Guimarães - 2º Dia - Largo da Republica do Brasil e Igreja de Nossa Senhora da Consolação - Parte XIV



Depois da visita ao Convento e Igreja de S. Francisco seguimos a pé pela Alameda de S. Dâmaso a caminho do Largo da Republica do Brasil.

No final da Alameda S. Dâmaso encontra-se a rotunda que encima o Largo da Republica do Brasil.

Esta é uma das zonas mais bonitas da cidade de Guimarães, sendo do cimo do Largo da Republica do Brasil que se tem a melhor vista sobre o conjunto constituido pela elegante Igreja de Nossa Senhora da Consolação e Santos Passos, precedida pelo belíssimo Jardim do Largo da Republica do Brasil, uma ampla zona multicolor retangular ajardinada e arborizada, que sobe a partir da Igreja.

A Igreja dos Santos Passos, também conhecida como Igreja de Nossa Senhora da Consolação ou ainda como Igreja de S. Gualter, o nome do seu patrono, foi mandada construir no começo do séc. XVIII pela Irmandade de Nossa Senhora da Consolação e Santos Passos, sendo o seu projeto do arquiteto Andrés Soares. A Igreja foi construída no mesmo sítio onde já existia uma pequena capela desde o séc. XVI.

Este bonito imponente templo tem uma arquitetura inconfundível com duas torres de alta flecha. A igreja é composta por uma nave única de ângulos côncavos, com uma fachada principal ondulada e duas torres laterais acrescentadas em meados do séc. XIX, assim como a sua escadaria e a balaustrada. O retábulo da capela-mor é de inspiração clássica de finais do séc. XVIII, com pintura a imitar o mármore.
Era a partir Igreja da Consolação ou dos Santos Passos que na Páscoa (e ainda hoje se faz)se fazia a procissão dos Santos Passos. Os Passos ou Estações da Via-Sacra são demonstrações populares de religiosidade e devoção à Paixão de Cristo, que estavam presentes não só nos templos, mas por vezes espalhavam-se em pequenos oratórios pela própria cidade.

Em Guimarães, os Passos, eram sete de início e foram erguidos em 1727 pela Irmandade de Nossa Senhora da Consolação e Santos Passos. Ao longo do tempo e de acordo com o crescimento da cidade, foram sendo transferidos ou desmontados o que levou à grande dificuldade para identificação, uma vez que as esculturas ou foram dispersas ou reagrupadas arbitrariamente aquando das demolições ou transferências. Hoje apenas temos cinco: Passo do Largo do Carmo, Passo da Rua de Santa Maria, Passo do Largo João Franco, Passo da Senhora da Guia e Passo do Campo da Feira.


Fonte: https://maps.google.pt/ http://www.guiadacidade.pt/ http://www.igogo.pt/ http://www.geocaching.com/

Guimarães - 2º Dia - Alameda S. Dâmaso e Convento de S. Francisco - Parte XIII



Depois de um café no Café Milénio, a visita continuou pela cidade de Guimarães. Caminhado para sul a partir do Café Milénio, encontra-se ao virar da esquina para a esquerda, o retangular Jardim Publico da Alameda de S. Dâmaso.

Este Jardim da Alameda é um espaço refrescante, com piso em cimento e canteiros relvados, muitas árvores e bancos de jardim, devendo destacar-se o belo coreto e uma estatueta em bronze.

Para leste corre paralela ao jardim a Alameda de S. Dâmaso, recentemente intervencionada no âmbito da nomeação da cidade para Capital Europeia da Cultura. A nova Alameda de São Dâmaso, também conhecida agora como "bosque urbano" tornou-se já famosa pela sua carismática iluminação noturna incentivando atividades familiares e passeios ao ar livre.
 
Logo no início da Alameda de S. Dâmaso no sentido descendente, para quem caminha em direção ao Largo da Republica do Brasil, observa-se do lado direito o Convento de S. Francisco e ao seu lado em lugar de destaque a bonita Igreja de S. Francisco.

