Guimarães - 2º Dia - Castelo de Guimarães - Parte II

Pela rua Dona Mafalda depressa se chega ao Castelo de Guimarães. Desde sempre presente nos livros de história de todos os portugueses, é obviamente de reconhecimento natural e familiar, mas perante a sua presença física, sente-se que ele exerce sobre nós uma enorme força que nos impele à reverência e ao deslumbramento.


 
Fortemente marcado pelos episódios históricos que deram origem a Portugal, o Castelo de Guimarães terá assistido também ao nascimento do primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques.
Segundo reza a história, a primeira estrutura militar construída em “Vimaranes”, (Guimarães) data provavelmente do séc. X, mandada edificar por, Mumadona Dias (viúva do conde de Tui, Ermegildo Gonçalves), que herdara do seu marido o governo das terras de Portucale. Esta estrutura defensiva tinha como finalidade a recolha da população em caso de ataque e a defesa do Mosteiro que, Mumadona, ali mandou edificar.

Este mosteiro viria a ser alvo de muitas doações de Mumadona Dias, nomeadamente terras, gado, rendas, objetos de culto e livros religiosos e também o próprio castelo, que na época não devia ser mais do que uma estrutura simples.
Estas terras foram doadas, por volta do ano de 1100, pelo rei Afonso VI de Leão e Castela, a D. Henrique da Borgonha, pelos serviços prestados na luta contra os árabes, dando-lhe também a sua filha natural e mais nova em casamento (D. Teresa de Leão, sua filha ilegítima com D. Ximena Moniz, uma nobre castelhana), formando assim o Condado Portucalense.
 
O Conde D. Henrique e sua esposa instalam-se então em “Vimaranes”, supondo-se que terão erguido um novo castelo, com uma Torre de Menagem e melhorado as estruturas defensivas à sua volta. A exígua moradia, cujos restos ainda se localizam no lado norte, terá sido, dada a sua reduzida dimensão, o lar condal dos pais do Conquistador.
Segundo consta foi ali que terá nascido D. Afonso Henriques, que mais tarde nele resistiu, já na sua luta pela independência, ao ataque das forças do rei Afonso VII, de Leão, em 1127, e no campo de S. Mamede, nas imediações da fortaleza, derrotou, no ano seguinte, as forças de D. Teresa, sua mãe.


É claro que a sua história não parou por aqui, mas o seu forte simbolismo reside e remonta sem sombra de dúvida, ao seu fundamental papel no início da nossa nacionalidade.
 
Assim, o Castelo de Guimarães, como muitos outros, conheceu no decurso dos séculos XVI a XIX, o influxo dos tempos e o desrespeito dos homens, até que o restauro levado a cabo há já algum tempo, logrou restituir às suas muralhas e torres, onde ainda se repercute o eco de épicas lutas, toda a sua grandiosidade e digno simbolismo, restituindo-lhe toda a sua severa e majestosa beleza.
 

Em volta deste belíssimo Castelo existe toda uma áurea de prestígio e honra, emoção e orgulho. A tudo isto há a acrescentar a beleza da paisagem à sua volta e a que se vislumbra do cimo da sua Torre de Menagem, não esquecendo a própria obra de arte feita de pedra, que é o próprio Castelo.


Fonte: Wikipédia.org / http://www.guiadacidade.pt/ http://castelosdeportugal.no.sapo.pt/ http://lazer.publico.pt/

 
 

Guimarães - 1º e 2º Dia - Campo da Feira e Igreja de S. Dâmaso - Parte I



A partida para Guimarães, a nossa histórica “Cidade Berço” foi realizada a meio da tarde. À chegada ao cair da noite e depois de uma volta de reconhecimento pela cidade, fomos logo a caminho do parque de estacionamento, muito usado por autocaravanas, designado por Campo da Feira e que nos serviu durante a nossa estadia na cidade, para a pernoita.

