
O parque de estacionamento era muito usado pela polícia e foi interessante sentir por dentro a noite barcelonesa, o actuar constante da polícia, com a apreensão de carros e até observar algumas detenções. Como é óbvio, o lugar não nos pareceu dos mais seguros para uma pernoita, mas com tanta polícia ali à volta deixámo-nos ficar.
O mais desagradável estava para vir! Por volta das 6h30 da madrugada, os polícias acharam que já tínhamos dormido o suficiente e resolveram acordar-nos para que dali saíssemos.

Uma vez mais em Barcelona, queríamos desta vez sentir o autêntico, o original, a Barcelona profunda... Não queríamos desta vez ir a museus, mas sentir a cidade no seu todo, como se fossemos seus cidadãos. Queríamos sentir aquilo que se não vê em fotografias ou filmes, uma vez que estes não reproduzem a grandiosidade de uma cidade como Barcelona e o que se vive na realidade em certas zonas da cidade, praças, monumentos ou ambiências...
Ter acesso a imagens e textos acerca de um local nunca é a mesma coisa que estar lá in-loco. É por isso que se viaja. Não nos podemos esquecer porém, que cidades como Barcelona se moldam rápida e oportunamente ao turismo, reconvertendo-se à imagem de um modelo vendável.

*Clara Macedo, in Evasões
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