Neuchâtel



O dia amanheceu chuvoso e acordei com uma enorme má disposição. Decidi que não iria visitar a cidade e que em vez disso, iria descansar e se possível dormir o mais profundamente possível.

No entanto recordo Neuchâtel de passagem ao cair da noite, quando como é nosso costume, fizemos o reconhecimento da graciosa cidade velha, a Ville Ancienne, repleta de fontes e casas construídas em grés amarelo-suave.

Neuchâtel é a capital do cantão suíço de Neuchâtel e o seu nome significa literalmente em francês, Novo Castelo.

Repousando na margem Oeste do lago Neuchâtel, o maior lago inteiramente suíço, é um local encantador e com um ambiente marcadamente gaulês. Neuchâtel é bastante conhecida por seus fabricantes de relógios, cujas origens remontam ao séc. XVIII, e ainda pela variedade típica do seu fondue (o fondue Neuchâteloise).

A cidade situa-se no meio de vinhas e tem um coração medieval. Os seus edifícios em pedra calcária amarelo-pálida, levaram Alexandre Dumas a afirmar que a cidade parecia esculpida em manteiga.

O nome de Neuchâtel, deriva de uma estrutura construída como fortaleza no segundo período de governo da Borgonha. A cidade tornou-se então propriedade da família francesa de Orleans-Longueville por herança.

É notável a influência da cultura francesa trazida para Neuchâtel por essa dinastia, como se comprova pelos estilos Luís XIII e Luís XIV de muitas casas da Place des Halles e das ruas que circundam essa praça central.

A sua belíssima Place des Halles, é a antiga praça do mercado, com muitos cafés animados, enquanto a zona mais elegante da cidade se situa na margem a nordeste do porto. Nesta praça destaca-se a Maison des Halles, com torreões, que foi outrora uma elegante galeria de mercado renascentista (séc. XVI).

Era nesta casa que se vendiam os cereais, no rés-do-chão e os tecidos, no piso superior. Na sua parede oriental, ricamente ornamentada, ostenta o brasão da família Orléans-Longueville.

Mais tarde e uma vez mais por herança, Neuchâtel tornou-se propriedade pessoal do rei da Prússia depois de 1707. Nessa altura a sua vida intelectual e cultural floresceu. Depois Neuchâtel, juntou-se à Confederação Suíça em 1815 e ficou com uma posição política peculiar. Tornou-se um cantão suíço, permanecendo no entanto vinculado ao rei da Prússia.

A região é afamada pelos seus vinhos, celebrados em Setembro como em tantos outros locais, na Fête dês Vendanges (Festa das Vindimas) e possui 15 km de praias lacustres acessíveis, que convidam a todos os tipos de actividades aquáticas.

O passeio sobre as muralhas em volta do castelo, parece que se deve recomendar, pois oferece uma bela panorâmica sobre a cidade.

O dia foi decorrendo nublado e chuvoso, mas com algumas abertas. No entanto no final do dia e depois do regresso da família, partimos sob chuva torrencial e vento forte, a caminho de Berna, a capital da Suíça.

Fonte: magicswitzerland.com

Um comentário:

odeusdamaquina disse...

Sim, é essencial visitar a zona do castelo. As vistas são soberbas e os edifícios nessa zona medieval do mais bonito que encontrei pela Suíça.
Dentro das muralhas desse castelo medieval funcionam actualmente os edifícios do governo cantonal de Neuchâtel. Foi bonito ver os deputados às 7:00 da manhã a entrarem para os edifícios. O modo de viver é bastante diferente do nosso. Lá começa-se cedo a trabalhar, mas pelas 15:30/16 horas saem do trabalho, o que lhes permite fazer outras actividades no resto do dia:
- Desde ir ao banco, às lojas fazer compras, praticar algum desporto, tratar de algum assunto urgente. O que nos falta como Portugueses é: planeamento e rigor.