O dia seguinte ao da
chegada a Sintra acordou ensolarado.
O duche e o vestir foram rápidos, pois aquele dia esperava-nos um verdadeiro
banho de cultura. O SINTRARTES
é basicamente um festival de rua, que tem como objetivo principal envolver a
comunidade no mundo fascinante das artes e que naquela edição (2011), prometia
muita animação nas ruas da Capital do
Romantismo.
Além
dos espetáculos proporcionados pela Lumina
– Festival de Luz, que decorriam durante as três noites, durante o dia
todos os Museus e Palácios estavam abertos ao público até tarde, decorrendo
ainda pelas ruas da vila, mais uma edição de “Sintra Arte Pública VIII”, uma belíssima exposição de escultura nas ruas, que fez desta vila um verdadeiro Museu ao Ar Livre.
Iniciámos a subida do parque de estacionamento até à Volta do Duche, com uma paragem praticamente logo no início para a visita ao Museu Anjos Teixeira. Este museu embora esteja inserido em pleno Centro Histórico e no trajeto entre o edifício dos Paços do Concelho e a vila de Sintra passa despercebido a quem, por instinto, segue o tradicional itinerário da Volta do Duche, por se encontrar em lugar baixo e envolvido na mata do parque.
Nele se encontram os legados artísticos de dois escultores
contemporâneos: Artur dos Anjos Teixeira
(1880-1935) e seu filho Pedro Augusto
dos Anjos Teixeira (1908-1997), realçando-se trabalhos figurativos de
temática humana e animal em gesso, mármore e bronze.
Este Museu encontra-se instalado num antigo imóvel construído nos inícios do século XX para uma azenha, que, na Azinhaga da Sardinha (o nome do lugar onde se encontra o parque de estacionamento aberto a autocaravanas), aproveitava as águas do rio do Porto, mais tarde transformada em serração de pedra, tendo sido, por fim, adquirido pela Câmara Municipal de Sintra para um depósito de viaturas municipais.
Mais tarde como a 24 de setembro
de 1974, o Mestre Pedro Augusto dos
Santos Teixeira legou oficialmente à Edilidade Sintrense, todo o seu
espólio (de cariz neorrealista) e, ainda, boa parte do de seu pai, ficando,
deste modo, as obras de dois grandes Mestres escultores contemporâneos reunidas
neste mesmo espaço, que abriu ao público apenas em 1976.
Desde esta data, e até 1982, ali estiveram em exibição a quase totalidade dos trabalhos escultóricos destes dois artistas, altura em que a velha serração é fechada para obras de restauro, remodelação e ampliação integrais, de acordo com a escritura de doação em 1974, em que a Câmara ficou obrigada à construção de dependências para uso privado do Mestre. Neste contexto, passou o Mestre a residir no edifício, transformando-o numa Casa-Museu pública e num atelier vivo, onde deu aulas de escultura entre 1977 e 1992.
O
Museu possui uma importante coleção de escultura, peças em bronze, estudos em
gesso, desenhos, maquetas e outros trabalhos dos escultores. Para além das
esculturas neorrealistas dos mestres Anjos Teixeira, podemos também observar
coleções de pintura, desenho e fotografia.
Fonte:
http://www.cm-sintra.pt/Artigo.aspx?ID=2000 / http://www.igogo.pt/atelier-casa-museu-anjos-teixeira/
http://www.sintraromantica.net/
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