O Convento de S. Francisco foi fundado pelos frades franciscanos. Num primeiro período muito precário, os frades instalaram-se em 1271, numa albergaria localizada junto às muralhas da vila, na qual construíram um convento.

No entanto este primeiro convento franciscano junto às muralhas, duraria pouco tempo, pois em 1325 o edifício teve de ser demolido por ordem de D. Dinis, por comprometer a segurança do burgo em caso de cerco. Os frades mudaram-se para umas cabanas até 1400, quando D. João I ordenou a reedificação do convento, no local onde ainda se encontra.

A obra durou grande parte do séc. XV. A abside da igreja, que ainda é a original em estilo gótico, foi terminada por volta de 1461. Nesse ano D. Constança de Noronha (1395-1480), 1ª duquesa de Bragança, entrou na Ordem Terceira de São Francisco e, ao morrer, foi sepultada na igreja. O túmulo com seu perfil jacente ainda pode ser visto no interior.

A Igreja de S. Francisco de frente para a Alameda de S. Dâmaso é um templo de raiz gótica, revestido exteriormente com azulejos azuis e brancos, que ao longo do tempo foi muito alterado, sobretudo durante o séc. XVIII quando sofreu uma profunda remodelação que apenas lhe deixou o pórtico e a cabeceira.

Possui na sua capela-mor, o mais notável retábulo joanino de Guimarães, possuindo nas capelas laterais, belos retábulos de talha dourada, que conjugam admiravelmente com os azulejos historiados do início do séc. XVIII, retratando cenas da vida de Santo António de Lisboa/Pádua. A sua sacristia tem um teto apainelado e pintado, o claustro com dois pisos é da autoria do arquiteto vimaranense Gonçalo Lopes (finais do séc. XVI). Possui uma Sala do Capítulo gótica (séc. XIV), outrora com frescos, e um chafariz central do séc. XVIII.

Fonte: https://maps.google.pt/ http://www.topguimaraes.com/ http://www.guimaraesturismo.com/ http://pt.wikipedia.org/

Otária, eu?


Cobaia é um termo que quando aplicado a seres humanos, designa a pessoa que serve de objeto a pesquisas científicas e como é lógico só pode ser como manda a ética, um termo bastante pejorativo.

Olhando o que me rodeia, só posso chegar a uma conclusão, “Eu devo ter mesmo cara de otária”, se não, não haveria à minha volta e há tanto tempo, tantos que me quisessem experimentar. E ainda por cima e na maioria dos casos, pessoas que mal se conhecem a si proprias. É preciso não terem vergonha na cara!

Que diabo será que não têm mais nada para fazer???  E ainda se debate, do ponto de vista ético, o caso das cobaias animais, por não terem escolha livre na participação de uma pesquisa… Arre que é demais!...

Guimarães - 2º Dia - Praça do Toural - Parte XII




A Praça do Toural é bastantemente vasta e é das praças mais centrais e importantes da cidade de Guimarães, considerada hoje como o coração da cidade. No séc. XVII era um largo extramuros situado junto à principal porta da vila, onde se realizavam a feira de gado bovino e outras feiras de diversos produtos.

A Praça apresenta um pavimento novo, que é o resultado de uma recente intervenção realizada em 2011, que fez regressar ao largo o Chafariz renascentista de três taças, originalmente colocado no Toural em 1583, e depois transferido para o Largo Martins Sarmento entre 1873 e 2011.


Em frente do Chafariz destaca-se a Igreja de S. Pedro. Esta igreja foi mandada construir em 1737, junto às casas da Irmandade de São Pedro, que mais tarde foram demolidas e apresenta uma arquitetura simples.

Chegados à Praça do Toural havia que procurar a Pastelaria Clarinha, no nº 86, ao lado da Igreja de S. Pedro, uma casa afamada em doçaria tradicional, com muitos e cuidados doces, como as Clarinhas e os «beijinhos» da Clarinha que lhe deram o nome e claro as suas famosas Tortas de Guimarães, o seu ex-libris. Aliás, as famosas Tortas de Guimarães são de todos, o doce mais emblemático da casa, que arrecadou vários prémios de doçaria conventual. A confeção dos vários doces da Pastelaria Clarinha, ainda preserva as técnicas de confeção manuais.


