O Palais des Papes

A principal atracção de Avignon é sem dúvida nenhuma o Palais des Papes (Palácio dos Papas), um castelo de grande e significativa importância histórica, religiosa e arquitectónica, sendo um dos maiores e mais importantes edifícios góticos medievais da Europa.

O Palais des Papes é o símbolo da influência da Igreja do Ocidente cristão, no século XIV. Construído em 1335, em menos de vinte anos e é principalmente o resultado do trabalho de dois papas construtores, Bento XII e seu sucessor Clemente VI.

Avignon foi o lar dos papas a partir de 1309, que fugiam do caos violento de Roma. O Palácio foi construído entre 1335 e 1364 num afloramento rochoso natural, no extremo norte de Avignon, com vista sobre o rio Ródano. O local foi anteriormente ocupado pelo antigo palácio episcopal dos bispos de Avignon.

O Palais des Papes foi construído em duas fases principais, com dois segmentos distintos, conhecido como o Vieux Palais (Palácio Velho) e Neuf Palais (Novo Palácio). Na época da sua conclusão, ocupou uma área de 2,6 hectares. O edifício foi para a época, extremamente caro, consumindo muito do rendimento do papado durante a sua construção.

O Vieux Palais foi construído pelo arquitecto Pierre Poisson de Mirepoix a pedido do Papa Benedicto XII. O austero Papa tinha mandado arrasar o antigo palácio episcopal e substituí-lo por um edifício fortificado, muito mais centrado numa estrutura contra agressores.

Sob os mandatos dos Papas Clemente VI, Inocêncio VI e Urbano V, o palácio foi ampliado para formar o que é hoje é conhecido como Neuf Palais. Jean de Louvre foi o arquitecto escolhido por Clemente VI, para construir uma nova torre e os edifícios adjacentes, incluindo uma grande capela de 52m de comprimento, para servir como local de culto papal.


Mais duas torres foram construídas sob as ordens de Inocêncio VI e Urbano V, que completaram o pátio principal (conhecido como o Tribunal d'Honneur) com outros edifícios. O interior do edifício foi sumptuosamente decorado com frescos, tapeçarias, pinturas, esculturas e tectos em madeira.

Os papas de Avignon partiram voltando a Roma em 1377, mas isso levou ao Cisma Papal, durante o qual os anti-papas Clemente VII e Bento XIII, fizeram de Avignon a sua casa até 1408. O último ficou preso no Palais, durante dez anos, após ter sido cercado em 1398. O edifício permaneceu nas mãos das forças anti-papais mais alguns anos, mas foi devolvido às autoridade papais, em 1433.


Embora o Palais permanece-se sob controlo papal por mais de 350 anos, foi-se deteriorando gradualmente, apesar de uma primeira restauração em 1516. Quando a Revolução Francesa eclodiu em 1789, já estava em muito mau estado, quando foi ocupado e saqueado por forças revolucionárias. Em 1791, tornou-se o cenário de um massacre de contra-revolucionários, cujos corpos foram atirados da Torre des Latrinas no Vieux Palais.

O Palácio foi posteriormente adquirido pelo Estado francês na época de Napoleão, para uso como quartel militar e prisão. Embora fosse muito danificado pela ocupação militar, quando os frescos foram cobertos e em grande parte destruídos, ironicamente esta ocupação garantiu a sobrevivência física do edifício. Ele só foi desocupado em 1906, quando se tornou um museu nacional.

A maior parte do Palais, está agora aberto ao público, que também abriga um grande centro de convenções. Apresenta-se ao visitante com mais de vinte salas visitáveis, incluindo os aposentos privados do Papa e maravilhosos tectos, com frescos executados pelo artista italiano Matteo Giovannetti.

O monumento também oferece aos visitantes eventos culturais regulares, que ali são realizadas durante todo o ano, como exposições temáticas e visitas educacionais temáticas.

Durante o Verão, uma grande exposição de arte ocupa a capela-mor, enquanto os espectáculos de teatro, dança e outras performances do Festival de Avignon, criado por Jean Vilar em 1947, que acontece durante três semanas em Julho, ocupam o pátio do palácio, onde é montado um grande anfiteatro.

Fonte: sacred-destinations.com

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