Ainda o sol ia alto quando saímos do Paço Ducal a caminho da visita à cidade. Logo à saída do Paço pode admirar-se a estátua imponente de D. Afonso Henriques, a quem o povo noutros tempos chamava "Rei Preto", e que resultou de uma iniciativa cívica, lançada em 1882 a partir do Brasil pelo vimaranense João Alves Pereira Guimarães, então residente naquele país, numa carta que dirigiu à Câmara Municipal da cidade. (ver carta em: http://araduca.blogspot.pt/2009/02/estatua-de-d-afonso-henriques-1.html). Trata-se de um dos símbolos da cidade de Guimarães mas acima de tudo do nosso país, uma vez que representa o nosso primeiro rei, fundador da nossa nacionalidade.
A estátua é da autoria do escultor Soares dos Reis e foi inicialmente colocada no centro do Largo do Toural e inaugurada em 1874,
numa cerimónia solene que contou com a presença do rei D. Luiz I. Em 1940 foi transladado para o atual local, aos pés da Colina Sagrada, bem perto do local que
o viu nascer. Em bronze a estátua do primeiro monarca português eleva-se sobre
um pedestal de granito. A figura de D.
Afonso Henriques é representada de pé, em posição bélica, envergando a
armadura de guerra das Cruzadas, o elmo na cabeça e, sobre a longa túnica de
malha, um manto ondulante. As mãos seguram a espada e o escudo.
No cruzamento de estradas em frente do Paço Ducal observa-se do lado direito o Convento de Santo António dos Capuchos no interior de um gradeamento em ferro forjado, e é para lá que nos dirigimos. Situado em plena Colina Sagrada, o museu ocupa algum espaço do edifício construído como convento no séc. XVII, pertencente aos Frades Capuchos e era seu padroeiro Santo António. Mais tarde foi comprado pela Misericórdia de Guimarães em 1842, para aí instalar o seu Hospital.
No
edifício do antigo Convento, expõe-se algum património móvel da Instituição, ao
mesmo tempo que os visitantes são convidados a percorrer os corredores, pátios
e claustro do imponente edifício, bem como visitar a Igreja do Convento e a sua
magnífica sacristia do séc. XVIII.
Continua a descer-se a Colina Sagrada e encaminhamo-nos em seguida para o Largo da Condessa Mumadona Dias (aristocrata galega, do séc. X, aparentada com os reis de Leão e filha dos condes Diogo Fernandes e Onega Lucides e bisneta de Vímara Peres, antiga proprietária das terras de “Vimaranes” e que determinou a construção do primeiro castelo, no local do atual).
Dali segue-se para o Largo dos Laranjais onde se para,
para um refresco, num pequeno bar/restaurante situado na esquina com a rua João Lopes Faria.
Este amplo largo, um
dos mais bonitos da cidade, embora um dos largos menos visitados e conhecidos de Guimarães. Foi outrora uma
das principais entradas da cidade muralhada, à época chamado de Santa Luzia. Nele podemos encontrar o Solar dos Laranjais, um bonito edifício barroco do séc. XIV e a sua
Torre Medieval, no qual funcionou a Escola Industrial Francisco de Holanda.
No Solar de rés-do-chão e primeiro andar, possui portas de caráter manuelino na fachada e uma lápide
datada do séc. XVII, localizada na torre.
Neste largo é também de destacar o monumento a Alberto Sampaio, ilustre vimaranense. Para quem visita o centro histórico pode parecer
estranho um largo cheio de laranjeiras, mas a Câmara Municipal quis devolver um
pouco a memória ao espaço que foi outrora um quintal. Para além do colorido da
verde folhagem, dos frutos e das flores, estas belas árvores também exalam na
primavera, o magnífico perfume característico, próprio da flor da laranjeira, que
não deixa indiferente quem por ali passa.
Fonte: http://lenteoculta.fotosblogue.com/
http://hojeconhecemos.blogs.sapo.pt/ http://videos.sapo.pt/ https://maps.google.pt/
http://www.geocaching.com/
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