Sintra - 3º Dia - Visita ao Paço Real - Sala das Pegas - Parte V

Saindo da Sala dos Cisnes e seguindo para norte, encontramos o chamado Pátio dos Cisnes, também designado por Pátio Central, para o qual se desce através de uma elegante galeria. A sul, um vasto tanque, exteriormente forrado por largos painéis de azulejos mudéjares. Ao centro, sobre o pavimento de lajes, ergue-se uma curiosa coluna em estilo manuelino. O seu remate é constituído por uma série de figuras humanas de cariz exótico, eventual alegoria ao domínio que Portugal exercia então nos quatro cantos do Mundo.

Voltando à Sala dos Cisnes e continuando para noroeste, entramos na Sala das Pegas. A designação de Sala das Pegas, remonta ao séc. XV e manteve-se ao longo dos séculos, devendo-se o seu nome à pintura do teto, onde as 136 pegas representadas segurando no bico uma serpenteante banda sobre a qual se pode ler a divisa de D. João I, Por Bem”, e nas patas agarram uma rosa, que poderá ser uma alusão à Casa de Lancastre, à qual pertencia a Rainha D. Filipa de Lencastre, mãe da Ínclita Geração.

No manuscrito Medições das Casas de Sintra, inserido no Livro da Cartuxa, o rei D. Duarte referiu-se a esta Sala como Câmara do Paramento (do francês “se parer”, que significa “mostrar-se”) onde eram recebidos os notáveis do reino e embaixadores estrangeiros. Neste seu apontamento o rei fez também uma descrição detalhada de várias dependências do Paço, onde incluiu dimensões e funções de alguns espaços.
Relativamente a esta sala, existe uma lenda do Palácio Nacional de Sintra, com várias versões existentes, que atribui a todas elas o facto – ou o suposto facto – de D. João I ter sido ali uma vez apanhado a dar um (talvez inocente) beijo a uma dama da rainha. Este facto foi motivo de imediato de grande coscuvilhice palaciana, por parte das outras damas da corte.

Segundo a nossa guia, as damas da corte com inveja de não terem também sido escolhidas e beijadas pelo rei D. João I, deram origem a grande e mordaz falatório na corte. Foi devido a todo este alarido palaciano que a situação provocou, que o rei mandou gravar a mensagem “Por Bem”, (como quem diz: “envergonhe-se quem nisso vê malícia”) que ficou inscrita nos bicos das pegas, que ali ficaram a representar "as coscuvilheiras". As pegas são aves, como se sabe, que devido ao seu piar (ou não fossem elas da família dos corvos, considerados barulhentos e de mau agoiro), fazem-se com facilidade ecoar de forma frenética pela floresta ou qualquer lugar onde estejam...
Nesta sala também se observam belos azulejos hispano-árabes que decoram as paredes, com motivos estrelados de grande impacto, que datam de inícios do séc. XVI. Do mesmo período, embora alguns fossem colocados posteriormente, são os que emolduram as portas e enquadram a lareira de mármore de Carrara, oferta do Papa Leão X ao rei D. Manuel I.

Em 1885, o rei D. Luís I ofereceu nesta sala um banquete em honra dos exploradores do continente africano Hermenegildo Capelo e Roberto Ivens. Aqui decorreu também em 1905 o jantar oferecido ao Kaiser Guilherme II da Alemanha.

Fonte: http://www.cm-sintra.pt/ http://pnsintra.imc-ip.pt/ http://palacio-de-sintra.blogspot.pt/

Sintra - 3º Dia - Visita ao Paço Real - Sala dos Cisnes - Parte IV

Entra-se no Palácio Nacional de Sintra e após a compra dos bilhetes iniciou-se a visita guiada ao interior do paço.

Com fundação árabe, o Palácio de Sintra torna-se, a partir do séc. XII e por cerca de oito séculos, a residência da Família Real Portuguesa. Único sobrevivente dos Paços Reais medievais, a sua configuração atual não se alterou substancialmente desde meados do séc. XVI, resultando de campanhas de obras sucessivas de D. Dinis, D. João I e D. Manuel I. Reunindo vários estilos arquitetónicos - gótico, mudéjar e manuelino - foi muito utilizado na Idade Média como refúgio da Corte durante os meses de verão e para a prática da caça.

