dimensões importantes nas nossas relações sociais e até na nossa individualidade, mas afinal de contas fica a pergunta: Qual dos dois importa mais? Ser ou Parecer?
A resposta a esta pergunta não está nem no sexo da pessoa e nem na posição social que ela ocupa, mas sim na relação que esta cria entre si mesma e o mundo. Neste sentido cabe indicar que, aqueles que possuem uma vivência consciente da sua dimensão interior, de seus valores éticos, filosóficos e estéticos geralmente tendem a atribuir à sua essência maior importância. Já os que não possuem esta vivência de conhecimento interior e de reflexão profunda, geralmente tendem a atribuir um maior valor à aparência e à opinião que os outros têm deles, pois sem exercitar seus mecanismos de avaliação de si próprios confiam quase que exclusivamente no conceito que os demais têm deles.
Embora a meu ver os valores internos e a vivência constante do autoconhecimento devam ser encarados como prioridade sempre e sobretudo em tempos como os de hoje, o que me é dado observar é que cada vez mais, (pelo menos para a sociedade que me é mais próxima), é que os parâmetros de julgamento das aparências têm cada vez mais importância. Começa a ser moda falar-se com muita regularidade sobre o que se adquire, como roupa, carros, casas, esquecendo que muitas vezes essas compras sendo a crédito, não são deles, mas sim de quem lhes empresta o dinheiro para essas aquisições.
Será que com isso aumentam a sua auto-estima? Será que com isso serão melhor aceites pelos outros? Pelo menos parace que sim! A expressão “uma imagem vale mais do que mil palavras” parece também estar aqui em sintonia com esta nova forma de vivências.
Sobre este assunto, cito a comparação que Jesus Cristo faz entre o homem prudente e o insensato, no sentido de dizer que o homem prudente edifica a sua casa sobre a rocha e o insensato sobre o pântano. Vem uma tromba de água e adivinhem qual é a casa que é levada pela enxurrada? Em meu entender, aquele que dá mais valor ao que é, em termos de virtudes, qualidades e valores, é como o homem que edifica a casa sobre a rocha, assim podem vir as mudanças que vierem que não abalarão a consciência do próprio valor. Assim sendo, sem sombra de dúvida a ideia de Ser é muito mais importante do que Parecer.
Fonte: http://pt.shvoong.com/humanities / http://carlinhos5834.blogspot.com/2010/10/ser-ou-parecer-eis-questao.html
Visita a Padova - Parte XI
As velhas muralhas com as suas torres medievais, imponentes e belos casarões antigos de traça medieval, catedrais e igrejas, bem como outros lugares de culto cristão ou não, edifícios simbólicos do poder civil, e os templos da cultura, como o Palazzo del Bo e o Orto Botanico (Jardim Botânico), o mais antigo da Europa. Tudo isto faz com que o interesse por Padova vá crescendo naturalmente, empolgando com facilidade quem a visita, convidando à sua real descoberta.
Percorre-se todo o Corso Garibaldi a partir da Piazza Eremitani até à Piazza della Stazione, onde está situada a estação de comboios “Padova Central”, que serve a importante ferrovia electrificada Milano-Venezia.O autocarro dá a volta à rotunda e segue o seu percurso pelo Corso del Popolo, fazendo o caminho oposto ao anterior. No cruzamento com a Via Matteotti, vira à direita percorrendo a Via Giotto.
A meio do percurso do Corso del Popolo, passa-se a Ponte del Popolo sobre o rio Brenta e do lado direito destaca-se na paisagem, uma simbólica caixa vertical de vidro, construída sobre um espaço verde que confina com a margem esquerda do rio Brenta. Este monumento de expressão arquitectónica avant-garde, de Daniel Libeskind, não é mais do que um monumento em homenagem às vítimas do 11 de Setembro de 2001, no inferno dantesco ocorrido com a queda do Word Trade Center, das Torres Gémeas de Nova Iorque e uma das maiores tragédias da nação americana. Na ponte, observa-se ao longe a Chiesa del Carmine, que se destaca na paisagem lacustre com sua grande cúpula azulada e a sua torre minarete.
No centro da Piazza Petrarca destaca-se a estátua de Petrarca, que dá nome à praça. Frencesco Petrarca (1304-1374), juntamente com Dante e Bocaccio, foi um dos três grandes escritores de lingua italiana do séc. XIV, que passou parte de sua vida em Padova, na corte Carrara.
Bem na frente desta estátua de Petrarca observa-se a Basílica di Santa Maria del Carmine, desenhada por Lorenzo da Bolonha a partir de uma antiga igreja do séc. XIV. O edifício foi reformado várias vezes ao longo dos séculos e a fachada actual foi concluída no séc. XVIII. Após deixarmos a Piazza Petrarca atravessa-se novamente para a margem esquerda do rio Brenta e toma-se a Via Dante, onde somos sempre acompanhados por prédios com antigos pórticos. Vira-se à direita e segue-se pelo Corso Milano e numa travessa observa-se a meia-lua formada pelo belo edifício cor-de-rosa do Teatro Verdi. O Teatro Verdi situado numa esquina da Via dei Livello, nº32, é o principal teatro de Padova. O edifício do teatro foi encomendado por uma sociedade de nobres da cidade e projectado pelo arquitecto Giovanni Reggio em 1751, sendo inaugurado como sala de ópera e chamado "Teatro Novo da Nobreza". Sofreu várias remodelações, sendo a actual de 1884.