Lisboa - 3º Dia - Jardins de Belém - Parte III

Acabada a visita ao Museu Nacional dos Coches, foi hora de nos passearmos um pouco pelos jardins da Praça Afonso de Albuquerque e da Praça do Império, que foram construídos por altura da Grande Exposição do Mundo Português realizada em 1940, destacando-se à beira do Tejo, pelos seus amplos relvados, proporcionando agradáveis momentos de descanso a quem por eles passa, seja a pé ou de bicicleta.
Estava-mos na zona de Belém, e por isso mesmo havia que saboreá-la, espreitar-lhe os cantos, parar em alguns dos seus bancos para escutar os pássaros, ver o passar das gentes, olhar as suas os canteiros floridos, as suas fontes, os seus lagos e repuxos, correndo o olhar por entre o arvoredo e observar o amplo estuário do Tejo, um santuário para muitas aves aquáticas invernantes, que muitas vezes ali se veem sobrevoando os jardins.
Em frente do Museu Nacional dos Coches e do Palácio de Belém, residência oficial do Presidente da República Portuguesa, situa-se o Jardim da Praça Afonso de Albuquerque, que foi construído em homenagem ao Vice-rei da Índia, Afonso de Albuquerque, por se situar numa zona histórica de grande significado da época dos Descobrimentos Portugueses.
Este jardim conta com uma área de 1,6 hectares, com grandes espaços abertos e zonas ajardinadas ladeadas por sebes, apresentando quatro pequenos lagos artificiais e diversas peças de estatuária, destacando-se no centro da praça uma coluna neomanuelina, encimada por uma estátua de bronze de Afonso de Albuquerque.
Logo a seguir, bastando atravessar uma estrada, encontra-se o amplo Jardim da Praça do Império. No séc. XVII, este local era uma zona de praia: «a Praia do Restelo». O Jardim foi construído em 1940, com projeto de Cottineli Telmo, tendo ficado os trabalhos de jardinagem a cargo de Gomes Amorim.
Este jardim tem sofrido várias alterações e benefícios ao longo dos anos, como é o caso dos 30 brasões das “cidades e províncias de Portugal Continental, Insular e Ultramarino”, da Cruz de Cristo e da Cruz de Avis, executados em mosaico-cultura em buxo, iresine e santolina, nos canteiros envolventes à Fonte Luminosa, inspirados nos ornamentos manuelinos do Mosteiro. Surgiram depois da exposição de 1940, sem projeto, dependendo apenas da imaginação e habilidade de alguns dos jardineiros da época.
Hoje o Jardim da Praça do Império inscreve-se num enorme quadrado fronteiro ao Mosteiro dos Jerónimos com 175 m de lado e uma área total de cerca de 3 ha, sendo 1,5 ha destinado a zona verde. Com grandes alinhamentos de ciprestes em conjunto com muitas oliveiras, que lhe dão um carácter evocativo da paisagem portuguesa.
Dos três lagos existentes, o central é marcado pela bonita Fonte Luminosa e os laterais pelos elementos escultóricos. Junto da Fonte Luminosa e olhando para poente, pode observar-se em todo o seu esplendor, a comprida e bela fachada manuelina do Mosteiro dos Jerónimos.
Os pavimentos são em genuína calçada portuguesa, evidente no modo de execução e nos motivos decorativos, destacando-se os signos do Zodíaco em três das principais entradas do jardim. Num canteiro em frente do Mosteiro dos Jerónimos, uma âncora espetada no relvado, em conjunto com o arranjo do canteiro, tem a função de relógio de sol.
Estes Jardins fazem o elo de ligação com muitos dos emblemáticos edifícios de Belém, como o Centro Cultural de Belém, o Museu da Marinha, o Planetário Calouste Gulbenkian, o Museu Nacional de Arqueologia e claro o inconfundível Mosteiro dos Jerónimos. Além disto tudo é o local preferencial escolhido pelo Presidente da República para receber os Chefes de Estado que visitam o nosso País.
Fonte: http://lisboaverde.cm-lisboa.pt/ http://www.guiadacidade.pt/ http://www.festasdelisboa.com/

