Do lado esquerdo do
Campo di San Samuele, encontra-se o
Palazzo Capello Malipiero, em frente do
Palazzo Ca’ Rezzonico, do outro lado do
Grande Canal.

O palácio foi construído também na época bizantina, no entanto os vários proprietários foram fazendo modificações, de acordo com as suas próprias necessidades e gostos, transformando-o num edifício que reúne numa grande variedade de estilos arquitetónicos.
O
Palazzo Capello Malipiero foi construído provavelmente entre o séc. X e XI pela
família Soranzo, uma família de comerciantes muito ativos de
Venezia. Em torno de 1590, a
família Malipiero tornou-se inquilina do palácio e alguns anos mais tarde
Caterino Malipiero comprou o edifício. Por volta de 1725,
Malipiero deu início a uma impressionante restauração e ampliação que o transformaram no é atualmente, e mais tarde em 1951, o edifício foi adquirido pela
família Barnabó.

Sabe-se também que na
Paróquia de São Samuel, devido à construção de dois teatros (o
San Samuele e o
San Angelo), que decorreu entre 1656 e 1676, ambos muito frequentados e bem-sucedidos, modificou naquela época o tecido urbano do bairro e este começou a ser habitado por muitos daqueles que gravitavam em torno do teatro, como atores, escritores e produtores, o que teve a sua influência sobre
Palazzo Malipiero.
O Palazzo Malipiero também com a sua principal fachada voltada para o Grande Canal e perto do Palazzo Grassi, fica também ao lado da casa onde nasceu Giacomo Casanova, situado na antiga rua Comedi (agora renomeada rua Malipiero), num prédio ao lado do Palazzo Malipiero, constando que na época tanto Casanova tinha grande familiaridade com o senador Malipiero, sendo provavelmente convidado habitual do senador Alvise.

Neste palácio
Casanova teve a oportunidade para conhecer muita gente importante e tecer uma série de relacionamentos com pessoas influentes e com um bom número de senhoras da sociedade veneziana. No entanto
Casanova através destes relacionamentos conseguiu ficar muito íntimo de Teresa Imer, uma jovem aristocrata por quem o ancião
Alvise Malipero II se tinha apaixonado. Parece que este relacionamento próximo, fez com que
Casanova caísse em desgraça aos olhos de
Malpiero, sendo o jovem Giacomo expulso do palácio. Apesar deste infortúnio,
Casanova deixou-nos na sua
“Historie de ma vie”, um retrato vívido de
Alvise Malipiero II, e descrições significativas sobre os trajes usados na época de 700, numa óptima contribuição para a história do traje veneziano. (para saber mais sobre a vida apaixonante de
Giacomo Casanova, vale a pena ver o filme de
Federico Fellini,
"Il Casanova").
Há sua frente destaca-se o Ca' Rezzonico, um dos mais famosos palácios de Venezia, também com a fachada principal voltada para o Grande Canal, no ponto onde se lhe junta o rio di San Barnaba.

O palácio simboliza a concretização da ascensão social da
família Rezzonico. O pináculo do poder dos Rezzonico e a grandeza do palácio chegaram ao mesmo tempo, em 1758, dois anos após a sua conclusão. Nesse ano,
Carlo Rezzonico, irmão de
Giambattista, foi eleito Papa com o nome de
Clemente XIII e
Ludovico Rezzonico casou-se, em
Venezia, com Faustina Savorgnan. Desta forma, duas das mais influentes famílias da cidade ficaram unidas pelos laços do matrimónio. No entanto, essa união, ao contrário do que era habitual na época, também era um casamento por amor, o que seria celebrado nos frescos do palácio, que permanecem actualmente entre os melhores preservados de
Venezia. O feliz casal desfrutou duma vida alegre e despreocupada no seu belo palácio, na cúpula da sociedade veneziana. Mais tarde,
Ludovico tornou-se procurador da
Basílica de São Marcos. Em 1810, a família havia-se extinguido por falta de descendentes, deixando apenas o seu estupendo palácio para preservar o nome
Rezzonico.
Situado no
Sestiere Dorsoduro, acolhe actualmente o
Museo del Settecento Veneziano, um museu público dedicado ao século XVIII veneziano. O
Ca’ Rezzonico é servido pelo cais flutuante de Vaporetti, com o mesmo nome.
Fonte: Wikipédia.org / http://www.tickitaly.com
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