Como em quase todas as cidades europeias, Bruxelas também tem um centro velho e uma praça central, a Grand Place. Muita gente a considera uma das praças mais bonitas do mundo, e com razão. Construída entre os séc. XIII e XV, a Grand Place de Bruxelas preserva carinhosamente casas que pertenceram a reis e nobres no passado, numa surpreendente harmonia arquitectónica. O edifício do Hotel de Ville, (Câmara Municipal), um dos prédios mais emblemáticos da cidade, também ali se encontra.
A Grand Place é a maior atracção turística da cidade, e é também chamada de Grote Markt (Praça do Mercado), onde acontecem todos os principais eventos de Bruxelas. Rodeada de prédios históricos remanescentes dos séculos XV e XVI, com o mercado de flores pelo chão e rodeada de restaurantes com mesas nas ruas, tudo é uma festa para os olhos e os sentidos.
À noite, sob luzes especiais, a Grand Place fica ainda mais sedutora. Nessa praça encontra-se o melhor de Bruxelas. São museus, cafés, cervejarias e lojas de chocolate, em ambientes acolhedores, que num primeiro olhar combinam apenas com os ventos frios do Inverno. Na primavera e no verão, porém, o cenário muda, e a praça vira um teatro aberto para artistas de rua, com shows e concertos de primeira linha.
Sob a luz do sol, as cafetarias também se transformam, colocando as mesas na calçada para servirem de camarote a festa ao ar livre na praça. Esse lado mais espontâneo de Bruxelas é quase um segredo, uma vez que se fala mais sobre a solidez das empresas belgas do que sobre a animação de suas cervejarias. Durante as festas da cidade a calçada central desta praça, é coberta com um enorme tapete de flores.
O espírito livre e criativo de Bruxelas, que a Grand Place confirma tão bem, pode não transitar tanto pelos satélites da informação, mas observa-se nos ateliers de design, nos antiquários da Praça du Grand Sablon e até nas vitrinas das incontáveis lojas de chocolate. Há um bom gosto permeando quase tudo, algo que está impresso no código genético da cidade, uma vez que ela nasceu de uma pequena colónia de artesãos e ardorosos comerciantes que, no final do séc. X, se estabeleceu ao redor de um grande castelo.
Foi em Bruxelas que, em 1847, numa atitude pioneira, alguns arquitectos construíram uma cúpula sobre uma pequena rua de comércio, criando as Galerias Saint-Hubert, depois divididas com nomes sugestivos, tais como, Galeria do Rei, da Rainha e da Princesa. Mais tarde, o lugar atraiu lojas chiques e tornou-se o embrião dos modernos shopping centers.
As Galerias Saint-Hubert preservam ainda o charme daqueles tempos. Mas hoje, as lojas de designers famosos espalham-se também ao longo da Avenue Louise, uma zona onde Bruxelas se revela bastante cosmopolita, e com ares bem diferentes que os do centro velho. Como centro da Comunidade Europeia tornou-se ainda mais importante, e graças a isto a capital da Bélgica tem sempre congressos e eventos internacionais que dão à cidade um toque global e fazem com que um terço dos habitantes da cidade sejam de outros países.
O melhor exemplo dessa outra Bruxelas é o centro multimédia, Atomium, uma obra “high tech” que, como o nome sugere, tem o formato de um átomo, obviamente em versão ampliada 165 biliões de vezes. Construído para a Exposição Mundial de 1958, o Atomium domina a paisagem com sua aparência futurista, no meio da zona verde do Boulevard du Centenaire. Lá dentro, percorrendo os estranhos e inclinados corredores que unem as esferas desse átomo gigantesco, descobre-se um centro cultural bem equipado, salas de exposição e, bem no alto, uma vista maravilhosa da cidade.
Esta enorme estrutura composta de 9 esferas interligadas por tubos, tem 102 metros de altura e fica no Parc D´Ossegem, a norte da cidade. Na hora de escolher um símbolo para a exposição, decidiram homenagear a importância da Bélgica na produção do aço, por isto foi feito este monumento na forma de uma molécula de cristal de ferro. Quase todas as esferas são interligadas por passadeiras e escadas rolantes.
Em cada uma delas há atracções e exposições audiovisuais. Da esfera mais alta, que fica numa altura equivalente a um prédio de 30 andares, tem-se uma vista fantástica de toda a cidade. Foi inicialmente planejado para durar apenas seis meses pelo arquiteto André Waterkeyn, mas sobreviveu, tornando-se num local de visita obrigatória para os turistas. Muitos consideram o Atomium um ícone nacional, rivalizando com o Manneken Pis.
