Mostrando postagens com marcador Páscoa 2004 - Mediterrâneo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Páscoa 2004 - Mediterrâneo. Mostrar todas as postagens

Ilha de Creta

Depois de sairmos de Port Said às 24h00 de Domingo de Páscoa, navegámos durante toda a noite e dia de 12 de Abril, a caminho da ilha de Creta, onde chegámos ao porto de Heraklion, às 07h00 do dia 13, terça-feira.
Creta é a maior ilha grega, tendo 8331 km² e cerca de 650.000 habitantes, sua capital é Heraklion. Creta esteve habitada desde o Neolítico. Com o começo da Idade do Bronze, os Cretenses criaram no terceiro milénio antes de Cristo uma grande civilização (a cultura minóica). Esta civilização insular deixou palácios em Knossos, Festos, Maliá e Santa Trindade (Hagia Triada).

A partir da primeira metade do segundo milénio a. C., chegou a ser o centro cultural e comercial (graças ao domínio que lhe dava a sua frota e às riquezas acumuladas pelo comércio de produtos como o vinho, o azeite, as cerâmicas, os tecidos e a joalharia, impôs-se no Mar Mediterrâneo quer nos territórios vizinhos quer em locais mais afastados, como foi o caso da Sicília.) nas regiões da Idade do Bronze no Mediterrâneo Oriental (cultura do Egeu). O seu predomínio terminou c. 1400 a. C., quando a ilha foi ocupada militarmente pelos Aqueus
.
No século IV a. C. as cidades da ilha guerrearam entre si. No ano 67 a. C. depois de entrarem em conflito com os romanos, estes conquistam a ilha comandados por Quinto Cecílio Metelo. Quando o Império Romano se dividiu em 395, Creta assumiu um papel importantíssimo pelo lugar central que ocupava e por estar incluída no Império Romano do Oriente, tendo sido um importante posto bizantino.
Entre 823-961 a ilha foi ocupada pelos Árabes, tendo sido conquistada por Veneza no decurso da Quarta Cruzada. Estes teriam que defender a ilha das investidas dos turcos otomanos durante o século XV. Aqui se instalam em 1645 e acabam por conquistá-la totalmente em 1715, introduzindo o islamismo. A 30 de Maio de 1913 ficou a pertencer definitivamente à Grécia.

Museu do Cairo


O Museu do Cairo, cujo nome oficial é Museu Egípcio de Antiguidades, detém alguns dos melhores tesouros da história humana, e está replecto de antiguidades egípcias de valor incalculável. Tem cerca de 136.000 antiguidades expostas, e tem ainda mais de 40.000 obras de arte egipcia na cave do museu. Um grande número de obras são minúsculas, moedas ou amuletos, mas quem o visitar, prepare-se para enfrentar grandes estátuas e tesouros.
O museu foi fundado em 1857, por Said Pasha, sobre a iniciativa do arqueólogo francês Auguste Mariette. O museu mudou de lugar um par de vezes, antes de instalar-se definitivamente, no coração do Cairo.

Para uma melhor abordagem, a visita ao Egipto deve iniciar-se com a visita a Templos e Pirâmides, e só depois se deve visitar o Museu do Cairo, para um melhor entendimento desta cultura impar. Uma grande parte do primeiro piso é dedicado ao túmulo do Faraó Tutankhamon, descoberto em Luxor. A principal atracção está na sala 3, com a máscara feita de ouro, lápis lazuli e pedras preciosas do Faraó Tutankhamon.

Outros objectos de grande importância, são, os caixões e o sarcófago. A sala 15, exibe sua cama e na sala 25 e seu trono em ouro. A sala 56 apresenta uma colecção de múmias, entre as quais a do lendário Faraó Ramses II. Esta colecção, esteve fechada em 1981, devido aos sentimentos religiosos relativas ao público, uma vez que estavam em exposição corpos mortos. Mas foi reaberto no início dos anos noventa.

O que há de maior interesse, para quem visita a exposição situada no piso térreo, será a parte relativa ao período Amarna. Esta pertence à reforma religiosa de Akhenaton, que tentou transformar o rumo da religião egípcia, transformando-a em monoteísta, um esforço que iria revelar-se inútil.

Nas salas do Museu do Cairo resplandecem intactos os ouros e mitos do antigo Egipto. E é mesmo daqui que parece difundir-se e pairar ainda sobre toda a cidade a aura solene e um pouco misteriosa da esplêndida era dos Faraós. É uma prova de como, ao fim de milénios, esta estupenda civilização soube manter inalterados o seu fascínio e a sua capacidade de sugestão.

