A caminho de Verona


No dia seguinte ao término da visita a Venezia e suas ilhas, partimos com destino a Verona. Seguimos pela autoestrada através da Planície do Pó, uma enorme planície italiana situada a norte da Itália, entre os Alpes e o Apeninos, onde corre o rio com o mesmo nome.A Planície do Pó constitui a região mais rica e povoada da Itália. É constituída por solos de aluvião trazidos das montanhas pelo rio. É um lugar belíssimo para a agricultura, sendo um regalo ver terras tão bem aproveitadas, como vinhedos, olivais, trigais e milharais, onde o verde impera e a tecnologia mais recente é aplicada. É ali feita uma agricultura de alto rendimento, pois os solos são muito férteis, o clima brando e os terrenos bem irrigados.

O rio Pó com uma extensão de 652 quilómetros é o maior rio italiano. Nasce no Monte Viso, nos Alpes Cotianos, e desagua no mar Adriático, a sul da cidade de Chioggia, onde forma um delta de cinco braços. É alimentado principalmente pelos afluentes Ticino, Ada e Míncio, que vêm dos Alpes e dos lagos alpinos.Já perto de Verona, saímos da autoestrada e por uma estrada nacional chegámos à cidade. Verona é uma cidade do Veneto, no norte da Itália, a sua segunda maior cidade da região e a terceira do Nordeste italiano.



Verona é definitivamente muito mais que a cidade de Romeu e Julieta. A cidade possui belíssimos jardins, praças, palácios, uma enorme arena romana, anfiteatros, com uma arquitetura inacreditável.
É um dos principais destinos turísticos no norte da Itália, em especial devido à sua história e ao seu património artístico e monumental, e também pelo seu famoso Festival de Ópera, pois é em Verona que acontece todos os anos durante o Verão uma temporada lírica na Arena da cidade (de 30/06 a 31/08).

A Arena de Verona é um antigo e imponente anfiteatro construído pelos romanos, com mais de 2000 anos. O 88º Festival de Ópera decorria na cidade aquando da nossa visita a Verona e como não podia deixar de ser, era o lugar ideal para se assistir a uma mega ópera italiana.
Os detalhes precisos da sua história inicial permanecem um mistério e a origem do seu nome é também desconhecida. Com a conquista romana em cerca de 300 a.C., Verona tornou-se numa colonia romana em 89 a.C., e em seguida torna-se município em 49 a.C.. A cidade com o tempo conquistou grande importância porque estava situada num cruzamento de várias estradas importantes no seu tempo.

O esplendor da cidade naqueles tempos estava dominada pelas suas 48 torres, tendo sido descrita numa ode latina. O aumento da riqueza das famílias burguesas eclipsou o poder dos nobres, e em 1100 Verona organizou-se como uma comunidade florescente. A cidade tornou-se importante porque foi um cruzamento de várias estradas. Nos dias de hoje, Verona é uma cidade importante e dinâmica, muito ativa em termos de economia, sendo também uma atração turística muito importante por causa da sua história, onde o passado romano vive lado a lado com a Idade Média.

A chegada a Verona ao final da tarde fez com que fossemos logo procurar a área de serviço de autocaravanas, que por sorte ainda tinha alguns lugares disponíveis. Quando chegámos tivemos uma boa surpresa, pois a área de serviço de Verona tinha excelentes condições, além de ser muito bem situada, perto do centro da cidade. Talvez por isso era muito procurada por autocaravanistas, pelo que se encontrava sempre cheia, sendo muito movimentada e por isso menos tranquila.
Fonte; : http://www.infopedia.pt/ / Wikipédia.org

Visita a Burano - 3º Dia - Parte II



Burano Slideshow: Pé’s trip to Venice, Veneto, Italy was created by TripAdvisor. See another Venice slideshow. Create your own stunning free slideshow from your travel photos.

A ilha de Burano é a mais bonita das três ilhas visitadas por nós no dia dedicado à visita das principais ilhas da laguna de Venezia, e também a mais típica de todas. Os primeiros ocupantes a habitarem a ilha foram provavelmente os romanos, mas é no séc. VI que recebe o seu nome atual, quando a zona era ocupada por gente vinda de Altinum, que terão dado à ilha o nome de uma das portas da sua cidade. No entanto há mais duas versões para a origem do nome. Numa delas o nome deriva do apelido da primeira família que ali se estabeleceu, os Buriana, e a outra versão é que o nome foi dado por habitantes de Buranello, uma ilha 8 km a sul de Burano.