A arquitectura em Bruxelas é uma mescla de construções históricas do centro da cidade, edifícios "Art Nouveau" e uma amalgama de prédios ultramodernos da zona nova da cidade. Esta zona nova, que aparentemente parece ter crescido sem planeamento urbanístico qualificado, ainda suporta as modernas infra-estruturas e edifícios da administração da União Europeia, como o Edifício Berlaymont, sede da Comissão Europeia e o Edifício do Parlamento Europeu.
Um dos passeios obrigatórios em Bruxelas é o Centro Belga de Histórias aos Quadrinhos e a Boutique do Tintin. Esta personagem foi criada pelo desenhista Belga Hergé, e até hoje Tintin e seu cachorro Milou são praticamente heróis nacionais, e por todo o lado podem ver-se edifícios com pinturas murais com o personagem dos quadradinhos. Com uma exposição permanente, esta casa foi projectada pelo arquitecto Victor Horta, um dos criadores do "art noveau", um estilo que nasceu em Bruxelas e se espalhou em inúmeras obras de arte e construções por todo o mundo.
Outro local a visitar é o Parque da Mini-Europa, que infelizmente não tivemos tempo de conhecer, que é uma espécie de "Europa dos Pequeninos", onde se podem ver réplicas em miniatura dos mais emblemáticos monumentos das principais cidades europeias.
Bruxelas também soube assimilar influências que determinariam sua natureza multicultural. Durante os séculos XVI e XVII, foi o domínio dos Habsburgos espanhóis. Depois, foi capital dos Países Baixos, constituídos pela Bélgica, Holanda e Luxemburgo. Mais tarde ainda, o país passou por mãos austríacas, francesas e alemãs. Ainda hoje, Bruxelas é o umbigo de um país cujo norte é flamengo (de língua e cultura holandesas) e o sul, valão (de língua e cultura francesa). E embora haja discordâncias crescentes entre essas duas zonas, Bruxelas transformou-se numa espécie de território neutro e muito tranquilo.
Se há um lugar onde todos se tornam iguais nessa cidade é na Petite Rue des Bouchers, que concentra alguns de seus melhores restaurantes. A especialidade culinária da cidade são os moules, que nós conhecemos como mexilhões. Na Bélgica eles são gratinados, servidos ao molho de tomate ou, simplesmente, cozidos com ervas, sempre acompanhados das prosaicas batatas fritas. Os restaurantes mais caprichosos arrumam as mesas do lado de fora, expondo os frutos do mar ao desejo dos passantes.
Para sobremesa, Bruxelas tem o chocolate Godiva, tido como um dos melhores do mundo e há lojas desta marca de chocolates espalhadas por todo o lado. Outra sobremesa famosa é o waffle, que é outra paixão nacional, que enche as ruas com um irresistível cheirinho adocicado.
Outra especialidade são os mais de 400 tipos de cerveja produzidos na cidade. Uma das mais tradicionais chama-se La Mort Subite (A Morte Súbita), cujo nome vem de quando ainda era costume jogar dados nas cervejarias, em disputas que acabavam de repente, e quem perdia pagava a conta.
Outro local de interesse é o Palácio Real de Bruxelas que é o palácio oficial do rei belga. Localiza-se ao lado oposto do prédio do Parlamento, no outro lado do Parque de Bruxelas. Os dois edifícios simbolizam o sistema de governo da Bélgica, que é uma monarquia constitucional.
Embora não seja usado como uma residência real, já que o rei e sua família vivem no Castelo Real de Laeken, o Palácio funciona como o local onde Albert II realiza suas prerrogativas como Chefe de Estado, concede audiências e lida com os negócios de Estado.
Além dos escritórios do rei e da rainha, o Palácio Real abriga os serviços de marechal-mor da Corte, do chefe do gabinete do rei, do chefe da casa militar do rei e do intendente da lista civil do rei. Seus interiores também são utilizados para grandes eventos e para a recepção de chefes de Estado estrangeiros.
A fachada que pode ser vista hoje, foi construída depois de 1900, sob a iniciativa do rei Leopoldo II. A estrutura original do palácio remonta ao fim do século XVIII. Entretanto, o terreno em que se encontra, fazia parte de um complexo palacial muito antigo, erguido durante a Idade Média.