O parque de estacionamento, muito bem situado, embora em terra batida, é muito sossegado e fresco e proporcionou-nos uma belíssima estadia, a olhar durante a noite o iluminado Castelo de Guimarães, que se observa no topo oeste do parque. No topo este, encontra-se a peculiar Igreja de S. Dâmaso, e é rodeado pelas ruas de Dona Teresa (mãe de D. Afonso Henriques) e Dona Mafalda (esposa do nosso primeiro rei e por isso mesmo, primeira rainha de Portugal). Na rua de Dona Teresa observa-se um belo edifício brasonado e na rua Dona Mafalda, situada num nível superior ao parque, observam-se várias casas típicas de traça medieval, de dois pisos com planta retangular, varandas balaustradas e mísulas entalhadas, que são de enorme beleza, além de algumas casas solarengas, encontradas pouco antes de se chegar ao Castelo.

 
No dia seguinte fomos visitar Guimarães. Evocar ou visitar Guimarães é regressar às origens de Portugal, àquela que foi a capital do Condado Portucalense. É uma cidade que nunca renegou o seu passado, bem pelo contrário, fez questão de preservar o seu património de modo exemplar e por isso mesmo é sempre com orgulho que qualquer português a deve visitar.
 

À saída da autocaravana fomos logo visitar a Igreja de S. Dâmaso, não fosse fechar antes do nosso regresso. Por fora é de arquitetura lisa e modesta, com uma só torre sineira. Mas por dentro é belíssima e surpreendente. Possui altares laterais, na capela-mor um notável retábulo em talha dourada, obra do entalhador vimaranense Pedro Coelho e o teto é de caixotões. A nave é igualmente decorada com retábulos em estilo português de finais do séc. XVII e princípios do séc. XVIII.

 
Mas o que surpreende admiravelmente é a excelente combinação da talha dourada com os azulejos historiados que decoram o seu interior. Executados durante a primeira metade do séc. XVIII, contam-nos episódios da vida do Papa S. Dâmaso. A construção da Igreja de S. Dâmaso, principiou na primeira metade do séc. XVII e terminou apenas no século seguinte.

 
Da igreja seguimos em direção à Colina Sagrada onde esta situado o Castelo, caminhando pela estreita rua de Dona Mafalda, com um só passeio e piso em paralelepípedos. Nesta rua vêem-se nichos com altares sagrados, onde não faltam velas nem flores. À sexta-feira é invadida pelas bancas da feira semanal, mas para quem lá passa noutro dia qualquer, fica fascinado com a tranquilidade que o lugar oferece dada a proximidade com os monumentos emblemáticos da nossa nacionalidade.

 
Fonte: http://viajante-abreu.com/ http://www.guimaraesturismo.com/

Dá-me música para ver se eu gosto!...


"Critica o tolo, e ele te odiará, critica o sábio, e ele te amará."
 
Bíblia Sagrada

A Amizade e o Amor Segundo uma Lógica de Bazar

Desconfia-se do que é dado e pesa-se o que se recebe. A amizade e o amor parecem gerir-se, por vezes, segundo uma lógica de bazar. Já nem é considerado má-educação perguntar quanto é que uma prenda custou. Se esse preço é excessivo chega-se a dizer que não se pode aceitar. Recusar uma dádiva é como chamar interesseiro ao dador. É desconfiar que existe uma segunda intenção. De qualquer forma, só quem tem medo (ou corre o risco) de se vender pode pensar que alguém está a tentar comprá-lo. Quem dá de bom coração merece ser aceite de bom coração. A essência sentimental da dádiva é ultrajada pela frieza da avaliação.

A mania da equitatividade contamina os espíritos justos. É o caso das pessoas que, não desconfiando de uma dádiva, recusam-se a aceitar uma prenda que, pelo seu valor, não sejam capazes de retribuir. Esta atitude, apesar de ser nobre, acaba por ser igualmente destrutiva, pois supõe que existe, ou poderá vir a existir, uma expectativa de retribuição da parte de quem dá. Mas quem dá não dá para ser pago. Dá para ser recebido. Não dá como quem faz um depósito ou investimento. O valor de uma prenda não está na prenda - está na maneira como é prendada.
Hoje em dia, com a filosofia energumenóide e pseudojusta que impera, condensada no ditado ‹‹There is no such thing as a free lunch» é praticamente impossível oferecer um almoço a alguém. Todos os gestos de amor e de amizade são reduzidos ao valor de troca, a uma mera transação em que é tudo avaliado, registado, saldado, pago a meias e de um modo geral discutido e destruído até estar esvaziado de significado.

