Assim e na paz bucólica das vielas à beira do rio Arno, caminhámos através do centro medieval de Florença, com a orientação naturalmente prestada pela torre do Palácio Vecchio, até chegarmos ao coração da cidade, a Piazza della Signoria.
Foi nesta praça que morreu Savonarola (reformador dominicano que veio de uma antiga e tradicional família de Ferrara. Um intelectual muito talentoso que devotou os seus estudos, em especial à filosofia e à medicina), em 25 de Maio de 1498, depois de ser denunciado à Inquisição como herege. A inscrição existente no círculo de mármore no centro da Piazza della Signoria, mostra o local onde Savonarola morreu queimado na praça pública.A maior atracção da praça é sem dúvida o Palazzo Vecchio, mas não lhe ficam atrás as muitas e belas esculturas da Piazza della Signoria, que transpiram várias conotações políticas, muitas das quais extremamente contraditórias.

O David (o original está na Galleria dell'Accademia), uma notável escultura de Michelangelo foi colocado fora do Palazzo Vecchio, como símbolo da República. Hércules e Caco (1534), do escultor renascentista Bandinelli, situada à direita de David, foi apropriado pelos Medici para mostrar a sua força física após seu retorno do exílio. O Neptuno (1575) de Ammannati, comemora as ambições marítimas dos Medici e a estátua equestre de duque Cosimo I de Medici (1595) de Giambologna, simboliza o poderio militar dos Medici.
Algumas estátuas no entanto, estão protegidas na graciosa Loggia dei Lanzi, que funciona como uma galeria de escultura ao ar livre e que foi desenhada por Orcagna, em 1376. Seus arcos curvados são próprios do classicismo renascentista.
Situada no canto direito do Palazza Vecchio, na Piazza della Signoria, foi construída entre 1376 e 1382 para abrigar as assembleias do povo e realizar cerimónias públicas, como por exemplo, a posse de cargos do exército ou do clero.Foi originalmente chamada de Loggia della Signoria ou Orcagna, a partir do nome do artista que a projectou. Durante o reinado de Cosimo I de Medici, foi usada para abrigar as tropas mercenárias.
Ali se encontra a famosa estátua de Perseo, segurando a cabeça de Medusa, de Cellini (1554), simbolizando o que acontecia a quem cruzasse perfidamente com os Medici. Ali também se encontra, entre outras a complexa escultura do artista flamengo Jean de Boulogne, mais conhecido por Giambologna, o Rapto das Sabinas, uma das mais belas esculturas encontradas ao abrigo dos arcos da Loggia dei Lanzi.
Depois foi a vez de irmos até ao belíssimo pátio do Palazzo Vecchio. Este é o primeiro pátio, ao qual se acede pelo portão principal da Piazza della Signoria. Foi projectado em 1453 por Michelozzo e é um lugar único e quem o visita nunca mais o esquece.

Em 1565, por ocasião das bodas entre Francisco I de Médici, filho de Cosme I, e Joana de Áustria, irmã do imperador Maximiliano II, o pátio foi transformado e maravilhosamente decorado em estilo maneirista, segundo projecto de Giorgio Vasari.
Fonte: Wikipédia / www.igougo.com/attractions-reviews
Virámos à esquerda do Palazzo Pitti até atingirmos a Piazza di San Felice, onde encontramos a Chiesa di San Felice (Igreja de São Felix), na esquina a Sul da Piazza Pitti.
A Chiesa di San Felice é uma antiga igreja em estilo gótico, com fachada renascentista, uma obra de Michelozzo, adicionada em 1457. No interior, sobre o altar-mor, um grande e belo crucifixo atribuído a Giotto ou à sua escola.
Frequentemente ali se realiza um movimentado mercado de rua (em alguns dias da parte da manhã ou nos finais de semana). À sua volta podemos encontrar restaurantes e clubes nocturnos, lojas e estúdios de artistas.
Depois da visita à Basílica di Santo Spirito, seguimos depois pela Via Sant’ Agostino e depois pela Via Santa Monaca até à Piazza del Carmine, onde se encontra a Chiesa Santa Maria del Carmine e a famosa Capela Brancacci.
Esta igreja é famosa por nela se encontrar a Capela Brancacci, uma capela muitas vezes chamada de “Capela Sistina” do começo da Renascença, onde nasceu a arte do Renascimento e que possui belos frescos de Masaccio, Masolino da Panicale e Filippino Lippi.
Caminhámos de seguida para a margem esquerdo do rio Arno, onde pelo Lungarno Guicciardini, fomos parando aqui e ali para as fotos ao rio, à margem direita e à Ponte Vecchio que novamente se aproximava.
A torre está entre os maiores edifícios da cidade e tem um revestimento típico de pedra e várias janelas abertas para o rio e não alinhadas, possuindo alguns postigos antigos "cobradores de portagem", que outrora serviram para cobrar as entradas na cidade. O piso superior com grandes janelas é de construção mais recente. Na frente da torre abre-se um pequeno jardim privado sem gradeamento, único em Florença.
Nela destaca-se sem sombra de dúvidas o Palácio Pitti (Palazzo Pitti), um grande palácio renascentista de Florença. Este palácio é, actualmente, o maior complexo museológico de Florença e foi construído para o influente banqueiro Luca Pitti, por uma questão de mera rivalidade e inveja, querendo sobrepujar o poder e fortuna da família Medici.
O aspecto actual do palácio data do século XVII, tendo sido originariamente projectado por Brunelleschi (1458) e pelo seu aprendiz Luca Fancelli.

As Galerias Uffizi foram inauguradas em 1580 e são um dos museus de pintura e escultura mais famosos e antigos do mundo. A colecção de arte primitiva e da Renascença compreende obras-primas aclamadas mundialmente, que incluem trabalhos de Giotto, Piero della Francesca, Fra Angelico, Botticelli, Leonardo da Vinci, Raphael, Michelangelo e Caravaggio. O acervo de obras de mestres alemães, holandeses e flamengos é composto por pinturas de Dürer, Rembrandt e Rubens.
Cosimo I pediu a Giorgio Vasari, um dos principais pintores e arquitectos da época, que construísse um edifício para sediar os escritórios administrativos da Toscana, chamados “Ofícios” (uffizi). No andar superior do edifício, o Grão Duque Francesco I criou as Galerias Uffizi, que foi enriquecida por vários membros da família Medici, grandes coleccionadores de pinturas, esculturas e obras de arte.
Com o fim da dinastia Medici no século XVIII, a colecção foi doada a Florença e a sua exibição foi reorganizada pelos Duques de Lorraine, que passaram a governar a Toscana, e depois pelo próprio Estado italiano.
Esta rua (Via Bardi), possui o nome de uma das famílias mais ricas de bancários de Florença, que nesta área possuia um palacete e muitos prédios e terrenos.
A estrutura que hoje vemos começou a tomar forma no século XI, e recebeu diversos adventos e modificações, passando por um período de abandono durante o período da peste negra e só foi concluída no século XVIII.
Depois o assalto à Ponte Vecchio, cheia de turistas. A Ponte Vecchio (Ponte Velha) é uma ponte em arco medieval sobre o rio Arno e famosa por ter uma grande quantidade de lojas, principalmente ourivesarias e joalharias, ao longo de todo o tabuleiro.