Mundialmente reconhecido pelo perfil das duas monumentais chaminés cónicas das suas cozinhas, exibe no seu interior um acervo único de azulejaria hispano-mourisca e coleções de artes decorativas do séc. XVI ao séc. XVIII.
Após a subida de escadas para o primeiro piso, dirigindo-nos para oeste e penetramos na imponente Sala dos Cisnes, a maior sala do Palácio, tendo também sido outrora designada por Sala Grande no reinado de D. João I, e Sala dos Infantes a partir do reinado de D. Manuel I.

O seu nome atual de Sala dos Cisnes deve-se à decoração do seu teto, ao gosto da Renascença italiana, datado de finais do séc. XVI. Este teto, é formado por 27 caixotões octogonais (exceptuando os quatro de canto), emoldurados por talha predominantemente dourada. Dentro de cada caixotão está pintado um cisne com a sua gargantilha de ouro com campainhas, variando as suas formas e atitudes de painel para painel, sem que se encontrem dois idênticos. O teto desta sala foi referido por Luís Pereira Brandão, em cerca de 1570, em versos de louvor às maravilhas do Paço de Sintra.
Ali tinham lugar os acontecimentos mais relevantes, tais como receções a várias embaixadas, banquetes e celebrações e, no tempo de D. Manuel I, e de acordo com o seu cronista Damião de Góis, ali eram realizados saraus de música e dança todos os domingos e dias feriados. Nestes participava frequentemente o monarca acompanhado pelos seus músicos mouros, enquanto a corte dançava e assistia a representações que incluíam os autos de Gil Vicente, com a presença do próprio autor, considerado o pai do teatro português.

Na sequência dos danos causados pelo terramoto de 1755, o Palácio foi restaurado “à maneira antiga” por ordem do rei D. José I, sendo restauradas as pinturas do teto e os revestimentos de azulejos do séc. XVI, tendo sido recolocados outros já do séc. XVIII. Sobre as molduras das portas e janelas foram também aplicados azulejos do séc. XVI, esgrafitados, representando pequenas fortalezas e o brasão real de D. José I.

Atualmente nesta sala têm lugar receções e banquetes oficiais - como os realizados por ocasião de visitas oficiais de chefes de estado estrangeiros e concertos de que se destacam os do prestigiado Festival de Música de Sintra e colóquios, assim como outros eventos no âmbito da cedência de espaços.
Fonte: http://pnsintra.imc-ip.pt/ http://www.cm-sintra.pt/

Sintra - 3º Dia - Palácio Nacional - Parte III

Chegados ao centro histórico de Sintra, foi hora de um leve almoço, em esplanada de uma pastelaria/geladaria que servia mini refeições, situada no entroncamento da Volta do Duche, com a Rua Visconde de Monserrate, junto das Escadinhas do Hospital.
O centro histórico inclui a designada "Vila Velha" (freguesia de S. Martinho), um dos núcleos que constituem o aglomerado urbano de Sintra e que é delimitado a Norte pela Rua do Paço, Rua Conselheiro Segurado, Beco do Forno, Escadinhas da Pendoa e Rua Fresca; a Este pelas Escadinhas do Hospital e Rua Visconde de Monserrate; a Sul pela encosta da Serra; e a Oeste pela Quinta dos Pisões.

Sintra começou a ser edificada na época medieval numa zona de maior declive, no sopé do Monte da Lua. Esta "Vila Velha" desenvolve-se entre o Palácio Nacional de Sintra, o antigo Paço Real, e a própria Serra de Sintra (Monte da Lua), adaptando-se com flexibilidade e por sucessivos ajustamentos aos declives e à constituição morfológica dos terrenos.
Seguimos após o almoço até ao Paço Real, que queríamos visitar ao início da tarde. Uma vasta praça pública está adjacente ao Palácio (Largo Rainha Dª Amélia) e organiza o próprio tecido urbano, pois é aqui que converge a principal estrutura viária da "Vila Velha". À sua volta podemos observar a presença de pequenas praças, cujo traçado é irregular e espontâneo.