 Miguel Esteves Cardoso, in 'Último Volume'

Primavera 2012 – Entre Douro e Minho

Nas férias da Pascoa resolvemos mais uma vez, passar uns dias no norte do país. A zona norte de Portugal é de montanhas e declives acentuados, coberta por vegetação frondosa, rios e parques naturais e por isso mesmo uma zona muito verde e fresca, que convida a passeios primaveris.

Com o granito das suas montanhas foram erguidas a maioria das casas, das aldeias, vilas e cidades, bem como os muitos monumentos, de fé e de história, da região. De fé, nas singelas ermidas românicas e templos barrocos; de história, os castelos – como o de Guimarães que foi berço do fundador (D. Afonso I) - ou mesmo os inúmeros solares e casas brasonadas, onde se recebem os visitantes na mais aristocrática hospitalidade.


Queríamos ir a Guimarães, o berço de Portugal, situada no Vale do Ave, que este ano se inaugurou Capital Europeia da Cultura; ao Satuário da Penha, onde o silêncio se ouve, as pedras falam e as fontes murmuram; à Citânia de Briteiros, um sítio arqueológico da Idade do Ferro, situado no alto do Monte de São Romão; a Amarante onde queríamos descansar nas margens do rio Tâmega; percorrer mais uma vez o Vale do Douro, onde corre o cenográfico rio com o mesmo nome, cujo vale vinhateiro é Património Mundial; à vila do Pinhão, situada na margem direita do rio Douro, onde se localizam as muitas quintas que produzem o vinho do Porto, para comprar vinho generoso branco do produtor; a S. João da Pesqueira, uma vila perdida nas serranias, considerada o Coração do Douro Vinhateiro, também um local de muita produção do vinho do Porto, e situada também na região demarcada do Douro, criada pelo Marquês de Pombal que viveu na Pesqueira quando era novo; e Torre de Moncorvo, uma pacata e linda vila situada já no sul do Nordeste Transmontano, perto da fronteira com Espanha, na confluência dos rios Sabor e Douro, onde se faz a famosa confeitaria manual das “amêndoas cobertas”, um dos ex-libris da região.

1º Dia – Casa; Guimarães;

2º Dia – Guimarães;

3º Dia – Guimarães; Satuário da Penha; Citânia de Briteiros; Amarante;

4º Dia – Amarante;

5º Dia – Amarante; Vale do Douro; Pinhão; Régua; S. João da Pesqueira;

6º Dia – S. João da Pesqueira; Torre de Moncorvo; Casa.

Fonte: Wikipédia.org / http://www.guiadacidade.pt/ http://www.visitportugal.com/

Porto - 7º Dia - Percurso Descoberta da Natureza - Parte III




Subindo para terrenos mais altos, deixamos o Vale do rio Febros. O percurso leva-nos até à instalação das raposas, animais preferencialmente carnívoros que apesar de abundantes no nosso território podem ser dificilmente observadas devido aos seus hábitos mais noturnos. Trata-se de um animal com elevada capacidade de adaptação podendo viver numa grande variedade de habitats, inclusivamente nos centros urbanos.


Depois segue-se o cercado das cabras-bravas que são de uma espécie semelhante à cabra do Gerês, provenientes de França. Em Portugal, a cabra-brava existiu até 1892, quando o último exemplar existente em estado selvagem foi abatido na serra do Gerês. No entanto parece que esta espécie voltou a ser vista nesta serra, tendo-se restabelecido uma população no lado espanhol. A domesticação das cabras ter-se-á iniciado no Irão, há mais de 9 mil anos e o seu antecessor terá sido a cabra-selvagem.