Lisboa - 3º Dia - Visita ao Museu Nacional dos Coches - Parte II



O Museu Nacional dos Coches está instalado num comprido edifício, que outrora foi o Picadeiro Real e que parece ser hoje uma extensão do próprio Palácio de Belém.
Criado por iniciativa da Rainha D. Amélia de Orleãns e Bragança, mulher do rei D. Carlos I, o Museu dos Coches Reais, como então se chamava, foi inaugurado no dia 23 de Maio de 1905.
D. Amélia, senhora de grande cultura, toma consciência do valor patrimonial das viaturas de gala da Casa Real e com o apoio de Monsenhor Joaquim Boto, Cónego da Patriarcal de Lisboa e do Conselho do Rei e do seu Estribeiro-Mor, Tenente Coronel de Cavalaria Alfredo Albuquerque, propôs-se reuni-las, a fim de salvaguardar este espólio e apresentá-lo ao público à semelhança do que acontecera, pela primeira vez em Paris em 1900, na Exposição Universal.
O local escolhido para a sua instalação foi então o Picadeiro Real de Belém que deixara de ser utilizado e onde, há época, já se encontravam armazenadas algumas das principais viaturas da corte e para onde a rainha fez convergir os antigos carros nobres da Casa Real Portuguesa e respetivos acessórios, património que se encontrava disperso pelos vários depósitos e cocheiras dos vários palácios reais.

Da primitiva coleção faziam parte 29 viaturas, fardamentos de gala, arreios de tiro e acessórios de cavalaria utilizados pela Família Real.
Após a implantação da Republica, em 1910, o Museu passa a designar-se por Museu Nacional dos Coches e o seu espólio foi enriquecido com outros veículos da Coroa, do Patriarcado de Lisboa e de algumas casas nobres portuguesas.
Hoje o Museu reúne uma coleção que é considerada única no mundo devido à variedade artística das magníficas viaturas de aparato dos séculos XVII, XVIII e XIX e ao número de exemplares que integra.
Reunindo uma coleção única no mundo de viaturas de gala e de passeio do séc. XVII ao séc. XIX, na sua maioria provenientes dos bens da coroa ou propriedade da Casa Real portuguesa, o Museu Nacional dos Coches inclui no seu espólio coches, berlindas, carruagens, seges, carrinhos de passeio, liteiras, cadeirinhas e carrinhos para criança formando um conjunto de excelente qualidade que permite ao visitante a compreensão da evolução técnica e artística dos meios de transporte de tração animal utilizados pelas cortes europeias até ao aparecimento do automóvel.
A encabeçar a coleção de viaturas do salão nobre encontramos os retratos de vários elementos a quem pertenceram os coches. Não deixa de ser curioso estabelecer a ligação entre a viatura e o seu proprietário, imaginar a que felicidades ou tragédias aquelas enormes rodas de madeira os conduziram. E se fizermos este exercício, podemos deparar com uma nova revelação: cada coche era estudado e desenhado por forma a adaptar-se aos gostos e características do seu proprietário.
Hoje todos temos carros mais ou menos iguais, impessoais, e que qualquer pode ter, mas outrora havia a preocupação dos que os possuíam, de se em fazerem representar pela viatura de transporte, como ainda alguns de nós tem ainda a pretensão de fazer.
Princesas mais infelizes ou viúvas possuíam coches escuros, as mais felizes tinham-nos com motivos florais, ou com um aspeto tão frágil e delicado quanto a sua própria pessoa. Reis imponentes tinham carros fortes, de linhas duras e ricas, ostentando brasões e outras figuras que pretendiam ostentar riqueza ou a sua própria realeza…
Da coleção exposta destaca-se o raro exemplar de coche de viagem de Filipe II, construído em Espanha em finais do Séc. XVI, início do Séc. XVII, um dos modelos de coche mais antigos que se conhece.
Particular relevo merecem também os três monumentais coches mandados executar pelo Embaixador no Vaticano, Marquês de Fontes ao Papa Clemente XI, construídos em Roma em 1716. Estas viaturas, únicas no mundo, são exemplares perfeitos da "carrozza romana" de aparato, onde as caixas abertas se conjugam com imponentes composições escultóricas nos alçados traseiros e dianteiros, alusivas aos Descobrimentos e Império portugueses.
Completam a coleção os retratos a óleo dos monarcas da dinastia de Bragança, antigos proprietários dos carros expostos, e um importante conjunto de documentos gráficos composto por desenhos, gravuras e fotografias relacionados com as peças ou com a história do museu.
Completam a coleção um núcleo de arreios de tiro pertencentes às viaturas, a coleção reúne ainda um conjunto significativo de arreios de cavalaria, selas, fardamentos de gala, de armaria e acessórios de cortejo setecentistas de que se destaca um conjunto de trombetas da Charamela Real.

