Depois
da visita ao mais sumptuoso convento barroco português, paradigma
do reinado mais rico da história de Portugal (graças ao ouro vindo do Brasil), preparámo-nos para a última etapa, que nos levaria
até Sintra.
Antes
de seguirmos viagem, foi a vez de um pequeno lanche na Esplanada Real, um café/restaurante com uma localização
central em Mafra, em plena Praça da
República e situado em frente da imponente basílica.
Como decorria ali perto uma feira de produtos da região, antes da partida para Sintra, as compras foram inevitáveis.
Por
estrada percorrida já de noite, fazem-se com facilidade os 21,9 km que separam Mafra de Sintra.
Queríamos naquela noite já em Sintra,
assistir à realização da primeira apresentação da Lumina - Festival de Luz,
que ali ocorreria, na segunda edição do SINTRARTES.
Lá chegados dirigimo-nos logo para a zona de pernoita, antes do fecho das estradas. O belíssimo parque de estacionamento, aberto a autocaravanas, está muito bem situado, a apenas 150 m da zona histórica, na Azinhaga da Sardinha. Praticamente ao lado do Museu Anjos Teixeira, em zona baixa em relação à Volta do Duche e rodeado do denso arvoredo, como que envolto numa atmosfera de histórias e lendas, (coordenadas: N38.79688º W009.38849º), corre ali também um riacho de águas frescas e cantantes (rio do Porto), que nos embalou durante as noites ali dormidas.
Deixa-se a autocaravana em bom lugar e sobem-se as escadinhas que
nos ficam no caminho pedestre e estreito, que serpenteia por dentro do parque verdejante que
rodeia a zona de estacionamento. Ali no meio de ténues rumores de bichos que
se preparavam para dormir, sobe-se apressadamente até à Volta do Duche.
Lá em cima já na Volta do Duche, caminhamos até ao centro urbano de Sintra, dominado pelo Paço Real que a Idade Média faz crescer. Era ali que queríamos iniciar o percurso dos vários espetáculos da Lumina, observando as belíssimas projeções multimédia, que durante as noites de 23, 24 e 25 de setembro, transformaram o Palácio Nacional de Sintra e outros belos edifícios da vila.
Naquela noite, em frente do Palácio Nacional de Sintra, assistimos pela primeira vez encantados, à primeira apresentação de um dos cenários virtuais. Neste primeiro cenário, repleto de animações, efeitos de luz e ilustrações, numa interpretação gráfica do poema “Camões” de Almeida Garrett, vimos encostados ao varandim do Largo Rainha D. Amélia, o ator Rui de Carvalho, projetado sobre a fachada frontal da estrutura palaciana, narrando-nos a Sintra de Garrett.
Fonte: Panfleto da SINTRARTES, da CMS
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