Apesar da ilha se ter desenvolvido depressa, continuou a ser uma parte do território administrado por Torcello mas sem qualquer dos privilégios dos seus habitantes, ou mesmo dos habitantes de Murano. A situação só se alterou quando a ilha começou a ter mais importância, a partir do séc. XVI, quando as mulheres locais começaram a produzir as belas peças de renda, que rapidamente começaram a ser exportadas para o resto da Europa. No séc. XVIII a indústria das rendas iniciou o seu declínio, uma tendência que só seria contrariada em 1872, quando uma escola profissional foi aberta para incentivar as rendeiras de Burano, trazendo um novo fôlego à industria. Contudo atualmente já não se produzem peças de renda à verdadeira maneira tradicional na ilha, uma vez que é um trabalho artesanal muito intenso e cada peça leva muitas horas até ser acabada, o que as encarece.

Aquando da nossa visita à ilha, o itinerário em Burano compreendeu, a rua principal, a Via Baldassarre Galoppi, onde é fácil ficarmos muito tempo a observar as casas, as janelas, os portais e o rio, condicionado ao estreito canal onde pequenos barcos coloridos, esperam a hora de partida para mais uma faina. As suas ruas, as “calles” como lá são chamadas, ligam-se através de estranhos pórticos, que passam por baixo das casas, a partir dos quais se vislumbram belas prespectivas e panoramas lagunares inéditos.
Nas ruas podem ser encontrados pescadores que remendam as suas redes ou moradores que conversam às portas, além de poderem ser encontrados os vários artesãos que povoam a ilha. Para além de tudo isto, a total ausência de turismo de massa, que nos proporciona uma ambiência de paz total, muito reconfortante.

Na praça principal avista-se o antigo Palazzo del Podestà e a Chiesa di S. Martino, uma construção de 1500 com planta em cruz latina, com três naves e teto em arco. Na sacristia um grupo importante de quadros entre os quais uma "Crucificação" feito por Tiepolo. À hora de jantar escolhemos o típico Ristorante Al Vecio Pipa, que numa pequena esplanada junto ao silencioso canal nos serviu fresco pescado, quer nas entradas, quer numa fritada mista de pequenos peixes e mariscos da laguna di Venezia.

Após o jantar a partida para Venezia a bordo de um grande vaporetto, que em 40 minutos nos levou até à Piazzale Roma, onde finalizou a visita às belíssimas ilhas que compõem a laguna de Venezia.

Fonte: Fonte: http://www.initalytoday.com / http://arquivodeviagens.wordpress.com / Wikipédia.org

Visita a Burano - 3º Dia - Parte I



De Torcello a Burano Slideshow: Pé’s trip to Venice, Veneto, Italy was created by TripAdvisor. See another Venice slideshow. Create your own stunning slideshow with our free photo slideshow maker.

Depois da visita à ilha de Torcello, apanhámos o vaporetto para Burano, que queríamos visitar ainda de dia, para depois jantarmos na ilha e desfrutarmos a noite naquela que o Guia da American Expresse designa como a ilha mais colorida e alegre da laguna de Venezia.A ilha de Burano é na realidade constituída por quatro pequenas ilhas da laguna, coligadas entre si por meio de pontes. Enquanto Murano é voltada ao comércio e indústria do vidro, a ilha de Burano é a mais charmosa, principalmente pelas suas casas de cores vivas. Parece que, enquanto nas outras ilhas, a cor das casas está condicionada pela lei por questões de conservação do património, em Burano isso não acontece.

Esta abundância de cores tomou o seu significado na Antiguidade, quando as cores eram usadas para delimitar as propriedades. De acordo com a lenda, as cores vivas das casas eram usadas para ajudar os pescadores a reconhecem a sua ilha quando voltavam da pesca, pois no inverno devido ao clima húmido, formavam-se frequentes neblinas que tornavam difícil aos pescadores encontrarem a ilha.A paisagem é muito típica e o encantamento é coletivo. Quem como nós tem a sorte de visitar esta encantadora ilha, não deve perder a possibilidade de desfrutar da tranquilidade das suas ruas, mergulhar nas variadas e fortes cores das suas casas e de se maravilhar com as flores que enfeitam as varandas e terraços de suas casas.