O núcleo mais antigo do centro histórico, de assentamento medieval, conserva um traçado relativamente homogéneo e sem grandes alterações ao longo dos anos. Constituído por um parcelamento pequeno e irregular, é densamente ocupado.
Já no Largo Rainha D. Amélia, como que num palco observa-se a "Vila Velha" que se desenvolve à sua volta. Dali se vê que a vila é um lugar único, que apresenta uma surpreendente coerência arquitetónica, apesar da diversidade formal dos edifícios que a integram. Esta coerência é conferida pelo ritmo das fachadas e dos vãos, pela contenção volumétrica e pela homogeneidade dos revestimentos.

No entanto, em especial neste núcleo mais antigo, a nível dos pisos térreos, é uma pena que a leitura se torne difícil e, por vezes até incoerente, dada a quantidade de elementos modernos usados (toldos, publicidade e acessórios), inadaptados ao local e à linguagem arquitetónica dos edifícios.
Dirigimo-nos ao palácio que se ergue em posição dominante, a meio da própria vila. O Palácio Nacional de Sintra é um conjunto que não foi concebido de uma só vez, mas sim um harmonioso somatório de partes distintas, pouco a pouco acrescentadas a outras já antes existentes.

Estamos, pois, perante um característico exemplar de arquitetura orgânica, isto é, perante uma verdadeira “obra aberta” que o foi, com inteira propriedade, ao longo de meio milénio. A irregularidade e o alcantilado do próprio terreno em que se ergue o Palácio, condicionaram-lhe o jogo de volumes, não permitindo soluções de simetria, nem regularidades de implantação. Assim, resultou um vasto conjunto de corpos aparentemente individuais e com personalidade própria, fundidos num grande todo e articulados através de um labirinto de escadarias, corredores, galerias e pátios interiores.

Fonte: http://www.cm-sintra.pt/ http://www.ocaoquefuma.com/ http://www.cm-sintra.pt/

Tudo é Legal em Portugal!...


Portugal: corrupção e crise de mãos dadas

Relatório da Transparência Internacional estabelece uma forte correlação entre corrupção e a atual crise financeira, sobretudo nos países do Sul da Europa.

Portugal, Itália, Grécia e Espanha continuam a não prestar contas tal como deviam e a apresentar graves problemas de ineficiência e de corrupção que não são suficientemente controlados nem punidos. Esta é uma das principais conclusões de um novo relatório da Transparência Internacional Intitulado "Dinheiro, Política, Poder: Riscos de Corrupção na Europa".


No documento hoje divulgado, chega mesmo a ser estabelecida uma forte correlação entre a ineficiência destes países no combate à corrupção e os deficits das contas públicas.


"Grécia, Itália, Portugal e Espanha lideram a lista dos países da Europa Ocidental que apresentam deficits graves nos seus sistemas de integridade. A pesquisa também sugere uma forte correlação entre corrupção e deficits fiscais, mesmo nos chamados países "ricos". Os países europeus que pior controlam a corrupção, também apresentam maiores deficits orçamentais", pode ler-se neste relatório.


"As relações entre a corrupção e a atual crise financeira não podem ser ignorados. Nestes países, a corrupção constitui muitas vezes prática legal, ainda que eticamente criticável, resultante de grupos de pressão opacos, tráfico de influências e ligações promíscuas entre os sectores público e privado", escrevem os autores do documento.


Nota ainda a Transparência Internacional, entidade sem fins lucrativos vocacionada para o combate à corrupção, que em Portugal, apesar da legislação em vigor limitar a circulação entre o setor público e o privado, continuam a existir demasiadas exceções.


Sobre Portugal, os autores do documento dizem ainda que o acesso à informação nas instituições estatais é extremamente demorada, continuando os cidadãos a ignorar e a não exercer os seus direitos.