Em seguida observam-se os javalis, os antecessores do porco doméstico. A área de distribuição desta espécie encontra-se em expansão na Península Ibérica devido à alteração dos usos do solo bem como pela diminuição das populações dos seus predadores. Por outro lado, a atividade cinegética pode estar a ter um efeito limitante neste crescimento populacional. Nesta instalação podem observar-se três exemplares de javali: duas fêmeas e um macho, que se distingue com facilidade devido ao maior porte.
Em seguida observa-se a instalação para os corços. Os corços são os membros mais pequenos da família dos cervídeos europeus. Trata-se de um herbívoro cuja conformação corporal está adaptada ao salto. Em Portugal estão descritas duas áreas populacionais: a norte do Douro (populações selvagens) e a sul do Douro (populações reintroduzidas com fins cinegéticos). Os corços do Parque são de cativeiro, originários de França. Mesmo assim, são animais tímidos, pelo que, não havendo silêncio, será difícil vê-los.


Faz-se depois a chegada à Quinta do Bogas. À volta da Quinta do Bogas estão os burros, cavalos e vacas. Destas últimas, destaca-se a raça autóctone de bovinos Marinhoa, cujo solar se situa no distrito de Aveiro. Podem também ver-se burros e cavalos, ambos da família dos equídeos.
O burro doméstico teve origem em espécies selvagens dos desertos de África. Companheiro do homem há milhares de anos, tem capacidades de trabalho notáveis. Hoje, é uma espécie em rápida diminuição devido à mecanização da agricultura.


Os cavalos domésticos tiveram a sua origem numa população primitiva. Atualmente, em Portugal existe um cavalo que conserva ainda características primitivas. Estamos a falar do cavalo do Sorraia. O cavalo do Sorraia de origem portuguesa, é uma raça única no Mundo, redescoberta em 1920 por Ruy d'Andrade e cujos indícios remetem para a zona de confluência entre as ribeiras de Sor e da Raia (daí o seu nome), a Charneca de Coruche, onde haveria uma extensa população, popular entre criadores de gado e muito usado nos trabalhos do campo.


Bem perto dos cavalos também ali encontramos o bisonte-europeu, que originalmente viveu em toda a Europa tendo-se extinguido no estado selvagem em 1921 na floresta Bialowiesa, na Polónia. Salvou a espécie o facto de nessa altura haver 56 bisontes em parques e jardins zoológicos, o que permitiu a sua reprodução e o repovoamento em alguns dos seus habitats europeus. Ao contrário de Espanha, em Portugal, ainda não se encontraram provas que garantam a presença do bisonte-europeu no passado.


Desce-se depois para uma várzea e num altinho antes de chegarmos à receção do Parque Biológico de Gaia encontramos a Quinta do Chasco. A Quinta do Chasco, nome referido desde o séc. XV, e cujo último residente (1990) ainda era conhecido por esse nome. Foi a propriedade mais rica e importante desta zona.


Nas suas instalações podem encontrar-se mamíferos noturnos irrecuperáveis como é o caso das ginetas e fuinhas, bem como diurnos de que é exemplo o saca-rabos. É possível também observar algumas aves de rapina noturnas como as corujas, bufos e mochos, sendo que alguns destes, em estado selvagem, podem nidificar em ruínas.

No final da visita a partida para a viagem de volta a casa, que concluio estas breves férias de Natal.

Fonte: http://www.parquebiologico.pt/ http://www.infopedia.pt/Wikipédia.or

Porto - 7º Dia - Percurso Descoberta da Natureza - Parte II




Deixando a zona das instalações e colónias de aves e roedores, sobe-se em direção ao Biorama. O Biorama é composto por um complexo de exposições que reconstituem vários biomas – ou grandes comunidades ecológicas do nosso planeta - tais como a savana, as dunas, a floresta tropical e o ambiente no período mesozoico. Estas exposições fazem com que se fique a entender melhor a biodiversidade do nosso planeta e a fazer a distinção entre os vários biomas, por observação dos seus ambientes específicos com as espécies animais e vegetais que os preferem.