O mercado semanal é realizado em frente à igreja, todas as quartas-feiras, e não se deve perder uma visita ao mercado do peixe, onde são vendidos todos os tipos de peixes típicos da laguna. Tradicionalmente a população de Burano era constituída por pescadores e rendeiras. Hoje, embora se vejam ainda muitos pequenos barcos de pesca e redes penduradas nas portas das casas, já são muito raras as mulheres que se dedicam às rendas de Burano.

Embora a ilha ainda seja famosa pelas suas rendas artesanais, feitas pelas mulheres da ilha, já é difícil encontrar autênticas rendas de Burano. As rendas que ainda ali são produzidas são ali vendidas em barraquinhas, onde podem ser encontradas verdadeiras preciosidades, com peças muito diferentes e originais.

As suas rendas no séc. XVI eram as mais procuradas da Europa, sendo conhecidas por Punto in Aria (pontos no ar), por serem muito delicadas e complexas.

Fonte: http://www.initalytoday.com / http://arquivodeviagens.wordpress.com / Wikipédia.org

Visita a Torcello - 3º Dia



De Burano a Torcello Slideshow: Pé’s trip to Venice, Veneto, Italy was created by TripAdvisor. See another Venice slideshow. Create your own stunning slideshow with our free photo slideshow maker.

Após a chegada a Burano fomos de imediato para o cais de embarque, a fim de apanharmos o vaporetto para a ilha de Torcello, que nos levaria rapidamente até à ilha. Torcello é a “ilha da espiritualidade”, que foi povoada entre os séculos V e VII, sendo também a primeira zona habitada da região de Venezia. Esta pequena ilha, com poucas casas, possui uma calma maravilhosa e impressionante, onde se respira ar puro e que guarda uma catedral com mais de 1000 anos, que, segundo dizem, foi a primeira igreja a ser construída na região de Venezia. É o mais antigo templo da laguna, que remonta ao domínio bizantino e possui uma rara arquitetura em forma de cruz grega.

A Catedral de Santa Maria dell’ Assunta é uma igreja do séc. XII, fundada em 639, que possui magníficos mosaicos antigos. Dentro da igreja o sarcófago romano sob o altar contém as relíquias de San Heliodoro. Ao lado outra igreja chama a nossa atenção por ter uma abside pentagonal, é a Chiesa di Santa Fosca, em puro estilo bizantino e possui um bonito pórtico, com elegantes arcos que envolvem a igreja por três lados. No pátio um trono em pedra mármore, que se afirma ser o trono de Átila, o rei dos hunos do séc. V. Após a queda do Império Romano, Torcello foi uma das primeiras ilhas da laguna a serem sucessivamente povoadas por aqueles que fugiram da cidade de “Veneti” em terra firme (no continente), para se abrigarem das invasões bárbaras recorrentes, especialmente depois de Átila, o Huno, destruir a cidade de Altinum e todos os assentamentos em torno de 452.

Torcello serviu então de refúgio aos cidadãos da cidade de Altinum, depois das invasões dos unos e dos longobardos e o nome da ilha deriva provavelmente de Turricellum por lá existir uma torrezinha erigida, que lembrava a antiga cidade perdida no tempo. Durante os 200 anos seguintes os lombardos e os francos, alimentaram um fluxo permanente de refugiados urbanos que procuravam a segurança relativa da ilha, incluindo o bispo de Altinum, que em 638 transferiu para ali as sagradas relíquias de San Heliodoro, tornando-se Torcello oficialmente um bispado. San Heliodoro é agora o padroeiro da ilha.


A ilha teve outrora um governo autónomo, com “Podestade, Consiglio e Corpo Coletivo Superior". Mais tarde o assoreamento das vias navegáveis e a malária, determinaram o declinio da ilha. Além da agricultura os seus habitantes dedicavam-se à indústria da lã.Um dos últimos canais de Torcello liga a paragem de vaporetto à basílica. Na margem deste canal fica o caminho que nos leva até à Piazzeta que guarda os lugares sagrados, que nos esperavam numa calma presistente, acolhendo-nos na sua eterna espiritualidade.


Após a visita às igrejas e ao museu no coração da ilha, um passeio entre os silenciosos canaviais cujas orlas se encontram unidas pela Ponte del Diavolo (Ponte do Diabo), por baixo da qual passa um rio de águas limpas. No meio dos canaviais, sobressaem as casas coloridas com as típicas chaminés venezianas, que definem o espaço cénico desta ilha encantada.Perto da ponte que liga à praça principal, destaca-se próximo do templo de Santa Maria Assunta, o Restaurante Cipriani, que é conhecido por servir um risotto divinal!...


