A Suiça

A Suíça encontra-se no cruzamento de diversas das principais culturas europeias, que influenciaram profundamente as línguas e práticas culturais do país.

Já foi dito que a Suíça é politicamente um anacronismo, economicamente um paradoxo e socialmente uma mistura. Com toda a verdade aparente da afirmação, esse pequeno país, situado bem no centro da Europa, é um verdadeiro continente por sua variedade e por sua complexidade.

A cultura do país é sobretudo marcada pela diversidade linguística, onde são oficiais quatro línguas de origens diferentes. Vizinha da França, Itália, Áustria, Liechtenstein e da Alemanha, na Suíça fala-se alemão, francês, italiano e romanche (considerado com algumas restrições como língua oficial a nível federal e é falado apenas no cantão dos Grisões, onde ele tem status oficial).

A Suíça é uma confederação, constituída por comunidades pequenas, repúblicas confederativas que possuem limites e autonomias próprias, mas que se harmonizam em Conselhos.

A ideia que tinha da Suíça era bastante boa, não só pelo lado paisagístico, mas pela ideia que tinha da sua sociedade cultural e civicamente avançada (a forma como respeitam a lei, a forma como tratam o ambiente, a sua forte cidadania e consciência social...), mas todo esse avanço tem um preço, um nacionalismo e um proteccionismo estranho e exacerbado!

No entanto o maior senão da Suíça é o facto de levarem muito a sério a triagem do que é bom e mau para o país, não havendo uma abertura real ao exterior, como acontece com a maioria dos países da Europa.

Não há praticamente franchising, não há abundância de comércio alimentar como o conhecemos, isto é, não há talhos ou peixarias abertas nas vilas e aldeias, não há muitos hipermercados e só os podemos encontrar nos grandes centros urbanos e o resto da população tem que se abastecer em minimercados com escassez de alimentos, sendo quase todos os produtos embalados, mesmo os frescos.

Estes minimercados, que existem em todas as estações de serviço, bem como os escassos hipermercados ou centos comerciais, pertencem somente a três cadeias nacionais, a Migros, a maior rede de supermercados da Suíça, a Coop e a Manora.

As cidades suíças são cheias de charme, cultura, atracções e surpresas. A Suíça tem a vantagem de num pequeno território, ter como em poucos lugares no mundo, tantos e bons centros culturais a curtas distancias uns dos outros.

A diversidade do país vê-se nas suas próprias cidades, cosmopolitas como Zurique, internacionais como Genebra, tradicionais como Berna, bonitas como Lucerna ou alpinas como Interlaken.

São incontestáveis os encantos das mais agitadas cidades suíças, a rusticidade e o tipicíssimo das cidades de montanha ou das vilas e aldeias, junto dos lagos menores. As cidades suíças não são muito grandes e a maioria são praticamente planas, estendendo-se nas margens dos lagos, sendo os seus centros históricos de uma beleza diversificada e muito diferentes umas das outras, consoante a cultura da região onde se situam.

Com uma natureza abundante, a Suíça oferece inúmeras experiências ao ar livre e actividades para todo o verão. Nadar nos seus belos lagos como o grande Lémam, ou num lago nas montanhas, passar a noite ao ar livre cercados por picos, ou para os amantes das escaladas, escalar uma das 48 montanhas de mais de 4 mil metros de altura, ou mesmo subir num dos mais de 600 teleféricos para conhecer os Alpes, são opções possíveis neste belo País.

Uma boa opção é descobrir os seus encantos utilizando a bicicleta ou em caminhadas, uma vez que há mais de 60 mil quilómetros de trilhos para caminhadas que cortam todo o País, com caminhos bem demarcados e bem cuidados, com vários níveis de dificuldade.

A Suíça tem desde museus a céu aberto, galerias de arte, museus de arte internacional, castelos, artesanato, museus de relógios... Os museus suíços são uma delícia e estão recheados de grandes obras de arte surpreendentes que espantam qualquer visitante, com inúmeros trabalhos famosos de grandes mestres do impressionismo, cubismo, surrealismo, que sem dúvida nos surpreenderam.
O Museu dos Transportes de Lucerna, absolutamente espantoso é o mais visitado no país e o mais variado do seu tipo na Europa. O Museu de História Natural de Genebra, que por falta de tempo não visitámos, com 3.500 mamíferos e que é um dos mais modernos da Europa.

Além de museus sobre arte, técnica, natureza, antropologia ou história, existem também os dedicados a temas específicos como hotelaria, gastronomia, instrumentos musicais, roupas folclóricas, bonecas, brinquedos, sapos, cavalos, gatos e coelhos.