Depois de comprados os doces, caminhámos em direção ao sul da praça, onde fica situado um dos cafés mais antigos da cidade, o Café Milenário. O Café Milenário nasceu no ano em que a cidade de Guimarães comemorou 1000 anos de existência, em Novembro de 1953, daí o seu nome. Situado na sala de visitas da cidade vimaranense, junto à muralha onde se lê: "Aqui Nasceu Portugal", este café continua a ser o café mais emblemático e histórico da cidade, e um ponto de encontro de muitas gerações de vimaranenses.

Este pedaço de muralha ao lado do Café Milenário é uma das torres da antiga muralha. Designada Torre da Alfândega, foi constituía no ponto mais a sul da Muralha que outrora circundava a antiga cidade, sendo concluída no reinado de D. Dinis. Na Rua de Santo António resta ainda um pequeno troço dessa antiga muralha, visível entre o casario.
 
Fonte: http://www.monumentos.pt/ Wikipédia.org / http://www.gmrtv.pt/  http://www.guimaraesturismo.com/  http://escape.sapo.pt/

 

Friedrich Nietzsche


“Humano, Demasiado Humano” é uma série de três documentários televisivos produzidos pela BBC. A série documental é sobre a vida de três proeminentes filósofos europeus: Friedrich Nietzsche, Martin Heidegger e Jean-Paul Sartre.

Às segundas-feiras irão ser aqui publicados, além destes três referidos, vários outros preciosos documentários com o Marcador: Grandes Vidas Grandes Obras.

O tema deste primeiro documentário gira em torno da escola de pensamento filosófico conhecido como existencialismo. O documentário tem o nome do livro escrito por Nietzsche em 1878, intitulado Humano, Demasiado Humano: Um Livro para Espíritos Livres.

Este episódio conta com entrevistas de grandes estudiosos do pensamento de Nietzsche sendo eles: Ronald Hayman e Leslie Chamberlain (biógrafos de Nietzsche), Andrea Bollinger (arquivista), Reg Holling dale (tradutor), Will Self (escritor) e Keith Ansell Pearson (filosofa) que sonda a vida e os escritos de Nietzsche.

Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=ZQJZRh3GgwI





Visionar de preferência em tela cheia.


Guimarães - 2º Dia - Do Largo da Oliveira ao Largo do Toural - Parte XI



Saindo da Igreja de Nossa Senhora da Oliveira, desaguamos novamente no Largo da Oliveira, o lugar fundador de “Vimaranes” e que ainda mantém uma "réplica" da árvore (uma oliveira) associada à lenda das origens do lugar.
 
Além das esplanadas o regresso à história antiga da cidade faz-se olhando para as fachadas das antigas casas com varandas floridas em ferro forjado e para as arcadas do amplo pórtico dos antigos Paços do Concelho, que fazem a ligação com a Praça de Santiago, que mantêm o figurino medieval.


Vale a pena entrar e subir ao primeiro piso da velha Câmara para admirar, na sala das audiências, um teto de madeira em masseira decorado com uma belíssima pintura a óleo representando a Justiça e a deusa grega Atena. Crê-se que a pintura, que foi restaurada recentemente, date dos séculos XVII-XVIII.
Nas portas e montras dos pequenos pontos comerciais do centro histórico, os corações, símbolo da Guimarães 2012 – Capital Europeia da Cultura, que simboliza "o amor que os vimaranenses têm à sua história e às suas memórias", e que se apresentam vestidos com muita criatividade e das mais variadas maneiras, dando um bonito colorido à cidade.
Depois é tempo de sair do núcleo histórico de Guimarães a caminho do Largo do Toural, para fruir a cidade na sua face interior. Pelo caminho o encontro com as suas ruas estreitas e praças aconchegadas com esplanadas em cantos e recantos, cheias de gente da terra e que a visita.
A roupa a secar nas varandas floridas, as mulheres às janelas conversando com os vizinhos, as crianças a jogar à bola na calçada, as bancas às portas das mercearias, as pessoas cumprimentando quem passa, fazem com o visitante se sinta como que em casa estivesse.