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Visita a Murano - 3º Dia - Parte II



De Murano a Burano Slideshow: Pé’s trip to Venice, Veneto, Italy was created by TripAdvisor. See another Venice slideshow. Create your own stunning slideshow with our free photo slideshow maker.

As três ilhas da laguna de Venezia que visitámos naquele dia são três pequenos mundos, completamente diferentes e facilmente acessíveis de barco. Murano, a mais famosa por causa dos caríssimos trabalhos feitos em vidro, é na minha opinião, a menos típica, parecendo-se muito com algum lugar em Venezia. É tudo muito industrial e voltado para o comércio do vidro.

Murano, embora descrita como uma ilha da Laguna de Venezia, é de facto um arquipélago de sete ilhas menores, das quais duas são artificiais (Sacca Serenella e Sacca San Mattia), unidas por pontes entre si. Fica situada apenas a 1 km de Venezia e é um local famoso pelos seus cristais e obras em vidro, particularmente candeeiros.
A origem da indústria do vidro Murano remonta a 1291 quando um Doge de Venezia proibiu a indústria do vidro nas ilhas centrais da cidade, porque havia um elevado risco de incêndio, obrigando os fabricantes de vidro a viver nas ilhas de Murano. A partir daí os sopradores de vidro de Murano mantiveram em segredo a forma de fabricar o vidro e o cristal de Murano.

A ilha de Murano foi fundada pelos romanos, e desde o séc. VI foi habitada por gente procedente de Quarto d’Altino e Oderzo, lugares situados perto de Venezia. A princípio, a ilha prosperou como porto pesqueiro e graças à produção de sal. Era um centro de comércio e com o porto controlavam a ilha de Santo Erasmo. A partir do séc. XI a cidade começou a decair devido à mudança de muitos dos seus habitantes para o Dorsoduro, em Venezia. Tinham um grande poder local, como o de Venezia, mas desde o séc. XIII, Murano passou a ser governada por venezianos. Contrariamente a outras ilhas da lagoa, Murano cunhava as suas próprias moedas.


Em 1291, todos os cristaleiros de Venezia foram obrigados a mudar-se para Murano devido ao risco de incêndio, uma vez que a esmagadora maioria dos edifícios de Venezia estava construída em madeira. Durante o séc. XIV, as exportações de vidro começaram e a ilha ganhou fama, inicialmente pelo fabrico de missangas de cristal e de espelhos. O cristal "aventurine" foi inventado na ilha e, durante algum tempo, Murano chegou a ser o maior produtor de cristal da Europa. Mais tarde, o arquipélago de Murano, ficou conhecido pelo fabrico de lustres e embora tenha havido uma grande quebra da produção durante o séc. XVIII, a cristalaria continuou a ser a indústria mais importante da ilha.


No séc. XV, a cidade tornou-se popular como lugar de férias dos venezianos, e ali foi construído um palácio, mas esta moda não prosseguiu. Os campos da ilha eram conhecidos pelas suas abundantes árvores de fruta e jardins até ao séc. XIX, quando começaram a construir-se mais casas. As principais atrações da ilha são principalmente a Chiesa di Santa Maria e San Donato, conhecida pelos seus mosaicos bizantinos do séc. XII, e porque se diz que alberga os ossos de um dragão que matou San Donato; a Chiesa di São Pietro Mártir e o Palazzo da Mula. As atrações relacionadas com o cristal incluem muitas obras neste material, algumas delas da época medieval, em espaços abertos ao público. Há um Museu do Cristal, o Museo Vetrario que se encontra no Palazzo Giustinian, o único palácio da ilha.


A visita a Murano não podia demorar muito pois tínhamos ainda de conhecer as ilhas de Burano e Torcello. Assim sendo caminhamos pela viale Garibaldi até ser encontrado o cais Faro, situado junto do grande farol branco da ilha de Murano, no extremo oriental da ilha, onde esperámos um vaporetto maior, que nos levaria a Burano. A viagem para estas duas ilhas levaria cerca de 30 minutos a andar bem. Primeiro o vaporetto pára em Burano, para deixar passageiros e depois temos que mudar para um vaporetto menor que navega mais 5 minutos até chegar a Torcello, que fica bem perto da ilha de Burano.