Além disso a Suíça também tem museus especiais para escritores e intelectuais como Jean-Jacques Rousseau, Jeremias Gotthelf, Hermann Hesse ou Thomas Mann.

A sua gastronomia não é das melhores, e a melhor forma de a encarar é separando-a por regiões. As montanhas no inverno são o local para especialidades como a "raclette", peças de queijo especial, grelhados em fogo de lenha ou em modernos fornos eléctricas, servidas com batatas cozidas com casca, (como os locais dizem, "tal como vieram ao mundo") e às vezes, com peras em calda e pepininhos em conserva. O "rosti" é uma espécie de tortilha espanhola, feita com batatas raladas fritas em manteiga e amassadas num bolo, que é por sua vez frito de ambos os lados.

Os vários "fondues", preparadas de várias formas, sendo o mais popular o “moitié-moitié”, com porções iguais de queijo Vacherin e Gruyère, dois dos muitos queijos disponíveis nas regiões de montanha.

Tenho no entanto que dizer que não gostei de nenhuma destas especialidades, sendo os fondues de queijo muitíssimo enjoativos e de difícil digestão. No entanto recomendo os belos pratos de saladas, inúmeras e deliciosas. Os bifes de vitela com molhos variados também são de recomendar, sendo os meus preferidos os apimentados com champignons.

As carnes de boi, porco e vitela são as mais consumidas. O picadinho de carne e rim de vitela com champignons e creme, uma especialidade do cantão de Zurique, o "brasato di manzo", carne de boi cozida por longas horas em vinho tinto do Ticino, cantão de língua italiana e o "rôti de porc", um assado de carne de porco muito parecido com os encontrados nos países vizinhos, servido com frutas.

Do lago Léman, que engloba os cantões de Genebra e Vaud, é de onde vem o peixe como a perca e o omble chevalier, ambos de sabor delicado e preparados de maneira simples, fritos ou pôchés, servidos em terraços sombreados à beira do lago.

As sobremesas são muitas, mas as tartes com frutos silvestres são as que se encontram com maior facilidade. A "engadiner nusstorte" é uma tarte recheada com nozes aos pedaços misturadas com caramelo e mel.

No Verão os gelados são muito consumidos e na região de Fribourg temos como principal sobremesa o "crème double", um creme de leite fresquíssimo e espesso, para comer com morangos e framboesas frescas.

Os vinhos brancos e tintos são muito bons, são geralmente vendidos ao copo nos restaurantes e quem se aventura a pedir uma garrafa de vinho, está sujeito a pagar de 40 a 50 euros.

Contudo, no dizer dos locais, o melhor da gastronomia Suíça está na comida simples, que lembra a comida de mãe e de avó, que fala directamente ao coração, combinando com os vinhos simples e de consumo local, que dificilmente se encontra, porque há muito poucos restaurantes de comida caseira. A maioria dos restaurantes são para turistas, servem mal e são muito dispendiosos, sendo a refeição por pessoa em média de 50 euros.

Fontes: arteviagens.com/Wikipédia

Verão na Suiça

A nossa escolha para as férias do Verão deste ano, recaiu num pequeno e belo País, onde a protecção à natureza e ao património cultural, bem como a segurança, são factores que reconhecidamente o transformaram, num dos grandes destinos turísticos no mundo.

É sabido que os Alpes Suíços atraem os amantes dos desportos de Inverno de toda a Europa. Acontece porem que o Verão pode ser uma época tão ou mais aprazível para visitar as montanhas da Suíça.

Afamada pelas suas extraordinárias montanhas e belas e históricas cidades, a Suíça oferece imensos atractivos naturais e urbanos no Verão, que nos mereceram uma viagem atenta.

A moderna e cosmopolita Genebra, a singela Lausanne, a pitoresca Berna, a pacata e atraente Neuchâtel, a luxuosa e promíscua Zurique, os Alpes Suíços e a região de Interlaken (entre os lagos de Thun e Birenz) e a Riviera suíça, onde reinam as cidades de Vevey, Montreaux e o castelo de Chilon, constituíram razões mais do que suficientes para uma desejada e tranquila viagem à Suíça, no coração da Europa Central.

Os preparativos para a viagem começaram com alguma antecedência, sendo feito o roteiro provável para a viagem de ida e volta, que por vezes sofreu alterações.