Descendo por um caminho alcatroado chega-se à colónia dos milhafres. Embora parecidos, há duas espécies de milhafres: o milhano e o milhafre-preto. O primeiro pode ser observado com mais frequência em planaltos da Beira interior. É residente e nidifica em árvores. Distingue-se do milhafre-preto e das outras aves de rapina diurnas pela cauda, grande e bifurcada. O segundo vive perto de cursos de água e zonas húmidas e é particularmente abundante nas bacias hidrográficas dos rios Tejo e Mondego. É migrador e visita Portugal durante o Verão, nidificando também em árvores.


É perto dos milhafres que durante algum tempo ficamos abrigados da chuva intensa e há espera que esta passasse. Quando a chuvada parou seguimos descendo sempre até à Quinta de Santo Tusso, um lugar calmo e muito bonito onde podemos observar vários animais domésticos, sendo de destacar as raças autóctones de galinha preta, galinha pedrês, o pombo mariola e o porco bísaro, que ali vi pela primeira vez.

Na Quinta de Santo Tusso também podemos observar os típicos campos de cultivo e hortas à volta do casario da quinta. No tempo certo, recebem as sementeiras, como a do milho, e o espigueiro e a eira são palco da desfolhada das espigas, uma atividade outonal que ali é aberta ao público.

Na realidade a Quinta de Santo Tusso, ou do Casalinho, é uma das mais antigas propriedades agrícolas desta região, que o Parque Biológico continua a manter em exploração, desde que foi adquirida.

Caminhando a partir da Quinta de Santo Tusso, até à Ponte sobre o rio, chegamos ao Moinho do Belmiro, na margem do rio Febros, que foi outrora um dos grandes produtores de moagem noutros tempos. A moagem de cereais era uma atividade muito importante no rio Febros, mas nos dias de hoje, poucos moinhos restam em funcionamento, "vítimas" da concorrência das moagens industriais. Este moinho de água foi recuperado em 1991 para mostrar como viviam os antigos moleiros e lavradores.

Fonte: http://www.parquebiologico.pt/ http://www.infopedia.pt/


 

Porto - 7º Dia - Percurso Descoberta da Natureza - Parte I




No 7º dia e último de férias, antes de voltarmos para casa, queríamos conhecer por dentro o Parque Biológico de Gaia. Embora estivesse a chover, naquela tarde iniciámos o percurso de descoberta da natureza.

Logo no início da visita observa-se uma Colónia de Garças. Neste espaço podem ver-se muitos espécimes de garça-branca-pequena, garça-boieira e goraz (ou garça-noturna). No mesmo espaço coabitam também muitos cágados: o cágado-mediterrânico e o cágado-de-carapaça-estriada.

 
Em seguida encontramos a instalação designada por Montado e Bosque. Nela pode observar-se o peneireiro-cinzento e o bufo-pequeno e ver retratados os seus habitats naturais. As aves ali existentes sofreram lesões que as tornaram irrecuperáveis para restituição à Natureza.
 

Um pouco mais à frente aparecem os grous. Ao longo do percurso podem encontrar-se duas espécies de grou: o grou-comum e o grou-pequeno. O grou-comum pode ser observado no nosso território durante o Inverno, migrando para o Norte da Europa na Primavera. Os exemplares de grou-comum do Parque Biológico podem ser observados em regime de semiliberdade.

 
Na instalação seguinte encontram-se tartarugas exóticas como a tartaruga-de-orelhas-vermelhas e a tartaruga-falsa-mapa.
 

Em seguida aparece-nos o Refúgio, um grande cercado com diferentes espécies que coabitam no mesmo espaço em semiliberdade. Entre elas, a cegonha-branca e o corço, mas um olhar mais atento descobre algumas outras espécies.  

 
Ao Refúgio segue-se a colónia de aves marinhas e de estuário. Ali podem observar-se alguns espécimes de ganso-patola, a maior ave marinha existente ao longo da costa portuguesa. O ostraceiro que é uma ave limícola inconfundível visto possuir um proeminente bico de cor laranja intenso. A garça-real que é a maior das garças que ocorrem no nosso território e também ali pode ser observada em liberdade.
Mais à frente pode observar-se um casal de perna-longa, elegantes aves de estuário que fazem jus ao seu nome, com as suas delgadas e longas pernas cor-de-rosa.