As Pirâmides de Gizé e a Esfinge

As Pirâmides de Gizé estão localizadas na cidade de Gizé, que integra o Cairo. Elas são as únicas, das antigas maravilhas do mundo antigo, ainda de pé. Estas três majestosas pirâmides foram construídas como tumbas reais para os reis Quéops (Kufu), Quéfren, e Miquerinos (Menkaure) - pai, filho e neto. A maior delas, com 160 m de altura (49 andares), é chamada Grande Pirâmide, e foi construída cerca de 2550 a.C. para Quéops, no auge do seu antigo reinado do Egipto.

As pirâmides de Gizé são um dos monumentos mais famosos do mundo. Como todas as pirâmides, cada uma faz parte de um importante complexo que compreende um templo, uma rampa, um templo funerário e as pirâmides menores das rainhas, todo cercado de túmulos (mastabas) dos sacerdotes e pessoas do governo, uma autêntica cidade para os mortos.
As valas aos pés das pirâmides continham botes desmontados: parte integral da vida no Nilo sendo considerados fundamentais na vida após a morte, porque os egípcios acreditavam que o rei defunto, navegaria pelo céu, para junto do Rei-Sol. Apesar das complicadas medidas de segurança, como sistemas de bloqueio com pedregulhos de granito e grades, todas as pirâmides do Antigo Império foram profanadas e roubadas possivelmente antes de 2000 a.C.
A Grande Pirâmide, de 450 pés de altura, é a maior de todas as 80 pirâmides do Egipto. Se a Grande Pirâmide estivesse na cidade de Nova Iorque por exemplo, ela poderia cobrir sete quarteirões. Todos os quatro lados são praticamente do mesmo comprimento, com uma exactidão não existente apenas por alguns centímetros. Isso mostra como os antigos egípcios estavam avançados na matemática e na engenharia, numa época em que muitos povos do mundo ainda eram caçadores e andarilhos. A Grande Pirâmide manteve-se como a mais alta estrutura feita pelo homem até a construção da Torre Eiffel, em 1900, 4.400 anos depois da construção da pirâmide.
Para os egípcios, a pirâmide representava os raios do Sol, brilhando em direção à Terra. Todas as pirâmides do Egipto foram construídas na margem oeste do Nilo, na direção do sol poente. Os egípcios acreditavam que, enterrando o seu rei numa pirâmide, ele se elevaria e se juntaria ao Sol, tomando o seu lugar de direito com os deuses.

A maior e mais famosa das esfinges do Egipto, é Sesheps, a esfinge de Gizé, situada no planalto de Gizé, no lado oeste do rio Nilo, com um pequeno templo entre suas patas. O rosto desta esfinge é considerado, como a cabeça do faraó Quéfren ou possivelmente a de seu irmão, o faraó Djedefré, que dataria sua construção da quarta dinastia (2723 a.C.–2563 a.C.).

Outras esfinges egípcias famosas incluem, a esfinge de alabastro de Mênfis, hoje localizada dentro do museu ao ar livre naquele local e as esfinges com cabeça de ovelha (em grego, criosfinges) representando o deus Amon, em Tebas, de que havia originalmente algumas novecentas. Que nome ou nomes os construtores deram a estas estátuas é desconhecido.

