Visita a Milano – 1º Dia – Parte II

A cidade de Milano é de origem celta e foi durante a época romana, uma das maiores cidades do Império, pelo que Diocleciano nomeou-a capital ocidental. Depois de uma curta invasão bárbara, a cidade foi conquistada pelos Francos e o seu rei, Carlos Magno, proclamou-se rei dos lombardos, em 774.
No séc. XII a cidade passou a fazer parte da "Liga Lombarda", tornando-se independente. Um século mais tarde, umas das famílias mais poderosas de seu tempo, os Visconti, tomaram o poder na região. Era sua intensão o controlo de todo o Norte da Itália, mas a aliança Florença-Veneza, tê-los-á impedido. Foi nessa época que se deu o início da construção do "Duomo".
Após a dominação dos Visconti, outra famosa família governou os destinos da cidade, a família Sforza, e o seu membro mais notável foi Ludovico Sforza, o Mouro (1452-1508), que fez de Milano um dos principais centros da Renascença, com a ajuda de artistas como Leonardo da Vinci, Bramante e outros.
A visita ao centro histórico da cidade continuou após a nossa saída do Duomo, para a enorme Piazza del Duomo, onde muitos pombos coabitam com as gentes que a visitam. Naquela tarde a praça encontrava-se cheia de gente, muitos deles turistas e entre eles, um casal de noivos de origem asiática, pousava para as fotografias da praxe.
A Piazza del Duomo está rodeada por construções do séc. XIX e de todas elas, a mais notável e famosa é a Galleria Vittorio Emmanuelle II. Na realidade a enorme galeria é uma rua coberta. Tem uma planta em cruz latina e está ligada com a Piazza del Duomo e com a Piazza della Scala. Um grande arco triunfal acolhe-nos quando entramos na galeria a partir da Piazza del Duomo.
Esta galeria foi construída no final do séc. XIX e o seu autor foi, Giuseppe Mengono, que copiou a ideia das galerias parisienses e londrinas, onde estas galerias estavam na moda.
Dentro da galeria encontram-se muitas lojas e cafés, bem como casas de chá famosas, como a belíssima pastelaria e restaurante “Savini”, que é considerado um dos melhores restaurantes de Milano, servindo segundo os entendidos, o melhor Ossobuco do mundo! Em frente ao Savini, encontra-se o vulgar McDonald's, com uma bonita decoração interior.
No centro da galeria, no bonito mosaico do pavimento, existe a figura de um touro, que segundo a lenda, pisar os seus testículos traz boa sorte e todos os turistas não querendo perder essa oportunidade, pisam-nos sem piedade pelas dores do "animal".
Sai-se pela outra porta que se abre à bela Piazza della Scala e nela observa-se no centro, o monumento a Leonardo da Vinci, que como se sabe foi um dos maiores génios e a própria personificação do Renascimento, como artista, inventor, científico e escritor. Leonardo viveu parte da sua vida em Milano, contratado pela família Sforza, mecenas das artes e cultura.
Mas o que nos trouxe até ali não foi propriamente este monumento, mas o Teatro della Scala, ou simplesmente “La Scala”. Este é provavelmente o mais famoso teatro de ópera do mundo.
O La Scala foi construído sobre o antigo lugar da Igreja de Santa Maria della Scala, tomando o seu nome. Giuseppe Piermarini projetou o teatro, em 1776-1778, onde cabem até 2.000 espectadores, sendo o maior palco de Itália.
Esta casa de ópera oferece ainda uma opção conveniente para os menos abastados: a liggione, que em temporada de ópera normalmente se encontra lotada.
No Teatro della Scala podemos assistir às óperas imortais e ouvir alguns dos mais famosos sopranos e tenores do mundo, não nos podendo esquecer que ali cantou várias vezes Maria Callas.
Muitos grandes compusitores italianos provaram o seu talento no La Scala, entre eles Giuseppe Verdi, Gioachino Rossini, Giacomo Puccini, Vincenzo Bellini, Gaetano Donizetti, Arturo Toscanini, entre outros.
Ao lado do La Scala, fica o "Teatrale Museo della Scala", com uma interessante coleção exclusiva de pinturas, estátuas, figurinos, rascunhos e outros documentos sobre a história do La Scala e a ópera em geral.
Fonte: http://www.vamosparaitalia.com.br / http://www.europe-cities.com / Wikipédia.org

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