 
Seguem-se pelo caminho duas instalações de corvídeos, onde podemos ver alguns exemplares de gaio, pega-rabuda e corvos. Como é característico da maioria dos corvídeos estes animais são excelentes imitadores, podendo até pronunciar algumas palavras. Atualmente o corvo é escasso no nosso território, habitando sobretudo no interior o país. A gralha é semelhante ao corvo mas de porte menor.

Os gamos, texugos e toirões aparecem-nos na instalação que se segue. Os gamos são herbívoros habitantes de bosques e parques. São animais que formam grupos numerosos.

 
Os texugos e os toirões foram outrora comuns no nosso país e facilmente observáveis na proximidade de terrenos agrícolas e pastagens. São animais vigorosos e predadores de médio e pequeno porte da mesma família, com hábitos essencialmente noturnos que habitam por quase toda a Europa. Atualmente a sua observação em estado selvagem pode ser difícil. São omnívoros de hábitos noturnos e vivem socialmente em complexas galerias de tocas subterrâneas. Ali também se encontram alguns exemplares domesticados, como os furões, com características muito semelhantes ao toirão.

Fonte: http://www.parquebiologico.pt/ http://www.infopedia.pt/

Porto - 6º Dia - Porto - Cais de Gaia e Passagem de Ano de 2012 na Ribeira



O 6º dia acordou chuvoso. Nas árvores e arbustos o som da passarada era mais abafado, pois havia que recolher da chuva. E como os dias de férias são sempre uma bênção, aquele penúltimo dia no Parque Biológico de Gaia foi passado a descansar e dormiu-se até mais tarde.

A saída ao final da tarde do parque foi realizada de táxi, que nos levou diretamente até ao Cais de Gaia. Antes de caminharmos até à Ribeira para ali passarmos o fim de ano, queríamos percorrer toda a zona ribeirinha da cidade de Gaia, para observarmos as mudanças ocorridas desde a nossa última estadia na cidade, há já alguns anos atrás.

Situada na margem esquerda do rio Douro, diante da cidade do Porto, Gaia está ligada a esta por cinco pontes: as pontes de D. Luiz I, da Arrábida, do Freixo, de D. Maria Pia e de S. João, sendo estas duas últimas ferroviárias. Uma nova ponte foi construída, mesmo ao lado da centenária D. Luiz I, a Ponte do Infante, a mais esbelta de todas.

Situando-se no sopé de Gaia existiu na Idade Média, o Portus Cale, que veio a dar origem, segundo vários historiadores, ao nome do nosso país, Portugal. Desde essa altura que Gaia é um importante entreposto vinícola, em especial do Vinho do Porto, a partir do séc. XVIII.

Depois de muitas décadas ao serviço da atividade portuária de mercadorias, o Cais de Gaia, nos últimos anos ganhou nova vida, transformando-se num espaço de convívio, animação e lazer.

Esta zona ribeirinha representa hoje uma área com grande potencial turístico e é ali que encontramos o seu Centro Cultural. Os equipamentos construídos orientam-se pelo alinhamento do cais, alternando construções baixas e espaços livres reduzindo o impacto volumétrico sobre a margem de modo a manter uma excelente visibilidade sobre o casco urbano da zona histórica de Gaia.
 
 
Utilizando materiais que reforçam a leveza e a transparência das fachadas, como as largas vidraças, os edifícios são basicamente de dois pisos, cujas coberturas inclinadas participam no jogo dinâmico das silhuetas características dos armazéns das Caves do Vinho do Porto.

De todo o Cais de Gaia e particularmente das esplanadas dos pisos superiores, desfrutam-se inesquecíveis vistas sobre o rio Douro e a paisagem Património Mundial da Ribeira do Porto.

Participante e ativo no vaivém das gentes e dos barcos que fizeram a história do vinho do Porto, o Cais de Gaia é nos dias de hoje o polo central da vivência urbana.