A Cidade do Cairo

O Cairo é uma cidade milenar, com 14 milhões de habitantes, é uma das mais fascinantes cidades do mundo, com tantas civilizações e épocas históricas representadas. O Nilo atravessa a cidade e ali perto, as Pirâmides de Giza, talvez o maior esforço humano em termos de arquitectura.
No movimentadíssimo Cairo, com seus muitos milhões de habitantes, a viagem é dolorosa até à crua actualidade: o buzinar incessante dos automóveis no trânsito caótico, as multidões ignorantes do passado glorioso, a miséria de casas em tijolo, acrescentadas andar a andar ao longo de décadas, esquecidas da matemática e da geometria dos seus antepassados, as religiões monoteístas e intolerantes de que o culto de Akhenaton terá sido precedente. A sociedade, pobre, vive do turismo (gravemente afectado pelos atentados de fanáticos fundamentalistas).
Hotéis luxuosos são os oásis dos turistas e os melhores restaurantes, só para estes fazem os banquetes... mas não se julgue que os habitantes do Cairo, se entregam à indigência. Dez por cento da população activa engrossa as fileiras do exército e da polícia.
O puritanismo impera. Mesmo no Cairo mais moderno, as jovens elegantes usam lenço na cabeça e saia até aos pés. O casamento floresce e, então, multiplicam-se festas, com muita música, dança, risos e acepipes. E o soukh fervilha, no seu regatear do artesanato.
Outro aspecto da vida deste povo é a intensa religiosidade. Mortos os deuses dos faraós, o Alcorão dita regras. As mesquitas do Cairo (al-Qaîra, a vitoriosa), como a de Muhammed Ali (na al-Qalaa, a cidadela, fortaleza erigida no século XII por Salah-ad-din, Saladino, para suster as cruzadas), enchem-se diariamente de multidões praticantes, com uma crença colectiva em Alá, nutrida de um fervor já raro no Ocidente.
Resta pouco espaço para outros credos, mas há alguns: os escassos judeus têm a sua sinagoga e os velhos cristãos coptas, mantêm um culto perseverante nas igrejas de São Jorge e São Sérgio. Maioritariamente ortodoxos, recentemente enlutados pela morte num desastre de helicóptero do arcebispo-primaz de Alexandria, Petrus II, instalaram-se no Egipto no século III d.C.
Prova da sua inserção vivaz na vida contemporânea (diferenciam-se até no vestuário das mulheres) é que quatro ministros e muitos deputados são cristãos coptas, assim como o foi o egípcio secretário-geral da ONU, Bouthros Ghali.

Port Said - Egipto


Chegámos ao Egipto às 06hoo da manhã de Domingo, ao porto da cidade de Port Said. Depois do desembarque, tivemos oportunidade de observar algumas zonas da cidade de Port Said, a caminho da Cidade do Cairo. Estava à nossa espera uma escolta militar,(cujos soldados mais pareciam terroristas do que membros do exercito egípcio, tal era o seu mau aspecto), para nos acompanhar durante o caminho até à cidade do Cairo, afim de percorremos através da estrada do deserto, os cerca de 200Km, tendo do nosso lado esquerdo, o Canal de Suez.

Chipre / Limassol

Chegámos à ilha de Chipre, às 08h00 da manhã, e depois do desembarque no Porto de Limassol, fomos de autocarro pela costa até à cidade de Limassol, afim de visitarmos a cidade e as suas famosas ruínas, e os seus belíssimos mosaicos.
Chipre é uma ilha situada no Mediterrâneo Oriental. O seu interior é montanhoso e a sua costa é formada por várias dezenas de quilómetros de praias de areia branca ou é recortada por golfos e grandes falésias.
Após a ocupação da parte norte da ilha pela Turquia, em 1974, as comunidades cipriotas grega e turca ficaram separadas pela chamada Linha Verde. Assim, politicamente está separada em duas regiões: A região Norte, auto denominada de República Turca do Chipre do Norte, controlado pelos cipriotas-turcos e a região Sul (único governo reconhecido internacionalmente), controlado pelos cipriotas-gregos.

Mais de 69% da população vive em cidades, sendo as mais importantes Nicósia, Limassol, Larnaca, e Paphos.
Chipre é a maior ilha do Mediterrâneo Oriental, estando situada a sul da Turquia. As duas regiões montanhosas (Carpas a norte, e Trogodos na parte central e a sudoeste da ilha) estão separadas pela planície fértil de Mesoreia.

Chipre foi desde tempos remotos, um ponto de passagem entre a Europa, a Ásia e África, existindo ainda hoje inúmeros vestígios das sucessivas civilizações (moradias e teatros romanos, igrejas e mosteiros bizantinos, castelos do tempo dos cruzados e testemunhos de habitats pré-históricos).As principais actividades económicas da ilha são o turismo, a exportação de vestuário e de artesanato e a marinha mercante. O artesanato tradicional inclui bordados, cerâmica e trabalhos em cobre. As especialidades locais são os tradicionais meze, que são servidos como prato principal, o queijo halloumi e a aguardente zivania.

Chipre é mais conhecida como a Ilha de Afrodite, a deusa do amor e da beleza, que, segundo a lenda, aí terá nascido.

A Cidade de Limassol: Cidade de origem medieval, principal porto do país, vivendo do turismo e da produção de bons vinhos, duas actividades que fazem o destino perdilecto de muitos dos seus visitantes. Limassol (em grego: Λεμεσός; em turco: Leymosun) é a segunda maior cidade do Chipre, com uma população de 161.000 (sen. 2001). A cidade está localizada na baía de Akrotíri, na parte meridional da ilha. É também a capital do distrito de Limassol.