Fonte: http://expresso.sapo.pt/portugal-corrupcao-e-crise-de-maos-dadas=f731208#ixzz209sxiDSS

Sintra - 3º Dia - Volta do Duche - Parte II

Deixa-se o museu e sobe-se desde o vale do rio do Porto até à Volta do Duche, por entre refrescante arvoredo do Parque. No caminho de subida olha-se para poente e entre a densa folhagem “…à luz rica da tarde, um quadro maravilhoso, de uma composição quase fantástica, como a ilustração de uma bela lenda de cavalaria...”, observa-se lá em cima o Paço Real do qual realçam as gémeas e largas chaminés cónicas, ex-líbris da vila.
Depressa se chega à Volta do Duche, um largo passeio, envolto em arvoredo acompanhando a estrada principal, que nos leva desde a Charneca Saloia ao Monte da Lua. Este passeio largo deve o seu nome a um estabelecimento de banhos públicos outrora ali existente, fundado, em 1848, e encerrado em 1908. É um passeio muito agradável e que possibilita no seu percurso até ao centro da vila, diversas panorâmicas do Paço Real a poente e do Parque da Liberdade a nascente.

Nele podem ver-se muitas esculturas contemporâneas de vários artistas famosos, que nos acompanham no seu percurso. Entre estas várias esculturas, comporta ainda um permanente monumento clássico, que perpetua a memória do Dr. Gregório de Almeida, obra do escultor José da Fonseca.
Pelo caminho, do lado esquerdo encontramos o portão de entrada para o Parque Valenças, hoje chamado Parque da Liberdade, embora os sintrenses lhe chamem simplesmente “O Parque” e ali gozassem de toda a liberdade do mundo, muitos anos antes de ter mudado de nome.  


Do mesmo lado aparece-nos mais à frente e quase a chegar à vila, a Fonte Mourisca, que foi edificada em 1922 (não no lugar atual), segundo projeto do Mestre José da Fonseca. A Fonte Mourisca substituiu o antigo Chafariz da Câmara, com o intuito de valorizar a entrada de Sintra e de «dignificar a água mais apreciada de Sintra».
Com o alargamento da estrada, em 1960, o fontanário foi desmontado e vinte anos depois, a Câmara reergueu o monumento, não no seu primitivo lugar, mas uma vintena de metros mais adiante, em plena Volta do Duche.

A sua arquitetura revela certo formalismo académico, característico, aliás, do modernismo revivalista dos anos 1920. De facto, como o próprio topónimo indica, trata-se de uma estrutura de desenho neoárabe.
O edifício que alberga o fontanário é "dinamizado" por grande arco em ferradura denticulado, no qual se rasgam três outros arcos em ferradura, também dentados e emoldurados por azulejos neo-mudéjares, impondo-se ao centro, a pedra de armas do Município.

No interior ovoide e cobertura abobadada, as paredes permanecem revestidas por azulejos também de inspiração mudéjar. Ao centro, impõe-se o fontanário, cuja bica de bronze emerge de um florão e a água derramada resguarda-se em tanque oval com bordo concheado.
Fonte: http://www.cm-sintra.pt/ Eça de Queirós, Os Maias  

Sintra - 3º Dia - Museu Anjos Teixeira - Parte I

O dia seguinte ao da chegada a Sintra acordou ensolarado. O duche e o vestir foram rápidos, pois aquele dia esperava-nos um verdadeiro banho de cultura. O SINTRARTES é basicamente um festival de rua, que tem como objetivo principal envolver a comunidade no mundo fascinante das artes e que naquela edição (2011), prometia muita animação nas ruas da Capital do Romantismo.
Além dos espetáculos proporcionados pela Lumina – Festival de Luz, que decorriam durante as três noites, durante o dia todos os Museus e Palácios estavam abertos ao público até tarde, decorrendo ainda pelas ruas da vila, mais uma edição de “Sintra Arte Pública VIII”, uma belíssima exposição de escultura nas ruas, que fez desta vila um verdadeiro Museu ao Ar Livre.

Iniciámos a subida do parque de estacionamento até à Volta do Duche, com uma paragem praticamente logo no início para a visita ao Museu Anjos Teixeira. Este museu embora esteja inserido em pleno Centro Histórico e no trajeto entre o edifício dos Paços do Concelho e a vila de Sintra passa despercebido a quem, por instinto, segue o tradicional itinerário da Volta do Duche, por se encontrar em lugar baixo e envolvido na mata do parque.
Nele se encontram os legados artísticos de dois escultores contemporâneos: Artur dos Anjos Teixeira (1880-1935) e seu filho Pedro Augusto dos Anjos Teixeira (1908-1997), realçando-se trabalhos figurativos de temática humana e animal em gesso, mármore e bronze.