Pelo caminho troços ainda existentes da antiga muralha da cidade são encontrados, alguns sob a forma de antigas torres de vigia,  que se misturam com as casas ou estão totalmente encobertos pelas construções do centro histórico de Guimarães, até chegarmos ao Largo João Franco, conhecido pela original escultura de D. Afonso Henriques, da autoria de João Cutileiro.
O Largo João Franco é um agradável espaço no coração do centro histórico, onde se pode desfrutar de uma variedade de oferta de serviços desde pastelarias, restaurantes, livraria, lojas tradicionais. É neste largo que fica localizada a sede do Cineclube de Guimarães, umas das mais emblemáticas organização culturais locais. Destaca-se nele uma fonte em granito construída em 1820 com duas bicas e, no cimo, o brasão de Portugal esculpido.
 
Caminhando a partir do Largo João Franco depressa se chega ao Largo do Toural (Campo da Feira), que é a sala-de-visitas da cidade e que, fruto da intervenção recente, apresenta um perfil diferente do das últimas décadas. A sua história remonta ao séc. XVI, mas a configuração atual vem de setecentos, do tempo da construção da Igreja de São Pedro (que ficou incompleta, faltando-lhe a segunda torre) e principalmente da dita "frente pombalina" (um desenho enviado pela Rainha D. Maria I), e cuja unidade contrasta com as fachadas do centro histórico.
Considerado hoje como o coração da cidade, era no séc. XVII um largo extramuros junto à principal porta da vila, onde se realizava a feira de gado bovino e outras de diversos produtos. Em 1791 a Câmara aforou o terreno junto à muralha para edificação de prédios, que foram feitos mais tarde segundo planta vinda possivelmente de Lisboa, e determina-se assim, o início da lenta transformação Largo do Toural.
No seu centro esteve colocada a estátua de D. Afonso Henriques, a mesma que hoje se encontra no Parque do Castelo, junto à porta do Paço dos Duques, sendo alguns anos depois substituída por uma vistosa fonte, mais tarde substituída por um chafariz renascentista de três taças, originalmente colocado no Toural em 1583, e depois transferido para o Largo Martins Sarmento entre 1873 e 2011, quando para ali voltou.
A recente intervenção neste largo e na Alameda de São Dâmaso que lhe dá continuidade urbanística, teve assinatura da arquiteta Maria Manuel Oliveira, e o novo piso (representando o mapa do núcleo histórico classificado pela UNESCO) foi desenhado pela pintora Ana Jotta. Nele não deixa de causar alguma perplexidade, ver o pavimento colado aos troncos das jovens árvores que aí foram plantadas, sem que lhes tenham deixado espaço para o seu crescimento natural.

Fonte: http://fugas.publico.pt/ http://www.monumentos.pt/ http://www.guimaraesturismo.com/

Felicidade?

Vale a pena assistir ao "Seminário "Felicidade?", com a filósofa e investigadora Marcia Tiburi, subordinado ao tema: "Felicidade e Infelicidade: O Desejo e a Ética", realizado na Casa Fiat de Cultura e veiculado na TV Câmara, do Brasil.
 

Fonte: http://www.youtube.com/

Obrigada e bem-haja!

Afinal, o que é a verdade?


Quantas vezes eu me perguntei se aquilo que me estava a acontecer era mesmo verdade… Quantas vezes deixei de acreditar naquilo que realmente estava a observar e sentir, chegando a duvidar da perceção de mim própria. Mas tantas vezes o “mesmo” se repetiu, que se tornou evidente que não eram meras suspeitas ou inverdades, era a pura verdade!
"Véritas é um excelente documentário sobre o relativismo da verdade, sob a ótica da filosofia e da psicologia, que busca a reflexão através das diversas correntes, enfoques e períodos históricos, sem contudo, apresentar ao espectador uma versão única e fechada."


