O percurso por
Padova mostra-nos uma cidade cheia de história que merece ser desvendada passo a passo, a partir dos vestígios cronologicamente marcados em vários pontos desta cidade ancestral.

As velhas muralhas com as suas torres medievais, imponentes e belos casarões antigos de traça medieval, catedrais e igrejas, bem como outros lugares de culto cristão ou não, edifícios simbólicos do poder civil, e os templos da cultura, como o
Palazzo del Bo e o
Orto Botanico (Jardim Botânico), o mais antigo da Europa. Tudo isto faz com que o interesse por
Padova vá crescendo naturalmente, empolgando com facilidade quem a visita, convidando à sua real descoberta.
Percorre-se todo o
Corso Garibaldi a partir da
Piazza Eremitani até à
Piazza della S
tazione, onde está situada a estação de comboios
“Padova Central”, que serve a importante ferrovia electrificada
Milano-Venezia.

O autocarro dá a volta à rotunda e segue o seu percurso pelo
Corso del Popolo, fazendo o caminho oposto ao anterior. No cruzamento com a
Via Matteotti, vira à direita percorrendo a
Via Giotto.
A meio do percurso do
Corso del Popolo, passa-se a
Ponte del Popolo sobre o
rio Brenta e do lado direito destaca-se na paisagem, uma simbólica caixa vertical de vidro, construída sobre um espaço verde que confina com a margem esquerda do
rio Brenta. Este monumento de expressão arquitectónica avant-garde, de
Daniel Libeskind, não é mais do que um monumento em homenagem às vítimas do 11 de Setembro de 2001, no inferno dantesco ocorrido com a queda do
Word Trade Center, das Torres Gémeas de
Nova Iorque e uma das maiores tragédias da nação americana.

Na ponte, observa-se ao longe a
Chiesa del Carmine, que se destaca na paisagem lacustre com sua grande cúpula azulada e a sua torre minarete.
O percurso continua até ao final da Via Giotto, que culmina na Piazza Mazzini, uma praça recatada cheia de antigos prédios com arcadas. Da Piazza Mazzini vira-se à esquerda e percorre-se a Via San Giovanni da Verdara, com coloridos prédios baixos de um e dois andares em tons pastel. No final da rua vira-se à esquerda e encontra-se a Piazza Petrarca.

No centro da
Piazza Petrarca destaca-se a estátua de
Petrarca, que dá nome à praça. Frencesco Petrarca (1304-1374), juntamente com
Dante e
Bocaccio, foi um dos três grandes escritores de lingua italiana do séc. XIV, que passou parte de sua vida em
Padova, na corte Carrara.
Bem na frente desta estátua de
Petrarca observa-se a
Basílica di Santa Maria del Carmine, desenhada por
Lorenzo da Bolonha a partir de uma antiga igreja do séc. XIV. O edifício foi reformado várias vezes ao longo dos séculos e a fachada actual foi concluída no séc. XVIII.

Após deixarmos a
Piazza Petrarca atravessa-se novamente para a margem esquerda do
rio Brenta e toma-se a
Via Dante, onde somos sempre acompanhados por prédios com antigos pórticos. Vira-se à direita e segue-se pelo
Corso Milano e numa travessa observa-se a meia-lua formada pelo belo edifício cor-de-rosa do
Teatro Verdi. O
Teatro Verdi situado numa esquina da
Via dei Livello, nº32, é o principal teatro de
Padova. O edifício do teatro foi encomendado por uma sociedade de nobres da cidade e projectado pelo arquitecto
Giovanni Reggio em 1751, sendo inaugurado como sala de ópera e chamado "Teatro Novo da Nobreza". Sofreu várias remodelações, sendo a actual de 1884.
Atravessa-se mais uma ponte sobre o
rio Brenta, dominada
Porta Molino, que dá o nome à ponte,
Ponte Molino. A
Porta Molino foi a principal porta a Norte das muralhas do séc. XIII, e deve o seu nome aos muitos moinhos que ali trabalhavam até o início do século XX.

A Ponte Molino é uma das 19 portas que coincidiam com os 19 portos comerciais que se encontravam nas várias entradas abertas na muralha da antiga cidade medieval, sendo também nos dias de hoje, uma das mais bem preservadas. Esta porta é dominada por uma torre, onde segundo reza a história, Galileu Galilei observou as luas de Júpiter, com um telescópio feito por ele, tal como como indica a placa com uma inscrição de Carlo Leoni (1812-1874).
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