Fonte: Wikipédia.org / http://www.museudoscoches.pt/

Belém - 3º Dia - Chegada a Lisboa e Visita ao Museu Nacional dos Coches - Parte I

Depois de se ter visitado o Palácio da Pena, partimos com rumo a Lisboa. A viagem feita já de noite foi rápida e lá chegados, fomos direito à zona de Belém, onde se estacionou num parque automóvel aberto a autocaravanas, situado em lugar sossegado, junto à estação de cacilheiros de Belém.

A zona ribeirinha de Belém está muito ligada à época dos Descobrimentos, pois era dali que as naus partiam à aventura por mares nunca antes navegados. Hoje, é uma área espaçosa, com amplos jardins, como o belo e pouco visitado Jardim do Ultramar (o meu preferido e que me faz sempre relembrar a minha infância ultramarina) e os imponentes monumentos manuelinos, como o Mosteiro dos Jerónimos, a Torre de Belém, e ainda o Padrão dos Descobrimentos, o Planetário, o Palácio da Belém (a residência oficial da presidência portuguesa), além do Centro Cultural de Belém, e claro a Rua Vieira Portuense, onde nos seus restaurantes se podem apreciar as muitas iguarias gastronómicas típicas.


Naqueles dias ali passados queríamos revisitar todos esses monumentos ligados aos descobrimentos, bem como alguns museus da zona, há longo tempo visitados e já um pouco esquecidos, observar as novidades e a animação cultural presentes no CCB – Centro Cultural de Belém, além de passear pelos belos e extensos jardins da zona, caminhar à beira-rio ou simplesmente admirar o rio e usufruir da beleza das suas margens, de preferência degustando um delicioso pastel de Belém acabadinho de fazer, uma inconfundível iguaria ali fabricada desde 1837.
Ali os dias passaram rápidos, porque quando há muito que ver, o tempo parece voar. As manhãs como é do nosso gosto, foram relaxadas, a ver beijar o rio e a olhar os destinos rotineiros e com hora marcada dos cacilheiros. Ali ao lado num pequeno bar, eram tomados bons pequenos-almoços e almoços leves e tudo o que poderia escassear na autocaravana.

No dia seguinte ao da chegada, a tarde foi iniciada com uma visita ao emblemático Museu dos Nacional dos Coches. O Museu Coches conserva e expõe no ambiente requintado do antigo Picadeiro Real uma excecional coleção de viaturas reais do séc. XVII aos finais do séc. XIX.

Considerada a mais notável coleção do mundo do seu género, permite ao visitante compreender não só a evolução técnica dos transportes de tração animal como acompanhar as mudanças de gosto manifestadas nas artes decorativas tão bem expressas na ornamentação das viaturas. É também um dos museus mais visitados de Portugal e o mais visitado da cidade de Lisboa.
 Fonte: http://www.visitlisboa.com/ http://www.museudoscoches.pt/ (ver visita virtual)

Portugal é um País a sério?

Henrique Medina Carreira explica as verdadeiras razões da crise económica portuguesa

A Eterna Pescadinha de Rabo na Boca Portuguesa...

Assim se gasta o dinheiro em Portugal!...

Entrevista a Henrique Neto
Ver mais em: http://www.youtube.com/watch?v=Xto5ubsc8t8


Numa época em que todos brincam de ser mafiosos em sociedade, veja como continuar a sê-lo!...
É assim que trabalha a Mafia portuguesa:

Henrique Neto, Sem Papas na Lingua!

Ler em: http://naturezanaturada.blogspot.pt/2011/01/henrique-neto-sem-papas-na-lingua_08.html

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=452249
Ver também: http://www.ionline.pt/portugal/henrique-neto-maconaria-corrompe-ps-democracia-aliancas-secretas

Sintra - 2º Dia (Parte VI)- Visita ao Palácio da Pena - Parte III

Outras salas e dependências com interesse no Palácio da Pena:

Sala Indiana - Com valiosas obras de arte, como o lustre em cristal da Boémia e o baixo-relevo "Cólera Morbus", da autoria de Vítor Bastos.
Sala Árabe – Integralmente pintada a “trompe-l’oeil” por Paolo Pizzi, a sua arcaria árabe sugere novos planos e novas perspetivas ao aposento, dando-lhe uma dimensão quase irreal. Aqui abundam, por todo o espaço, as caxemiras, as almofadas, as cadeiras indianas e as consolas de ébano, a par dos pratos Companhia das Índias, das lamparinas de mesquita e do lustre francês atribuído a Meissen. Na sala ao lado expõem-se as pinturas em pratos de faiança e porcelana de D. Carlos, o rei-artista.
Claustro Manuelino – Este é ainda o claustro original do antigo Convento de Nossa Senhora da Pena, do séc. XVI. Está decorado com azulejos hispano-árabes (c.1520) e tem ao centro uma concha pétrea gigante. Desta, assente e sustentada por quatro tartarugas, emana um feto arbóreo, sugerindo-nos a interpretação romântica da vida vegetal a brotar do mundo marinho.

Retábulo da Capela – Na Capela, parte original do antigo Mosteiro dos frades Jerônimos pode ser visto um retábulo, proveniente do antigo mosteiro, em alabastro e mármore, que foi esculpido por Nicolau Chanterène. Em cada um dos nichos está representada uma cena da vida de Cristo.
Terraço da Rainha - De onde se pode observar melhor a arquitetura do Palácio e o Relógio de Sol com um canhão que outrora disparava ao meio-dia.

Aposentos do Rei D. Manuel II - onde se identifica o grande baixo-relevo em madeira de carvalho quinhentista, de autor desconhecido, ilustrando a Tomada de Arzila, adquirido por D. Fernando de em Roma.
Sala dos Veados - Ampla e cilíndrica, com uma larga coluna como eixo, atualmente utilizada para exposições.

Cozinha – Podemos ver os utensílios de cobre sobre o fogão de ferro. O serviço de jantar ostenta o brasão de D. Fernando II de Saxe-Coburgo-Gotha.

Fonte: http://www.guiadacidade.pt/ Wikipédia.org / http://atracoessintra.no.sapo.pt/

Sintra - 2º Dia (Parte V) - Visita ao Palácio da Pena - Parte II

O Palácio da Pena é das raras casas reais portuguesas que ainda hoje mantém intacto todo o seu espólio, mobiliário e adereços originais. Num total de 26 dependências, todas se encontram decoradas segundo o sabor e o colorido românticos, onde se contemplam quase todos os materiais e estilos decorativos conhecidos, que nos levam a reviver o passado.
Como na visita não é permitida a realização de fotos, as imagens aqui colocadas são colhidas na internet ou digitalizadas a partir de postais comprados na loja do palácio.
Das 25 dependências do Palácio (0. Entrada; 1. Claustros; 2. Copa e casa de jantar privada; 3. Aposentos do Rei D. Carlos; 4. Capela de S. Jerónimo (Convento); 5. Capela; 6. Sacristia; 7. Primeiro quarto das Damas; 8. Segundo quarto das damas; 9. Quarto da Rainha; 10.Toilette da Rainha; 11. Quarto de vestir da Rainha; 12. Saleta de costura; 13. Sala de estar privada da Família Real; 14. Escritório da Rainha; 15. Sala Árabe; 16. Sala verde; 17. Átrio de acesso ao terraço da Rainha; 18. Primeira sala de passagem; 19. Segunda sala de passagem; 20. Sala Indiana; 21. Sala de receção; 22. Salão Nobre; 23. Aposentos do Rei D. Manuel II; 24. Sala dos Veados; 25. Cozinhas), podemos referir como mais importantes:
Sala de Jantar – Está instalada no antigo refeitório dos monges hieronimitas. O seu mobiliário, todo ele em estilo nacional, foi propositadamente talhado para aquele espaço. Merece destaque a mesa posta para doze pessoas e coberta por um magnífico rendilhado de Bruxelas. O centro de mesa, representando uma caravela sustida por Ninfas e Neptunos, consiste numa bela peça de ourivesaria francesa oitocentista, atribuída a Froment Maurice e Louis Aucoc, e constitui o elemento decorativo mais importante.
Atelier do rei D. Carlos – É uma pequena sala/estúdio com telas pintadas pelo rei D. Carlos, que era um pintor e miniaturista de mão cheia. Ali, podem observar-se sete telas inacabadas da sua autoria, representando cenas amorosas, onde Ninfas e Faunos se envolvem em apaixonadas correrias. Pode ainda ver-se a sua coleção de vidros e canecas. No compartimento subsequente (quarto de repouso de D. Carlos), vê-se um mobiliário Império com cama de dossel, onde a madeira e o bronze se interligam harmoniosamente.
Sala de Saxe – Outrora uma Sala de Receção, onde predomina a porcelana de Saxe.
Salão de Nobre Neste belo salão podem ver-se ainda estuques, lustres, móveis que variam do séc. XIV ao séc. XIX. Essencialmente composto por motivos geométricos de nítida influência árabe, que se articulam com motivos vegetalistas, a grande sala atinge um equilíbrio impressionante. Saliente-se o lustre neogótico de bronze dourado, as quatro grandes esculturas de turcos em madeira de “andiroba”, os quais sustentam candelabros, os bufetes oitocentistas, o aquário da Fábrica do Rato e a lindíssima floreira estilo Carlos X, que decoram todo o espaço. Refira-se, por último, os vitrais alemães do séc. XIX, de nítida simbologia maçónica e rosacrucianos.
Fonte: http://www.guiadacidade.pt/  Wikipédia.org / http://atracoessintra.no.sapo.pt/ http://sintramaias.no.sapo.pt/palaciodapena1.htm
 