Passando a Ponte D. Luiz a pé, rapidamente se chega à Ribeira onde iriamos passar grande parte da noite daquele dia 31 de dezembro.

Na esplanada aquecida do restaurante Mercearia, estivemos tranquilamente sentados, na companhia das pessoas de que mais gostamos, admirando o espetáculo proporcionado pela paisagem, sem esquecer a garrafa de champanhe e as doze passas.

À beira-rio, em pleno centro histórico,com o Douro aos nossos pés, e mais tarde pelas vielas da Ribeira cheias de gente, a noite decorreu sem sobressaltos e o novo ano de 2012 foi recebido como sempre, com a certeza que este só será realmente novo, se nele fizermos coisas novas.

Fonte: http://www.caisdegaia.com/ http://www.vngaia.online.pt/

Porto - 5º Dia - Porto - Cais da Ribeira - Parte VI



Na zona da Ribeira é também de notar o traçado das ruelas, as casas encavalitadas colina acima, os largos minúsculos com fontanários e alminhas com santos ausentes, que nos dão uma visão próxima da antiguidade da área confinada.
Seguimos para a beira-rio e vamos desembocar na Praça da Ribeira, junto ao Cais com o mesmo nome, que é uma das praças mais antigas da cidade, já mencionada em cartas régias em 1389, embora com uma traça diferente da de hoje em dia.

Ali olhando o cais até à ponte, não é difícil imaginar a agitação do antigo porto medieval, onde uma multidão de mercadores, cobradores de impostos, peixeiras de canastras equilibradas à cabeça, marinheiros, compradores, ladrões e prostitutas, se misturavam na azáfama do dia-a-dia, naquela que era uma zona fervilhante de comércio, com tendas e uma lota.
No antigo Cais da Estiva, hoje Cais da Ribeira, principal ancoradouro da cidade, já só existem pequenos veleiros em vez de naus, enquanto os barcos rabelos, agora motorizados, transportam turistas no lugar dos tonéis de vinho.
Depois dali de baixo e já sentados na esplanada do Restaurante Mercearia, à espera do jantar, olha-se a bela Ponte D. Luís I, que faz a travessia para a outra margem, facilitando a vida do presente, para que não se esqueçam as agruras do passado.
Reza a história que outrora no lugar onde está a ponte, a travessia se fazia através de um passadiço assente em embarcações, a Ponte das Barcas, que em março de 1809, surpreendeu a população, aquando do avanço das tropas napoleónicas sobre a cidade, quando esta fugia em direção a Gaia. Demasiado frágil, a passagem não resistiu ao peso excessivo dos passantes e acabou por ceder colhendo inúmeras vidas.
Ali perto, próximo da ponte, logo no início do Cais da Ribeira, um baixo-relevo em bronze colocado numa parede, da autoria de Teixeira Lopes (pai), conhecido como as “Alminhas da Ponte”, reproduz o acontecimento. Velas sempre acesas e por vezes algumas flores, frescas ou de plástico, provam que este dia de tragédia se mantém vivo na memória dos locais.

Bem perto das “Alminhas da Ponte”, fica o Restaurante Mercearia, escolhido por nós naquele dia, e também para a noite de fim-de-ano. É um restaurante, simples e muito simpático, que iniciou a sua atividade há mais de 20 anos. O seu nome Mercearia é uma homenagem aos merceeiros que povoavam outrora a zona ribeirinha, junto ao rio Douro, desde o séc. XVI, que sempre fervilhou com a quantidade de merceeiros e negociantes.

Mesmo no inverno as esplanadas aquecidas da Ribeira, convidam ao repouso sem que no entanto se deixe de olhar a ponte, o rio, o cais e a encosta de Gaia, onde cintilam os letreiros luminosos das caves do famoso vinho do Porto. É uma experiência inesquecível e um deslumbramento para os sentidos.
 
Fonte: http://retratosdeviagens.blogspot.pt/ http://www.rotas.xl.pt/ Wikipédia.org / http://www.guiadacidade.pt/