Este Museu encontra-se instalado num antigo imóvel construído nos inícios do século XX para uma azenha, que, na Azinhaga da Sardinha (o nome do lugar onde se encontra o parque de estacionamento aberto a autocaravanas), aproveitava as águas do rio do Porto, mais tarde transformada em serração de pedra, tendo sido, por fim, adquirido pela Câmara Municipal de Sintra para um depósito de viaturas municipais.
Mais tarde como a 24 de setembro de 1974, o Mestre Pedro Augusto dos Santos Teixeira legou oficialmente à Edilidade Sintrense, todo o seu espólio (de cariz neorrealista) e, ainda, boa parte do de seu pai, ficando, deste modo, as obras de dois grandes Mestres escultores contemporâneos reunidas neste mesmo espaço, que abriu ao público apenas em 1976.

Desde esta data, e até 1982, ali estiveram em exibição a quase totalidade dos trabalhos escultóricos destes dois artistas, altura em que a velha serração é fechada para obras de restauro, remodelação e ampliação integrais, de acordo com a escritura de doação em 1974, em que a Câmara ficou obrigada à construção de dependências para uso privado do Mestre. Neste contexto, passou o Mestre a residir no edifício, transformando-o numa Casa-Museu pública e num atelier vivo, onde deu aulas de escultura entre 1977 e 1992.
O Museu possui uma importante coleção de escultura, peças em bronze, estudos em gesso, desenhos, maquetas e outros trabalhos dos escultores. Para além das esculturas neorrealistas dos mestres Anjos Teixeira, podemos também observar coleções de pintura, desenho e fotografia.
Fonte: http://www.cm-sintra.pt/Artigo.aspx?ID=2000 / http://www.igogo.pt/atelier-casa-museu-anjos-teixeira/ http://www.sintraromantica.net/

Sintra - 2º Dia - Lumina, Festival de Luz - Parte VI

A partir da Praça Rainha D. Amélia, deixa-se o Paço Real de Sintra e caminha-se até ao Posto de Turismo, que tal como outros edifícios da vila estava sujeito a uma projeção multimédia, de Teresa Mar.
A artista propunha-nos nesta sua obra, levar-nos ao cerne do romantismo através da beleza natural da luz da Lua, quando o oceano se transforma num espelho e nos toca. Evocando o Monte da Lua (a Serra de Sintra), como inspiração com a sua envolvência mística e a sua imensa vegetação verde, a artista através de projeções multimédia no edifício do turismo, tentou demonstrar que a luz da Lua nos pode guiar, através do nosso inconsciente e mostrar-nos novas ideias, que pretendem enriquecer este nosso mundo, que nos convidou a ficar.

Deixa-se o Posto de Turismo e caminha-se para a Volta do Duche, a caminho da Estação da CP, onde tinha lugar o início real do Festival de Luz “Lumina”, que na vila de Sintra, ocorria entre as 21h00 e as 00h00 de cada noite (23, 24 e 25 de setembro).
Naquela noite desde o centro da vila até à estação ferroviária, passando pela plácida Volta do Duche, o caminho era de luz. Neste "Lumina" todos os que lá estiveram puderam assistir a Teatro, Esculturas, Projeções Interativas e Multimédia, que transformaram em magia toda a vila desde o Posto de Turismo até à Estação de Comboios.

Como era sexta-feira, Sintra ainda estava folgada e sem muita gente, o que não veio a acontecer nos outros dois dias, em que a vila abarrotou de gente que ali ocorreu naquele final de semana. Assim sendo, poderam ver-se com alguma tranquilidade os vários espetáculos multimédia interativos, em muitos dos edifícios mais emblemáticos de Sintra e as muitas performances que transformavam as ruas da vila num verdadeiro museu ao ar-livre.
Este festival de rua teve ainda uma vertente educativa, ao envolver as crianças do concelho nas pinturas de luz, como é o caso da fachada da Câmara Municipal de Sintra.