Sintra - 2º Dia (Parte IV) - Visita ao Palácio da Pena - Parte I

Chegados ao Páteo de Entrada do Palácio da Pena, deixamos o pequeno autocarro e ali mesmo olhando em redor, podemos observar que quase todo o Palácio assenta em enormes rochedos, e que a sua magnífica arquitetura foi realizada com uma enorme mistura de estilos que produzem um surpreendente cenário "das mil e uma noites". Essas influências que vão desde o neogótico, neomanuelino, islâmico, neorrenascentista, entre outras sugestões artísticas como a indiana, que foi absolutamente intencional, como era moda na época, devido à mentalidade romântica do século XIX, dedicada ao fascínio pelo invulgar e pelo exotismo.
Estruturalmente o Palácio da Pena divide-se em quatro áreas principais: A couraça e muralhas envolventes (que serviram para consolidar a implantação da construção), com duas monumentais portas, uma das quais provida de ponte levadiça; O corpo, restaurado na íntegra, do Convento antigo, ligeiramente em ângulo, no topo da colina, completamente ameado e com a Torre do Relógio; O Pátio dos Arcos frente à capela, com a sua parede de arcos mouriscos; A zona palaciana propriamente dita com o seu baluarte cilíndrico de grande porte, com um interior decorado em estilo cathédrale, segundo preceitos em voga e motivando intervenções decorativas importantes ao nível do mobiliário e ornamentação em geral.
Passados os dois fabulosos arcos das portas de entrada, inicia-se a visita que nos leva a uma viagem de descoberta ao interior do Palácio da Pena, ao longo da qual é efetuado todo o enquadramento histórico que levou à sua criação pelo rei consorte D. Fernando II, de acordo com as manifestações artísticas da época cultural em que se insere, o Romantismo.
Logo depois de passada a primeira porta, sobe-se um pouco por um pequeno troço de estrada em paralelepípedos e depara-se-nos a segunda porta, que nos leva a um pequeno Páteo em frente à porta de entrada para o interior do Paço. Por cima desta porta, observa-se no arco ladeado por duas torres, uma singular e profusa decoração em relevo a imitar corais. Sobre ela, uma janela, a "bow window", que tem na sua base em relevo, uma figura de Tritão, um ser híbrido, meio-peixe, meio-homem, saindo de uma concha com a cabeça coberta por cabelos, que se transformam num tronco de videira cujos ramos são sustentados pela enigmática personagem. Este conjunto, conhecido por “Pórtico do Tritão”, foi projetado pelo próprio D. Fernando II, que o desenhou como um "Pórtico alegórico à Criação do Mundo", e que parece condensar, em termos simbólicos, a "teoria dos quatro elementos", pretendendo ainda relembrar o homem barbado da janela da Sala do Coro do Convento de Cristo em Tomar, transformado ali num ser monstruoso de carácter quase demoníaco.
Em seguida entra-se nos reais aposentos do Palácio, a residência de verão que a família real valorizou com excelentes trabalhos em estuque, pinturas murais e diversos revestimentos em azulejo do século XIX, que integra as inúmeras coleções reais, em ambientes onde o gosto pelo bricabraque e pelo colecionismo são bem evidentes.

A genética discriminação das mulheres...

O mulherio, ainda

O desrespeito é uma forma de discriminação. 

