Visita a Burano - 3º Dia - Parte II



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A ilha de Burano é a mais bonita das três ilhas visitadas por nós no dia dedicado à visita das principais ilhas da laguna de Venezia, e também a mais típica de todas. Os primeiros ocupantes a habitarem a ilha foram provavelmente os romanos, mas é no séc. VI que recebe o seu nome atual, quando a zona era ocupada por gente vinda de Altinum, que terão dado à ilha o nome de uma das portas da sua cidade. No entanto há mais duas versões para a origem do nome. Numa delas o nome deriva do apelido da primeira família que ali se estabeleceu, os Buriana, e a outra versão é que o nome foi dado por habitantes de Buranello, uma ilha 8 km a sul de Burano.

Apesar da ilha se ter desenvolvido depressa, continuou a ser uma parte do território administrado por Torcello mas sem qualquer dos privilégios dos seus habitantes, ou mesmo dos habitantes de Murano. A situação só se alterou quando a ilha começou a ter mais importância, a partir do séc. XVI, quando as mulheres locais começaram a produzir as belas peças de renda, que rapidamente começaram a ser exportadas para o resto da Europa. No séc. XVIII a indústria das rendas iniciou o seu declínio, uma tendência que só seria contrariada em 1872, quando uma escola profissional foi aberta para incentivar as rendeiras de Burano, trazendo um novo fôlego à industria. Contudo atualmente já não se produzem peças de renda à verdadeira maneira tradicional na ilha, uma vez que é um trabalho artesanal muito intenso e cada peça leva muitas horas até ser acabada, o que as encarece.

Aquando da nossa visita à ilha, o itinerário em Burano compreendeu, a rua principal, a Via Baldassarre Galoppi, onde é fácil ficarmos muito tempo a observar as casas, as janelas, os portais e o rio, condicionado ao estreito canal onde pequenos barcos coloridos, esperam a hora de partida para mais uma faina. As suas ruas, as “calles” como lá são chamadas, ligam-se através de estranhos pórticos, que passam por baixo das casas, a partir dos quais se vislumbram belas prespectivas e panoramas lagunares inéditos.
Nas ruas podem ser encontrados pescadores que remendam as suas redes ou moradores que conversam às portas, além de poderem ser encontrados os vários artesãos que povoam a ilha. Para além de tudo isto, a total ausência de turismo de massa, que nos proporciona uma ambiência de paz total, muito reconfortante.

Na praça principal avista-se o antigo Palazzo del Podestà e a Chiesa di S. Martino, uma construção de 1500 com planta em cruz latina, com três naves e teto em arco. Na sacristia um grupo importante de quadros entre os quais uma "Crucificação" feito por Tiepolo. À hora de jantar escolhemos o típico Ristorante Al Vecio Pipa, que numa pequena esplanada junto ao silencioso canal nos serviu fresco pescado, quer nas entradas, quer numa fritada mista de pequenos peixes e mariscos da laguna di Venezia.

Após o jantar a partida para Venezia a bordo de um grande vaporetto, que em 40 minutos nos levou até à Piazzale Roma, onde finalizou a visita às belíssimas ilhas que compõem a laguna de Venezia.

Fonte: Fonte: http://www.initalytoday.com / http://arquivodeviagens.wordpress.com / Wikipédia.org

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