1º Dia - Partida de casa/Sória;

2º Dia - Sória/Zaragoza/Barcelona;

3º Dia - Barcelona;

4º Dia - Barcelona/Girona/Figuerres;

5º Dia – Figuerres/Avingon;

6º Dia - Avignon/Genebra;

7º Dia - Genebra/Lausanne;

8º Dia - Lausanne;

9º Dia – Lausanne/Neuchâtel;

10º Dia - Neuchâtel/Berna;

11º Dia - Berna;

12º Dia - Berna/Zurich;

13º Dia – Zurich/Lucerne;

14º Dia - Lucerne;

15º Dia – Lucerne/Brienz;

16º Dia - Brienz;

17º Dia - Brienz/Interlaken;

18º Dia – Interlaken;

19º Dia – Interlaken/Thun/Fribourg/Vevey;

20º Dia – Vevey/Montreaux/Tohonon-les-bans/Genebra;

21º Dia – Genebra/Grignan;

22º Dia - Grignan/Collioure;

23º Dia – Collioure/Port-Vendres/Banylus-sur-Mer/El Port de la Selva/Cadaqués;

24º Dia – Cadaqués/Monstserrat;

25º Dia – Monstserrat/Cuenca;

26º Dia – Cuenca/Toledo;

27º Dia – Toledo/Chegada a casa.

Nada mais a propósito...

Há coisas que sentimos mas não somos capazes de exprimir. No entanto e para bem de todos nós, pessoas há, que por um sentir maior ou por maior engenho e alma, nos revelam e transmitem aquilo que há tanto tempo esperávamos.
Este recente post, publicado no Blog Coabreca (http://ghettodacoabreca.blogspot.com/), tomou as medidas dos meus desejos e aqui fica, para que o maior número de humanos, pseudo-humanos ou extraterrestres o leia.


“O difícil não é imitar a grandeza com desmesura. O difícil é que a alma não seja anã.”

Vergílio Ferreira

"Todo o Homem tem os seus pontos negros mesmo que os oculte, por vergonha ou petulância.
Relembro nos dias que tenho do passado, as escondidas de um hediondo maior através de hostilidades de menor, as exigências desmedidas a outrem para que lhes não caiba nas suas medidas, a crítica da sua alma decadente.
E porque a ignorância é absolutamente neles evidente, pelo absurdo dos cânones desumanos, mais estreitos assim são, que desconhecem os limites dos seus irmãos humanos. Tão mais ignorantes que aquela vítima que escolhem, do seu desdém ou inveja, e enganados continuarão, pois em vão lutam por uma razão, sendo esta não mais que um escape do espelho que tão ingenuamente usam, não se afirmando em nada mais que isso no seu ataque.
O próprio Deus teve declínios. Ele criou o homem quando estava fatigado tendo por isso sugestões do Diabo, o que não tira ao sexto dia a esperança numa continuidade que vai além da marcação do nosso pecado."
Postado por CoaBreca em 8/30/2009 / 02:49:00 AM
Tipo: devaneio

Até ao nosso pequeno mundo

Ao final da tarde regressámos à autocaravana para nos pormos a caminho de Portugal, uma vez que no dia seguinte o trabalho nos esperava.

O caminho, uma longa linha recta a perder de vista, deslizando entre a imensidão melancólica das terras planas de Castela, com pequenos povoados adormecidos, observados à distância, sob uma enorme abóbada de um céu incendiado por laivos de luz dourada e massas de nuvens pintadas pelo pôr-do-sol, com relevos quase palpáveis, fazem da viagem de volta, desde Valladolid a Vilar Formoso, com passagem rasante por Salamanca, um autêntico prazer.

O vento quente, já com alguns sopros frescos ao final da tarde, fez mais uma vez com que esta estrada encantada, nos proporciona-se como sempre um regresso a casa, algo nostálgico mas ao mesmo tempo poético, continuando a ser para nós um percurso de eleição, por nós já tantas vezes trilhado.

A ligação desde Vilar Formoso até ao nosso pequeno mundo, foi feita já noite serrada e quase sob anestesia, até à real chegada para o obrigatório e merecido repouso…

Igreja de Santa María la Antigua

Também situada na Praça Portugalete tal como a Catedral de Valladolid, mas no topo oposto da praça, encontra-se a Igreja de Santa Maria la Antigua. Em estilo românico, foi erigida por ordem do Conde Ansurez, repovoador da cidade, no séc. XI.