Limassol é também a cidade natal de duas importantes personalidades mundiais, como o cineasta Michael Cacoyannis e o tenista Marcos Baghdatis.

Como lugares a visitar, temos, a fortaleza da época medieval, o velho Porto, o bairro antigo de Limassol, Amathus, (a 11 Km a este de Limassol, onde se podem visitar as ruínas de uma acrópole e uma necrópole), o castelo de Kolossi, e as antigas ruínas de Kourion, com importantes restos de uma antiga cidade do período micénico, um teatro greco-omano, e o templo de Apollo-Yletis, dedicado a uma misteriosa divindade protectora dos bosques.

Antalya - Turquia


Chegámos ao porto de Antalya, às 08h00 da manhã. Por volta das 09h00 da manhã, fomos visitar a cidade, a sua praia e mais tarde rumámos a Aspendos, a fim de visitarmos o Teatro de Aspendos, a cerca de 49Km de Antalya.

Antalya é a principal cidade, da zona da Turquia, conhecida por Riviera Turca. Tem muita importância para os cristãos, uma vez que foi daqui que partiram S. Paulo, S. Barnabé e S. Marcos para pregarem a mensagem de Cristo.

Suas origens remontam ao período paleolítico. A região fazia parte do império hitita, e durante o período compreendido entre os anos 1100-800 a.C., a região submeteu-se primeiro às soberanias frigia e lídia e mais tarde rendeu-se ante a invasão persa. Por um curto período, esteve subjugada à soberania de Alexandre Magno e depois da sua morte mudou de mão entre os seus generais. A cidade de Antalya tomou o seu nome do rei fundador de Pérgamo,(cidade da ásia Menor), Atalo II.
Antalya é uma cidade turca que tem vindo a aumentar de forma significativa a sua extensão e a sua importância, devido fundamentalmente ao turismo. Com a sua costa mediterrânica e o seu clima, Antalya é um dos maiores exponentes do turismo na Turquia. Aproximadamente 40 % dos turistas estrangeiros que aterram na Turquia, fazem-no em Antalya.

Com mais de 700 km de praia, portos desportivos, pequenas cidades muito hospitaleiras, como Santos, reconhecida como Património da Humanidade, tudo isto com uma população próxima do milhão de pessoas. Esta província e a sua capital têm vindo a desenvolver-se em todos os sentidos, sobretudo nos últimos 15 anos, período durante o qual esta cidade se tornou na mais importante da Turquia, do ponto de vista turístico.
A 49Km de Antalya, encontra-se Aspendos, cidade romana, com um anfiteatro (Teatro de Aspendos), mais bem conservado do mundo, com a capacidade para 15.000 espectadores, construído pelo grande arquitecto Zenón, durante a época do imperador Marco Aurélio, em meados do séc. II d.C

A ilha de Santorini/Thera

Chegámos à ilha de Santorini, às 07h30 da manhã. O barco permaneceu na baía e o desembarque realizou-se por meio de lanchas.
Santorini (em grego Σαντορίνη), é uma ilha vulcânica localizada no extremo sul do grupo das Cíclades, no Mar Egeu, a cerca de 200 km a sueste da cidade de Atenas, Grécia nas coordenadas aproximadas de 36.40° N e 25.40° E. Com uma área total de aproximadamente 73 km², nos sensos de 2001, tinha uma população de 13.600 habitantes.

A ilha deve o seu nome a Santa Irene, nome pelo qual os venezianos a denominavam. Era anteriormente conhecida por Kallisti, Strongili ou Thera, nome que ainda hoje ostenta em grego. Para além da ilha principal, Santorini tem nas suas proximidades diversos ilhéus, formando um grupo quase circular de ilhas, vestígio da grande erupção que despedaçou a ilha. O grupo de ilhas é também conhecido por Tira (em grego Θήρα).

Santorini é o vulcão mais activo do denominado Arco Egeu, sendo constituída por uma grande caldeira submersa, rodeada pelos restos dos seus flancos. Esta forma actual da ilha deve-se, em grande parte, à erupção que há aproximadamente 3.500 anos atrás destroçou o seu território. Aquela erupção, de grande explosividade, criou a actual caldeira e produziu depósitos piroclásticos com algumas centenas de metros de espessura que recobriram tudo o que restou da ilha e ainda atingiram grandes áreas do Egeu e dos territórios vizinhos.