Mas, por incrível que pareça, o lugar mais visitado de Bruxelas ainda é a fonte do Menekken Pis, que está situada numa rua nas vizinhanças da Grand Place. Há muitas histórias tentando explicar o carisma desse pequeno monumento. A versão mais aceite é a que lembra o episódio da destruição da Grand Place, por um bombardeio no séc. XVII. Reza a lenda que um menino teria apagado o incêndio assim, fazendo xixi.
A estátua deste menino é uma das principais atracções da cidade. A história começou na idade média, quando aqui havia uma fonte, e em 1619, e o escultor Jerome Duquesnoy fez a estátua do menino para embelezar o local. O monumento fica na esquina das ruas Stoofstraat/Rue de L'Etuve e Eikstraat/Rue du Chêne e geralmente está sempre rodeada de pessoas fotografando a escultura ou sendo fotografadas junto desta.
A estátua passa a maior parte do ano vestida, uma tradição iniciada em 1698, e seu guarda roupas com mais de 600 peças pode ser visto na Casa Real e no Museu da Cidade. Este cartão-postal de Bruxelas tem pouco mais de 60 centímetros, e não exalta as glórias do país, tão pouco homenageia algum herói conhecido.
O Menekken Pis, não passa de um "João Ninguém", mas resume a personalidade da capital belga, muito mais famosa pela austeridade dos negócios do que pelo desprendimento no dia-a-dia. Não fosse esse menino de bronze, demoraria para descobrir que, fora do horário de trabalho, Bruxelas é também, uma cidade criativa, versátil e muito bem-humorada.

Brugge sempre esteve ali, no centro de tudo, com séculos de história e arquitectura medieval em grande parte preservada, sendo os pontos turísticos e históricos de Brugge muitos e diversos. Naturalmente, que nem todas as pedras em Bruges chegaram até aos nossos dias, a partir da Idade Média. O estilo neogótico do séc. XIX , está mais presente do que se possa imaginar, no entanto, as autoridades fizeram o possível para preservar a imagem de aspecto medieval da cidade.
Foi a 27 de Julho de 1128 que Brugge foi elevada a cidade e foram construídas novas muralhas e canais. Desde cerca 1050, um gradual avanço do lodo em direcção da cidade, provocou a obstrução dos acessos directos com o mar, mas uma violenta tempestade em 1134, restabeleceu-os através da criação de um canal natural, o Zwin.


A praça Huidenvettersplein é o local preferido dos pintores de rua, e lá podemos apreciar os seus trabalhos, e quem sabe comprar algum que agrade mais. Nas ruas podem ser encontrados vários carros antigos que vendem goluseimas belgas (sorvetes, waffles com coberturas diversas, etc...) que vale a pena provar!
Alguns dos pontos turísticos famosos da cidade são: a Igreja Carmelita, construção em estilo barroco de 1688; o Ezelpoort, um dos portões medievais da cidade, datando do século XIV; a Kreupelenstraat, a capela de Nossa Sra. dos Cegos, do séc. XVII; o Smedenpoort, que consiste num portão fortificado de 1367, onde um crânio de bronze lembra o traidor que tentou abrir este portão para uma invasão francesa; o Folklore Museum, na rua Rolweg, nº 40, onde estão as recriações de estabelecimentos comerciais da idade média, como farmácias, salas de aula, chapelarias, etc.; o De Nieuwe Papegaai, reconstrução de um moinho existente em Beveren-Ijzer; a cervejaria De Gouden Boom, na rua Langestraat, nº 47, a mais tradicional, existe desde 1587, e o Museu da Cerveja, na rua Verbrand Nieuwland, nº 10. 
Como só tínhamos mais quatro dias, para o final das férias, pois o voo para Lisboa tinha sido marcado com antecedência, resolvemos rumar à Bélgica, para aproveitarmos da melhor maneira o tempo que nos restava.
Um dos pratos tradicionais é Moules Frites (mexilhões servidos com batatas fritas). Os belgas juram que foram os inventores da batata frita, servindo-as em abundância como lanches em pratos ou cones de papel cobertas de maionese ou um outro molho qualquer. Outro prato típico é Waterzooi, um guisado com peixe ou galinha. O médico e botânico flamengo Carolus Clusius jogou um papel importante na divulgação da batata na Bélgica; desde a sua introdução, a batata faz parte da cozinha rústica típica do país.



Para iniciarmos a visita aos arredores de Amesterdão escolhemos Zaanse-Schans. No caminho para Zaanse-Schans passámos pela paisagem típica holandesa com os seus pôlders e pequenos canais.