Esta igreja destaca-se pela sua bonita torre românica, rematada por um capitel em forma de pirâmide, que se destaca ao longe, chamando os visitantes que não lhe resistem. Belo também é o seu pórtico, também românico, que foi realizado numa época posterior (séc. XIII).

No lugar ocupado por esta igreja, existiu outrora outra igreja primitiva que foi substituída pela actual, em estilo gótico, no séc. XIV. Dessa construção, a igreja actual conserva a bela torre, tendo o seu antigo retábulo, de Juan de Juni, sido transferido para o altar-mor da Catedral de Vallodolid.

Esta torre, é um dos símbolos de Valladolid, sendo conhecida pela sua elegância, pela nobreza das suas proporções e pela atractiva organização de suas janelas, que vão criando uma tensão ascensional que enfatiza ainda mais a sua elegância.

O edifício sofreu múltiplas reformas, devido ao seu carácter de paróquia populosa e pela deficiente cimentação do edifício, construído mesmo ao lado de um dos ramais do rio Esgueva.

Em meados do séc. XVI, o célebre arquitecto Rodrigo Gil de Hontañón, devido à ameaça de ruína do edifício, reestruturou o sistema sapatas do edifício, construindo novos contrafortes, sendo o resto do templo reedificado, segundo o estilo gótico, sendo as últimas reformas neogóticas.

Este novo templo, está interiormente organizado em três naves, rematadas por três absides poligonais. No entanto e com muita pena nossa, o seu interior não pôde ser admirado por nós, uma vez que a igreja se encontrava fechada.

A visita a Valladilid tinha chegado ao fim e depois de se pedalar até á autocaravana, através das belas ruas da cidade antiga e após um pequeno lanche, partimos a caminho de casa.

Site usado: Wikipédia

Catedral de Nuestra Señora de la Asunción de Valladolid

Em seguida e depois de seguirmos pedalando pela rua de Ferrari e rua del Regalado, foi a vez de visitarmos a Catedral de Valladolid, situada junto à rua de Arribas e no início da Plaza de Portugalete. A Catedral, conhecida também com o nome de Nuestra Señora de Asunción, foi desenhada pelo arquitecto Juan de Herrera.

Acostumados a catedrais medievais, a Catedral de Valladolid surpreende e desconcerta um tanto por não o ser. A catedral de Valladolid não é medieval, mas sim um bom exemplo da arquitectura herreriana, isto é, um tipo de arquitectura desenvolvida por Juan de Herrera, no séc. XVI, que influenciou muito a arquitectura espanhola durante os séculos posteriores.

Estas construções de Juan de Herrera são classicistas, buscando uma inspiração na arquitectura do romano antigo, baseando-se nos princípios do arquitecto romano Vitruvio, que são de uma severidade e monumentalidade que nos faz reviver os tempos, da antiga Espanha asturiana.

A actual construção é o último projecto arquitectónico bem sucedido durante séculos e que teve como primeira origem um antigo templo românico, dos tempos da fundação de Valladolid, pelo Conde Ansúrez no séc. XI e depois de uma igreja gótica que também ali existiu e que desapareceu.

Haveria de se esperar até ao ano de 1589, quando Juan de Herrera se encargou do novo templo, de um purismo classicista que abandona toda ostentação decorativa anterior, mas não monumental. Juan de Herrera desenhou um projecto colossal e complexo, que nunca foi acabado, como consequência da marcha lenta das obras.

Durante os séculos XVII ao XIX, foram continuados os trabalhos, mas não foram respeitados completamente os projectos de Herrera. Assim, em 1729 o arquitecto Alberto Churriguera criou um corpo superior da fachada em claro estilo barroco, que alteraria pela primeira vez o estilo herreriano. No séc. XIX, continuaram as modificações ao construir-se a actual torre, que sustituiu a original e que havia caído por defeitos na cimentação.
Embora um tanto austera, ela é "linda", uma vez que o seu monumental interior se destaca por uma sóbria nudez, que de repente se rompe com um fabuloso retábulo na parede do altar-mor de Juan de Juni. É um contraste fabuloso, de uma beleza dificil de esquecer!
A Catedral de Nuestra Señora de la Asunción de Valladolid é assim um amplo edifício de três naves e três absides. O interior está articulado mediante gigantescos arcos que apoiam sobre fortíssimos pilares quadrados.

Como aspecto curioso diremos também que a Catedral de Valladolid, inspirou e influenciou a arquitectura de outras catedrais, como a da cidade do México e da cidade de Lima.
Site usado: Wikipédia

A Igreja de El Santísimo Salvador

Retomando a visita à cidade, fomos pela Pasaje Gutierrez, da qual saímos pela rua Castelar, para chegar à Plaza del Salvador e visitar a Igreja de El Santísimo Salvador.

