Honningsvag, o berço do Sol da Meia-Noite
Os Sami, um povo indígena único na Europa
A sua língua é o sami ou lapão, classificado como um idioma feno-húngrico (do grupo linguístico raro no qual se encontram o finlandês e o húngaro) e se divide em vários dialectos principais.
O fascínio da história do povo Sami, reside também, e a meu ver, na sua avaliação genética. A constituição genética do povo sami tem sido motivo de grande interesse e estudo, devido à grande "distância" entre eles e os demais povos europeus, incluindo seus vizinhos mais próximos.
Alta, a Cidade das "Luzes do Norte"
Alta, na foz do rio Altaelva, cresceu e integrou-se nas quintas vizinhas, formando a área urbana mais habitada da região Finnmark (região mais a norte da Noruega, na mesma latitude que a Sibéria, a Gronelândia e o Alasca). Inclui Bossekop, um mercado comercial rico em tradições onde samis e kaen (imigrantes naturais da Finlândia) e ainda noruegueses comercializavam bens.
Em 1973 foram descobertas gravuras rupestres com 2000 - 6000 anos, perto da aldeia de Hjemmeluft. As gravuras, hoje Património Mundial da Unesco, ilustram a vida selvagem e cenas de caça. As pinturas rupestres de rock Hjemmeluft são a maior extensão de pinturas rupestres do mundo, e podem ser visitadas perto de Alta.
Alta foi notícia por vários meses. Muitos habitantes da zona (especialmente Samis e ambientalistas) usaram a desobediência civil, manifestando-se contra a construção de uma barragem hidroeléctrica. No entanto, a barragem foi construída, e o rio Altaelva manteve uma rica fauna etiológica, sendo hoje motivo de orgulho para os habitantes da região.
A maior parte da população vive na cidade de Alta, desfrutando de um clima ameno, com temperaturas de Verão comparáveis com as do sul da Noruega, e nas zonas baixas, a cidade é protegida das tempestades de Inverno. O seu clima favorável, povo hospitaleiro e ambiente agradável são os pontos fortes desta região, que em cada ano atrai mais pessoas para esta comunidade, tendo esta crescido nos últimos anos. Além disso, é uma cidade muito dinâmica, cheia de actividades e eventos durante o Verão e o Inverno.
Älesund, a Veneza da Noruega
Ela remonta ao século IX, quando Rolf Gang, aqui construiu um castelo, perto da zona onde hoje se estende a cidade, que foi crescendo até 1848, quando foi elevada a cidade. A história de Älesund, no entanto, é marcada por um grande incêndio: No início do século XX, num sábado 23 de Janeiro de 1904, raios de uma violenta tempestade acabaram por causar a destruição da cidade. Num período de 12 horas, o incêndio transformou em cinzas mais de 900 construções que eram feitas de madeira.
A cidade orgulha-se da tradição pesqueira com sofisticadas instalações portuárias, técnicas avançadas, modernos equipamentos, enorme frota pesqueira e inúmeras indústrias de processamento que fazem dela a capital mundial do bacalhau.
O Century
Cruzeiro ao Sol da Meia-Noite e Fiordes da Noruega
Algeciras/Final da viagem
Aquí nasceu Almanzor, em 939, o grande capitão do exército árabe, que levou a fronteira muçulmana até aos Pirinéus, vencendo cinquenta campanhas seguidas sem perder uma única batalha.
Os seus habitantes saem de Gibraltar, não querem viver sob o jugo estrangeiro, abandonando bens e partindo para os campos...O núcleo maior destes gibraltinos, refugia-se junto à ermida de São Roque, de onde depois nasceria a cidade com o mesmo nome. Outro grupo junta-se num oratório, que mais tarde daria lugar à povoação de Los Barrios, e outro pequeno grupo foi para o lugar da antiga Algeciras, situando-se em volta de uma ermida, propriedade da família Gálvez, a actual capela de Nossa Sra. da Europa, onde hoje é a Plaza Alta, dando assim lugar ao ressurgimento da histórica cidade.
A partir deste momento, Algeciras cresce rapidamente, seu futuro vislumbra-se venturoso, e a sua beleza cresce, confirmando uma vez mais o sobrenome de "A Cidade da Bela Baía".
Ceuta
Ligação Tetouan - Ceuta
Tetouan, a Pomba Branca
Também conhecida por "A pomba branca", é um ponto de encontro de muitos povos, culturas e religiões, Tetouan é uma cidade acolhedora, uma mistura de culturas e cores, que corre ao lado do Mediterrâneo. "Pomba Branca" para os poetas árabes, "Pequena Jerusalém" para os outros, Tetouan, uma cidade que não deixa ninguém indiferente. Única na sua diversidade de origens, quer nos seus fundadores, quer nos seus actuais habitantes. Mudéjares, Mouros, judeus sefarditas da Península Ibérica e árabes.
A capital do Norte de Marrocos, Tetouan está situada no meio de arvoredo. Uma cintura de pomares, plantados com laranjeiras, amendoeiras, romãzeiras e ciprestes, misturam-se com casas brancas que se agarram à encosta. Perto, as sombrias montanhas do rift a enfatizar com agradáveis cores o sítio urbano que domina o vale fértil de Martil.