Quando, no início deste mês, li a notícia sobre o afastamento de Dalila Rodrigues da Casa das Histórias de Paula Rego, a segunda coisa que me ocorreu foi: este descarado desrespeito só acontece às mulheres. A primeira foi mais óbvia e menos sexista: mais uma pessoa competente e com provas dadas a ser enxotada, não vá a sua competência fazer sombra a alguém. Num país pequeno por dentro (a grandeza dos países é coisa mental), o sol de um é sempre a sombra dos outros. Eu não gosto de ser sexista e gostava de não ter de responder que sim sempre que me perguntam sobre medidas de discriminação positiva para as mulheres na política. Gastei algum tempo da minha vida, que já vai adiantada para o que ainda quero fazer com ela, a lutar, num movimento de cidadania, por iguais direitos de parentalidade para homens e mulheres, porque me parecia - e continua a parecer, apesar de algumas alterações legais que conseguimos - que a paternidade deve ter exactamente os mesmos direitos que a maternidade. Um pai não é menos importante para o desenvolvimento de uma criança do que uma mãe. Mas a igualdade ainda não entrou na nossa cabeça.

Nas fotografias publicadas na imprensa sobre a tomada de posse do governo, só se viam homens - as cinco ministras ficaram fora do enquadramento. Apareceriam nos dias seguintes artigos biográficos sobre elas, sublinhando-lhes, consoante os casos, a beleza, a delicadeza suspeita ou o sindicalismo excessivo. Há anos que aguardo artigos sobre a beleza e a capacidade de sedução dos ministros de qualquer governo. O fenómeno não é só nacional: antes de Angela Merkel ser eleita pela primeira vez, li muito (em português, mas não só) sobre a sua vida privada, a sua falta de gosto para se vestir e até - inesquecível momento - as marcas de suor visíveis, certa vez, num vestido de gala. Repetiam esses artigos (alguns assinados por mulheres) que, por carência de atributos de sedução, a senhora não tinha carisma. Na Alemanha, já não se escreve nem se pensa assim. O inferno alemão do século XX serviu para alguma coisa, afinal. Os alemães aprenderam a lição que os países com uma história de ditaduras moles e sinuosas, como o nosso, demoram a aprender.

Apesar da coragem das nossas cinco ministras - é preciso coragem para ir contra a cultura instalada do poder dos homens, que se protegem mutuamente na defesa dos seus territórios e prerrogativas -, Portugal perdeu pontos, de 2008 para 2009, no que se refere à igualdade de género. As conclusões do "Global Gender Gap Index 2009", recentemente apresentadas no Fórum Económico Mundial em Nova Iorque, colocam o nosso país em 46º lugar (numa tabela de 134 países), o que representa uma descida de cinco posições em relação a 2008. Portugal sofreu uma quebra na igualdade de salários para a mesma função, bem como no acesso a cargos de topo nas empresas e na justiça. A liderar a tabela estão os países do costume: Islândia, Finlândia e Noruega. Países pioneiros, há muitas décadas, em medidas de discriminação positiva que geraram uma nova mentalidade.

Sempre que a economia entra em crise, a carreira profissional das mulheres é posta em causa: surge imediatamente uma miríade de 'estudos', por esse mundo fora, pretendendo provar que o futuro das crianças depende de terem a mãe em casa, 24 horas, ao seu dispor. Esses 'estudos' nunca se dedicam a contabilizar coisas tão simples e reais como o nível académico e a carreira profissional das mães e dos pais dos delinquentes juvenis - não convém, porque os resultados seriam exactamente opostos aos conseguidos através dos casos exemplares de mulheres que abandonam carreiras de astrofísicas para se dedicarem, abnegadamente, a alimentar o sucesso profissional do marido e o futuro radioso da prole. Uma análise estatística ao ambiente familiar infantil das grandes figuras do século XX, homens e mulheres, seria de extrema utilidade para desfazer o mito da boa mãe. Mas não convém à economia.

As mulheres que regressam a casa não contam nas estatísticas do desemprego. Depois criam-se mais uns 'estudos' declarando que as mulheres hoje se dizem mais infelizes do que na década de 70 do século passado. Claro que esses 'estudos' não contemplam a diferença entre as definições de felicidade de época para época. Quem nada espera menos desespera. O problema é que agora as mulheres têm o direito a ser tão infelizes como os homens. Felizmente.

