A Bélgica, País de Contrastes

Como só tínhamos mais quatro dias, para o final das férias, pois o voo para Lisboa tinha sido marcado com antecedência, resolvemos rumar à Bélgica, para aproveitarmos da melhor maneira o tempo que nos restava.

A Bélgica é um país de contrastes, culturais, étnicos, religiosos e linguísticos acentuados. É um pequeno país, dividido em três partes, a Valônia (a metade sul, de influência e língua francesas) e a Flandres (a metade norte, com cultura e língua flamenga, semelhantes à holandesa), um claro reflexo da importância destes dois países na formação do território Belga, uma divisão que permanece até aos nossos dias. Bruxelas, a sua capital é bilingue, onde o francês e o neerlandês partilham entre si o estatuto de línguas oficiais. A leste, existe ainda uma pequena comunidade germanófona com cerca de 70 000 habitantes.
O país tem três regiões fisiográficas principais: a planície costeira formada por dunas e pôlders, o planalto central atravessado por inúmeros rios e as terras altas das Ardenas. Ao longo da costa do Norte existe uma área de terrenos protegidos por diques, construídos entre os séculos XIII e XV. Os rios principais são o Schelde e o Meuse, que nascem na França e são navegáveis na passagem pela Bélgica.

A Bélgica tem uma população de 10,1 milhões de habitantes e uma densidade de 330 hab/ km2, sendo uma das mais altas da Europa. As principais cidades são: Bruxelas, Antuérpia, Gent e Liège. Cerca de 90% da população é católica.
A população é composta por dois grupos étnicos. Os flamengos, de origem germânica, que habitam a metade norte da Bélgica, (Flandres) e que falam flamengo ou holandês, e os valões, de origem celta, que falam francês e habitam a metade sul, (Valónia). Há uma minoria de alemães que habitam o leste do país.

A Bélgica é um dos países mais industrializados da Europa. Historicamente foi o carvão o principal recurso do país, mas actualmente suas reservas se esgotaram e a produção caiu a partir de 1980. Muitas minas fecharam. A Bélgica está entre os maiores produtores de ferro e de aço. A indústria pesada baseia-se na produção de aço, carvão, produtos químicos e petróleo.

A indústria têxtil, que data da Idade Média, produz algodão, , linho, e tecidos sintéticos e sua indústria química é líder mundial. Outras indústrias importantes são a naval e a de construção de equipamentos ferroviários. A lapidação de diamantes é uma das mais importantes do mundo.

A sua gastronomia é rica, e é influenciada pelas culinárias dos países vizinhos, como a da França (especialmente da região da Lorena) e a cozinha regional das regiões belgas Flandres e Valônia. Nas regiões costeiras é comum servir pratos com peixe e frutos do mar.

Um dos pratos tradicionais é Moules Frites (mexilhões servidos com batatas fritas). Os belgas juram que foram os inventores da batata frita, servindo-as em abundância como lanches em pratos ou cones de papel cobertas de maionese ou um outro molho qualquer. Outro prato típico é Waterzooi, um guisado com peixe ou galinha. O médico e botânico flamengo Carolus Clusius jogou um papel importante na divulgação da batata na Bélgica; desde a sua introdução, a batata faz parte da cozinha rústica típica do país.

O chocolate belga é reconhecido pelo alto padrão de qualidade na produção. Outros doces, como Wafel, Spéculoos e Praline, não são menos populares. Depois da refeição principal e antes da sobremesa é comum servir um dos queijos típicos da Bélgica, como por exemplo o Limburger. A cerveja, com marcas como Kriek, Hoegaarden, Leffe, La Binchoise e Chimay reconhecidas mundialmente, valorizam ainda mais a cultura cervejeira do país.

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