O seu Kasbah, as suas pequenas casas e palácios (com pátios, fontes e jardins), os seus minaretes, mausoléus e seus terraços. Ela tem preservado, ao longo do tempo a alma andaluza e o corpo mouro, o que a torna a mais Hispano-árabe de todas as cidades marroquinas.
Fundada em 1305, a muralha de Merinid Abou Tabit, serviu de base para operações militares contra as invasões a Ceuta e mais tarde tornou-se um refugio de piratas. Foi mais tarde invadida por espanhóis que a ocuparam por um longo período, e quando a não conseguiram conservar, destruíram-na. No entanto, a vila foi repovoada no séc. XVI, pelos muçulmanos que lá se fixaram e os judeus que tinham sido perseguidos desde a Andaluzia e que aqui de fixaram.
A cidade prosperou sob o reinado de Moulay Ismail. Tal como Rabat e Fez, Tetouan é uma cidade "hedrya", isto é, um centro de cultura e requinte. As ruas entre as paredes brancas e azuladas desembocam em pequenas praças, que se transformam em centros de intensa actividade.
Tetouan tem souks espalhados ao redor da Medina, muitos deles situados em zonas demarcadas. Os alimentos são vendidos no entanto em zonas diferentes, não ocupando o seu próprio espaço, e sim vendidos nas ruas. Todos os tipos de frutas e legumes e também peixe fresco, podem ser comprados ali, no início da manhã . De madrugada chegam mulheres para vender os seus produtos. Envoltas em impermeáveis e calçando polainas até ao joelho, ou usando roupas coloridas às riscas, feitas com tecidos berberes e chapéus de palha decorados com pompons, elas oferecem a manteiga, o mel, produtos hortícolas e plantas aromáticas, a uma animada clientela.
O Suuq al-Houts está na zona direita da Medina e o Suuq ar-Bab Rouah, próximo da Praça Hassan II, e é tão charmoso como é pequeno. Tetouan tem uma determinada especialidade de tecidos de algodão riscado, conhecida como fouta, que tem uma grande variedade de padrões. Nas ruas, é visto na indumentária comum, quer em homens, quer em mulheres, como por exemplo um tipo de saia usada pelas mulheres berberes das aldeias. Mas em casa, é utilizado para decoração.
No Guersa al-Kebira, mercado de objectos usados, onde se pode vender tudo em ferro e aço e também camas, cuja simples presença é absolutamente impressionante, uma vez que as ruas que circundam a área deste mercado, são tão estreitas e curvas que em muitos pontos a passagem de uma cama de dois metros, parece impossível.
Tetouan merece a sua reputação como um centro cultural, tem muitos monumentos: Uma fortificação bem preservada, uma série de mesquitas e fontes, e por último mas não menos importante, o antigo palácio do Khalifa, que é agora uma das residências de Sua Majestade o rei de Marrocos. O palácio foi construído no século XVII, mas foi renovado e restaurado em 1948 de modo a que mantivesse o seu carácter, sendo um exemplo ideal da arquitectura hispano-árabe.
Dois museus, um conservatório de água, uma Academia de Belas Artes e uma Escola de Arte marroquinas estão entre os estabelecimentos culturais que Tetouan. Ainda assim, o melhor e mais fascinante na visita a esta bela cidade, continuam a ser as suas vielas, que por vezes mergulham sob grandes arcadas, apenas para reaparecer numa pequena praça ou mesmo conduzir a um beco sem saída.
Cada rua é ocupada por um tipo de comércio. A rua dos tintureiros que, não é muito longe da dos tecelões e joalheiros. Os fabricantes de objectos de couro estão mais próximas dos curtumes e de outras oficinas de artesanato. Tetouan detém muitas vivências e maravilhas, mantendo a venerável tradição, e um modo de vida, que a torna uma cidade única.
Tetouan traça as suas origens desde o séc. III a.C., sendo de início um simples assentamento chamado Tamouda que existiu até 42 a.C., quando foi destruída pelos exércitos romanos. Quando o sultão Merinid Abu Thabit, mandou construir um Kasbah em Tetouan, em 1307, a cidade muçulmana começou a encontrar a sua forma. No entanto, era um refúgio para os piratas e Tetouan chamou a ira do castelhano, rei Henrique III, cujas forças conquistaram a cidade em 1399.
Um século depois, Tetouan entrou num período de declínio, até ficar sob a protecção da Andaluzia, por influência de refugiados vindos de Granada. A partir de 1484, a cidade teve um grande desenvolvimento de carácter cultural e arquitectónico de influência espanhola e também muçulmana, que até hoje perduram. Em 1913 passou a ser a capital do protectorado da Espanha até à independência do território em 1956.
Localizada numa área agrícola, Tetouan é hoje um mercado moderno e o centro de toda a área agrícola envolvente, onde cereais, citrinos, animais e artesanato são comercializados. Além disso, uma grande variedade de produtos são fabricados em redor da cidade, incluindo tabaco, sabão, jogos, materiais de construção e têxteis. As principais indústrias da cidade são as de conservas de peixe e o artesanato.