A igreja ergue-se dentro de uma situação privilegiada, perto da Plaza Mayor de Valladolid e desde 1302, que já se incluía dentro da segunda muralha de Valladolid. O aceso à igreja faz-se por ruas pedonais, porque o caminho está vedado ao trânsito, mas como nos deslocava-mos de bicicleta foi fácil lá chegar.

A Igreja de El Santísimo Salvador ou simplesmente de Igreja El Salvador, é um templo católico, recentemente restaurado. A Igreja do séc. XVI, foi construída sob uma ermida dedicada a Santa Clara, onde foi baptizado São Pedro Regalado.

As edificações actuais foram construídas ao longo dos séculos XV, XVI, XVII e XVIII, e segundo a tradição, São Pedro Regalado, Padroeiro de Valladolid, foi baptizado na pia baptismal da igreja em 1390.

A capela a ele dedicada, dentro da igreja, é um dos focos de veneração a Santo Regalado, cuja festa, em todos os dias 13 de Maio, se celebra nesta igreja desde meados do séc. XVIII.

A igreja está organizada mediante uma grande nave única, com cinco secções, muito ampla, coberta com uma abside poligonal e abriga um bonito retábulo rococó de 1756. Esta única nave é coberta por uma abóbada de tijolo e pedra. Em ambos os lados da nave abrem-se uma série de capelas construídas entre o século XV e 1788.

Esta igreja é uma espécie de compêndio de todos os estilos que ocorreram em Castela, a partir do décimo quinto ao final do século XVIII.

Lá dentro é de maior interesse observar, o altar-mor, a capela dos Reis, na Capela de São Pedro Regalado, a Capela baptismal onde foi baptizado, São Pedro Regalado, a Capela de Nossa Senhora da Guia e da Capela de San Juan Bautista.

O maior destaque vai para a sua interessante fachada, renascentista, do século XVI, de boas proporções e belas esculturas e com uma torre de grande porte, do séc. XVII, reformada em 1606 por Bartolomé de la Calzada.

Ao lado na mesma praça, existe uma bonita igreja hispano/flamenga concluída em 1492, que também foi visitada por nós.
Fonte: Wikipédia

Igreja do Mosteiro de San Benito el Real


A igreja de San Benito el Real, situada na pertence ao mosteiro da ordem beneditina, mesmo ali ao lado e é um dos mais antigos templos de Vallodilid, em estilo gótico. Foi construída entre os anos de 1499 e 1515, no mesmo lugar onde estava construído o antigo Alcazar Real.

A igreja foi edificada de 1499 a 1515, seguindo os planos de Juan de Arandia e García de Olave. Está totalmente edificada em pedra e está organizada mediante três naves, que rematam em três absides poligonais e não existe cruzeiro. Tem as características de uma igreja/salão que estava muito em moda em meados do séc. XVI.

No entanto, a fachada desta edificação não foi erigida na mesma época da restante construção, uma vez que esta foi construída anos depois, em 1569, sendo desenhada por Rodrigo Gil de Hontanon.

Originalmente a sua torre/campanário, tinha bastante mais altura graças há existência de outros dois corpos do campanário original que se encontravam sobre os actuais e que foram derrubados no séc. XIX, por ameaçarem ruína.

As naves laterais são muito altas e a diferença de altura com a nave central é pequena, pelo que podemos dizer que esta igreja segue a tipologia de igreja/salão, muito difundida na primeira metade do séc. XVI, criando edifícios com uma interessante e grandiosa espacialidade.

A iluminação é resolvida a partir de grandes buracos abertos na parede do corredor do lado do altar e nos corredores laterais. Originalmente, havia também alguns buracos na nave central que foram tapados após a elevação do tecto de 1580. O alongamento dos pés é o coro, que abrange as três naves da igreja.

Os pilares que dividem as naves são reforçados. Pode-se observar que as secções mais próximas à cabeça que decoraram capitéis e cornijas, desaparecem nas secções dos pés, mais austeros. Isto pode ser devido à busca de um orçamento mais barato à medida que avançavam as obras, iniciadas pela cabeceira, ao estilo medieval.

Um dos tesouros mais importantes guardados nesta igreja é o Retábulo de San Benito el Real de Valladolid.

