No
4º dia de viagem (2º em Amarante) após o almoço, fomos de autocaravana até à cidade
para percorrermos o centro histórico, antes da partida rumo ao vale do Douro.
Amarante
é uma calma e bonita cidade, situada no verdejante vale do rio Tâmega, fundada na mesma época da formação de Portugal. Segundo
reza a história a cidade nasceu no séc.
XIII, quando S. Gonçalo, um pregador
com fama de santo decidiu construir ali uma ermida. A fama desse homem de Deus
foi o mote para logo ali se começarem a juntar pessoas para naquele lugar
residirem, sendo iniciado assim o desenvolvimento da cidade que hoje reflete
sobremaneira o carácter religioso da sua fundação.
Poder-se-á
dizer então que o povoado se desenvolveu sob o aspeto religioso e a Natureza
envolvente fez o resto. Mais tarde ali foi fundado o Convento de S. Gonçalo envolto pelo bucolismo das margens do rio Tâmega, à volta do qual foi
crescendo o povoado.
O
centro histórico da cidade encontra-se hoje situado em volta da Praça da República, que alberga a
imponência da Igreja e Convento de S. Gonçalo, mandado
edificar em 1540 pelo rei D. João III,
o Pio e sua esposa, a rainha D. Catarina de Áustria, infanta
de Espanha e irmã mais nova do imperador Carlos
V.
O
Convento que demorou oitenta anos a ser construído, constitui um dos monumentos
com maior expressão do Norte do país e tem agregada uma bonita igreja de fachada grandiosa com três andares, um deles barroco e os
outros dois renascentistas.
O portal lateral de três andares tem colunelos em estilo renascentista
italiano, rematados por um frontão branco, com a estátua do Beato S. Gonçalo de Amarante, o
padroeiro da cidade, colocada no nicho central do primeiro andar.
No
conjunto conventual destaca-se à esquerda
do portal principal, a Varanda dos Reis, com as estátuas dos
monarcas que patrocinaram a sua construção numa
atitude provável de homenagem - D. João III, D. Sebastião, D. Henrique e
D. Filipe I.
O interior é de três naves, onde sobressai um magnífico
retábulo barroco em talha dourada e, claro, a importante Capela de São Gonçalo onde repousa o santo, situada à esquerda da capela-mor, sobre uma estátua tumular de calcário finamente trabalhada.
De relevo no conjunto monástico é a Galeria dos Reis, a
Capela de Santa Rita de Cássia, o Órgão do século XVIII, a Varanda dos Reis, a
barroca Torre Sineira, os dois belos claustros e o monumental chafariz.
Além da Igreja e Convento de S. Gonçalo, ainda encontramos no centro histórico as igrejas de S. Pedro e de S. Domingos (que atualmente acolhe o Museu de Arte Sacra), o Solar dos Magalhães e a Casa da Cerca (onde funciona a Biblioteca Municipal). Por ser feriado só se encontrava aberta para a missa a Igreja de S. Gonçalo, encontrando-se as restantes fechadas. Naquele dia a Igreja de S. Gonçalo estava cheia, uma vez que era Sexta-feira Santa e os fiéis tinham vindo assistir à missa.
No
exterior na parede da Igreja de S. Gonçalo já a caminho da Ponte de S. Gonçalo
sobre o Tâmega, vemos num nicho Nossa Senhora da Ponte (séc. XIV) uma imagem medieval, atualmente venerada na
igreja conventual.
Fonte: http://www.ruadireita.com/ http://www.lifecooler.com/ http://www.guiadacidade.pt/
Ler
mais sobre a vida do Beato S. Gonçalo de
Amarante em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Gon%C3%A7alo_de_Amarante