O Parque María Luiza

Na década de 1920, enquanto se redireccionava o rio Gudalquivir e a construção do novo porto, e se construíam as fábricas que são hoje a base do crescimento da cidade, os sevilhanos decidiram colocar numa exposição universal, todo o seu empenho e labor.

Os terrenos do Parque foram doados a Sevilha pela infanta Maria Luísa Fernanda de Orleans, em 1893, tendo sido recuperado e planeado pelo arquitecto francês Jean Forestier, director do Bois de Boulogne, que criou um ambiente verdejante para a Exposição Ibero - Americana de 1929.
Estes terrenos faziam parte do Palácio de San Telmo, construído em 1682 como universidade, para formar pilotos de navios, navegadores e oficiais de alta patente e hoje é sede do governo regional.

Numa tremenda explosão de energia, Sevilha transformou todo o seu extremo sul, numa área de jardins e grandes avenidas. O centro do Parque de María Luiza, transformou-se numa paradisíaca meia milha de palmeiras, laranjeiras, olmos e pinheiros mediterrânicos, não esquecendo os inúmeros canteiros cobertos com flores e pontilhado com escondidos lagos e pavilhões.
Agora que as árvores e arbustos, atingiram a sua maturidade, o génio de quem o imaginou pode ser apreciado, o que faz dele um dos mais belos parques da Europa. Passear no tranquilo Parque María Luiza, o pulmão da cidade, é uma alternativa deliciosa ao alvoroço das artérias que passam, quase por milagre, mesmo ali ao lado.
Este majestoso parque de grande valor cultural, tem além de uma ampla variedade de vegetação, apresenta muitas espécies de patos, cisnes e pavões. Nestes jardins de origem romântica, com mais de 400 mil metros de superfície, a luz entra filtrada pelo ondular ao vento da folhagem verde, de centenas de árvores, algumas centenárias e várias espécies de flores e plantas de todas as regiões do mundo.
Talvez este seja o mais belo de todos os jardins de Sevilha, mas não é o único. Esta cidade proporciona em vários recantos momentos floridos: os Jardins Murillo que dão para o Alcázar, o Valle na zona histórica, o Parque dos Príncipes no bairro da Triana, ou a margem direita do Guadalquivir toda ajardinada por ocasião da Expo 92.

Afinal, Sevilha é a cidade das laranjeiras, onde os árabes que aí se estabeleceram, do século VIII ao XIII, deixaram entre vários legados o culto pela natureza, evidente nos seus jardins, repletos de cascatas e canais, jasmins e buganvílias…
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