Inês Pedrosa

Texto publicado na Revista Única, da edição do Expresso de 21 de Novembro de 2009

Ler mais: http://www2.unesp.br/revista/?p=2577 / http://cinemaeoutrasartes.blogspot.pt/2010/10/no-brasil-debate-sobre-questao-de.html http://expresso.sapo.pt/o-mulherio-ainda=f548330 (ler comentários)

Nota final: Haverá sempre descriminação em relação a mulher, pois aos olhos da sociedade existe e parece que existirá sempre um padrão a ser seguido, e quando não é seguido, é considerado inferior ou intolerado. Temos que parar de taxar as pessoas ou, nunca nos veremos livres da discriminação.

Sintra - 2º Dia - Castelo dos Mouros e Palácio da Pena - Parte III

Depois da visita e compra de vinhos da Adega Cooperativa de Colares, seguimos a caminho da Serra de Sintra, onde se situa quer o Castelo dos Mouros, quer o belo Palácio da Pena.
Durante o trajeto sempre a subir, o percurso é feito por estradas estreitas e sinuosas tendo que se parar e estacionar a autocaravana no parque do Centro de Atendimento ao Visitante do Castelo dos Mouros, uma vez que a partir daí as autocaravanas não conseguem subir as ingremes curvas do último troço que nos faz aceder ao Parque e Palácio da Pena.
O Castelo de Sintra, popularmente conhecido como Castelo dos Mouros, é a sentinela da Serra de Sintra. Ergue-se sobre um maciço rochoso, isolado num dos cumes da Serra de Sintra e é um verdadeiro prazer subir as suas muralhas serpenteantes e do alto destas, descortinar a maravilhosa e privilegiada vista, sobre a Vila de Sintra e de toda a sua envolvência rural que se estende até ao Oceano Atlântico.
Este castelo remonta ao período do domínio islâmico e às conquistas de D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal. Além das muralhas ameadas, torres e adarves, o conjunto é completado por diversas rampas e escadarias de acesso. Um outro elemento digno de nota é a sua Porta Árabe de arco em ferradura. A muralha apresenta ainda cinco torres: quatro de planta retangular e uma de planta circular, encimadas por merlões piramidais. A torre na cota mais elevada do terreno, é conhecida por Torre Real e é acedida através de uma escadaria de 500 degraus. No período islâmico constituiu-se na alcáçova e no período cristão consta que lá terá vivido Bernardim Ribeiro, escritor português do século XVI.
Hoje este castelo mouro está transformado numa verdadeira atração turística, graças ao rei consorte, D. Fernando II, marido de D. Maria II (1834-1853), melhorando as suas imediações ao gosto imaginativo da época (o Romantismo), sendo-lhe adicionados locais de contemplação, caminhos de acesso e vegetação abundante.
Depois a pé foram feitos os cerca de 250 m, até ao portão de entrada do Parque do Palácio da Pena. Lá bem no alto, aninhado na mais alta escarpa da Serra de Sintra, um Palácio de Conto de Fadas espreita, envolto num imenso parque que alia a busca do exotismo ao fascínio pela natureza.
Depois dos bilhetes comprados a viagem até ao Palácio da Pena, é feita ou a pé (uma subida "dificil" feita entre árvores exóticas e espécies nativas, onde se descobrem diversos monumentos que formam um conjunto imperdível e dos quais o Palácio da Pena se destaca de forma incomparável) ou em pequenos e antigos autocarros de tração às quatro rodas, que por estrada estreita, ingreme e sinuosa, nos levam  lentamente até à entrada do palácio.

À chegada olha-se o Palácio e a sensação é de total deslumbramento. Para a descrever o ideal é usar as palavras do compositor e maestro alemão Richard Strauss, aquando da sua visita a Sintra que disse: ”Hoje é o dia mais feliz da minha vida. Conheço a Itália, a Sicília, a Grécia e o Egipto, e nunca vi nada que valha a Pena. É a coisa mais bela que tenho visto. Este é o verdadeiro jardim de Klingsor – e, lá no alto, está o Castelo do Santo Graal”.