Fonte: http://www.youtube.com

Guimarães - 2º Dia - Igreja de Nossa Senhora da Oliveira e Padrão do Salado - Parte X



No Largo da Oliveira destaca-se a Igreja de Nossa Senhora da Oliveira, e é o que resta do antigo Convento Nossa Senhora da Oliveira, do qual resta somente esta Igreja e o lindíssimo claustro inserido no Museu Alberto Sampaio.


A ocupação do local tem origem num mosteiro pré-românico, fundado por Mumadona Dias em 949. Para a proteção deste mosteiro foi erguida uma fortificação que antecedeu o atual Castelo de Guimarães. No início do séc. XII, este mosteiro daria lugar à Colegiada de Santa Maria de Guimarães, uma das mais importantes e ricas instituições religiosas do país, na Baixa Idade Média.
A igreja atual foi mandada reedificar por D. João I, em finais do séc. XIV, em consequência de um voto que este rei fez à Virgem da Oliveira, pela vitória da Batalha de Aljubarrota. Foi seu arquiteto, o Mestre João Garcia de Toledo arquiteto da corte e ligado às principais obras do reinado de Fernando I de Portugal que se manteve no cargo após a crise de 1383-85.

O templo tem uma torre anexa datada de 1513, em cujo rés-do-chão se encontra a capela funerária dos pais do Prior D. Diogo Pinheiro, reconstrutor da torre. No interior possui uma capela-mor foi ampliada em fins do séc. XVII, sob o patrocínio de D. Pedro II, cujas armas se veem na abóbada. O retábulo-mor é da segunda metade do séc. XVIII, e o cadeiral seiscentista tem espaldares neoclássicos.


Existem sobre o cadeiral duas grandes telas atribuídas ao pintor Pedro Alexandrino, que representam S. Dâmaso Papa e S. Torcato. O teto é de caixotões, tendo pintado ao centro as armas reais, do monarca reedificador. O altar e a decoração interior são de inspiração neoclássica, mas ali se guarda um famoso sacrário indo-português, de prata.

Segue-se uma pequena capela batismal, com restos de azulejos seiscentistas, e uma pia barroca. A pia batismal que antes viera para aqui, trazida pelo Prior D. Diogo Lobo da Silveira, vinda da igreja de S. Miguel do Castelo diz ter sido a mesma que batizou D. Afonso Henriques, pelo que nela se mandou gravar a inscrição: «Nesta pia foi batizado El Rei D. Afonso Henriques pelo Arcebispo S. Giraldo no ano de 1106».

Na capela do Santíssimo Sacramento existe um altar de prata e um frontal também em prata, obra de ourives vimaranenses. Há uma capela na sacristia forrada com azulejo de tipo padrão.

A Igreja de Nossa Senhora da Oliveira marca o final de uma fase do gótico nacional, sendo as décadas seguintes marcadas pela enorme influência de gosto Inglês que o Mosteiro da Batalha iria exercer em todo o território.

No exterior e em frente à Igreja de Nossa Senhora da Oliveira observa-se o Padrão do Salado. Foi erguido no séc. XIV por iniciativa de Afonso IV para comemorar a vitória na Batalha de Salado, em 1340. O soberano participara nesta batalha em apoio ao enteado Afonso XI de Castela, auxiliando-o a defender-se de uma armada muçulmana. Encontra-se classificado como Monumento Nacional desde 1910.

 
Fonte: http://www.guimaraesturismo.com/ http://maravilhasdeguimaraes.blogspot.pt/ Wikipédia.org

Guimarães - 2º Dia - Praça de Santiago e Largo da Oliveira - Parte IX



Do Largo das Laranjeiras onde estivemos sentados algum tempo, na esplanada do restaurante/bar Recantos, seguimos a pé pela rua João Lopes Faria até à Praça de Santiago, situada no coração de Guimarães.
A rua João Lopes Faria desce ligeiramente até ao centro da cidade, com passeios em lajes de pedra alisada pelos séculos e estrada estreita com piso de paralelepípedos. Possuindo nitidamente uma traça medieval, nela há maioritariamente casas de dois e três pisos, com graciosas varandas de ferro forjado, ou balcões e alpendres de granito, observando-se ainda algumas casas apalaçadas com brasão de armas nos portais. Por momentos imaginamo-nos num cenário medieval, onde a nobreza foi insinuando ricas moradias que dão uma atmosfera única a Guimarães.
Estas características arquitetónicas estendem-se às casas situadas no coração da cidade, nomeadamente na Praça de Santiago e no Largo da Oliveira em pleno centro histórico, onde a rua João Lopes Faria vai desembocar e onde chegamos de seguida.