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Visita a Murano - 3º Dia - Parte I



De Venezia a Murano Slideshow: Pé’s trip to Venice, Veneto, Italy was created by TripAdvisor. See another Venice slideshow. Create your own stunning slideshow with our free photo slideshow maker.

O terceiro dia em Venezia foi destinado à visita das ilhas de Murano, Burano e Torcello. Após o almoço rumámos até Venezia e no cais de vaporetti da Piazzale Roma apanhamos novamente um vaporetto, com destino à primeira ilha a visitar, Murano.A viagem de vaporetto de Veneza à ilha de Murano demora cerca de 15 minutos, dependendo do trânsito à hora escolhida para a viagem. O vaporetto segue pelo Grande Canal, passa por baixo da Ponte degli Scalzi e segue até à Riva di Bíasio. Ali vira à esquerda seguindo pelo Canale di Cannaregio, que atravessa o Sestier com o mesmo nome.


O Canal Cannaregio foi outrora a principal via para a cidade até a construção da ligação ferroviária para o continente. O Sestier Cannaregio é um bairro predominantemente residencial e uma zona relativamente pacífica, com mercados a funcionarem durante a manhã e com muitas lojas de bairro e pequenos cafés.
Pelo Canal Cannaregio o vaporetto segue a sua viagem sem paragens, passando pela Ponte delle Guglie, logo no início do percurso e depois pela Ponte dei Tre Archi (Ponte de três arcos), já próxima da ligação com o Canal Colambola.

A Ponte delle Guglie fica situada na extremidade ocidental do Canal Cannaregio, perto da Estação Ferroviária de Santa Lucia. É uma ponte de alvenaria, construída em 1580, e que em 1823 foi totalmente reconstruída com pináculos. Do lado direito, antes da ponte observa-se o largo da Pescaria del Cannaregio, onde decorre diariamente um mercado de roupas e utilidades. A partir da Ponte delle Guglie, observam-se os passeios ribeirinhos que acompanham o canal percorrendo as suas margens. Do lado direito observa-se o Fundamenta di Cannaregio e do lado esquerdo o Fundamenta Savorgnan. Mais à frente passa-se a Ponte dei Tre Archi, a única ponte atual de três arcos de Venezia.

Em seguida entra-se no largo Canal Colambola e o vaporetto toma o rumo da ilha de Murano. Aos poucos vemos a cidade de Veneza ficar para trás e o Vaporetto acelera a navegação. Do lado direto aparece a ilha di San Michele, uma ilha murada a toda a volta, onde está situado o Cemitério de Venezia. San Michele, também alcunhada de ilha dos mortos, situa-se a curta distância de Venezia, a norte da cidade. Foi escolhida como cemitério aquando das Invasões Francesas, que decretaram a insalubridade dos enterros na cidade. O cemitério ainda se encontra a uso, mas devido à falta de espaço torna-se necessária a exumação dos corpos passados alguns anos.

Na Ilha dos Mortos fica situada a Chiesa di San Michele in Isola, que foi construída entre 1468 e 1479 e foi o primeiro trabalho do arquiteto Mauro Codussi.O vaporetto afasta-se rapidamente da ilha de San Michele e segue viagem até Murano, que não tarda a parecer no horizonte. Existem várias paragens de barco na ilha de Murano, mas a parada Museo é mais conveniente para os restaurantes, lojas e os passeios pela ilha.

Em Murano podemos conhecer a técnica secular de fabricar vidro soprado, ver os artesãos trabalhar e dar vida às formas mais belas de cristais coloridos, de todas as cores e tamanhos, e claro comprar algumas destas belíssimas peças e rezar para que não se partam durante a viagem.
Fonte: Wikipédia.org

Quebrando Paradigmas na Educação

Este é um vídeo em inglês legendado e uma animação adaptada de uma palestra dada na RSA por Sir Ken Robinson, um especialista em Educação e Criatividade mundialmente reconhecido. O seu conteúdo é sobre a "Educação do século XXI". É talvez o melhor vídeo que já vi sobre o assunto!... Existe uma versão dobrada no You Tube, (http://www.youtube.com/watch?v=DA0eLEwNmAs&feature=related) mas prefiro este.


Obs: O vídeo foi legendado por um outro utilizador. Pede-se desculpa pelos erros de tradução e de ortografia, nas legendas.

A não perder!...

Visita a Venezia - 2º Dia - Parte VII



Noite em Rialto e Piazza San Marco Slideshow: Pé’s trip to Venice, Veneto, Italy was created by TripAdvisor. See another Venice slideshow. Take your travel photos and make a slideshow for free.