Os restantes hologramas foram realizados por artistas nacionais, como Miguel Palma, Utopia Teatro ou Rui Madeira, e internacionais (vindos de Itália, Austrália, Polónia, França e Irlanda) e que realizam as várias performances ao longo da paisagem urbana e natural de Sintra.

 Fonte: http://www.destinoslusos.com/ Panfleto SINTRARTES, CMS

Chegada a Sintra - 2º Dia - Lumina, Festival de Luz - Parte V

Depois da visita ao mais sumptuoso convento barroco português, paradigma do reinado mais rico da história de Portugal (graças ao ouro vindo do Brasil), preparámo-nos para a última etapa, que nos levaria até Sintra.
Antes de seguirmos viagem, foi a vez de um pequeno lanche na Esplanada Real, um café/restaurante com uma localização central em Mafra, em plena Praça da República e situado em frente da imponente basílica.

Como decorria ali perto uma feira de produtos da região, antes da partida para Sintra, as compras foram inevitáveis.
Por estrada percorrida já de noite, fazem-se com facilidade os 21,9 km que separam Mafra de Sintra. Queríamos naquela noite já em Sintra, assistir à realização da primeira apresentação da Lumina - Festival de Luz, que ali ocorreria, na segunda edição do SINTRARTES.

Lá chegados dirigimo-nos logo para a zona de pernoita, antes do fecho das estradas. O belíssimo parque de estacionamento, aberto a autocaravanas, está muito bem situado, a apenas 150 m da zona histórica, na Azinhaga da Sardinha. Praticamente ao lado do Museu Anjos Teixeira, em zona baixa em relação à Volta do Duche e rodeado do denso arvoredo, como que envolto numa atmosfera de histórias e lendas, (coordenadas: N38.79688º W009.38849º), corre ali também um riacho de águas frescas e cantantes (rio do Porto), que nos embalou durante as noites ali dormidas.
Deixa-se a autocaravana em bom lugar e sobem-se as escadinhas que nos ficam no caminho pedestre e estreito, que serpenteia por dentro do parque verdejante que rodeia a zona de estacionamento. Ali no meio de ténues rumores de bichos que se preparavam para dormir, sobe-se apressadamente até à Volta do Duche.


Lá em cima já na Volta do Duche, caminhamos até ao centro urbano de Sintradominado pelo Paço Real que a Idade Média faz crescer. Era ali que queríamos iniciar o percurso dos vários espetáculos da Lumina, observando as belíssimas projeções multimédia, que durante as noites de 23, 24 e 25 de setembro, transformaram o Palácio Nacional de Sintra e outros belos edifícios da vila.
Naquela noite, em frente do Palácio Nacional de Sintra, assistimos pela primeira vez encantados, à primeira apresentação de um dos cenários virtuais. Neste primeiro cenário, repleto de animações, efeitos de luz e ilustrações, numa interpretação gráfica do poema “Camões” de Almeida Garrett, vimos encostados ao varandim do Largo Rainha D. Amélia, o ator Rui de Carvalho, projetado sobre a fachada frontal da estrutura palaciana, narrando-nos a Sintra de Garrett.