A Praça de Santiago é um lugar mítico, onde outrora se reuniam as pessoas para a conversa no fim do dia, e onde se vendiam e trocavam produtos alimentares e que ainda hoje se mantém igual a si própria. Forma um conjunto com o vizinho Largo da Oliveira e é, um dos mais belos e agradáveis lugares do centro histórico de Guimarães (classificado como Património da Humanidade pela UNESCO).
A Praça de Santiago é uma praça bastante antiga, referida ao longo do tempo em vários documentos, que conserva ainda a sua inicial traça medieval. Foi nas suas imediações que se instalaram os francos que vieram para Portugal em companhia do Conde D. Henrique de Borgonha.
Segundo a tradição, uma imagem da Virgem Santa Maria foi trazida para Guimarães pelo apóstolo S. Tiago (o mesmo de Santiago de Compostela), e colocada num templo pagão que existia num antigo largo, passando a chamar-se desde aí Praça de Santiago. Aí estava situada uma pequena capela alpendrada do séc. XVII, dedicada a Santiago que foi demolida em finais do séc. XIX.
Da Praça de Santiago passa-se por baixo de uma casa medieval, a Domus Municipalis, com pórticos que formam uma passagem que ocupa todo o rés-do-chão do edifício, para o vizinho Largo da Oliveira.
É neste largo que se encontra o que resta do antigo Convento da Nossa Senhora da Oliveira, do qual resta somente a Igreja da Oliveira e o lindíssimo claustro inserido no Museu Alberto Sampaio. Em frente à igreja pode apreciar-se o Padrão do Salado, um alpendre gótico erguido em 1340, que relembra a vitória de D. Afonso IV sobre os mouros, na batalha com o mesmo nome.
Fazendo a ligação entre a Praça de Santiago e o Largo da Oliveira, destaca-se a Domus Municipalis, um imponente monumento que foi em tempos antigos o Paço do Concelho em finais do séc. XIV, realçando-se o alpendre sustentado em cinco arcos góticos, as cinco janelas de sacada e uma estátua na fachada do edifício que representa Guimarães.
A Igreja de Nossa Senhora da Oliveira foi mandada reedificar por D. João I, como forma de agradecimento pela vitória na Batalha de Aljubarrota. Está situada ao lado do Museu de Alberto Sampaio e rodeado de casas medievais recentemente restauradas. É um espaço onde o olhar se perde no escuro do granito, no colorido das varandas cheias de flores e na alegria das esplanadas.

Local de convívio por excelência de todos os vimaranenses, é em conjunto com Praça de Santiago, palco de manifestações culturais e muita animação de rua. A Feira do Entulho, com cinema ao ar livre, teatros de rua, concertos e muitos outros eventos, animam as noites de Primavera e Verão, neste local da cidade.

Fonte: http://www.cm-guimaraes.pt/ http://www.portugalio.com/ http://www.submundos.com/ http://www.igogo.pt/

Nunca se deve tomar ninguém como modelo


Para as nossas ações e omissões, não é preciso tomar ninguém como modelo, visto que as situações, as circunstâncias e as relações nunca são as mesmas e porque a diversidade dos caracteres também confere um colorido diverso a cada ação. Desse modo, “duo cum faciunt idem, non est idem” (quando duas pessoas fazem o mesmo, não é o mesmo). Após ponderação madura e raciocínio sério, temos de agir segundo o nosso carácter. Portanto, também em termos práticos, a originalidade é indispensável; caso contrário, o que se faz não combina com o que se é.
 