Por fora, o templo tem grossas paredes resistentes de calcário (extraído de uma pedreira perto de Valladolid) e grandes janelas que iluminam o interior espaçoso. Ali mesmo do lado esquerdo de quem sai do templo, pode ver-se o bonito mercado fechado da cidade, que por ser domingo se encontrava fechado.

Quando acabámos a visita a esta igreja, ouviam-se cânticos gregorianos belíssimos, vindos do corpo do mosteiro, que fica mesmo ali ao lado direito, à saída da igreja e quando nos dirigimos para lá apercebemo-nos que se tratava de um ensaio de um grupo coral de igreja. Sentámo-nos nos degraus à saída e estivemos ali, ainda bastante tempo a ouvi-los ensaiar, acabando assim em beleza esta agradável visita.

Fonte: Wikipédia

A Plaza Mayor de Valladolid

A bela e ampla Plaza Mayor de Valladolid é de planta quadrada, com edifícios com arcadas e varandas que descansam sob colunas ou pilares de granito quadrados. É do tipo aberto, ou seja, as ruas que nela desembocam entram na praça sem qualquer impedimento, embora esteja vedada ao trânsito. Está rodeada por ruas estreitas que lembram o passado e é uma das maiores da Espanha.
Tradicionalmente, as casas da praça tinham uma altura de três andares. A distribuição dos vazios foi hierárquica. O primeiro andar tinha varandas e o segundo e terceiro, janelas simples. Esta aparência original foi mudando ao longo do tempo até ao presente, em que todos os vazios de todos os andares têm varandas.

A praça é presidida pela estátua de repovoador da cidade, Pedro Ansúrez e foi realizada em 1903 pelo escultor Aurelio Carretero.

No flanco norte, fica a Casa Consistorial sede da Câmara Municipal de Valladolid. A primeira, que sobreviveu até 1879, data do século XVI, mas foi sendo reformada ao longo do tempo. Em meados do século XIX, foi incorporada uma torre para um relógio no centro da fachada.

No início do séc. XX, foi realizado pela primeira vez um concurso para renovação do edifício, que foi ganho pelo o arquitecto Antonio Iturralde. No entanto, Iturralde morreu em 1897 e foi substituído pelo arquitecto Enrique Repullés, que assumiu as obras e derrubou tudo o trabalho feito por Iturralde, construindo um novo edifício eclético que foi concluído em 1908, sendo este o actual edifício da Câmara Municipal.

A Plaza Mayor de Valladolid foi reconstruída para que tivesse a sua aparência actual no séc. XVI, para que fosse uma espécie de lugar de reunião, mercado e lugar de celebrações públicas. Esta foi a primeira grande Plaza de Espanha e serviu como modelo para a construção das outras praças castelhanas e sul-americanas, incluindo a Plaza Real de Madrid.

Nas últimas obras feitas na praça actual, tentou-se retornar à homogeneidade original através de certos mecanismos técnicos, como a pintura com tinta vermelha de todas as fachadas dos edifícios existentes, mesmo os mais históricos e embora a praça tenha com este efeito, um bonito impacto visual, poderá ser esteticamente questionável, do ponto de vista histórico.

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VIII Encontro Internacional de Escultores de Areia - Valladolid


A sorte e a beleza encontraram-se connosco mais uma vez, por acaso, na Plaza Mayor de Vallodolid, fazendo deste encontro uma pausa obrigatória para o reconhecimento de uma forma de arte com detalhes de sedução.
O VIII Encontro Internacional de Escultores em Areia, realizado na Plaza Mayor de Valladolid, para o qual foram seleccionados e convidados apenas nove escultores de areia do mundo, entre aqueles que estão no momento em maior evidência.
O Concurso Internacional de Mestres Escultores de Areia, é realizado todos os anos em Vallodolid e este ano decorreu nos dias 14 e 15 de Junho. Este ano o concurso homenageou o município no seu centenário castelhano.

Para ser realizado, foram usadas 175 toneladas de areia e o escultor Leonardo Ugolini, foi o vencedor deste VIII Concurso Internacional Escultores de Areia de Valladolid, no entanto todas as esculturas estavam espantosas e belas e uma delas, que se relacionava com os sonhos infantis, foi a minha preferida.
A escultura ganhadora representava, a “relação entre o homem remoto com os astros e os centros de astronomia actuais”, que foi o mote escolhido pelo escultor da obra vencedora, uma vez que neste ano se comemora o Ano Internacional da Astronomia e o trabalho pretendia reflectir sobre o esforço humano para compreender a universo.
Fonte: es.getalyric.com/escuchar