A caminhada continua pelo Sotoportego de la Madoneta, um longo pórtico que liga à Calle dei Botteri e que nos leva até ao Campo San Cassiano, o primeiro local do mundo onde outrora foi feita uma apresentação pública de ópera. Fica situada a leste da Ponte Rialto e no final do Sestier San Polo, bem próximo da fronteira com o Sestier Santa Croce.
O Campo San Cassiano é uma ampla superfície plana que se estende entre a margem direita do rio San Cassiano e a Calle dei Botteri. É uma comprida praça tranquila, onde se encontra uma igreja consagrada em 1376, a São Cassiano de Ímola.

A Chiesa San Cassiano tem um exterior simples e sem adornos, com vários edifícios adjacentes e sobrepostos. O seu interior, porém, é ricamente decorado em estilo barroco, o meu preferido e que na Itália é habitualmente muito rico.A igreja tem um campanário do séc. XIII, que foi alterado para o estilo gótico. A entrada para a igreja é geralmente feita através de uma porta lateral virada para o Campo San Cassiano.


Esta igreja abriga três magníficas pinturas de Tintoretto, onde se inclui “A crucificação de Cristo” pintada em 1568, que o crítico de arte John Ruskin descreveu como "a melhor pintura da Crucificação da Europa". Nesta igreja foi outrora realizada uma grande pintura, por Antonello da Messina, que foi a primeira grande pintura a óleo realizada na cidade de Venezia. Ela desapareceu da igreja no séc. XVII e foi cortada em secções, que estão hoje reunidas em Viena.Dali o percurso é de volta até à Ponte Rialto, para o jantar no Riva del Vin. Após o jantar, foi hora de uma pequena passeata junto do Grande Canal, finalizada com um café tardio numa esplanada do Campo della Pescheria, onde há noite é muito agradável estar, numa das esplanadas, pertença dos cafés situados por baixo das arcadas dos prédios circundantes.


Como a noite estava magnífica tomámos o vaporetto até à Piazza San Marco, para sentirmos a sua ambiência nocturna. Dali foi um pulinho até ao Hard Rock Café, que fica situado nas traseiras da Piazza San Marco, junto do Bacino Orseolo, um pequeno golfo entre estreitos canais, onde se encontram ancoradas muitas das gôndolas que durante o dia navegam pelos canais do Sestier San Marco.
No interior do Hard Rock Café, passa-se grande parte do final daquela noite, numa ambiência agradável, onde uma última balada nos embala antes do regresso ao parque de campismo.


Fonte: Wikipédia.org

Visita a Venezia - 2º Dia - Parte VI




Sestier San Polo - Rio di San Cassiano - Rio Delle Becarie Slideshow: Pé’s trip to Venice, Veneto, Italy was created by TripAdvisor. See another Venice slideshow. Take your travel photos and make a slideshow for free.

Continuando a visita ao Sestier San Polo e depois de se deixar a Chiesa di San Giacomo, vira-se à direita para a Ruga degli Orefici, a rua dos ourives, e onde os comerciantes modernos vendem as famosas lembranças de Venezia, como, artigos de couro, lenços, máscaras, peças em vidro de Murano...Na Ruga degli Orifici e depois da compra de várias recordações, continuámos a caminho do Riva del Vin. O Riva del Vin é a zona de restaurantes, na margem do Grande Canal, onde as refeições são caras, mas os produtos servidos são muito frescos e a vista privilegiada.


Dali enveredámos pelas ruelas a caminho do interior do Sestier San Polo. A primeira rua encontrada foi a Calle del Paradiso. A Calle del Paradiso é um canto encantador de Venezia. As casas com beirais de vigas de madeira salientes (barbacani), as pequenas lojas que se abrem para a rua escura e estreita, os cheiros da “osterie” nas proximidades, são elementos que conspiram para criar uma sensação de cidade medieval incomum no resto de Venezia... Mas o arco de acesso, a pequena ponte que a precede e a luz no final da rua, lembram-nos que estamos na Venezia profunda. No lado do arco, de frente para a rua, uma Madonna em alto relevo, protege dois adoradores, um nobre e uma mulher. Os brasões esculpidos de ambos os lados da Madonna pertencem à família Foscari (um leão) e à família Mocenigo (duas flores). No lado voltado para a ponte, a Madonna protege um frade adorador.