 Arthur Schopenhauer, in 'Aforismos para a Sabedoria de Vida'

Guimarães - 2º Dia - Convento de Santo António dos Capuchos e Largo das Laranjeiras - Parte VIII



Ainda o sol ia alto quando saímos do Paço Ducal a caminho da visita à cidade. Logo à saída do Paço pode admirar-se a estátua imponente de D. Afonso Henriques, a quem o povo noutros tempos chamava "Rei Preto", e que resultou de uma iniciativa cívica, lançada em 1882 a partir do Brasil pelo vimaranense João Alves Pereira Guimarães, então residente naquele país, numa carta que dirigiu à Câmara Municipal da cidade. (ver carta em: http://araduca.blogspot.pt/2009/02/estatua-de-d-afonso-henriques-1.html). Trata-se de um dos símbolos da cidade de Guimarães mas acima de tudo do nosso país, uma vez que representa o nosso primeiro rei, fundador da nossa nacionalidade.
A estátua é da autoria do escultor Soares dos Reis e foi inicialmente colocada no centro do Largo do Toural e inaugurada em 1874, numa cerimónia solene que contou com a presença do rei D. Luiz I. Em 1940 foi transladado para o atual local, aos pés da Colina Sagrada, bem perto do local que o viu nascer. Em bronze a estátua do primeiro monarca português eleva-se sobre um pedestal de granito. A figura de D. Afonso Henriques é representada de pé, em posição bélica, envergando a armadura de guerra das Cruzadas, o elmo na cabeça e, sobre a longa túnica de malha, um manto ondulante. As mãos seguram a espada e o escudo.

No cruzamento de estradas em frente do Paço Ducal observa-se do lado direito o Convento de Santo António dos Capuchos no interior de um gradeamento em ferro forjado, e é para lá que nos dirigimos. Situado em plena Colina Sagrada, o museu ocupa algum espaço do edifício construído como convento no séc. XVII, pertencente aos Frades Capuchos e era seu padroeiro Santo António. Mais tarde foi comprado pela Misericórdia de Guimarães em 1842, para aí instalar o seu Hospital.

No edifício do antigo Convento, expõe-se algum património móvel da Instituição, ao mesmo tempo que os visitantes são convidados a percorrer os corredores, pátios e claustro do imponente edifício, bem como visitar a Igreja do Convento e a sua magnífica sacristia do séc. XVIII.

Continua a descer-se a Colina Sagrada e encaminhamo-nos em seguida para o Largo da Condessa Mumadona Dias (aristocrata galega, do séc. X, aparentada com os reis de Leão e filha dos condes Diogo Fernandes e Onega Lucides e bisneta de Vímara Peres, antiga proprietária das terras de “Vimaranes” e que determinou a construção do primeiro castelo, no local do atual).
Dali segue-se para o Largo dos Laranjais onde se para, para um refresco, num pequeno bar/restaurante situado na esquina com a rua João Lopes Faria. Este amplo largo, um dos mais bonitos da cidade, embora um dos largos menos visitados e conhecidos de Guimarães. Foi outrora uma das principais entradas da cidade muralhada, à época chamado de Santa Luzia. Nele podemos encontrar o Solar dos Laranjais, um bonito edifício barroco do séc. XIV e a sua Torre Medieval, no qual funcionou a Escola Industrial Francisco de Holanda. No Solar de rés-do-chão e primeiro andar, possui portas de caráter manuelino na fachada e uma lápide datada do séc. XVII, localizada na torre.
Neste largo é também de destacar o monumento a Alberto Sampaio, ilustre vimaranense. Para quem visita o centro histórico pode parecer estranho um largo cheio de laranjeiras, mas a Câmara Municipal quis devolver um pouco a memória ao espaço que foi outrora um quintal. Para além do colorido da verde folhagem, dos frutos e das flores, estas belas árvores também exalam na primavera, o magnífico perfume característico, próprio da flor da laranjeira, que não deixa indiferente quem por ali passa.

Fonte: http://lenteoculta.fotosblogue.com/ http://hojeconhecemos.blogs.sapo.pt/ http://videos.sapo.pt/ https://maps.google.pt/ http://www.geocaching.com/