Fonte: Panfleto da SINTRARTES, da CMS

Igreja Saint-Eustache, Les Halles, Paris

Situada em Les Halles, uma antiga área de mercados de produtos frescos de Paris, a igreja tornou-se uma igreja paroquial em 1223. A construção da capela inicial deve-se a um homem chamado Jean Alais, que ali ganhou muito dinheiro, na venda de cestas de peixe nas proximidades. Convicto da generosidade divina, Jean Alais mandou ali construir uma capela dedicada a um mártir romano.
A construção da igreja atual começou em 1532, e finalmente concluída em 1637. O nome da igreja refere-se Saint-Eustache, um romano do séc. II d.C., que foi queimado, juntamente com a sua família, por se ter convertido ao cristianismo.
A igreja cujo projeto é atribuído ao italiano, Domenico da Cortona, foi construída em estilo Gótico, com uma estrutura composta por muitos detalhes renascentistas.
A igreja tem um comprimento de 105m e 33.45 m de altura. Na fachada principal, a torre do lado esquerdo foi concluída em estilo renascentista, enquanto a torre direita ficou inacabada. Os aspetos dianteiros e traseiros proporcionam um contraste notável, entre a frente sóbria e clássica e a traseira exuberante, que integra formas góticas e organização com detalhes clássicos.
No seu belíssimo e rico interior, destaca-se um órgão com 8000 tubos, o maior de França, superando os órgãos de Saint Suplice e da Notre Dame de Paris. O órgão foi construído originalmente por Ducroquet e mais tarde modificado sob a direção de Joseph Bonnet. A escultura feita em prata de Keith Haring, encontra-se numa capela da igreja, dedicada à memória da epidemia de mortes por SIDA, na década de 1980.
No exterior à entrada da Igreja a L’Ecoute, a escultura de Henri de Miller faz-se notar. 
Fonte: Wikipédia.org  / http://www.saint-eustache.org/edifice.php

Ler mais em: http://translate.google.pt/translate?hl=pt-PT&sl=en&u=http://en.wikipedia.org/wiki/Saint-Eustache,_Paris&prev=/search%3Fq%3DIgreja%2BSaint-Eustache,%2BLes%2BHalles,%2BParis%26hl%3Dpt-PT%26biw%3D1192%26bih%3D601%26prmd%3Dimvns&sa=X&ei=HkL0T6aVF6ao4gTG3KTYBg&ved=0CHQQ7gEwAA

O Egoísmo Levado às Últimas Consequências

“De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”.

Rui Barbosa


O consumismo, o individualismo e a busca desenfreada por lucros, tomaram conta de uma grande parcela da sociedade atual. O homem de hoje levou o seu egoísmo até as últimas consequências, ou seja, ama-se somente a si mesmo!
A sua opção de vida é centrada no egocentrismo, na “liberdade absoluta”, não tendo em conta a liberdade alheia, sendo capaz com facilidade, de recusar e destruir a relação com Deus, com os outros e com o mundo.
Do interior do homem, brota o egoísmo extremado, que passa para os seus pensamentos e ações; para as suas atividades, instituições, estruturas, gerando situações de desrespeito pelos outros, tensões, divisões ou mesmo violência.
Com tudo isso rompeu a filiação divina, a fraternidade com os outros e o domínio sobre as coisas, dando origem a uma inversão radical, numa verdadeira ascensão do relativismo moral.

O homem, com sua soberba, sente-se um pequeno deus, usando e abusando do “viva como achar melhor”. Com uma conceção de vida centrada em si mesmo e em seus interesses, as coisas, o poder, o status..., ocupam o primeiro lugar: vivendo para o ter e o prazer, a sua conduta harmoniza-se no mal; busca-se o ter mais, nem que para isso se tenha de destruir o seu semelhante; a verdade, a honra, a justiça, o trabalho, o compromisso..., deixam de ser valores a respeitar; há sobretudo uma inversão radical nas relações entre pessoas: o outro pode ser a seu entender “coisificado”, instrumentalizado, manipulado; os direitos dos outros são desprezados; o engano, a violência física ou psicológica e a injustiça..., reinam por toda parte.

Numa sociedade que acolhe de bom agrado este homem, a simples gentileza ou simpatia passa a ser olhada com desconfiança, havendo até quem as confunda com atrevimento; a pessoa dócil e humana é taxada de tola ou merecedora de descrédito; o mau comportamento em vez de receber reprovação recebe admiração, sendo incentivado e imitado; o cônjuge infiel é valorizado e aplaudido e o fiel é incompreendido e subestimado (e o adulterado é considerado o perdedor e posto de parte); o bom funcionário é perseguido e o negligente é exemplar; o certo e o errado, a mentira e a verdade, bailam despudoradamente ao som da música das conveniências e os cantores versáteis dessa música, conseguem compor e cantar o errado e a mentira, como o certo e verdadeiro, arrancando com isto muitos aplausos de numerosa plateia...

Fonte: http://www.artigonal.com/ http://pt.scribd.com/