No entanto a procissão volta à sua igreja, numa rota diferente à inicial, a "recogía", percorrida até à Catedral da cidade. No caminho as "saetas" são os momentos mais emocionais das procissões, com canções flamencas e récitas a partir das varandas, em honra das imagens nos andores.
Um terço da população participa nas confrarias como irmãos da luz, também designados de "costaleros" ou simplesmente como membros de uma banda que acompanha a procissão.
Sevilha conta com 59 irmandades, das quais muitos sevilhanos fazem parte, percorrendo a cidade, ano após ano, acompanhando as imagens. Procissões, imagens, andores, pequenas capelas, nazarenos, todos eles, entre outros, constituem o conjunto da Semana Santa de Sevilha, que decorre entre a Paixão, as "saetas" e, sobretudo, o respeito pelas imagens dos Santos.
São 8 dias de procissões, a partir de Domingo de Ramos terminando no Domingo de Ressureição (Domingo de Páscoa), em que o dia mais importante é a Sexta-Feira Santa, dia no qual se vive a "Madruga", quando as procissões duram toda a noite até de manhã, fazendo dela uma noite especial. A "Madruga" é na noite de passagem da Quinta-Feira Santa para a Sexta-Feira Santa, sendo o ponto alto da Semana Santa de Sevilha.
Nesta noite, algumas das mais veneradas imagens fazem o seu caminho pelas ruas da cidade, tais como Jesús del Gran Poder, a Virgem de la Macarena, la Esperanza de Triana e el Cristo de los Gitanos.
As ruas da cidade enchem-se de turistas, e sevilhanos que se vestem de luto, uma vez que se celebra a morte e ressurreição de Jesus Cristo, e que com devoção e emoção vivem toda a noite até à manhã seguinte. No entanto é necessário ter muita paciência, porque a espera para admirar estas confrarias em procissão e as belas imagens dos seus padroeiros, tendem a ser longas...
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