A origem e a data deste arco são controversas. Alguns historiadores acreditam que a família Foscari encomendou o arco para celebrar o casamento entre Pellegrina Foscari e Alvise Mocenigo, que teve lugar em 1491. Isso data o arco de fins do séc. XV. No entanto, o arco é claramente gótico e mais ao estilo do século XIV ou XV. Além disso, o brasão de armas da família Foscari fica ao lado do homem e que da família Mocenigo ao lado da mulher, contradizendo a noção de que a mulher representa uma Foscari e o homem um Mocenigo. De acordo com os registos, as duas casas ao lado da ponte foram reconstruídas pelo abade da Chiesa di Santa Maria della Pomposa, uma igreja perto de Ravenna, que em 1407 passou para a posse das famílias Foscari e Mocenigo. De acordo com outros historiadores, o arco teria sido erguido para comemorar este evento. A imagem do frade ao lado da noiva parece confirmar essa ideia, o que data o arco do séc. XV. Para adicionar maior confusão, uma placa perto do arco diz: "Arte Gotica, s. XIV".


A seguir caminhámos até ao Campo di San Silvestro, onde se encontra a Chiesa di Papa San Silvestro, com um alto campanille em tijolo vermelho. O Campo di San Silvestro é uma pequena praça cheia de restaurantes e esplanadas, que ocupam as ruas de acesso, até desembocarem na praceta.A Chiesa di San Silvestro foi fundada no séc. IX e reconstruída entre 1422 e 1485, incorporando a vizinha Capela de Todos os Santos, consagrada em 1177, pelo Papa Alexandre III, que foi reconstruída no século XVII. A igreja atual tem uma fachada voltada para o Grande Canal e a fachada principal voltada para o Campo di San Silvestro. Esta fachada data de 1909 e é uma obra de Giuseppe Sicher. Uma estátua do séc. XVII de São Silvestre encontra-se num nicho acima da porta.


Seguimos pela rua em frente, que entronca na Calle de L’Ogio. A ambiencia é escura, antiga e de presença marcadamente medieval. De seguida aparece-nos uma pequena praça quadrada e escura, é o Campo Sant’ Aponal, onde se encontra a Chiesa di Sant’ Aponal. A fachada gótica da Chiesa di Sant’ Aponal, do séc. XV, possui com alto-relevo em mármore da crucificação de Cristo, do final do séc. XIV, colocado em cima de uma janela já desaparecida. Estes relevos em pedra, podem ter vindo de um altar demolido na igreja original e mostram Cristo com a Virgem e São João Batista, sob um arco gótico e ladeada por santos inspirados em nichos.


Segue-se pela direita a partir da fachada principal da Chiesa di Sant’ Aponal e encontramos o canal onde corre o rio delle Becarie. Passa-se a Ponte de La Pescaria, em tijolo vermelho, num lugar onde o rio alarga o seu leito. Ali os palacetes dominam a bela paisagem e é obrigatório o registo fotográfico dos vários ângulos observados.Segue-se o caminho pela Calle Salviati, que nos leva até ao Campiello Albrizzi, uma pequena praceta onde se encontra o Palazzo Albrizzi (Palácio Bonomo Albrizzi) e perto da Ponte dos Seios. O Palazzo Albrizzi foi construído para Bonomo Albrizzi e sua família, no final do séc. XVI. É uma mansão típica do século em que foi construida e possui ainda as suas características arquitetônicas originais.


Junto da Ponte dos Seios, observa-se o leito estreito e sombrio do rio di San Cassiano. Em cima da ponte tiram-se belas fotos, que guardam a atmosfera mítica, sombria e quase irreal de um dos mais estreitos, mas também um dos mais bonitos canais de Venezia.Fonte: http://www.aloverofvenice.com / Wikipédia.org / http://traveldk.com/venice

Visita a Venezia - 2º Dia - Parte V






Após a visita ao Sestier Dorsoduro, apanhámos o vaporetto para o Sestier San Polo, o bairro mais pequeno de Venezia, situado a norte do Sestier Dorsoduro e à esquerda da Ponte di Rialto, no Grande Canal.Desembarcámos junto da Ponte Rialto, onde estão situados os mercados que atraem ao Sestier San Polo muitos turistas, por ser uma das zonas mais típicas da cidade de Venezia e o bairro mais comercial da cidade desde há séculos. Outrora era neste local que comerciantes, armadores, corretores e negociantes de todo o tipo, dirigiam os seus negócios. Nos dias de hoje, os entrepostos comerciais de especiarias e das sedas foram substituídos por típicos mercados alimentares e lojas de “pasta”.