O impacto daquela erupção fez-se sentir em todo o mundo, mas com particular intensidade na bacia do Mediterrâneo. A erupção parece estar ligada ao colapso da Civilização Minóica, na ilha de Creta que dista apenas 70 km a sul de Santorini.

As principais cidades, Fira, a capital, e Oia, já pouco se assemelham às vilas pacatas que meia dúzia de viajantes curiosos descobriram e escolheram para viver nos anos 70. Embora preservem a sua arquitectura tradicional, um conjunto de habitações escavadas na rocha com tecto em arco, palacetes neoclássicos e casas rústicas do século XIX, ambas as cidades foram literalmente invadidas por lojas de artesanato e souvenirs, bares e restaurantes, assemelhando-se à primeira vista a belos centros comerciais ao ar livre.
Por seu lado, as pequenas aldeias, no interior, permanecem encantadoras, praticamente intocadas, recheadas de igrejas bizantinas e pequenos bairros caiados. À sua volta os campos continuam cultivados, pejados de figueiras, dando-nos a impressão de assistirmos a uma paisagem centenária, ainda por descobrir.
Oia, é a cidade dos olhos de Santorini, em que o pôr-do-sol é o acontecimento mais esperado do dia. Centenas de visitantes chegam pelo cair da tarde e empoleiram-se, afoitos, apressados, em competição aberta, no topo de casas, igrejas, muros e outras saliências para assistir ao que alguns apontam como um dos mais fantásticos pores do sol de todo o mundo. Talvez não seja tanto a beleza do fenómeno. Talvez se deva apenas ao ritual, à comunhão de um momento desejado por milhares de almas ansiosas de beleza. Mas aqueles instantes de cor laranja, em que o Sol, comprimido até mais não poder, se esconde por detrás de um ilhéu pequenino, ficarão registados para sempre.
A cidade, no entanto, não se reduz a estes 15 minutos de magia: é uma típica cidade grega, com ruelas empedradas de onde se destacam típicas casitas de côr ocre, com seus caracteristicos telhados azuis em forma de cúpula, que caracterizam todas as ilhas Cíclades. A sua arquitectura é no entanto, um misto agradável de casas rústicas ajardinadas, antigas capitanias e pequenas habitações esculpidas na rocha. Até as ruínas de alguns edifícios tombados no terramoto de 1956 pincelam o lugar com o charme que outros, demasiado perfeitos e sem marcas do passado, não conseguem alcançar. Este lugar é famoso pela sua situação, que oferece aos visitantes, uma espectacular vista sobre o golfo de Santorini e a oportunidade de fazer bonitas fotos.
No final da visita à ilha, acabamos por experimentar o que acabou por ser considerado “o momento inesquecível" em Fira: a descida pelo funicular até ao velho porto, Gialos, que, poupando o cansaço dos 587 degraus (há quem prefira o burrico), nos leva através de uma paisagem extraordinária de lava solidificada e formações rochosas quase até ao Egeu. De cortar a respiração!...


Partida de Nápoles para Santorini

Partimos de Nápoles às 17h00, deixando para trás a belíssima baia de Nápoles, afim de serem percorridas, 670 milhas náuticas até à ilha de Santorini, na Grécia.

O dia 7 de Abril, foi de navegação. Às 03h20, o Monterey chegou ao Estreito de Messina (mapa de cima), podendo observar-se à esquerda, S Juan na costa calabresa, e o Cabo Peloro na costa da Sicília, à direita do barco.

A passagem do estreito durou aproximadamente 30 minutos, tomando a partir daí uma rota de 106º, direito ao estreito Elafonisos, aonde chegámos à meia noite. À direita ainda se pode avistar a ilha de Kithira e à sua esquerda podemos ver pela primeira vez a costa do Peloponneso, na Grécia.

História de Pompeia

Em 24 de Agosto de 79 d.C, houve uma enorme erupção do Vesúvio que a deixou sepultada, assim como a cerca de 3000 habitantes.

