Centro Georges Pompidou





O Centro Georges Pompidou (Centre National d'Art et de culture Georges Pompidou) é um complexo fundado em 1977 em Paris, que abriga um museu, uma biblioteca, teatros, entre outros equipamentos culturais. O Centro anexou recentemente o Atelier Brancusi que abriga esculturas do artista romeno Constantin Brancusi em um ambiente que recria as condições de trabalho e a luminosidade de seu estúdio de criação.

O Centro Georges Pompidou resulta de uma história de amor que se iniciou nos anos 60 entre um político e um sonho..., e depois entre um edifício polivalente e o público (apesar dos cépticos e impertinentes, a quem nem a Torre Eiffel ou a Pirâmide do Louvre escaparam...). As ironias choveram: "hangar da arte", "usina de gás", "refinaria" (o apelido preferido dos motoristas de táxi parisienses), "saco-de-gato cultural", "verruga de vanguarda" ou ainda "ralo financeiro"... Porque o investimento está à altura do projecto, ou seja colossal.

O político era Georges Pompidou, que desejava "apaixonadamente que Paris possuísse um centro cultural (...) que fosse ao mesmo tempo um museu e um centro de criação, onde as artes plásticas convivessem com a música, o cinema, os livros, a pesquisa audiovisual..." Quando, em 1969, ele sucede como presidente da República ao general Charles de Gaulle, o sonho torna-se um projecto presidencial. Em 1972, as obras começam no planalto Beaubourg (nome da rua adjacente), no bairro popular escolhido no coração de Paris, a um passo dos Halles de Baltard. O Centro, tal como o seu primeiro presidente, Robert Bordaz, defende com ardor a "cultura para todos".

Foi desenhado pelo arquitecto italiano Renzo Piano e pelo arquitecto também italiano naturalizado britânico Richard Rogers. O projecto foi considerado extremamente arrojado, sendo inserido num momento de crise da arquitectura moderna, embora tenha sido bastante criticado. Alguns teóricos afirmam que o Centro, tanto pela sua arquitectura quanto pela sua proposta, é um dos marcos do início da pós-modernidade nas artes. A sua implantação configura a existência de um espaço público (a praça do Centro) para o qual as suas actividades internas se estendem.

O Centro Pompidou é um dos principais exemplos da arquitectura "high-tech", uma tendência dos anos 70 e que continua a ser explorada até hoje e se inspira na arquitectura industrial e nas novas tecnologias. A arquitectura high tech, utiliza os elementos tecnológicos como objectos estéticos. No Centro Pompidou, isto pode ser observado nas grandes tubulações aparentes (tubos de "ar condicionado" e de outros serviços), nas escadas rolantes externas e no sistema estrutural em aço, por sua semelhança aos sistemas industriais.
Em 1977, ano de sua inauguração pelo presidente Valéry Giscard d’Estaing, o Centro Georges-Pornpidou absorveu um sétimo do orçamento do Estado para a cultura. Hoje, toda a gente..., parisienses, habitantes dos subúrbios das várias regiões francesas e estrangeiros, o conhece ou vêm vê-lo, sendo um dos locais mais visitados de Paris. Os estrangeiros, cerca de um quarto dos visitantes durante o ano todo e um terço no verão, vêm tanto para ver o edifício, quanto para descobrir as fabulosas colecções do Museu de Arte Moderna. Com cerca de 3.700 visitantes por dia, este é o segundo destino do público, depois da biblioteca.
Na biblioteca do Centro há uma vasta colecção de livros, e acesso gratuito à internet, jornais e revistas de todas as partes do mundo e televisões com canais internacionais.

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