Visita a Venezia - 1º Dia - Parte XII





Partindo de Vaporetto dos cais flutuantes e próximos de San Samuele e de Ca’Razzonico, segue-se pelo Grande Canal, percorrendo-se os últimos metros da curva mais apertada do canal.À direita observa-se primeiro a ligação do estreito canal do rio Malpaga, que passa por baixo de quatro pontes de uma só arcada, com estreitos passeios que por vezes aparecem de um só dos lados do canal ao longo do seu percurso, antes de desaguar no Grande Canal.


Depois logo à frente do mesmo lado, aparece-nos um largo canal bifurcado, onde se encontram praticamente junto da ligação com o Grande Canal, os canais onde correm o rio della Toletta, um ramo do rio Malpaga e o rio di San Trovasso, que passa por baixo de apenas duas pontes no seu percurso, com passeios em ambas as margens, entre o Canal della Giudecca e o Grande Canal. Exatamente à frente desta ligação da margem direita, observa-se uma outra ligação na margem esquerda do canal do rio del Duca com o Grande Canal.


À nossa frente a Ponte dell’Accademia impõe-se chamando a nossa atenção e o Vaporetto pára no lado direito, no duplo cais flutuante da Accademia. À nossa frente e do outro lado do Grande Canal, observa-se uma outra ligação do um estreito canal onde corre o rio San Vidal.
A zona de San Vidal está situada na margem esquerda do Grande Canal, do outro lado da Ponte dell’Accademia, que liga à margem esquerda onde se encontra o complexo das Galerias dell’Accademia, um enorme museu de arte especializada em arte pré-séc. XIX de Venezia, situado na margem sul do Grande Canal.


L'Accademia di Belle Arti di Veneza (Academia de Belas Artes de Venezia), foi fundada em 1750 pelo Senado Veneziano, para ser uma escola de pintura, escultura e arquitetura de Venezia, sendo ali conhecida simplesmente como Accademia.

A Ponte dell'Accademia, na sua frente, deve o seu nome à sua proximidade com o grande edifício da Accademia di Belle Arti di Venezia, é outra das quatro pontes que atravessam o Grande Canal. É uma ponte em arco, que originalmente foi em ferro, inaugurada em 20 de Novembro de 1854.


Aquando da edificação da Accademia di Belle Arti foi aberto um concurso para edificar uma ponte de pedra, que a servisse. O projeto vencedor (de Torres e Briazza) não foi todavia realizado, optando-se por se construir uma ponte em madeira, um projeto do engenheiro Eugenio Miozzi (1889-1979). Depois de construída uma ponte direita sobre o Grande Canal, à qual se chamou Ponte della Carita, que foi inaugurada em 15 de Janeiro de 1933. No entanto esta ponte de madeira necessitava de manutenção constante, o que se tornava muito caro. Em 1985, outro concurso foi realizado para um projeto de nova ponte, mas novamente, nenhuma das opções foram aceites. Acabou por ser realizada uma ponte ao lado da anterior, que só foi demolida após a nova ponte ser construída e desta vez a ponte foi construída com uma estrutura metálica de apoio.A Ponte dell’Accademia uma obra do arquiteto português Eduardo Souto Moura, atravessa o Grande Canal ligando o Campo della Carita, que ainda conserva o nome da antiga ponte de madeira, que fica situado à frente do edifício da Accademia e o Campo di San Vidal, do outro lado da ponte.


O Campo di San Vidal recebe na margem Norte do Grande Canal as gentes que atravessam a Ponte dell’Accademia de passagem para o Campo di San Stefano, uma grande praça de Venezia. O Campo di San Stefano é amplo e ensolarado e orientado ao longo de um eixo norte-sul, que se estende por quase um terço do comprimento do Sestiere San Marco. Do lado Oeste desta praça observa-se a Chiesa di San Stefano, é ricamente decorada por dentro, e construída como um navio ao contrário, com uma estrutura do telhado em quilha, possuindo uma bela fachada em mármore branco, lindamente ornamentada.


Construída como um monumento às glórias de Deus, por ordem de dois dos Doges venezianos, esta igreja imponente é mais conhecida por nela estar a obra-prima de Vittore Carpaccio, que se encontra atrás do altar principal, “St Vitale a cavalo e Oito Santos”, um trabalho estranhamente livre para a época, com um belo trabalho miniaturista relativamente aos detalhes. Hoje esta igreja deixou de ser uma igreja com funcionamento religioso, sendo usada muitas vezes como uma sala de concertos para “Interpreti Veneziani” (intérpretes de Venezia), em especial concertos de Vivaldi.


No meio do Campo di San Stefano destaca-se a estátua de Nicolò Tommaseo carinhosamente chamada pelos venezianos por "el cagalibri". Foi um linguista, escritor e patriota italiano, que juntamente com Daniele Manin levou os insurgentes Venezianos contra o governo austríaco em 1848. O Campo di San Stefano é mais um dos óptimos lugares para um bom descanso enquanto se conhecem os bairros da cidade e um lugar que quase todos os turistas e venezianos visitam, mais que não seja para se ir à conhecida Gelateria Paolin. Era a praça da cidade onde há alguns anos atrás se fazia a "aldeia alpina" na época de Natal, que no entanto deixou ali de se realizar.


A Gelateria Paolin é um lugar excelente não só para repousar, mas também para se degustar os seus excelentes "gelattos", ao Sol relaxante desta bela praça. O suco de laranja é bom, e em vez de um café simples pode e deve-se optar pelo delicioso bicerin, uma especialidade de Turim, uma mistura café e chocolate, com uma cobertura de creme espesso. Fonte: http://www.lonelyplanet.com/ / Wikipédia.org / http://www.accademiavenezia.it /http://www.aloverofvenice.com

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