As únicas crónicas confiáveis do ocorrido, foram escritas por Plínio, o Jovem, numa carta enviada ao historiador Tácito. Plínio observou desde a sua vila em Miseno (a 30 Km do Vesúvio) um estranho fenómeno: Uma grande nuvem escura com forma de pinheiro saindo do cume do monte. Ao fim de algum tempo, a nuvem desceu pelas bordas do Vesúvio e cobriu todo pelos arredores, incluindo o mar.
A erupção começou pela manhã, quando muitos habitantes estavam fora de casa. Os mais sensatos apresaram-se a fugir, a maioria em carroças puxadas por animais, mas nem todos puderam escapar, alguns acharam que era mais seguro esperar dentro de casa até que tudo terminasse, mas a chuva de cinzas e pedras continuou. Os telhados desabaram e os gases venenosos foram asfixiando toda a população, tanto dentro das casas como fora delas. As pessoas que se amontoavam nas esquinas, cobrindo o rosto para se protegerem das cinzas, ali morriam: mães e filhos, jovens que se abraçavam uns aos outros, homens adultos, todos eles sucumbiram.

A cidade morreu de repente. As pessoas morreram nos lugares que normalmente ocupavam e as casas, até hoje, estão cheias de objectos que estavam ali naquele momento, Pompeia faz da sua violenta morte a razão essencial da sua beleza e do fascínio de sua ressurreição. Muitas cidades foram exaltadas pelo mundo antigo; muitas metrópoles a superaram com sua grandiosidade e com suas belíssimas construções; mas nenhuma teve sua vida e seu quotidiano, aprisionados, formando uma imensa sepultura que só a natureza pode compor, proteger e vigiar.
Esta cidade ao ser resgatada das cinzas que a encobriam, mostrou aos olhos do mundo actual uma cidade romana, com seus monumentos, casas, lojas, oficinas, bares, termas, espaços de lazer e desportos, prostíbulos, etc, suficientemente intacta para que se deduzissem, não só o aspecto de uma urbe romana, mas também a vida e os costumes dos seus habitantes.

Para essa importantíssima colaboração foram decisivas as inscrições feitas pelas pessoas nas paredes, actividade pela qual os romanos eram muito aficionados. Como podemos ver, não é novo o costume dos homens – especialmente dos latinos – de comunicar-se através de inscrições nas paredes. Nos “graffiti” de Pompeia, com efeito, se recolhem, como hoje em dia, retalhos de todas as actividades, paixões, sentimentos e misérias imagináveis. Até os próprios habitantes de Pompeia, reconheciam a excessiva quantidade dessas inscrições, já que uma delas diz: “Surpreende-me, parede, que não tenhas caído, tendo de aguentar tal quantidade de fastidiosos escritores”.

Pompeia

Chegámos a Pompeia no início da tarde do dia 6 de Abril. Uma neblina envolvia o Vesuvio, e entrámos na cidade pela Porta Marinha.


Pompeia foi outrora uma antiga cidade do Império Romano situada a sensivelmente 22 km da moderna Nápoles, no território do actual município de Pompeia. A antiga cidade foi destruída durante uma grande erupção do vulcão Vesúvio no ano 79 d C. A erupção do vulcão provocou uma intensa chuva de cinzas que sepultou completamente a cidade, que se manteve oculta por 1600 anos antes de ser reencontrada por acaso. Cinzas e lama moldaram os corpos das vítimas, permitindo que fossem encontradas do modo exacto em que foram atingidas pela erupção do Vesúvio. Desde então, as escavações proporcionaram um sítio arqueológico extraordinário, que possibilita uma visão detalhada na vida de uma cidade dos tempos da Roma Antiga.
Pompeia, originalmente uma cidade etrusca, resumia o comércio, a prosperidade e a vitalidade que acontecia no Império Romano. A economia de Pompeia baseava-se, sobretudo, nos produtos do seu fértil território, em especial o vinho e o azeite, sendo também um próspero centro comercial e industrial. As suas principais industrias, eram as da manufactura e acabamento de tecidos. Devido ao grande movimento nas estradas ao redor da cidade, Pompeia estava sempre bem informada a respeito do que acontecia em Roma. Outro aspecto que favorecia este fluxo de informações e notícias era o facto de que por ser uma cidade provincial, muitos romanos ricos possuíam lá casas de veraneio.
Sob um Vesúvio adormecido Pompeia aproveitou os frutos da expansão imperial. Ao longo das ruas cheias de lojas, os mais ricos, fartavam-se com as sedas vindas da China, com o incenso e os perfumes vindos de Petra, (antiga cidade Capital do Império Nabateu, escavada na Rocha Rosada), e uma grande profusão de comidas exóticas. Nos templos os sacerdotes davam graças a Isis, a deusa adoptada do Egipto conquistado.