O bairro di San Polo, é atravessado por dois canais encantadores, mais ao fundo pelo rio di San Cassiano e a meio pelo rio delle Becarie. No início da história de Venezia esta era uma área chamada lupri. Era nesta área que na República de Venezia se comercializava o sal. O distrito atual tem o nome da sua igreja mais importante, a Chiesa de São Paulo Apóstolo, San Polo para os venezianos.A Chiesa di San Giacomo di Rialto, carinhosamente chamada pelos venezianos de Chiesa San Giacometto, por causa de seu pequeno tamanho, além de ser a igreja mais antiga de Venezia, está associada com a própria fundação mítica da cidade em 421.
O edifício data do séc. XI ou XII e foi restaurado em várias ocasiões. O seu belo relógio que se observa na fachada, data de 1410. Em frente à igreja pode ver-se a Colonna del Bando, suportada pelo famoso Corcunda de Rialto, em cima da qual eram feitos os anúncios oficiais, que eram ali lidos ao público, na época da República di Venezia. San Polo contém alguns dos pontos turísticos mais importantes da cidade, mas grande parte do distrito é composto por zonas mais silenciosas e agradáveis com algumas das mais tranquilas praças venezianas.

O Campo San Polo, no centro da área, é o maior espaço aberto em Venezia depois de Piazza San Marco, uma praça comprida, de largura irregular, onde as crianças locais e cães correm e brincam, enquanto os adultos conversam. No verão há ali um cinema ao ar livre.Foi este o local escolhido por nós para uma das visitas apeadas pela cidade de Venezia, que é sem dúvida um dos mais importantes do ponto de vista historico da cidade.

Logo que se sai do vaporetto, entramos na área de Rialto, onde a beleza nos acompanha a todo o momento, com a sua antiga ponte sempre repleta de turistas e cheia de alinhadas barracas de souvenirs. Depois ali mesmo ao lado o típico mercado de peixe e vegetais e a Chiesa di San Giacomo di Rialto, tradicionalmente considerada a mais antiga de Venezia. O primeiro edifício da igreja parece remontam ao séc. VI, antes mesmo de se constituír este núcleo da cidade. A área de Rialto foi a primeira zona de Venezia a ser desenvolvida, e desde logo se tornou um centro para o comércio da cidade. O principal mercado da cidade foi para ali transferido no final do séc. XI. Ali ocorriam negociações de todos os tipos, onde os venezianos e os comerciantes podiam comprar e vender bens importados e exóticos, descarregados pelos navios.

No séc. XVI, depois de um fogo destruidor, um complexo de praças e edifícios porticados foi construído a oeste da Ponte di Rialto, com áreas dedicadas a diferentes produtos.

Nos dias de hoje ainda ali estão registados os nomes dos antigos locais de venda nas praças: Erberia (mercado de frutas e vegetais), Naranzeria (laranjas), Speziali (especiarias) e Pescaria (peixe). Frutas, peixes e vegetais ainda são vendidos ali, numa variedade colorida de barracas onde se pode comprar provisões ou apenas admirar o espetáculo.


O mercado do peixe está alojado numa grande sala coberta, a Pescheria, com muitas imagens de peixe decorativas. De manhã, quando os vários mercados estão a funcionar, pode ainda observar-se a azafama e a atmosfera autêntica destes mercados, num local que vale a pena ser saboreado.Pela manhã as senhoras da cidade atravessam o Grande Canal de vaporetto ou de gôndola e chegam com seus carrinhos de compras em cada manhã aos mercados, onde ainda podem comprar as suas necessidades alimentares diárias a preços razoavelmente baixos. Para os turistas, este é também um local de oportunidades, onde se poderem comprar iguarias para preparar um piquenique barato e saudável.


No Rialto, além de muitas lojas que vendem alimentos gourmet, óleos, vinhos, massas e especialidades regionais, durante a tarde é ainda habitual verem-se barcos encostados aos passeios, junto das margens dos pequenos canais que atravessam o bairro, vendendo frutas e legumes, como sempre fizeram ao longo dos tempos. A maioria destas frutas e legumes chegam à cidade a partir da vizinha ilha de Sant'Erasmo ou mesmo da pequena ilha de Torcello, que produz bons e tenros espargos e alcachofras.Fonte: http://www.italyheaven.co.uk / Wikipédia.org