Visita a Padova - Parte XII




Através da Via Milano o autocarro turístico passa a ponte e a Porta Molino, para a margem direita do rio Brenta. Da Ponde Molino observa-se quer do lado direito, quer do lado esquerdo, a Riviera dei Mugnai com as suas casas em tons pastel que beijam o rio, alinhando-se equilibradamente nas duas margens do canal.A Ponte Molino é uma antiga ponte com cinco arcos de origem romana, que remonta a 30 ou 40 a.C., embora tenha sido várias vezes reconstruída com parte do seu material original. A Ponte Molino e a Pontecorvo são as únicas pontes de estrutura totalmente romana ainda em uso na cidade de Padova.


O autocarro vira à esquerda e segue a Riviera San Benedetto, que acompanha o rio no seu percurso a Oeste. No cruzamento com a Via Euganea e na ponte que liga à Via del San Martino, começa a Riviera Paleocapa, que segue a mesma direcção da Riviera anterior. As Rivieras em Padova, correspondem aos caminhos, estradas ou edifícios que margeiam os canais onde correm os rios da cidade.

No início da Riviera Paleocapa encontra-se a Ponte de S. João, que corresponde ao antigo porto onde os barqueiros ancoravam os navios, barcos ou botes, para o transporte de lã. A ponte tem três arcos de origem romana, mas em 1200 foi reconstruída várias vezes, mantendo no entanto o seu tamanho original.


Sobre a ponte, observa-se a Riviera Mussato, do lado esquerdo do rio Brenta, ao longo da qual podem ser encontradas algumas secções das antigas muralhas da cidade, até se chegar à Ponte de Tadi, que deve seu nome a uma família poderosa e antiga de Padova.

Já no final da Riviera Paleocapa, na margem esquerda do rio, observa-se o antigo Castelo de Torlonga Carrara, com e a sua bonita torre de menagem, uma imponente estrutura medieval defensiva. Esta torre que foi outrora prisão, tomou mais tarde o nome de Torre della Specula (Torre do Observatório), por ter sido usada como observatório astronómico.


A Torre della Specula, é um dos símbolos mais representativos da cidade. Originalmente fez parte de um castelo com duas torres do séc. XIII, dominado na época por Ezzelino III da Romano de 1237 a 1256, um cruel tirano que mantinha e torturava os seus prisioneiros nesta torre.
Sucessivos governantes de Padova usaram o castelo como residência e mais tarde os senhores de Carrara, governantes da República de Veneza, transformaram-no num enorme palácio fortaleza, construindo-o sobre as ruínas do velho castelo, sendo a torre transformada em Observatório Astronómico, quando em 21 de Maio de 1761, o Senado da República de Veneza emitiu um decreto que obrigava à existência de um observatório para a Universidade de Padova, para que fosse utilizado na formação de futuros astrónomos, o que só ocorreu em 1767.


No lado Oeste abre a terceira porta das antigas muralhas medievais, que dava acesso ao palácio acastelado do séc. XIX, que é ocupado agora pelo Departamento de Astronomia e esconde uma parte importante das antigas muralhas, que reaparecem, não muito longe e continuam para Norte, com várias interrupções acompanhando o todo o troço do canal. Fonte: http://www.padovamedievale.it / http://www.flickr.com / http://www.padovanet.it

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