Foi assim que passado pouco tempo, nos deparámos com uma ponte de onde se avistavam mais seis belos e grandes moinhos, bem como um conjunto de belas casinhas que mais pareciam de brincar. Só mais tarde percebemos que Zaanse-Schans é uma vila museu, em que os Holandeses, como forma de preservar a sua História aproveitaram esta vila com casas e moinhos típicos, que representam o país. Foi um passeio agradável, num local com um conceito histórico diferente e interessante!
A seguir, e só no dia seguinte, fomos visitar a aldeia de pescadores Volendam, junto ao mar Zuiderzee, que uma vez fechado se tornou o actual lago IJsselmeer. Esta é uma aldeia muito típica com suas bonitas e multicores casas de madeira, e o vestuário tradicional local, usado ainda pelos seus habitantes.
Convidou Gauguin para morar consigo no sul da França. Este foi o único que aceitou a sua ideia de fundar um centro artístico naquela região. No início, a relação entre os dois era tranquila, porém com o tempo, os desentendimentos foram aumentando e, quando Gauguin retornou para Paris, Vincent entrou em depressão.Em várias ocasiões teve ataques de violência e seu comportamento ficou muito agressivo.
Foi neste período que chegou a cortar sua própria orelha. Esta é talvez, a cena mais polémica do pintor e várias interpretações foram dadas, por biógrafos e contemporâneos do artista, entretanto, foi o cineasta japonês Akira Kurosawa, no filme "Sonhos", quem nos legou a versão mais poética. Na película sobre a vida de van Gogh, o artista dos girassóis aparece tentando pintar a sua própria orelha, mas o resultado é insatisfatório. Não vendo outra saída, o van Gogh do filme a decepa, resolvendo assim o seu problema pictural.
Contudo, na época que pintou “Girassóis”, o mundo interior de van Gogh fugia de seu próprio controle, o que é demonstrado na superfície do quadro, que parece agitada, reflectindo o estado de espírito do artista, que se aproximava do fim trágico da sua vida. No ano de 1889, a sua doença agravou-se e teve que ser internado numa clínica psiquiátrica. Nesta clínica, dentro de um mosteiro, havia um belo jardim que passou a ser sua fonte de inspiração. As pinceladas foram deixadas de lado e as curvas em espiral começaram a aparecer em suas telas.
Foi levado para um hospital, mas não resistiu, morrendo três dias depois. A arma emprestada, mediante o argumento de que iria servir para espantar os corvos. Na realidade, a sua última tela “Campo de Trigo com Corvos” (1890), retratava justamente os corvos sobrevoando belíssimos trigais. Horas antes de morrer teria dito ao irmão Théo: “A miséria triunfou mais uma vez. A fome...!
Cabe, por fim, observar que Cornelius, irmão de van Gogh, também se suicidou e que sua irmã Wilhelmina morreu louca, internada num hospício, reforçando a ideia de que havia um componente familiar genético na doença de van Gogh, a psicose maníaco-depressiva, hoje chamada de distúrbio bipolar do humor...
O Museu van Gogh é uma das melhores, senão a melhor, atracção de Amesterdão. Fica numa linda casa no Museumplein, (no bairro de museus de Amesterdão, entre o Museu Rijks e o Museu Stedelijk), que foi desenhada originalmente pelo arquitecto holandês Gemi Rietweld, e guarda 200 quadros do pintor, a maior colecção de trabalhos de van Gogh do mundo.
O museu foi aberto em 1973 e foi expandido com o Exhibition Wing, desenhado pelo arquitecto japonês Kisho Kurosawa, e foi concluído em 1999. Ao lado da maior colecção de trabalhos do pintor holandês, o museu acolhe trabalhos de vários artistas que são seus contemporâneos. Aqui podem encontrar-se obras de pintores impressionistas e pós-impressionistas, amigos e contemporâneos do pintor, que inspiraram van Gogh e também aqueles que das suas obras tiraram inspiração para a realização dos seus trabalhos.
Os quadros mais famosos do pintor são os seus vários auto retratos, cada um com uma expressão diferente, destacando-se como mais famoso, o "Auto-Retrato com Chapéu de Feltro" e sua obra mais famosa, "O Quarto". O museu tem ainda mostras temporárias, como a de arte japonesa, na qual o pintor se inspirou, mesmo sem ter ido ao Japão. 