Fonte: http://eglportugal.blogspot.pt/ http://www.parquesdesintra.pt/Wikipédia.org

Colares - 2º Dia - Parte II

Mesmo acordando cedo é fácil passar-se toda a manhã no Cabo da Roca, namorando as visões magníficas proporcionadas pelo imenso Atlântico que ali se encontra com as altas arribas verticais do seu promontório, que se elevam a mais de uma centena de metros acima do nível do mar. No entanto neste belo Cabo não é só do mar que provêm as paisagens mais belas, bastando olhar o Farol da Roca, ou as arribas que formam a Praia da Adraga, bem como os outros vales fluviais cavados nos calcários existentes nas suas imediações, que formam também belas falésias atlânticas.
Após o almoço segue-se em direção a Sintra. Neste percurso que nos leva por planaltos de largas vistas, descendo e subindo num percurso onde contrastam as velhas aldeias do litoral com as novas mansões, símbolos de novos poderes bem distantes da conquista dos mares. A ruralidade e a urbanidade, o mar e a terra num percurso desafiante, tanto a nível físico, como ao nível das emoções, onde se descobrem imagens de pleno fascínio natural.


De Sintra seguimos em direção a Colares, por uma estrada muito pitoresca e cheia de curvinhas, ladeada por um frondoso arvoredo, bonito de se ver num início de tarde, quando a luz dá um tom quente à folhagem, que nos filtra a o sol para nos dar amáveis sombras e recantos admiráveis.
Acompanhando esta estrada existe uma antiga linha de caminho-de-ferro (dos antigos elétricos), que está a ser reabilitada para fins turísticos, e que outrora levava os veraneantes e os habitantes de Sintra à Praia das Maçãs.


Chegados a Colares, percorre-se a estrada em direção às praias e logo nos aparece a antiga, mas bem conservada fachada da Adega Cooperativa de Colares, que foi fundada em 1931, sendo por isso a cooperativa mais antiga do país, e uma das mais antigas regiões demarcadas de Portugal.
Limitada a oeste pelo Oceano Atlântico e a sul pela Serra de Sintra, a Região Demarcada de Colares compreende as freguesias de Colares, São João das Lampas e São Martinho, do concelho de Sintra. Colares é Denominação de Origem Controlada desde 1908, a Região Demarcada mais ocidental da Europa Continental e a mais pequena região produtora de vinhos tranquilos do país.


Na Adega a prova de vinhos é fundamental e destacamos da ampla gama de vinhos as nossas escolhas nos clássicos, o Ramisco e Malvasia (DOP Colares), nos modernos, o Chão Rijo (Regional Lisboa), importando ainda provar os versáteis Saloio e Serra da Lua (de Mesa).

Perto da costa atlântica e fazendo barreira aos ventos marítimos, a Serra de Sintra encerra um microclima que confere propriedades naturais únicas, para a produção dos famosos vinhos tintos de Colares. Cultivados numa das encostas mais bonitas desta verde Serra - classificada pela UNESCO como Paisagem Cultural da Humanidade – estes vinhos já foram considerados os melhores do país e são hoje protegidos a todo o custo.


As características únicas dos vinhos de Colares devem-se às castas, solo e clima temperado e húmido no verão e, ainda, ao facto de 80% da vinha estar instalada em chão de areia, estendendo-se praticamente até às praias.
Foi a especificidade das vinhas típicas de Colares, instaladas sobre “chão de areia” de duna do litoral, que fizeram com que a região fosse a única a escapar à praga de filoxera que assolou a vinicultura europeia, em finais do séc. XIX. Aquilo que para a generalidade dos produtores representou uma catástrofe foi para Colares a oportunidade de crescimento. A cultura da vinha em “chão de areia” é trabalhosa e dispendiosa, sendo a produtividade menor devido sobretudo à pobreza dos solos e aos gastos tidos com abrigos para combater os efeitos de uma localização à beira-mar.

O tinto de Colares apresenta uma cor rubi e, com o envelhecimento, ganha um aveludado e bouquet excecionais. O vinho de Colares só atinge a sua máxima qualidade passados vários anos, embora o estágio mínimo seja de 18 meses. Dado este longo estágio a que o vinho é obrigado, a comercialização é muito limitada, sendo a região de Colares uma espécie de “santuário” para os conhecedores.
Fonte: http://www.fidalguia.pt/ http://www.sal.pt/ http://www.infovini.com/ http://www.chefesdecozinha.com/

Família e Educação

Observa o teu culto à família e cumpre teus deveres para com teu pai, tua mãe e todos os teus parentes. Educa as crianças e não precisarás castigar os homens.
Pitágoras

A escola pode aperfeiçoar o artista, criá-lo, nunca; porque não se melhora senão o que já existe.
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Navegar é Preciso, Viver não é Preciso…

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Fonte: http://www.youtube.com/ http://www.uc.pt/

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