Acabada a visita ao Museu Nacional dos Coches, foi hora de
nos passearmos um pouco pelos jardins da Praça Afonso de Albuquerque
e da Praça do Império,
que foram construídos por altura da Grande Exposição do Mundo Português realizada
em 1940, destacando-se à beira do Tejo, pelos seus amplos relvados,
proporcionando agradáveis momentos de descanso a quem por eles passa, seja a pé
ou de bicicleta.
Estava-mos
na zona de Belém, e por isso mesmo
havia que saboreá-la, espreitar-lhe os cantos, parar em alguns dos seus bancos
para escutar os pássaros, ver o passar das gentes, olhar as suas os canteiros
floridos, as suas fontes, os seus lagos e repuxos, correndo o olhar por entre o
arvoredo e observar o amplo estuário do Tejo, um santuário para
muitas aves aquáticas invernantes, que muitas vezes ali se veem sobrevoando os
jardins.
Em
frente do Museu Nacional dos Coches e do Palácio de Belém, residência oficial
do Presidente da República Portuguesa, situa-se o Jardim da Praça Afonso de Albuquerque, que foi construído em homenagem ao Vice-rei da Índia, Afonso de Albuquerque, por se situar numa zona histórica de grande
significado da época dos Descobrimentos Portugueses.
Este
jardim conta com uma área de 1,6 hectares, com grandes espaços abertos e zonas
ajardinadas ladeadas por sebes, apresentando quatro pequenos lagos artificiais
e diversas peças de estatuária, destacando-se no centro da praça uma coluna
neomanuelina, encimada por uma estátua de bronze de Afonso de Albuquerque.
Logo a seguir, bastando
atravessar uma estrada, encontra-se o amplo Jardim da Praça do Império. No séc. XVII, este local era uma zona
de praia: «a Praia do Restelo». O
Jardim foi construído em 1940, com projeto de Cottineli Telmo, tendo ficado os trabalhos de jardinagem a cargo de
Gomes Amorim.
Este jardim tem sofrido
várias alterações e benefícios ao longo dos anos, como é o caso dos 30 brasões
das “cidades e províncias de Portugal Continental, Insular e Ultramarino”, da
Cruz de Cristo e da Cruz de Avis, executados em mosaico-cultura em buxo, iresine
e santolina, nos canteiros envolventes à Fonte
Luminosa, inspirados nos ornamentos manuelinos do Mosteiro. Surgiram depois
da exposição de 1940, sem projeto, dependendo apenas da imaginação e habilidade
de alguns dos jardineiros da época.
Hoje o Jardim da Praça do Império inscreve-se num enorme
quadrado fronteiro ao Mosteiro dos Jerónimos com 175 m de lado e uma área total
de cerca de 3 ha, sendo 1,5 ha destinado a zona verde. Com grandes alinhamentos
de ciprestes em conjunto com muitas oliveiras, que lhe dão um carácter
evocativo da paisagem portuguesa.
Dos três lagos existentes,
o central é marcado pela bonita Fonte
Luminosa e os laterais pelos elementos escultóricos. Junto da Fonte Luminosa e olhando para poente,
pode observar-se em todo o seu esplendor, a comprida e bela fachada manuelina
do Mosteiro dos Jerónimos.
Os pavimentos são em
genuína calçada portuguesa, evidente no modo de execução e nos motivos
decorativos, destacando-se os signos do Zodíaco em três das principais entradas
do jardim. Num canteiro em frente do Mosteiro
dos Jerónimos, uma âncora espetada no relvado, em conjunto com o arranjo do
canteiro, tem a função de relógio de sol.
Estes Jardins fazem o elo
de ligação com muitos dos emblemáticos edifícios de Belém, como o Centro Cultural de Belém, o Museu da Marinha, o Planetário Calouste Gulbenkian, o Museu Nacional de Arqueologia e claro o
inconfundível Mosteiro dos Jerónimos.
Além disto tudo é o local preferencial escolhido pelo Presidente da República
para receber os Chefes de Estado que visitam o nosso País.
Fonte:
http://lisboaverde.cm-lisboa.pt/ http://www.guiadacidade.pt/ http://www.festasdelisboa.com/
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